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Visita técnica ao Vale do Catimbau investiga clima e caracterização botânica
Na última terça-feira (21), uma equipe do Centro de Tecnologias estratégicas do Nordeste (CETENE) realizou nova visita técnica ao Vale do Catimbau, no município de Buíque, Pernambuco, em mais uma etapa do projeto de Extração de Óleos Essenciais, que integra a macro área de Biotecnologia da instituição. De acordo com a bolsista do Programa de Capacitação Institucional (PCI) Milena Silva, o objetivo foi observar mais a fundo algumas plantas de interesse, que são nativas e endêmicas da localidade, situada na mesorregião entre o Agreste e o Sertão do Estado.
Após uma primeira visita exploratória, em parceria com o Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em abril, a equipe do CETENE passou a investigar o impacto do clima nas plantas pesquisadas. "Lá em Buíque, no Catimbau, o clima é totalmente diferente [em relação ao Recife]. Então nos compostos desses produtos que a planta gera, especialmente o óleo essencial que a gente está trabalhando no CETENE, é bem interessante saber qual o impacto que o clima pode gerar nesses bioativos", explica Milena.
Com exceção do Alecrim-Pimenta, que inclusive já possui um canteiro na estufa da Biofábrica do CETENE, os outros exemplares coletados ainda carecem de identificação botânica, trabalho que pode levar meses. A caracterização e extração dos óleos ocorrem principalmente no Laboratório de Fitoquímica e Integração de Processos (LAFIP), com suporte da Central Analítica (CEAN) e supervisão do tecnologista James Melo, responsável pelo laboratório.
RIQUEZA E RESISTÊNCIA - Qual é a importância do Vale do Catimbau para o projeto de Extração de Óleos Essenciais? "Fundamental", resume Milena, destacando a grande riqueza biológica da região. "Não é só explorar, mas também valorizar isso. Para mim foi uma alegria imensa essa oportunidade de conhecer a biodiversidade. A gente fica surpreendido com como a natureza é maravilhosa, como ela resiste, apesar de várias barreiras que ela enfrenta, mas ela resiste", pontua a pesquisadora.