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Combate à corrupção exige especialização e trabalho conjunto, defende ministro da CGU
“Temos que buscar a lógica do coletivo na luta contra a corrupção. Nenhum órgão sozinho conseguirá obter o resultado esperado", afirmou Rosário
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, participou hoje (25/2) da abertura da terceira edição do curso de Pós-graduação Latu Sensu em Prevenção e Combate a Desvios de Recursos Públicos. A formação, voltada a servidores públicos federais, é realizada pela CGU, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFL), e busca sanar a necessidade de atualização e especialização dos profissionais que atuam nos órgãos de defesa do Estado.
Segundo o ministro, uma questão importante que as instituições precisam fazer para atuar contra a corrupção é investir na capacitação dos agentes, já que essa é uma área bastante complexa: “envolve direito penal, administrativo, técnicas de investigação; envolve prevenção, transparência, conflito de interesses. Ou seja: quem quer atuar nessa área tem de ter capacitação”.
Rosário afirmou também que apenas quando você une a teoria com a prática é possível começar a entender adequadamente como se dá esse fenômeno e se consegue avançar no combate e na repressão da corrupção. “Por mais que tenhamos prática, se não fazemos essa ligação com a teoria, às vezes seguimos caminhos que não são os melhores a serem seguidos”, argumentou.
O ministro da CGU destacou, ainda, a importância da troca de experiências que a formação proporcionará aos servidores. Segundo ele, o pensamento coletivo tende a prosperar nos países onde a corrupção é menor. Já nos países onde a corrupção é maior, prevalece mais a lógica individualista. “Temos que buscar a lógica do coletivo também na luta contra a corrupção. Nenhum órgão sozinho conseguirá obter o resultado esperado. É necessário atuar em conjunto com todos os órgãos, em parcerias, e essa especialização ajudará nisso também, pois vai permitir a criação de vínculos e contatos importantes entre os servidores”, afirmou Rosário.
Especialização
A terceira edição da Pós-graduação Latu Sensu em Prevenção e Combate a Desvios de Recursos Públicos oferece 46 vagas, sendo 26 para servidores de órgãos ou entidades parceiras (Advocacia-Geral da União - AGU, Agência Brasileira de Inteligência - Abin, Ministério da Justiça e Segurança Pública - MJSP, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal - PRF) e 20 para servidores em exercício na CGU.
O curso de especialização foi modelado para possibilitar a reflexão crítica a respeito da Administração Pública e propiciar um diálogo entre o corpo discente e docente, que facilite a transposição teórico-prática e a formalização dos saberes a respeito do controle, da detecção, da repressão ao desvio de verbas públicas e consequentes sanções.
O curso terá duração de 21 meses e será realizado em Brasília (DF), nas dependências da Abin.
Participaram da cerimônia de abertura do curso o reitor da Universidade Federal de Lavras, João Chrysóstomo Resende Junior; o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Tércio Issami Tokano; o advogado-geral da União substituto, Fabrício da Soller; o diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem Rodrigues; o diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza; e o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Eduardo Ágio de Sá.