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Premiação de concursos culturais da CGU atesta difusão do controle social
O trabalho de combate e prevenção à corrupção, além de benefícios à sociedade, traz também inspiração. Durante a celebração do Dia Internacional de Combate à Corrupção, na tarde desta quinta-feira (9), participantes dos concursos culturais da Controladoria-Geral da União (CGU) receberam prêmios pelas melhores obras e puderam exibir trabalhos vencedores em 2010, entre aproximadamente 150 mil concorrentes.
Desenhos, redações, monografias, filmes e gravações de áudio, todos com temas focados na prevenção e no combate aos desvios dos recursos públicos e empenhados na boa destinação do dinheiro dos contribuintes. “Queremos estimular a formação da cultura da ética e da cidadania”, justificou o secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da CGU, Mário Vinícius Spinelli.
O sítio eletrônico da CGU (www.gov.br/cgu/pt-br) divulga na sua página principal a relação dos estudantes, professores, universitários, pesquisadores e cidadãos em geral que tiveram suas idéias premiadas. O concurso de redações e desenhos, na sua quarta edição, alcançou superou a marca de 615 mil trabalhos concorrentes, com a mobilização de 873 mil estudantes, e, hoje, merece citação em eventos internacionais como exemplo de iniciativa para incentivar o controle social.
O garoto Leonardo de Souza, de 10 anos, é prova viva do sucesso das iniciativas de difundir entre a população a preocupação com a destinação do dinheiro público. A idéia para o desenho de um hospital com problemas nasceu da experiência de assistir, na companhia do pai, as notícias em telejornais sobre os problemas nos hospitais do Distrito Federal. “Vi que estava faltando médico”, lamenta o aluno de uma escola rural de Planaltina.
O trabalho do menino sensível à situação que afeta seus conterrâneos foi considerado o melhor de todo o país na categoria dos desenhos feitos por estudantes do ensino fundamental. “O tema corrupção é importante e serve para mostrar, numa escola rural, que os cidadãos temos deveres, mas também temos direitos”, explica a professora Liane Macedo, responsável pelo dia-a-dia de Leonardo e seus colegas de 4ª série na sala de aula. “Desde 2008 participamos dos concursos da CGU.”
O estudante tímido não conteve o sorriso quando confirmou que usaria seu prêmio, um notebook, para jogar vídeo games. Outro aparelho, igual, foi parar nas mãos de Lara Machado, 11 anos, aluna da 5ª série de escola particular no Lago Sul, bairro nobre da capital federal. A autora de redação premiada em primeiro lugar transformou, em seu trabalho, o próprio dinheiro público mal usado em um personagem, fazendo a narrativa na primeira pessoa. “Foi uma sensação ruim, de frustração, por não poder ajudar as pessoas e, ao mesmo tempo, não ter culpa por isso.”
Rapidamente Lara também descobriu utilidade para o computador portátil que ganhou pela obra premiada. “O notebook era tudo o que eu queria, vou poder fazer de tudo”, disse. Na companhia da mãe e de uma irmã mais nova, usando uniforme da escola e com os cabelos compridos bem arrumados, a estudante logo decidiu que a máquina será útil no ano que vem, para a produção de nova redação. “Só espero a definição do tema.”
A entrega de prêmios aos autores dos melhores trabalhos nos concursos culturais da CGU se repetiu nos Estados, em solenidades para comemoração do Dia Internacional Contra a Corrupção. Os autores, professores e escolas receberam diplomas, troféus, computadores, máquinas fotográficas e, no caso das monografias, prêmios em dinheiro. Em 2010, o tema para os desenhos e redações foi Como será o futuro do Brasil com o dinheiro público bem aplicado . O edital para a edição de 2011 deverá ser publicado durante o primeiro trimestre.
Assessoria de Comunicação Social