Notícias
Operação Dilúvio 2
CGU, Polícia Federal e Receita deflagram Operação Dilúvio 2
Investigados poderão responder por estelionato, peculato, corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta terça-feira (05/09), da Operação Dilúvio 2. O trabalho é realizado em parceria com a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal do Brasil (RFB). O objetivo é aprofundar a apuração de crimes relacionados à execução de despesas nas áreas de Educação, Saúde e Assistência Social, com recursos repassados pelo governo federal ao município de Água Preta (PE).
Investigação
O trabalho é um desdobramento da Operação Dilúvio, deflagrada em maio de 2023, cuja finalidade foi apurar situações supostamente irregulares referentes à contratação e à execução de serviços de manutenção de veículos e de obras realizadas pela Prefeitura de Água Preta (PE), com utilização de recursos federais. Também foram objeto da investigação inicial o desvio dos recursos públicos e a incorporação dos valores desviados ao patrimônio dos envolvidos por meio de atos de lavagem de dinheiro.
A partir dos elementos levantados nas diligências já realizadas, a Operação Dilúvio 2 apura a participação de outras pessoas físicas e jurídicas nos crimes sob investigação, especialmente em relação ao desvio de recursos públicos e à lavagem de dinheiro. Adicionalmente, averigua o crime de obstrução à justiça perpetrado por servidora municipal.
Impacto Social
Os recursos envolvidos deveriam ser aplicados na manutenção de veículos utilizados nas áreas de saúde, educação e assistência social. Desse modo, seu desvio impacta diretamente a execução das políticas públicas e, consequentemente, o atendimento de famílias em situação de vulnerabilidade social pode ficar comprometido (por exemplo: tratamento de saúde fora do domicílio, atividades vinculadas à gestão do Bolsa Família e do Cadastro Único etc.).
Diligências
A Operação Dilúvio 2 consiste no cumprimento de mandados de prisão preventiva (1), busca e apreensão (7), quebra de sigilo fiscal (5) e quebra de sigilo bancário (5). As diligências acontecem nos municípios de Palmares (PE) e Recife (PE).
O trabalho de campo conta com a participação de 40 policiais federais, quatro servidores da RFB e dois auditores da CGU. Os investigados poderão responder por crimes como os de estelionato, peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém o canal Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.
O cadastro deve seguir, ainda, as seguintes orientações: No campo “Sobre qual assunto você quer falar”, basta marcar a opção “Operações CGU”; e no campo “Fale aqui”, coloque o nome da operação e a Unidade da Federação na qual ela foi deflagrada.