Responsabilização de Empresas
Evento
“A empresa deve reparar integralmente o dano que causou”, frisa ministro da CGU
Na manhã desta segunda-feira (19), o ministro da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, destacou que as empresas envolvidas em atos de corrupção no âmbito da Lava jato precisam devolver recursos desviados dos atos de corrupção. A declaração foi feita após palestra no 36º Congresso Brasileiro de Auditoria Interna, ocorrido em Curitiba, no Paraná.
Durante o evento, Simão detalhou como deve ser o trabalho de prevenção, apuração e combate a ilícitos nas organizações. “É preciso garantir que a empresa repare integralmente o prejuízo que ela causou, que coopere com as investigações e que adote um programa de integridade para que esses atos não sejam cometidos novamente”, frisou o titular da CGU.
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O ministro reiterou também o quanto é essencial que organizações tenham mecanismos fortalecidos de controle e auditoria. “É importante o fortalecimento da área de controle interno e auditoria. Os profissionais devem contribuir para que as empresas adotem programas de integridade e medidas efetivas que evitem a prática de atos lesivos. Depois do ato praticado e o dinheiro desviado, é muito difícil a sua recuperação”, pontuou.
Simão ressaltou, também, que de acordo com a Lei Anticorrupção é competência da CGU a celebração de acordos de leniência. Atualmente, a Controladoria-Geral da União trabalha com processos de responsabilização de 29 empresas no âmbito da operação Lava Jato, sendo seis delas com manifestação de interesse em fechar um acordo de leniência.