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Waldir Pires diz que apuração é ampla e dispensa CPI
A Controladoria-Geral da União requisitou à direção da Empresa Brasileira de Correios a relação das licitações e contratos firmados a partir de 2003 e, seguindo determinação do ministro Waldir Pires, o levantamento não se limitará à diretoria Administrativa da ECT, referida na denúncia publicada há pouco mais de uma semana pela revista Veja.
A análise se estenderá também às diretorias de Operações e de Tecnologia, que, ao lado da diretoria de Administração, concentram os maiores e mais numerosos contratos da empresa. Os auditores da CGU estão trabalhando agora na análise de todos os contratos firmados, em 2004, entre a estatal e várias empresas de transporte de carga postal aérea.
Apuração eficaz
O ministro disse hoje (24), na abertura de um seminário promovido pela Frente Parlamentar de Luta contra a Corrupção, que em nenhum outro momento da história do Brasil se fez tanto quanto o governo do Presidente Lula vem fazendo no combate à corrupção e na apuração das denúncias sobre casos de desvios.
Segundo Waldir Pires, esse empenho do governo é claramente observado no tratamento dado à denúncia envolvendo o recebimento de propina por parte de um funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, razão pela qual ele não vê necessidade de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apuração dos fatos.
"Os denunciados foram afastados e o governo acionou, por meio da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, os mecanismos de apuração sérios e eficazes, além de, como sempre, abertos ao Ministério Público e à sociedade, de forma que a instalação de uma CPI nesta hora parece servir mais a interesses político-eleitorais, do que à apuração da denúncia", sustentou o ministro.
Waldir Pires assegurou que a apuração da denúncia está sendo feita de forma integral e que a Nação será amplamente informada de seus resultados, como recomenda a prática da democracia.
No dia imediato à divulgação da denúncia envolvendo os Correios, a CGU criou um grupo de trabalho para acompanhar a sindicância instaurada na empresa para apurar os fatos e determinou a realização de uma auditoria especial em contratos e licitações celebrados pela estatal. Oito analistas da CGU compõem a equipe encarregada da auditoria especial e três outros integram o grupo que acompanha a sindicância.