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Operação especial leva a sete prisões temporárias no Mato Grosso do Sul
A Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), realizou hoje (16) a Operação Questor, com o objetivo de desarticular uma quadrilha composta por funcionários públicos e empresários, que fraudava procedimentos licitatórios com recursos federais destinados às áreas de saúde, educação e infra-estrutura em municípios do Mato Grosso do Sul.
A operação visou o cumprimento de sete mandados de prisão temporária e 26 mandados de busca e apreensão, com a participação de 88 policiais federais e 10 servidores da CGU, nos municípios de Ladário, Corumbá, Dourados e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e em municípios do Paraná e do Rio Grande do Sul.
A investigação durou mais de um ano e desenvolveu-se em conjunto com os três órgãos, tendo sido apurado um prejuízo de mais de R$ 500 mil aos cofres públicos, em licitações promovidas pelos municípios de Ladário e Corumbá (MS). A operação ganhou este nome em alusão ao administrador financeiro da antiga Roma, Questor, responsável pela coleta de impostos, supervisão do tesouro e da contabilidade do "Estado Romano", função equivalente ao atual secretário de finanças municipal e/ou estadual.
As investigações tiveram origem em denúncias apresentadas ao Ministério Público Federal acerca de irregularidades na aquisição de merenda escolar nos municípios de Ladário e Corumbá. Após serem requisitadas cópias da documentação relativa às despesas com merenda escolar, o MPF constatou indícios de fraude em procedimentos licitatórios realizados em Ladário.
O aprofundamento das investigações revelou a existência de uma organização criminosa atuando na montagem e manipulação de processos licitatórios, mediante a restrição ao caráter competitivo, falsificação de documentos habilitatórios, montagem de licitações, dentre outras irregularidades, a fim de favorecer empresas fantasmas e outras com vínculos entre os proprietários e servidores da prefeitura de Ladário, propiciando contratações com sobrepreço e superfaturamento.
Entre as prisões temporárias, destaca-se a prisão de vários integrantes da administração municipal de Ladário, dentre eles o secretário de Administração e Finanças e a secretária de Educação, além de um empresário.
Assessoria de Comunicação Social