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Integridade empresarial: CGU apresenta o Pacto Brasil durante evento em São Paulo
Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, estiveram presentes no encontro - Foto: Everton Amaro/Fiesp
A Controladoria-Geral da União (CGU) promoveu, nesta quinta-feira (23), em São Paulo, o encontro “Movimento pela Integridade Empresarial”, com apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Na ocasião, a CGU apresentou o programa Pacto Brasil pela Integridade Privada de forma a estimular empresas a assumirem um compromisso público com um ambiente de negócios ético e transparente.
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, estiveram presentes no encontro, com o ministro Padilha participando de maneira remota.
Durante a abertura do evento, Carvalho ressaltou como a agenda de combate e enfrentamento à corrupção se insere no trabalho da CGU, além de exemplificar outras agendas fundamentais como a transparência, o acesso à informação, e a melhora e qualidade dos serviços públicos. “A CGU foi incorporando todas essas ferramentas e esses desenhos institucionais ao longo do tempo, e essas discussões vão contagiando o setor privado. Não se trata apenas de um debate do Estado, a corrupção é um fenômeno que tem dimensões estruturais”, detalhou o ministro.
Ainda durante a abertura, o ministro Padilha destacou a mobilização do empresariado brasileiro no apoio a calamidade que o Rio Grande do Sul vem enfrentando. Ele frisou a necessidade de debates sobre o desenvolvimento sustentável. “Precisamos pensar em um plano sustentável para a reconstrução do RS, não basta reconstruir como era antes”.
Sobre este tema, o ministro da CGU, destacou a importância do programa Pró-Ética, enfatizando que a integridade empresarial não pode se limitar apenas à prevenção da corrupção. "Hoje em dia, não é possível falar de integridade empresarial olhando só para a dimensão de corrupção. Como frisou o ministro Padilha, temos que olhar também para outras dimensões, como a agenda de sustentabilidade, a governança das empresas, e como a empresa estrutura suas relações com a sociedade civil. Tudo isso faz parte da agenda de integridade como um todo”, justificou Carvalho.
Participaram também da abertura, o secretário-executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), Paulo Henrique Pereira, o presidente em exercício da FIESP, Dan Ioschpe, o diretor titular do Departamento Jurídico da FIESP, Flávio Henrique Pereira, o presidente da Febraban, Isaac Sidney Ferreira, e a diretora de Promoção e Avaliação de Integridade Privada da CGU, Cristine Köhler Ganzenmüller.
Pacto Brasil
Na oportunidade, o secretário de Integridade Privada da CGU, Marcelo Pontes, e a diretora de Promoção e Avaliação de Integridade Privada, Cristine Köhler Ganzenmüller, apresentaram o programa Pacto Brasil, demonstrando as vantagens que o setor privado possui ao aderi-lo. Foi reforçado como a transparência promove um ganho de imagem e demonstra o compromisso da empresa com os padrões de integridade. "O grande objetivo do Pacto Brasil é fazer o setor privado perceber que faz sentido investir em integridade, e assumir esse compromisso de forma pública”, explicou Marcelo Pontes.
O evento promoveu debates sobre boas práticas em integridade empresarial, bem como sobre a relevância da adoção de programas de integridade sólidos e, ainda, sobre iniciativas do CDESS para o aprimoramento de um mercado mais íntegro.
As discussões tiveram como tema as boas práticas em integridade empresarial, a relevância da política de integridade empresarial, e a mesa de debate “Um mercado mais íntegro: promoção da conformidade técnica, combate à pirataria e ao crime organizado”.
Os participantes dos debates foram: Chantal Castro, gerente da Plataforma da Ação contra Corrupção do Pacto Global da ONU; Caio Magri, Instituto Ethos; Raphael Soré, Diretor de Compliance e Investigações do IBRAC; Marcos Corradi, gerente Executivo de Controles Internos, Riscos e Compliance da TOTVS; Luciana Servija, diretora de Compliance da AMIL; William Biscaro, gerente de Compliance da AMIL; Marcio Cammarosano, diretor Adjunto do Departamento Jurídico da FIESP; Jean Keiji Uema, secretário Nacional de Justiça; Edson Vismona, presidente executivo do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial; Emerson Kapaz, CEO do Combustível Legal e Conselheiro CDESS; Juliana Marra, presidente do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Química e Conselheira CDESS; Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT e Conselheiro CDESS.
O público-alvo do encontro foram os empresários, profissionais da área de compliance, advogados, sindicatos, associações de classe e profissionais que atuam na área.
Adesão
A empresa que adere ao Pacto Brasil assume publicamente o compromisso com a integridade em todo ciclo de negócios e é diretamente beneficiada ao atrair clientes, funcionários, fornecedores e parceiros que adotam a mesma postura.
As medidas de integridade podem gerar proteção para a empresa, ao evitar a ocorrência de fraudes e irregularidades por parte de funcionários e parceiros.