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Operação Medcruz
CGU e Polícia Federal combatem fraudes na saúde do município de Cruzeiro (SP)
CGU constatou elementos de fraudes na contratação e na prestação de serviços irregulares na área da saúde
A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta quinta-feira (21), da Operação Medcruz, realizada em parceria com a Polícia Federal (PF). O objetivo é apurar irregularidades em contratação de gerenciamento de serviços de saúde pela Prefeitura Municipal de Cruzeiro (SP).
Investigações
As apurações tiveram início a partir de fiscalização da CGU sobre a aplicação dos recursos do Programa de Atenção à Saúde da População para Procedimentos de Média e Alta Complexidade. O montante fiscalizado foi de R$ 7.213.916,42.
A CGU constatou elementos de fraudes na contratação e na prestação de serviços irregulares na área da saúde. O prejuízo já apurado é de R$ 534 mil, com indicativo potencial de chegar a R$ 3,1 milhões. Destaca-se que, entre 2017 e março de 2020, a Prefeitura de Cruzeiro realizou pagamentos no montante de R$ 15.680.366,72 para a organização envolvida.
Nas investigações em curso no âmbito da Delegacia de Polícia Federal de Cruzeiro (SP) foram identificadas situações com possíveis ocorrências de crimes de falsidade ideológica, de peculato, de fraudes a licitações, de organização criminosa ou associação criminosa.
Diligências
A Operação consiste no cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão nos municípios de Cruzeiro, Mogi das Cruzes, Piquete, Poá e Taubaté (todos do estado de São Paulo) e de Resende (RJ). A Justiça Federal decretou, ainda, a quebra do sigilo de dados armazenados, bem como o sequestro dos bens de envolvidos, além de determinar o afastamento cautelar de funções públicas exercidas por investigados. O trabalho conta com a participação de 62 policiais federais e de cinco auditores da CGU.
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém o canal Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, bastando escolher a opção “Não identificado”.