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CGU participa de webinário sobre “Corrupção Transnacional, caso Odebrecht”
Nove países participaram do encontro virtual. Ministro da CGU destacou a Operação Lava-Jato, o caso Odebrecht e os acordos de leniência
Publicado em
14/04/2022 13h02
Atualizado em
31/10/2022 11h12
Rosário abordou o processo da Lava Jato, operação que apurou esquemas de lavagem de dinheiro e pagamento de propina - Foto: AFP/N.Almeida
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, participou, nesta terça-feira (12/4), do evento virtual “Corrupção Transnacional, caso Odebrecht”, promovido pela Organização Centro-Americana no Caribe de Entidades Fiscalizadoras Superiores (OCCEFS). O objetivo do encontro foi capacitar e favorecer a troca de experiências entre os países participantes, bem como fortalecer a capacidade institucional em temas sobre prevenção e luta contra a corrupção. O assessor Gilson Libório, do gabinete do ministro, também participou do evento.
O ministro Wagner Rosário abordou o processo da Lava Jato, operação que reuniu um conjunto de investigações para apurar esquemas de lavagem de dinheiro e pagamento de propina. Ele destacou as fases do desenvolvimento da operação, com enfoque para o caso Odebrecht. Os avanços na legislação brasileira (como a Lei Anticorrupção – Lei nº 12.846/2013) e os Acordos de Leniência também foram destaques na explanação de Wagner Rosário. Até o momento, o governo federal já assinou acordos com 17 empresas investigadas pela prática de atos lesivos no âmbito do Poder Executivo federal. Os acordos somam mais R$ 15 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões já foram integralmente pagos, com destinação à União e às entidades lesadas.
Além do Brasil, mais nove países participaram do evento que reuniu mais de 200 representantes das Controladorias de Cuba, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Porto Rico e República Dominicana. A OCCEFS é presidida por Edwin Humberto Salazar Jerez, que também é o chefe da Controladoria de Contas da Guatemala. O evento foi coordenado por Celvin Galindo Lopéz, coordenador de Política Regional da Organização para prevenção e a luta contra a corrupção e responsável por treinamentos e webinários sobre o tema.
O assessor da CGU Gilson Libório ressaltou a estrutura da Controladoria e as diferentes funções das secretarias que integram o órgão, bem como a importância de se ter um corpo técnico qualificado e ferramentas de trabalho atualizadas, como a tecnologia da informação. Libório enfatizou também a relevância do sigilo das informações e a necessidade de parcerias e cooperações como força-tarefa para os grandes casos investigativos.