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Diálogos em Controle Social
CGU debate desafios do Estado para enfrentar efeitos duradouros da Covid-19
Convidados responderam às perguntas recebidas pelo chat
A CGU realizou, nessa quarta-feira (27/04), o 2º encontro virtual de 2022 do projeto "Diálogos em Controle Social". O evento, em sua 4ª edição, tem o objetivo de promover, junto à especialistas, a construção de uma rede de troca de conhecimentos e de boas práticas. Na ocasião, foi abordado o tema "Desafios da organização do Estado para enfrentar efeitos duradouros da Covid-19". A live foi transmitida pelo canal da Controladoria no YouTube.
O coordenador-Geral de Cooperação Federativa, Educação Cidadã e Controle Social, Adenisio Álvaro Oliveira de Souza, que atuou como moderador do debate, afirmou que o tema tratado é de suma importância porque a pandemia repercutiu e ainda repercute globalmente nos sistemas de saúde, mas também produziu efeitos perversos no campo social, na economia e na área cultural, entre outras, sobretudo nas populações mais vulneráveis.
A gerente de Projetos na Unidade de Governança e Justiça para o Desenvolvimento do PNUD Brasil, Lídia Gonçalves Botelho, lembrou que no início dizia-se que a pandemia atingiria a todos de maneira equânime. Entretanto, com o passar do tempo, ficou evidente que ela atingiu de forma desigual os países e suas populações, existindo grupos mais vulneráveis à doença. "Na perspectiva do desenvolvimento humano sustentável, é preciso que o governo, sociedade civil e organizações internacionais atuem conjuntamente para que seja possível enfrentar os problemas advindos dos efeitos duradouros da Covid-19", destacou.
Já Rodrigo Fracalossi, pesquisador do Instituto de Política Econômica Aplicada (IPEA), abordou a atuação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que reuniu a produção científica disponível e transformou em algo que poderia ser utilizado pelos governos. No Brasil, quem desempenhou também muito esse papel durante a pandemia foi a Fiocruz, que, além de produzir informação científica, atuou como intermediária do conhecimento, oferecendo algo de mais fácil acesso a governos que poderia ser diretamente aplicado por políticas, o que foi fundamental para o enfrentamento da epidemia.
Para Maria do Socorro, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os efeitos da pandemia agravaram mais ainda as condições de vida das populações ou dos segmentos populacionais já em condição de desigualdade, como famílias chefiadas por mulheres e as populações negras e pobres nas periferias ou mesmo as populações rurais. Ela também chamou atenção para as desigualdades que perduram, como a situação dos estudantes que passaram quase dois anos sem ter acesso às aulas pela dificuldade de ter computador e internet dentro do domicílio. "Para sair da crise será necessário fazer um alto investimento na educação e na qualificação profissional", enfatizou.
Ao final, os convidados responderam às perguntas recebidas pelo chat e o moderador lembrou que serão emitidos certificados aos participantes que assinaram a lista de presença. Ele também convidou todos a acompanharem a programação do "Diálogos em Controle Social" ao longo de 2022, com lives temáticas mensais. As gravações estão na página de Controle Social da CGU.