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Cotidiano serve de inspiração para crianças aprenderem sobre cidadania
A vivência de experiências rotineiras, durante as sete oficinas que eram parte da programação do Dia da Criança Cidadã , serviu para estudantes de escolas públicas do Distrito Federal e Entorno celebrarem o Mês da Criança aprendendo sobre cidadania, ética, respeito, convivência social. A espontânea reação de meninos e meninos contra o colega que, numa encenação, desrespeita uma simulada fila de banco é a prova de que a consciência e a indignação para defesa dos próprios direitos independem da idade.
Nas manhã e a tarde desta quinta-feira (23), na sede do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), a meninada teve oportunidade de usar cotidiano para se familiarizar com conceitos essenciais ao exercício da plena cidadania. “Fiquei impressionada com a resposta que os garotos e garotas deram à tentativa de desrespeito à fila”, comentou a atriz Ada Luana, a monitora responsável pela oficina de teatro. “Achei que ninguém falaria nada e todos reagiram juntos, surpreendentemente.” O protesto deu resultado: o furão foi para o fim da fila.
A estratégia de mostrar que a cidadania está presente no dia-a-dia se repetiu nas oficinas de artes plásticas, danças, contos e em palestra sobre noções de consciência ambiental, quando as sobras do lanche serviram de exemplo sobre reciclagem e destinação do lixo. E os grupos de crianças, estudantes de 12 escolas diferentes, acompanhadas por 24 monitores, aprendiam enquanto se divertiam, num dia de aprendizado diferente daquele com o qual estão acostumadas, nas salas de aula.
“Uma criança cidadã é uma criança feliz porque é uma pessoa unida”, disse Martônio Azevedo, de 9 anos, para explicar a estampa na camiseta e justificar sua participação e a dos 24 colegas no evento organizado pela Controladoria-Geral da União (CGU), Escritório das Nações Unidas sobre o Drogas e Crimes (UNODC), o Programa Escolas Irmãs e o Censipam. “Vim por causa das brincadeiras, brindes e da gincana.” O aluno de escola pública é o terceiro de cinco irmãos, filhos de uma empregada doméstica da Cidade de São Sebastião, no Distrito Federal, distante 22 quilômetros do Plano Piloto.
O tema que motiva o evento Dia da Criança Cidadã é familiar para Martônio e os colegas. “No projeto pedagógico da escola, trabalhamos com os conceitos de cidadania, ética e valores”, conta a professora Elisa Lázaro. “Procuramos conversar sobre respeito, comportamento em sociedade e incentivar o exercício crítico.” O conhecimento do assunto ajudou a atiçar a curiosidade dos estudantes, avisados de véspera sobre a programação do dia seguinte. “Ficaram todos ansiosos, acharam o máximo e ficaram cheio de expectativa.”
Para os alunos da 1ª série de escola da zona rural, também de São Sebastião, um dia de novidades em série: o passeio de ônibus, a visita ao Plano Piloto e a participação em evento que seguramente foi surpreendente. “As crianças sabiam que participariam de um passeio, mas nem imaginam o que ia acontecer por aqui. Dentro da programação, apresentações do Portalzinho da CGU, que, com jogos, historinhas e brincadeiras ensina à criançada noções de ética, cidadania e controle social sobre os gastos públicos.
À tarde, foi realizada uma cerimônia com a participação de autoridades e representantes das instituições parceiras no evento. O secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas da CGU, Marcelo Stopanovski, destacou a importância de uma iniciativa como essa: “Nós estamos mostrando para essas crianças que quando se fala em coisa pública, em patrimônio público, todos nós temos que ajudar a cuidar. Quando uma criança, desde pequena, já começa a pensar sobre o que é a sociedade, o que é a questão pública, essa criança vai ser uma cidadã muito mais preparada para exercer o controle social, para participar das decisões que afetam a todas as pessoas.”
Assessoria de Comunicação Social