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Parceria entre CETEM e IPHAN-RJ vai contribuir com a preservação de monumentos históricos no Rio
O CETEM e a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro (IPHAN-RJ), órgão do ministério da Cultura, assinaram Termo de Cooperação para desenvolver, no âmbito do laboratório público de alterabilidade de rochas ornamentais do CETEM, estudos que irão auxiliar o IPHAN técnica e cientificamente no diagnóstico do estado de conservação de materiais construtivos de Bens Imóveis tombados. Tais ações irão auxiliar o Iphan na fiscalização de ações de Manutenção, Conservação, Restauração e Monitoramento de Monumentos Históricos no Rio de Janeiro. O Cristo Redentor; Mosteiro de São Bento; Cia Docas (prédio sede da Superintendência do IPHAN no RJ); Hospital São Francisco de Assis e Igreja da Candelária integram os primeiros monumentos alvos da parceria.
A cooperação técnica permitirá que intervenções em bens pétreos e minerais tenham embasamento científico e tecnológico do Laboratório de Alterabilidade de Rochas Ornamentais do Centro, equipado com um grande número de instrumentos portáteis que permitem ensaios não destrutivos. A atividade do Laboratório do CETEM tem a função de descobrir patologias nos materiais pétreos e suas causas, bem como auxiliar o IPHAN no estudo de procedimentos de conservação e restauro que sejam compatíveis com materiais históricos e que possam sanar a ocorrência de patologias e dar subsídios aos restauradores. A parceria entre CETEM e IPHAN pode vir a consolidar o Laboratório de Alterabilidade do Centro como referência latino-americana para a conservação de pedras em bens tombados.
CETEM utiliza tecnologia mineral na preservação de monumentos históricos no Rio
Com a missão de desenvolver tecnologia para uso sustentável dos recursos minerais brasileiros, o Centro de Tecnologia Mineral aprimorou conhecimento em 35 anos de atuação que qualifica a instituição como referência nacional no suporte à preservação de monumentos históricos e culturais do país. O CETEM é chamado para dar suporte aos estudos preliminares sobre as condições das rochas que integram prédios históricos e monumentos, como o Paço Imperial, Parque Lage e o Cristo Redentor, entre outros.
O Centro analisa que tipos de pedras foram utilizados na estrutura e/ou revestimentos dos edifícios tombados, faz a caracterização física e química, avalia o grau de porosidade, massa específica e absorção de água, dentre outros parâmetros. A unidade de pesquisa verifica também os tipos de degradações sofridas pelas pedras, suas causas e analisa os diferentes métodos técnicos para sua proteção e, consequentemente, a preservação do monumento. Ao final de cada estudo, o CETEM emite um relatório técnico informando se a composição da rocha foi alterada ou não, embasando a escolha de produtos e procedimentos. As atividades de pesquisas amparando ações de restauro realizadas pelo Centro de Tecnologia Mineral são reconhecidas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, possibilitando a consolidação do órgão de pesquisa como um pólo de referência para essas intervenções.
O CETEM vem desenvolvendo este trabalho especializado há cerca de cinco anos, por intermédio da Coordenação de Apoio Tecnológico a Micro e Pequenas Empresas (CATE), sob a responsabilidade do pesquisador Roberto Carlos da Conceição Ribeiro. E no IPHAN-RJ, a arquiteta Catherine Gallois é quem coordena os trabalhos. Além do Paço Imperial, Cristo Redentor e Parque Laje, o Centro já realizou estudos para o Teatro Municipal do Rio de Janeiro; Museu Nacional da Quinta da Boa Vista; Fazenda Capão do Bispo; a Igreja de São Francisco da Prainha; as Banheiras Históricas da Floresta da Tijuca e o Prédio da Cia. de Navegação Costeira (Século XIX).
Atualmente, o CETEM realiza estudos sobre a caracterização e alterabilidade das pedras portuguesas no Rio de Janeiro, como os desenhos nas calçadas de notas musicais de Vila Isabel e as ondas nas de Copacabana.