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Documentário fomenta debate sobre questões de gênero no Mês da Mulher
Exibição e debate contaram com participação da diretora do Cetene, Giovanna Machado
A violência provocada pelo machismo atinge não apenas mulheres, mas também homens. Essa é uma das reflexões provocadas pelo documentário “Precisamos falar com os homens? Uma jornada pela igualdade de gênero” (ONU Mulheres, 2016), exibido pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), nesta quinta-feira (17). A atividade integrada à programação do Mês da Mulher ocupou a Sala de Interatividade, no prédio sede, e foi terreno para a partilha de depoimentos difíceis sobre assédios profissionais e no cotidiano entre servidores(as) e colaboradores(as).
Resultado de uma pesquisa em diversos estados do Brasil, o documentário é um recorte de mais de 80 horas de vídeos. De acordo com a produção do longa-metragem, mais de 20 mil pessoas foram ouvidas no maior levantamento sobre gênero realizado no País até aqui. A divisão do trabalho doméstico, a licença paternidade, as discrepâncias no mercado de trabalho e a sensibilidade masculina também estão entre as pautas abordadas nos 50 minutos que compõem o filme. Personalidades como o rapper Rico Dalasam e a filósofa e educadora social Germana Nascimento figuram esta produção.
Para a pesquisadora bolsista do Cetene Audrey Andrade, o resultado de ações que objetivam construir uma educação crítica sobre a prática machista ainda é insipiente. “Acredito que há progressos, se compararmos uma geração que veio antes da minha. Quando dizem que respeito e machismo podem coexistir, há uma falta de conhecimento do que isso significa social e intimamente”, observa, ao refletir também sobre a presença de discriminações e ignorância no meio acadêmico. “O momento para promover essa reflexão no Cetene é importante também para minimizar esse abismo.”
Organizadora do evento, tecnologista do Serviço de Pessoal (Sesep), do Cetene, Keyla Costa Reis mediou a roda de conversa na sequência da exibição e aponta resultados positivos da atividade. “Ela superou nossas expectativas, a discussão rendeu e o documentário foi bem aceito”, conta, ao indicar que o número de participações superou as inscrições. “A gente está sempre trazendo esse assunto. No Outubro Rosa voltamos a falar sobre mulheres, sobre feminismo, e o Novembro Azul também refletimos como que o cuidado masculino tem haver com o machismo e a sociedade pratiarcal”, conclui.