Notícias
Pesquisadora do CETEM apresenta trabalho em Conferência Internacional
A pesquisadora Ellen Giese participou da 8th Edition of Global Conference on Catalysis, Chemical Engineering & Technology , realizada nos dias 27 e 28 de setembro de forma virtual.
No evento, a pesquisadora apresentou o trabalho "Lamp phosphor powder bio-hydrometallurgical based recycling: It is possible an E-waste circular bioeconomy" , resultado de projeto com apoio do CNPq e SESCOOP.
Apesar do alto teor de terras raras contidos no pó de fósforo de lâmpadas fluorescentes, muitos consideram que a reciclagem desse material não é economicamente viável. No entanto, a coleta e a reciclagem de lâmpadas fluorescentes pós-consumo têm um alto valor social na contaminação pelo mercúrio que pode ser evitada, a qual é difícil de quantificar em termos econômicos. Além disso, existe o fato de que estas lâmpadas já são recicladas pelo menos parcialmente, e adicionar algumas etapas de processamento para melhor aproveitamento de seus componentes fosfóricos pode agregar valor econômico significativo ao processo.
Alcançar taxas de recuperação de terras raras a partir de resíduos eletroeletrônicos mais elevados depende de vários fatores. A legislação sobre a gestão do lixo eletrônico e a intensificação das medidas para reduzir a dependência das importações de terras raras serão essenciais para se obter autonomia sobre as matérias-primas críticas essenciais para o desenvolvimento econômico e tecnológico nos próximos anos. Isso implica em medidas para diversificar a oferta de fontes primárias e secundárias por meio de processos hidrometalúrgicos sustentáveis e eficientes, que devem ser baseados em tecnologias limpas e verdes, especialmente tecnologias de base biológica.
Como se esse desafio não bastasse, a crise do COVID-19 revelou a velocidade e a amplitude com que as cadeias de suprimentos globais podem ser interrompidas. As grandes potências políticas mundiais estabeleceram nos últimos meses um ambicioso plano de recuperação da pandemia, de aumento da autonomia estratégica, o que acabará por promover a transição para uma economia ecológica onde a bioeconomia terá um papel fundamental no atendimento da maioria das demandas industriais por meio da implementação de bioprocessos a compor a cadeia de reciclagem de resíduos na emergente mineração urbana.