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CGU retoma diálogo com organizações e representantes da sociedade civil
Para Vinícius de Carvalho ainda há muito a ser feito e é preciso o apoio, sugestões e até mesmo cobranças da sociedade para a entrega de políticas públicas de integridade mais consolidadas no Brasil e melhor desenhadas, com ganho efetivo na implementação.
A Controladoria-Geral da União (CGU) se reuniu, nesta quarta-feira (01), via Teams, com representantes da sociedade civil, membros do Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas e o GT de Integridade e Transparência da Rede de Advocacy Colaborativo. O objetivo foi retomar o diálogo com a sociedade e reforçar o compromisso do governo com a transparência e a integridade. O ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, participou do encontro, ao lado de demais dirigentes do órgão.
“Estamos começando a reconstruir uma relação com a sociedade no que diz respeito aos métodos de elaboração da nossa agenda na CGU, aquilo que se dissemina para todo o governo federal. Sabemos que, como órgão central de diversas agendas e estruturas governamentais, a CGU tem um importante papel de disseminação de cultura, práticas e de uma construção institucional dentro do governo federal. Nesse sentido, é fundamental escutarmos e dialogarmos com a sociedade para a construção dessas agendas”, afirmou o ministro da Controladoria.
Segundo ele, nesses primeiros dias de governo, importantes passos foram dados pela CGU com base em relatórios e dados da equipe de transição da qual alguns integrantes da reunião fizeram parte. “Isso demonstra o compromisso brasileiro com a pauta da transparência e integridade”.
Para Vinícius de Carvalho ainda há muito a ser feito e é preciso o apoio, sugestões e até mesmo cobranças da sociedade para a entrega de políticas públicas de integridade mais consolidadas no Brasil e melhor desenhadas, com ganho efetivo na implementação.
“É necessário o esforço conjunto da sociedade e do Estado para deixar claro que o enfrentamento à corrupção tem que ser uma prioridade de qualquer governo democrático. Precisamos empoderar a nossa sociedade civil e a nossa capacidade de controle social e não tem outra forma de se fazer isso se não for por meio da transparência”, destacou o ministro da CGU.
As pautas da reunião foram trazidas pelas entidades e trataram sobre integridade, transparência, participação social, entre outros. As prioridades institucionais da CGU, a interlocução da participação social e a aplicação da Lei de Acesso à Informação foram os destaques. Para a diretora executiva da Transparência Brasil, Juliana Sakai, o apoio da CGU nessa promoção de espaço para o diálogo é fundamental. “Percebemos essa importante mudança de política e essa vontade de conversar com a sociedade civil”, disse.
A presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Katia Brembatti, reforçou sobre a mudança de paradigma e reiterou o agradecimento pelo tempo concedido para o encontro. “Gostaríamos de ser uma estrutura de interlocução, ao lado da CGU, nesse processo. Essa mudança de paradigma, com a reabertura para o diálogo, já nos permitiu fazer alguns avanços. Queremos discutir, conversar e chegar a algumas propostas e soluções efetivas”, afirmou.
Participaram do encontro representantes da Transparência Brasil; do Instituto Ethos; da Transparência Internacional Brasil; da Transparência Partidária; da Abraji; da Agência Fiquem Sabendo; do repositório de dados públicos Brasil .IO; da FGV-Ebape (Escola Brasileira de
Administração Pública e de Empresas); do Instituto de Observatório Político e Socioambiental (OPS); do Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas; da organização não-governamental de direitos humanos Artigo 19; da comunidade Open Knowledge Brasil; da consultora Pulso Público; e do Instituto Não Aceito Corrupção.
Pela CGU, participaram a secretária-executiva, Vânia Vieira; a secretária Nacional de Acesso à Informação, Ana Túlia de Macedo; a ouvidora-geral da União (OGU), Ariana de Souza; o diretor de Governo Aberto e Transparência, Otávio de Castro Neves; o chefe de gabinete do ministro, Flávio Marques Prol; o chefe de gabinete da Secretaria-Executiva, Fábio Félix; o chefe da Assessoria para Assuntos Parlamentares e Federativos, Ademir de Figueiredo; a assessora de Participação Social e Diversidade, Anjuli Tostes Faria; e o assessor especial da Secretaria-Executiva, Pedro Luiz Costa Cavalcante.