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Lavagem de dinheiro: é preciso prevenir, identificar e bloquear
O processo brasileiro no combate à lavagem de dinheiro e os mecanismos bancários da Suíça, assim como a questão do sigilo bancário, foram os principais temas do workshop Lavagem de Dinheiro – Recuperação de Ativos, que terminou há pouco no IV Fórum Global de Combate à Corrupção.
De acordo com Eric Martin, chefe da Divisão de Assuntos Econômicos e Financeiros do Departamento de Relações Exteriores, da Suíça, é preciso lidar com dinheiro ilícito em três frentes: prevenção, identificação e bloqueio e restituição. Além disso, Martin afirmou que a resposta suíça diante do caso Montesinos provou que o país não é nada legalista. “Ao contrário, somos pragmáticos. O sigilo bancário não foi obstáculo à cooperação no caso Montesinos”, afirmou.
Para o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Gilson Dipp, a lavagem de dinheiro é o ponto final da corrupção. “Isso permite que dinheiro ilícito possa circular livremente, sob a áurea da licitude”, lamentou. “Para combater esse mal, é preciso descapitalizar o crime. Assim, ele tende a falir”, lembrou.
O workshop também contou com a participação de Astrid Leigh, membro do Grupo de Trabalho sobre Prevenção à Corrupção do Departamento de Controladoria-Geral, do Peru, que falou sobre a experiência de seu país no combate à lavagem de dinheiro; Wannine de Santana Lima, coordenadora-geral de Recuperação de Ativos do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional do Ministério da Justiça; José Ugaz Sánchez Moreno, oficial sênior de Integridade Institucional do Departamento de Integridade Institucional, do Banco Mundial; e Michael Levi, professor de Criminologia, Escola de Ciências Sociais da Universidade de Cardiff, no Reino Unido.