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Alunos e professores da UnB debatem o combate à corrupção no Brasil
Durante quatro horas, cerca de 180 universitários, professores, servidores públicos e cidadãos, se reuniram na manhã desta sexta-feira (19), no auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasilía (UnB), para ouvir opiniões e debater com especialistas o tema “Os desafios do combate à corrupção no Brasil”. O seminário promovido pela Controladoria-Geral da União (CGU) e a Universidade de Brasília (UnB) faz parte do projeto Debates Acadêmicos sobre Prevenção e Combate à Corrupção, que está sendo realizado em instituições de ensino superior de todo o País.
O projeto tem o objetivo de despertar e fortalecer o interesse, no ambiente acadêmico, pela temática do fenômeno da corrupção, além de estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre o assunto e conscientizar alunos e professores sobre o papel deles na luta contra práticas corruptas.
A mesa de debates, presidida pela diretora de Prevenção da Corrupção da CGU, Vânia Vieira, foi formada por professores da Universidade de Brasilia (UnB), da Universidade Católica de Brasilia (UCB) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O professor Ricardo Caldas, da UnB, abordou o tema sob a perspectiva da sociedade acerca da ética e da corrupção. Julie Schmied, com pós-doutorado em Direito Internacional, explicou a implementação das convenções internacionais sobre corrupção no Brasil.
Já David Fleischer, cientista político, fez palestra sobre o monitoramento e a investigação da corrupção. Fernando de Barros Figueiras, graduado em Ciências Sociais, falou sobre corrupção e legitimidade, enquanto Antenor Madruga Filho, doutor em Direito Internacional, tratou dos efeitos extraterritoriais da corrupção de funcionários públicos estrangeiros.
Representando a CGU, o secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas, Marcelo Stopanosvski, fez palestra sobre o tema “A informação e o fenônemo da corrupção”. Ao falar da idéia da CGU de promover os debates acadêmicos para discutir profundamente o tema, ele afirmou que dar acesso à informação é uma das estratégias para combater a corrupção: “gerar a transparência é fundamental".
O professor David Fleischer, ao defender o monitoramento e a investigação como formas de combater a corrupção, destacou o papel da mídia, que, segundo ele, tem sido muito importante nesse combate. Fleischer ressaltou também a atuação dos órgãos de controle do Estado e da Polícia Federal. Já o professor Ricardo Caldas mostrou uma pesquisa sobre ética, realizada no Brasil, que retrata um "desconhecimento expressivo da sociedade sobre o significado do que é ser ético”.
Para a universitária Soraia Cardoso, do curso de Ciências Políticas da UnB, o debate foi positivo, pois tratou de um tema que está presente no cotidiano de todas as pessoas. "A corrupção foi tratada aqui de diversas maneiras, entre elas a jurídica e de opinião", disse Soraia. Para Luis Gustavo, que cursa Relações Internacionais, o debate propociona um conhecimento maior sobre o tema corrupção, que não é tratado na universidade. "A gente pode ter uma nova visão, com a opinião desses especialistas", afirmou.
Assessoria de Comunicação Social