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CGU e PF desarticulam quadrilha que atuava em municípios cearenses
A Controladoria-Geral da União (CGU) participa na manhã desta quinta-feira (21/03) da Operação Cactus, deflagrada pela Polícia Federal para investigar organização criminosa que atua no estado do Ceará desde 2004 desviando recursos públicos transferidos pela União a diversos municípios cearenses mediante convênios e contratos de repasse.
Estão sendo cumpridos 62 Mandados de Busca e Apreensão, expedidos pela 11ª Vara da Justiça Federal do Ceará, distribuídos, em sua maioria, nos municípios de Aiuaba, Apuiarés, Barbalha, Canindé, Catarina, Fortaleza, Guaraciaba do Norte, Iguatu, Irauçuba, Itapipoca, Itapiúna, Juazeiro do Norte, Morada Nova, Mucambo, Quixeramobim, Reriutaba, Saboeiro, Tarrafas, Tejuçuoca e Ubajara.
Estão sendo cumpridos, também, mandados em Aparecida de Goiânia e Goiânia, no estado de Goiás, em Brasília, no Distrito Federal, e em Natal, no estado do Rio Grande do Norte.
Investigações preliminares demonstraram que um ex-prefeito do município de Itatira/CE, atuando como lobista, lidera uma associação criminosa, cuja atuação junto a prefeituras do estado do Ceará e de outras unidades da federação visava a facilitar a obtenção de recursos federais, na forma de convênios ou contratos de repasse, inclusive mediante emendas parlamentares.
Além disso, o grupo infiltrava-se nos órgãos federais repassadores dos recursos, mediante a obtenção de apoio de servidores públicos e a participação de outros agentes, com o intuito de garantir os repasses para os projetos e prefeituras de interesse do grupo e de evitar que esses projetos passassem por acompanhamento e fiscalização, como forma de garantir a ocultação de irregularidades e fraudes.
O trabalho de investigação também concluiu que havia gerenciamento e montagem dos processos junto a prefeituras do estado do Ceará, além de simulação de licitações, com uso de empresas controladas pelo grupo.
As apurações realizadas constataram o enriquecimento desproporcional dos diversos participantes da quadrilha, dentre os quais se destacam o mentor do esquema, seu filho e sua principal assistente.
Participaram da Operação 268 policiais federais e 10 auditores da Controladoria-Geral da União.
Assessoria de Comunicação Social