Transparência Pública
Tecnologia
Informações estratégicas é tema da CGU em congresso internacional
O Secretário Executivo da Controladoria-Geral da União (CGU), Carlos Higino, abriu nesta segunda-feira (15), o Congresso de Segurança da Informação, Auditoria e Governança de TIC (CNASI 2015), que acontece até amanhã em Brasília. Com a participação de especialistas nacionais e internacionais, o CNASI oferece oportunidades de discussão de temas ligados à governança, auditoria de sistemas e da segurança da informação, segurança cibernética, privacidade e proteção de dados, entre outros.
Na sessão de abertura, Higino abordou a evolução do gerenciamento da informação a partir do avanço da tecnologia. O secretário lembrou que durante muito tempo as informações públicas e privadas foram controladas pelo Estado, ou reguladas por uma legislação específica, como no caso do tratamento da circulação de informações pelos Correios, nos serviços de telecomunicação ou mesmo no armazenamento de dados bancários e fiscais, cobertos por sigilo.
Segundo Higino, com a Lei de Acesso à informação, a partir de 2011, o foco do Estado brasileiro passou a ser a necessidade de organização do acesso às informações. “Passou a ser um olhar de resgate histórico, com a preocupação de preservação dos dados”, acrescentou. Para o secretário, o desafio dos órgãos públicos na implantação da Lei de Acesso é a criação de uma cultura de guarda e preservação das informações. “É preciso tornar o acesso à informação a regra e a negação da informação exceção”, afirmou.
O Diretor de Pesquisas e Informações Estratégicas, Gilson Libório Mendes, e o Gerente de Projetos da Diretoria de Pesquisas e Informações Estratégicas, Luciano Trindade Altoé, também participaram como palestrantes no primeiro dia do congresso. O tema da palestra de Libório foi “O Observatório da Despesa Pública: tecnologia aplicada à auditoria governamental”.
Falando a uma plateia de aproximadamente oitenta pessoas, Libório destacou a importância do uso da tecnologia da informação na identificação de situações potencialmente irregulares, bem como o aperfeiçoamento dos mecanismos de prevenção e inibição da corrupção, pelo monitoramento permanente do gasto público. Ele citou alguns aplicativos e ferramentas de ponta disponíveis no mercado, muitos dos quais já em utilização na própria CGU. “Sempre noto uma cobrança para que os dados que produzimos estejam disponíveis não só para os auditores e gestores, mas também para a sociedade”, acrescentou.
Gilson Libório aproveitou a oportunidade para anunciar aos participantes que o Banco de Preços do Observatório da Despesa Pública será incluído no Portal da Transparência em novembro. A divulgação dos dados faz parte de um compromisso da CGU com a iniciativa internacional Open Government Partnership (Parceria de Governo Aberto).
Já a palestra de Luciano Altoé trouxe como novidade aos participantes a expansão da rede do Observatório da Despesa Pública (ODP), com a criação dos ODPs Estaduais. Santa Catarina e Bahia já possuem suas unidades estruturadas e em funcionamento e há previsão de adesão de mais Estados nos próximos anos