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CEDIN apresenta Plano de Ação e debate diversidade em instituições públicas
Cláudio Torquato, Stella Vaz, Roberta Holder, Fábio Félix, Adriana Lima, Iasmin Leiros e Cícera Monteiro - Foto: Kenzo Suzuki (Ascom/CGU)
O Comitê de Equidade, Diversidade e Inclusão da Controladoria-Geral da União realizou, no dia 31 de julho, no auditório do Órgão Central, em Brasília (DF), a 1ª Reunião Ordinária. O evento foi transmitido simultaneamente via Teams. O CEDIN é composto por representantes de todas as secretarias da CGU, além de representantes terceirizados.
Na abertura da sessão, a secretária-executiva, Eveline Brito, ressaltou a publicação do Decreto nº 12.122/2024, que institui o Programa Federal de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação, no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. “Agora é pensarmos nas ações que o normativo indica, para que a gente consiga caminhar rapidamente, trazendo o que o Comitê vai propor para a questão estratégica da CGU, dentro do que for possível. É o nosso compromisso, podem ter certeza”, disse.
Em seguida, foi iniciado o diálogo com duas convidadas sobre “Diversidade e Inclusão em Instituições Públicas”. A professora titular do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da UnB, Dra. Ana Magnólia, sobre o desafio de viabilizar ambientes de trabalho que consigam conviver com as diferenças, visto ser uma questão estrutural e não uma abordagem individual, explicou que “é uma mudança de cultura organizacional, de paradigma institucional, de um modo de pensar no modelo de gestão, porque os gestores multiplicam e reproduzem o que a instituição pensa como sua forma de existência”.
A pesquisadora também disse estar contente com a criação do CEDIN, que precisará trabalhar em parcerias, para acompanhar e propor ações que venham a nortear e construir uma prática de inclusão institucional. “É um longo trabalho, onde precisa de ter muita formação, muitas atividades ligadas ao aprimoramento de habilidades, uma rede desenvolvimento de um saber fazer com o outro”, afirmou.
Já a coordenadora do Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça do Senado Federal, Stella Vaz, trouxe a experiência da unidade, criada em 2015, que tem como principal finalidade promover a equidade, por meio de uma cultura que valorize as diferenças. Ela apresentou uma síntese dos programas e ações voltadas, em especial, a mulheres e pessoas negras: “Elas contam com o envolvimento de todas as unidades da Casa, atuando nos eixos de comunicação, gestão, cultura organizacional, saúde, educação e cultura”.
Também destacou o lançamento, em 2022, da Rede Equidade, que atualmente conta com 25 instituições participantes, que busca implementar ações conjuntas nos temas de inclusão da diversidade e na promoção da equidade – com foco em gênero e raça.
Plano de Ação
Como parte da programação, a chefe substituta da Assessoria Especial de Participação Social e Diversidade (APSD), Roberta Holder, acompanhada dos titulares e suplentes do Comitê, explicou o Plano de Ação do CEDIN, que é um documento estratégico elaborado anualmente com o objetivo de estruturar e direcionar as políticas de equidade, diversidade e inclusão dentro da instituição.
Entre os pontos de destaque, está a criação de Comissões Temáticas para direcionar as atividades do Comitê, garantindo foco e especialização em quatro áreas-chave: Organizativa, Relações de Trabalho, Diversidade e Inclusão. Outro importante produto é o Relatório de Sugestões do CEDIN, resultante do processo de coleta e avaliação de ideias propostas pelos membros do Comitê e de toda a CGU. O propósito é consolidar as contribuições, a serem encaminhadas às instâncias superiores, contemplem as vozes de todas e todos os trabalhadores do Órgão.
Os membros do CEDIN analisaram as 14 sugestões enviadas no mês de julho, por meio de formulário eletrônico, e entenderam como prioritárias três medidas, que tem como foco os trabalhadores terceirizados: acesso de garagem; banco de horas para as festas de final de ano; e que os novos contratos a serem firmado entre CGU e empresas terceirizadas contemplem fracionamento de férias, plano de saúde, cursos de capacitação e ajuste de jornada.