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Jorge Hage discute, em Doha, medidas contra a corrupção
Convidado pela Organização das Nações Unidas, o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage, viaja neste final de semana a Doha, no Qatar, para discutir, num grupo seleto representando por não mais de 15 países, as melhores iniciativas mundiais em transparência pública e prevenção da corrupção. A reunião acontece entre segunda e quarta-feira e suas conclusões servirão de subsídio para a próxima Conferência dos Estados Partes da Convenção da ONU contra a Corrupção, programada para novembro, também em Doha.
Segundo Jorge Hage, o convite, feito pelo Escritório das Nações sobre Drogas e Crime (UNODC), ocorre em reconhecimento aos avanços conseguidos nos últimos anos pelo Governo Brasileiro nas áreas de prevenção e combate à corrupção. Com efeito, em julho do ano passado o Brasil apresentou, a convite do UNODC, essas e outras iniciativas, em reunião do Conselho Econômico-Social da ONU, em Nova York , e, em novembro, na sede do UNODC, em Viena.
Agora, em Doha, estarão reunidos especialistas convidados para debater e avaliar medidas de prevenção da corrupção, com vistas à sua disseminação entre os países signatários da Convenção da ONU. No encontro, o ministro vai expor as iniciativas brasileiras nessa área, com ênfase no Portal da Transparência, que hoje é referência internacional e foi várias vezes premiado, inclusive pelas Nações Unidas.
Novo patamar
O ministro lembrou ainda que o Brasil ficou colocado, recentemente, em 8° lugar, num ranking de 85 países que tiveram analisado o grau de transparência de seus orçamentos, segundo pesquisa divulgada esta semana pelo IBP, uma ONG sediada em Washington. Na pesquisa, o Brasil ficou atrás apenas de seis países do Primeiro Mundo e de um único emergente – a África do Sul – colocando-se à frente de todos os demais, inclusive Índia, Rússia e China. Na América Latina, o Brasil foi o melhor colocado, muito à frente do México e da Argentina.
Para Hage, se o Brasil é convocado para oferecer cooperação técnica a outros países, além de receber sucessivas delegações estrangeiras que vêm conhecer as experiências brasileiras, é porque o país mudou de patamar no cenário internacional. “E em meio à atual crise econômica mundial, a melhoria da imagem do Brasil é de crucial importância para aumentar não só a confiança dos investidores, mas também o respeito dos demais governos ao Estado Brasileiro, para que não se pretendam mais discutir as grandes questões mundiais ignorando os interesses do Brasil”, sustenta.
A Convenção da ONU contra a Corrupção é o mais abrangente instrumento internacional formulado para enfrentar o problema. Daí porque especialistas de todo o mundo e com experiência em setores diversos - governos, organismos internacionais, academia e sociedade civil - vêm aprofundando as discussões sobre as melhores formas de colocar em prática as propostas contidas no Capítulo II da Convenção, dedicado inteiramente ao aspecto da prevenção da corrupção.
Assessoria de Comunicação Social