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Parceiros da CGU narram experiências integradas contra a corrupção
O Ministro do Controle e da Transparência, Waldir Pires, destacou hoje, durante comemoração do Dia Internacional contra a Corrupção, no auditório da Controladoria-Geral da União, o trabalho articulado entre os diversos órgãos do governo e do Estado Democrático como fator de eficiência no combate à corrupção no Brasil. "Com isso, agilizamos as ações, evitamos duplicidade de esforços e potencializamos resultados, em benefício da sociedade", disse o ministro, na abertura das comemorações.
Com efeito, durante o evento, representantes de vários órgãos parceiros da Controladoria fizeram rápidas exposições sobre experiências integradas de combate à corrupção, destacando o grau de eficiência conseguido a partir dessa forma de atuar. O diretor do Departamento de Recuperação de Ativos (DRCI), do Ministério da Justiça, Antenor Madruga, citou a Estratégia Nacional de Combate à Lavagem de Dinheiro (Encla), que reúne mais de 20 órgãos do governo, como um dos mais eloqüentes exemplos dessa integração.
O presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Antônio Gustavo Rodrigues , destacou o aumento do número de comunicações entre o Coaf e a CGU (uma em 2002, 3 em 2003, 16 em 2004 e 26 neste ano, até agora), além do trabalho cooperativo entre todos os demais órgãos com assento no Conselho, como mais um exemplo expressivo de trabalho articulado.
O Procurador Regional da República na 5ª Região, Fábio George da Nóbrega, relatou a importância da articulação entre o Ministério Público, a Polícia Federal e a CGU para o êxito dos trabalhos que levaram à chamada Operação Confraria, durante a qual se desmascarou, na prefeitura de João Pessoa, capital da Paraíba, a prática irregular do uso de licitações antigas para fugir do processo licitatório na contratação de novas obras realizadas com recursos federais. Segundo ele, o esquema causou, até aqui, R$ 18,9 milhões de prejuízos à União.
Carlos Mazzoco, atual Procurador-Geral da República no Espírito Santo, participou de ação semelhante, envolvendo Ministério Público, Polícia Federal e CGU, que desmantelou uma quadrilha responsável pelo desvio de um montante de recursos federais da ordem de R$ 200 milhões, em Roraima. A operação ficou conhecida como "Gafanhoto" e interrompeu o pagamento irregular a cerca de cinco mil funcionários fantasmas, levando à prisão de 53 pessoas, entre elas um ex-governador e vários outros políticos, que tiveram bens seqüestrados e contas bancárias bloqueadas.
A Coordenadora-Geral da Polícia Fazendária, do Departamento de Polícia Federal, delegada Valquíria de Andrade, enumerou muitas outras ações desenvolvidas conjuntamente pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União, enquanto a Procuradora da República no Distrito Federal, Raquel Branquinho, afirmou que o trabalho integrado dos diversos órgãos tem levado a grandes avanços no combate às burlas de processos licitatórios, sobretudo nas áreas da informática e de serviços de publicidade.
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