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Jorge Hage vê viés político em críticas de dirigente da Unacon
"A análise do presidente da União Nacional de Técnicos e Analistas de Finaças e Controle, Fernando Antunes, tem viés político, até porque ele integra um partido político que faz oposição ao governo". O comentário é do Subcontrolador-Geral da União, Jorge Hage, contestando declarações feitas ontem pelo presidente da Unacon, para quem o governo, por conveniência política, não estaria tomando providências para sanar os desvios e fraudes levantados pela Controladoria-Geral da União, sobretudo nos programas de transferência de renda.
Para Jorge Hage, esse não é, de modo algum, o pensamento dominante no corpo de auditores da CGU. "Nossos analistas são extremamente profissionais e não misturam as coisas", disse ele, acrescentando que não é nenhuma novidade o fato de que os ministérios gestores dos programas estão desaparelhados para cumprir, de imediato, as recomendações da CGU. Mas, isso acontece, segundo Hage, porque, os governos anteriores deixaram a administração federal desmantelada, desaparelhada, quase destruída.
Tentativa vã
"Terceirizaram tudo a pretexto de enxugamento da máquina, de modo que é preciso algum tempo para criar novos cargos, o que depende de aprovação de lei no Congresso e da abertura de concursos, além da preparação de pessoal nos ministérios para mudar essa realidade", explicou.
Hage disse ainda que Antunes requentou questões inteiramente superadas e esclarecidas perante o Tribunal de Contas da União, e considerou as declarações do presidente da Unacon "uma vã tentativa de aproveitar-se de um assunto sério apenas para atingir o governo do Presidente Lula".