Notícias
Hage garante que sorteio não prejudica controle das despesas diretas
“Mais uma vez, o senhor Fernando Antunes, que acumula a presidência de duas entidades – a União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle e o sindicato da categoria – com a sua condição de militante de um partido de oposição, bate na mesma tecla surrada, como se a fiscalização dos recursos federais destinados a municípios e Estados acarretasse algum prejuízo ao controle das despesas diretas da Administração Federal”.
O comentário é do Subcontrolador-Geral da União, Jorge Hage, rebatendo declarações do presidente da Unacon, Fernando Antunes, segundo as quais a fiscalização feita quanto à aplicação de recursos federais repassados a municípios e Estados prejudica as auditorias da CGU em órgãos federais.
“Não há nada mais falacioso. Neste ano de 2005 foram realizados apenas quatro edições do sorteio, que ocuparam basicamente o pessoal dos escritórios regionais da CGU, nos Estados. Todo o contingente sediado em Brasília, que é de aproximadamente 800 auditores, trabalhou de janeiro até hoje auditando os órgãos federais”, garantiu Jorge Hage.
Para ele, na sua condição de auditor, Fernando Antunes sabe muito bem que em nenhum lugar do mundo as auditorias eliminam a corrupção. “Elas têm que ser complementadas, isso sim, por uma série de outras ações, seja de caráter preventivo – como as medidas de transparência, inéditas no Brasil, que somente o atual governo começou a adotar –, seja de caráter punitivo, que não dependem somente da CGU, mas também do Ministério Público e do Poder Judiciário”, concluiu o Subcontrolador.