Seminário destaca a importância de perceber a diferença entre as estatais para o fortalecimento da governança
Peculiaridades das empresas públicas precisam ser levadas em consideração, evitando-se regras engessadas nas áreas de controle interno e de promoção da integridade
Objetivo do evento, em Brasília (DF), foi fornecer insights, fomentar discussões e compartilhar práticas eficazes - Foto: Cid Vieira (Ascom/CGU)
A Controladoria-Geral da União (CGU) realizou, no dia 7 de maio, em Brasília (DF), o seminário "Governança, Desenvolvimento e Sustentabilidade: O Papel Estratégico das Estatais". O evento, transmitido ao vivo pelo YouTube, foi destinado a promover a troca de conhecimentos sobre o papel das empresas estatais na implementação e potencialização de políticas públicas.
O seminário foi organizado pela Diretoria de Auditoria de Estatais (DAE), da Secretaria Federal de Controle Interno (SFC), com o apoio da Caixa Econômica Federal. O objetivo foi fornecer insights, fomentar discussões e compartilhar práticas eficazes que possam contribuir para o fortalecimento da governança corporativa e na promoção da integridade. O evento registrou a participação de 259 pessoas presentes e mais 264 de forma remota, com interações de qualidade nos debates.
De acordo com Elisa Vieira Leonel, do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (SEST/MGI), olhar para as estatais como um “bicho próprio” é necessário para que elas sejam fortalecidas. “Se nós a tratarmos como empresas privadas, vamos seguir numa linha de redução de custos irresponsável, de desinvestimento no país porque custa mais barato comprar tudo de fora, numa linha de irresponsabilidade social”, observou.
A secretária destacou que os órgãos de controle são grandes parceiros na construção de um marco que dê às empresas estatais a tração que elas precisam ter para atuar em setores competitivos da economia e que dê a força e a geração de impacto social que elas precisam ter.
O secretário Federal de Controle Interno (SFC), Ronald da Silva Balbe, seguiu a mesma linha de raciocínio sobre a necessidade de fazer a distinção entre as empresas públicas, em questões de mercado. “Nós temos consciência que muito do que buscamos aplicar a todas as estatais vem de modelos propostos para as mais complexas sociedade anônimas”, afirmou.