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Empregado da Dataprev usava senha de colega morto para conceder benefícios
O Diário Oficial da União publica nesta segunda-feira (17) a demissão por justa causa do empregado da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) Edson da Rocha, determinada pelo ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage. Sindicância feita pela CGU concluiu que Edson foi responsável pela concessão de pelo menos 63 benefícios ilícitos, utilizando-se de senhas de colegas de trabalho, um deles já falecido quando ocorreram as irregularidades.
O processo de concessão dos benefícios exige duas senhas diferentes. Uma delas, exclusiva de empregados da Dataprev, pertencia ao falecido empregado Ismael Ferreira Neto, que trabalhou com Edson da Rocha e era seu amigo próximo; a outra, de uso de empregados do INSS, era de Iacy de Abreu Ferreira, considerado “crédulo e ingênuo” pela comissão de sindicância, e com o qual Rocha também mantinha contato.
Suporte técnico
As irregularidades ocorreram entre maio e agosto de 2006, sobretudo nas agências da Previdência Social GEXRJ Sul e APS Méier, no Rio de Janeiro. Para conceder irregularmente os benefícios, Rocha se prevalecia do acesso aos computadores das agências, já que, na condição de técnico em informática, era encarregado de dar suporte técnico a esses computadores.
Investigado na mesma sindicância, o empregado Marco Antônio Távora Fortes foi punido com uma advertência escrita, por se mostrar negligente em relação à segurança do acesso à sua estação de trabalho, no âmbito da Dataprev. Outros dois investigados não tiveram comprovada a participação nos fatos.
Em suas conclusões, a comissão de sindicância da CGU recomendou que se cobrasse do INSS e da Dataprev, por meio de ofícios, o aprimoramento da gestão de processos e rotinas, para evitar a repetição de irregularidades similares, a exemplo da manutenção da validade de uma senha, mesmo após o falecimento de seu titular.
Assessoria de Comunicação Social