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Combate à Corrupção
CGU e Polícia Federal aprofundam investigação de desvio de recursos no Piauí
Análises evidenciaram superfaturamento em serviços de manutenção preventiva e corretiva em prédios públicos
A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta quinta-feira (14/03), da Operação Epílogo. O trabalho é realizado em parceria com a Polícia Federal (PF). O objetivo é aprofundar investigação relativa a desvio de recursos, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a execução de serviços custeados com recursos federais em municípios piauienses, que são postos em prática por intermédio de empresa suspeita de ser “de fachada” e/ou ligada a ex-agentes públicos e políticos dos municípios contratantes.
Investigações
As investigações foram iniciadas após denúncia recebida pela CGU e pela PF em 2020. As análises à época evidenciaram a ocorrência de superfaturamento na execução de serviços de manutenção preventiva e corretiva, em prédios públicos, contratados por município piauiense mediante Ata de Registro de Preços, que posteriormente foi objeto de adesão por outro município vizinho.
De um total de R$ 6,2 milhões pagos à empresa investigada em decorrência da contratação de origem, serviços estimados em R$ 1,2 milhão foram periciados, tendo sido identificado um prejuízo de R$ 421.504,58.
Os dados financeiros analisados ainda constataram a ocorrência de movimentações envolvendo a empresa contratada e ex-agentes públicos e políticos ligados aos municípios contratantes, com características de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Impacto social
Os fatos investigados têm impacto direto para a população dos municípios envolvidos nos desvios, já que resultam em obras não executadas ou executadas de forma precária em prédios públicos, impossibilitando que escolas públicas e unidades de saúde apresentem condições físicas necessárias para um adequado atendimento aos alunos, pacientes e profissionais que nelas atuam.
Diligências
A Operação Epílogo consiste no cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão em Teresina (PI). O trabalho conta com a participação de dois auditores da CGU e cerca de nove policiais federais.
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém a plataforma Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico do Fala.BR. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.
O cadastro deve seguir, ainda, as seguintes orientações: No campo “Sobre qual assunto você quer falar”, basta marcar a opção “Operações CGU”; e no campo “Fale aqui”, coloque o nome da operação e a Unidade da Federação na qual ela foi deflagrada.