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CGU será centro de excelência no combate à corrupção
A Controladoria-Geral da União (CGU) será um centro de excelência na América do Sul para o combate à corrupção. O Ministro do Controle e da Transparência, Waldir Pires, que já informou o Presidente Lula sobre o assunto, disse que a Controladoria e o Escritório da ONU contra Drogas e Crime para o Brasil e o Cone Sul (Unodc) desenvolvem um acordo de cooperação que dará à CGU o nível de excelência, no continente, em sua área de atuação.
“Trata-se do inequívoco reconhecimento do grande esforço que faz o Governo do Presidente Lula para enfrentar o histórico problema da corrupção e da impunidade em nosso país”, disse ele, ressaltando que esta é a primeira vez, fora do Escritório Central do Unodc, em Viena, que a ONU implantará um centro de excelência destinado a combater a corrupção. Esse centro, disse ainda o ministro, vai ocupar-se de capacitar e acompanhar a luta contra a corrupção nos países da América do Sul.
Competências múltiplas
O acordo firmado entre a Controladoria e o Unodc inclui o desenvolvimento de projetos voltados ao aprimoramento das técnicas de auditoria e fiscalização da CGU, bem como à implementação de mecanismos de controle social, fortalecidos pela mobilização da sociedade civil. Seminários, cursos de capacitação e de treinamento, pesquisas e estudos de casos serão desenvolvidos por consultores nacionais e convidados internacionais.
Para o ministro Waldir Pires, a estrutura organizativa da CGU, “reunindo competências de controle sobre os gastos do dinheiro público federal, de prevenção da corrupção, de ouvidoras públicas e um sistema de correição, ajudará a tornar cada vez mais eficiente, eficaz e honesta a aplicação dos recursos públicos em benefício das políticas públicas que tornam decente a sociedade humana e assegura a legitimidade do Estado Democrático”.
“Vamos, juntos, preparar a CGU para transformá-la num centro de excelência na América do Sul para o combate à corrupção, e vamos fazer isso o mais rapidamente possível”, disse o representante do Unodc para o Brasil e Cone Sul, Giovanni Quaglia, quando da assinatura do acordo de cooperação, que se estenderá por todo o próximo ano e terá custo total da ordem de R$ 3 milhões.
A corrupção, segundo Quaglia, não é problema de um país isoladamente, mas acontece em todo o mundo. “Por isso o combate a ela requer também uma estreita e eficiente cooperação internacional como a que estamos desenvolvendo aqui, em parceria com a CGU”, disse ele.