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Auditoria da CGU no então Ministério do Trabalho subsidiou Operação Gaveteiro
Apurações revelaram que houve falha no planejamento da contratação, além de outras irregularidades
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (6), a Operação Gaveteiro, destinada a apurar desvios de valores do então Ministério do Trabalho, cujo prejuízo alcança aproximadamente R$ 50 milhões.
Os trabalhos se iniciaram a partir de auditoria da CGU (Relatório nº 201700114) que identificou diversas irregularidades em um contrato de aquisição de softwares para gestão de sistemas e detecção de fraudes, firmado entre o Ministério e uma empresa de tecnologia da informação. Em decorrência das irregularidades identificadas, as informações foram repassadas à Polícia Federal ao longo dos anos de 2017 e 2018.
As apurações revelaram que houve falha no planejamento da contratação, que desconsiderou a real necessidade do Ministério e contratações anteriores com objeto similar, além de outras irregularidades, tais como direcionamento para a empresa vencedora do certame, superdimensionamento e sobrepreço das licenças, com consequente superfaturamento nos contratos firmados.
Além disso, o então Ministério do Trabalho descumpriu normativos emitidos pelo órgão central do Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação (SISP) e recomendações expressas da própria CGU.
Denúncias
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém na plataforma Fala.BR um canal específico para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre quaisquer ilícitos e irregularidades na administração pública, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.