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Jorge Hage defende parceria entre público e privado para combate à corrupção
O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, destacou, nesta quarta-feira (21), em São Paulo (SP), durante a abertura da Conferência Latino-Americana sobre Responsabilidade Corporativa na Promoção da Integridade e no Combate à Corrupção, a importância da adoção, pelos governos, de medidas que estimulem a adoção de providências de integridade pela iniciativa privada.
“Os governos não podem vencer a luta contra a corrupção sozinhos, até porque muitas das formas de corrupção, embora não todas, envolvem os dois lados do balcão para se concretizarem”, discursou Hage durante a abertura do evento, no centro de eventos Fecomércio, em São Paulo. “Ainda falta muito para convencer a grande maioria dos empresários de que é um bom negócio dizer não à corrupção”, acrescentou o ministro.
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A conferência é resultado de parceria da CGU com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), e conta com o apoio do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social. Até amanhã, o evento terá a participação de representantes do setor empresarial, de governos, da academia e da sociedade civil, do Brasil e do exterior, e de organismos internacionais.
Na cerimônia de abertura da conferência, a mesa com as autoridades reuniu o vice-secretário-geral da OCDE, Richard Boucher; o vice-presidente da Colômbia, Francisco Santos Calderón; o ministro de Administração Pública do México, Salvador Vega-Casillas; o secretário Nacional de Transparência da Gestão do Equador, Juan Sebastián Roldán; o chefe da Seção sobre Corrupção e Crimes Econômicos do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Dimitri Vlassis; o diretor do Departamento de Cooperação Jurídica da Organização dos Estados Americanos, Enrique Martinez; e o representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Xavier Comas.
Nestas quinta e sexta-feiras, técnicos e estudiosos do setor público, da iniciativa privada e do terceiro setor participam de discussões sobre os riscos e as conseqüências associadas à corrupção nas transações comerciais. Buscam também propostas para o aprimoramento da legislação dos países latino-americanos quanto à responsabilização das empresas por atos de corrupção.
“Uma primeira etapa a ser desempenhada pelos governos tem a ver com o seu dever básico como governo: mostrar que está disposto a coibir as práticas ilícitas naquilo que dele dependa e a garantir, assim, as condições de livre competição empresarial”, disse o ministro. Hage listou requisitos básicos desse processo: legislação e regulamentação claras para licitações e compras governamentais; medidas repressivas contra maus funcionários públicos e empresas corruptas; e punição com sanções dissuasivas.
Assessoria de Comunicação Social