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Operação Primus
CGU aprofunda investigações de corrupção em Baixa Grande do Ribeiro (PI)
Entre 2020 e 2021, organização criminosa recebeu pagamentos da Prefeitura da ordem de R$ 35 milhões
A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta segunda-feira (11/07), da Operação Primus. O objetivo é aprofundar investigações acerca de possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude a licitações envolvendo gestores e ex-gestores públicos, parentes desses gestores e empresas que atuam, desde 2013, em Baixa Grande do Ribeiro (PI).
O trabalho é realizado em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Piauí (GAECO/MPPI), o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE/PI) e a Polícia Civil do Estado do Piauí (PC/PI).
Investigação
Dados obtidos por meio de afastamento judicial do sigilo bancário mostraram que empresas contratadas pela Prefeitura de Baixa Grande do Ribeiro (PI) movimentavam os valores recebidos entre empresas integrantes da organização criminosa – valores esses que por fim eram repassados a um posto de combustível localizado no município.
Também foi identificado que gestores, ex-gestores e seus parentes eram beneficiários diretos de repasses de recursos das empresas da organização. As análises dos processos licitatórios ainda apontaram fortes indícios de fraude, com evidências de montagem e a participação exclusiva de empresas integrantes da organização criminosa investigada.
Impacto social
Somente entre os anos de 2020 e 2021, as empesas integrantes da organização criminosa receberam pagamentos da Prefeitura de Baixa Grande do Ribeiro (PI) da ordem de R$ 35 milhões. Os crimes de corrupção têm diversas possíveis consequências, tais como contratações com sobrepreço, má execução ou a própria inexecução de serviços e obras públicas, o que prejudica a efetividade da execução das políticas públicas no município.
Diligências
A Operação Primus consiste no cumprimento de três mandados de prisões preventivas, cinco de medidas alternativas à prisão e 41 de busca e apreensão nos municípios de Teresina (PI), Baixa Grande do Ribeiro (PI), Ribeiro Gonçalves (PI), Floriano (PI), Landri Sales (PI), Uruçuí (PI), Campo Alegre de Lourdes (BA) e Timon (MA). O trabalho conta com a participação de cinco auditores da CGU, oito auditores do TCE/PI, 25 promotores e analistas do MPPI e cerca de 100 policiais (delegados/agentes/escrivães) da PC/PI.
A CGU, por meio da Ouvidora-geral da União (OGU), mantém a plataforma Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.