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Operação Zigzag 2
CGU, PF e MPF aprofundam investigações no DNIT em Minas Gerais
Objetivo é dar continuidade às apurações de irregularidades na aplicação de recursos públicos federais do DNIT na região de Uberlândia (MG)
A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta terça-feira (15), em Minas Gerais, da Operação Zigzag 2. O trabalho é realizado em parceria com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF). O objetivo é dar continuidade às apurações de irregularidades na aplicação de recursos públicos federais do DNIT na região de Uberlândia (MG).
Investigações
O trabalho iniciou a partir da 1ª fase da Operação Rota BR 090, que teve como alvos servidores públicos e empresas responsáveis pelo desvio de recursos públicos do DNIT na região de Oliveira (MG). Posteriormente, com o avanço das investigações, verificou-se que a supervisora dos contratos participava do esquema delituoso, o que ocasionou a deflagração da 2ª fase daquela Operação. Também foi constatado que duas das empresas investigadas estavam agindo junto a servidores públicos nas regiões de Prata (MG) e Teófilo Otoni (MG) culminando na deflagração da 3ª fase, denominada Operação Zigzag, em março de 2020.
Por sua vez, a Operação Zigzag 2 é a ampliação das investigações sobre as obras executadas por construtoras envolvidas no esquema. No curso dos trabalhos, foi verificado que estas empresas também atuavam de forma fraudulenta nos contratos da região de Uberlândia (MG), além dos indícios da utilização de uma terceira pessoa jurídica para que o grupo criminoso continuasse atuando na região sem chamar a atenção dos órgãos de controle.
Os contratos, objetos das quatro fases da investigação, referem-se a obras rodoviárias do DNIT/MG e perfazem um total de mais de R$ 1,1 bilhão, sendo estimado um prejuízo de mais de R$ 500 milhões para os cofres públicos. Nas quatro fases já deflagradas, incluindo a de hoje, foram afastados 12 servidores, sendo quatro ex-superintendentes.
Impacto Social
O desvio de recursos destinados a conservação da malha rodoviária impacta negativamente na qualidade das estradas, levando a um aumento do número de acidentes e do custo de transporte. Também impossibilita a utilização destes recursos para melhoria do corpo estradal, com a construção de novos trechos e duplicação dos já existentes.
Diligências
A Operação Zigzag 2 consiste no cumprimento de 7 mandados de busca e apreensão em Uberlândia (MG), 1 afastamento de servidor público, bloqueio de quase R$ 50 milhões dos investigados e o impedimento de três pessoas jurídicas de contratarem com a Administração Pública. O trabalho conta com a participação de 25 policiais federais e de 4 auditores da CGU.
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém o canal Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.