Auditoria e Fiscalização
Parceria Internacional
CGU sedia encontro com países de língua portuguesa para discutir controle interno
Ministro da CGU ao lado do secretário Federal de Controle Interno, Antônio Carlos Leonel, de servidores e de autoridades internacionais
A Controladoria-Geral da União (CGU) sediou, em Brasília (DF), nos dias 27 e 28 de junho, a reunião técnica do grupo de trabalho permanente dos Organismos Estratégicos de Controle Interno da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (OECI-CPLP). O evento contou com a participação das delegações de Angola, de Cabo Verde, de Moçambique e de Portugal (por videoconferência). O secretário-executivo da CGU, José Marcelo de Carvalho, realizou a abertura ao lado dos demais dirigentes do órgão. O encerramento, que aconteceu nesta sexta-feira (28), ficou a cargo do ministro Wagner Rosário.
A cooperação técnica e institucional entre os países constituintes dos OECI-CPLP visa a troca de experiências e boas práticas, na elaboração de documentos harmonizados relacionados à temática da auditoria interna governamental e ao desenvolvimento profissional dos participantes.
Em discurso de abertura, o secretário-executivo da CGU, José Marcelo de Carvalho, falou sobre governança e integridade. “Somos um órgão que faz parte do processo decisório do governo na criação de políticas públicas. Somos consultados, conversamos sobre o que pode ser melhorado, quais os instrumentos de governança que podem ser implantados e quais os controles necessários que podem ser incorporados ao sistema. Buscamos, com isso, implementar uma política de integridade em toda a Administração Pública”, afirmou o secretário, enfatizando a importância da troca de experiências com os países presentes.
Na ocasião, José Marcelo ressaltou ainda o acordo de leniência como um instrumento de combate à corrupção. “Temos um grande instrumento de combate à corrupção, capaz de revolucionar o país, que vem a ser os acordos de leniência. O nosso objetivo é a mudança de cultura, onde não haja mais a dependência da corrupção como instrumento de barganha e de compra de aliados ao ambiente governamental. Que este seja um lugar íntegro e correto. E neste sentido, temos conquistado grandes avanços, inclusive com outros países”, disse o secretário-executivo.
Reunião técnica
O secretário-federal de Controle Interno da CGU, Antônio Carlos Leonel, que presidiu a mesa da reunião técnica, ao lado das delegações dos países de língua portuguesa, destacou três pontos importantes enfrentados pelo órgão e que, segundo ele, geram uma mudança cultural e agregam valor à gestão pública: a restrição fiscal do Estado; a tecnologia da informação; e a convergência internacional.
“Estamos vivendo um processo de mudança em nossas orientações, revendo nossos processos e trabalhando com gestão de riscos. Além disso, buscamos padrões internacionais definidos pelo Instituto Internacional dos Auditores Internos e estamos alinhados a estas práticas. Hoje, discutimos políticas públicas com o governo como um todo e a nossa estrutura está sendo pensada para darmos respostas efetivas ao Estado”, afirmou o secretário.
A reunião discutiu grandes temas, como: propósito e serviços da auditoria interna; importância das normas internacionais; e planejamento de auditoria baseado em risco. Tais discussões subsidiarão a IX Conferência Anual dos OECI-CPLP, programada para final de novembro deste ano, oportunidade em que será elaborado e discutido o documento: “Planejamento e Execução da Auditoria Interna Governamental”.