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Waldir Pires prorroga permanência de auditores em Porto Seguro e Maragogipe
O trabalho dos auditores da Controladoria-Geral da União que apuram denúncias de irregularidades na aplicação de recursos federais pelas administrações municipais de Porto Seguro, no sul da Bahia, e em Maragogipe, no Recôncavo baiano, foi prorrogado ontem por determinação do Ministro-Chefe da CGU, Waldir Pires. No caso de Porto Seguro, a prorrogação foi de uma semana, e, no de Maragogipe, de mais três dias.
As prorrogações atenderam solicitação dos coordenadores das equipes, que alegaram o grande volume de trabalho ainda por ser feito em razão do número de denúncias que vêm sendo apuradas. Assim, a "força-tarefa" que atua em Porto Seguro permanece no município até a próxima sexta-feira, dia 30, enquanto a equipe de Maragogipe estende seus trabalhos até quarta-feira, dia 28.
O envio dos auditores a Porto Seguro foi determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pessoalmente convencido da gravidade dos fatos denunciados em reportagem veiculada pelo programa "Fantástico", da Rede Globo, na edição do dia 11 deste mês. A equipe que apura as irregularidades denunciadas naquele município é composta por fiscais e auditores da CGU, procuradores dos Ministérios Públicos Federal e Estadual (Bahia), técnicos da Caixa Econômica Federal, delegados e agentes da Polícia Federal, além de peritos médicos do Ministério da Saúde.
Apurações paralelas
O Ministro Waldir Pires disse ontem que, afora os municípios definidos pelo programa de sorteio mensal, a Controladoria-Geral só poderá determinar fiscalizações especiais em outras unidades municipais "observando o limite de sua capacidade operacional e levando sempre em conta a consistência e a seriedade das denúncias formuladas". Ele lembrou que, além de Porto Seguro e Maragogipe, está também sob fiscalização especial o município de Guamaré, no Rio Grande do Norte.
Em Maragogipe, uma denúncia fundamentada com imagens e entrevistas, recentemente veiculada pelo Jornal Nacional, também da Rede Globo, mostrava fortes evidências de desvio de recursos e de enriquecimento ilícito do prefeito. No caso de Maragogipe, o atual prefeito, acusado de desviar recursos do Fundef e do SUS, é réu confesso do desvio de R$ 36 milhões da Universidade Católica de Salvador, da qual foi gerente financeiro, segundo denúncias não contestadas e veiculadas nos últimos dias pelo jornal "A Tarde".
Quanto ao município baiano de Itabuna, o Ministro esclareceu sido informado de que o representante do Ministério Público no município, Márcio Cordeiro Fahel, desmentiu a notícia de que tenha acusado a prefeitura de desvio de recursos da Saúde e de que, ainda assim, o Ministério da Saúde fará, a pedido do próprio prefeito, uma ampla auditoria sobre a aplicação dos recursos da pasta, no município.