Infraestrutura tecnológica
O Censipam utiliza dados gerados por meio de sua infraestrutura tecnológica composta de subsistemas integrados de sensoriamento remoto, radares, estações meteorológicas, comunicação, sensores e plataformas de coleta de dados presentes na região amazônica, os quais sustentam o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) para promover o monitoramento da região e produzir informações em tempo próximo ao real.
Essas informações subsidiam ações conjuntas de vários órgãos que atuam na Amazônia, nas esferas federal, estadual e municipal, reforçando parcerias e oferta de produtos desenvolvidos pelo Sistema.
Aeronaves de Sensoriamento Remoto
Aeronaves ERJ145 adaptadas com diversos sensores óptico, infravermelho, multiespectral e radar de abertura sintética (R-99) “aeroembarcados” para geração de imagens de alta precisão. Cada sensor possui uma aplicação específica, permitindo o emprego das aeronaves em diversos tipos de missão, cuja gestão das aeronaves é realizada pela Força Aérea.
O sensor OIS (óptico e infravermelho) é destinado a geração de vídeos com imagens diurnas, noturnas e de calor; o sensor SAR (radar de abertura sintética) permite gerar imageamento georreferenciado em alta resolução para análise de desmatamento, construções, alagamentos, sendo capaz de obter essas imagens através das nuvens.
Aeronaves de Vigilância Aérea
As cinco aeronaves E-99 operadas pela Força Aérea Brasileira (FAB) foram adquiridas dentro do Projeto SIVAM/SIPAM, estão equipadas com modernos sistemas de navegação e comunicação, do tipo Alerta Aéreo Antecipado e Controle (AEW&C - Airbone Early Warning and Control), além de potentes radares Ericsson Erieye, montados em seus dorsos, com capacidade de detectar qualquer aeronave que possa invadir o espaço aéreo brasileiro, mesmo em baixas altitudes, garantindo a soberania. Executam o comando e o controle a bordo, possuem avançada suite "dataredirecionar para". O E-99 AEW&C é uma das mais modernas aeronaves de inteligência, de reconhecimento e de vigilância.
Radares
O Censipam dispõe da maior rede de radares meteorológicos do Brasil. São 11 radares instalados nos estados de Roraima (1), Amazonas (4), Rondônia (1), Acre (1), Pará (2), Amapá (1) e Maranhão (1). Esse sensor é utilizado para o monitoramento de tempestades e previsão de curto prazo na Amazônia, já que é capaz de localizar e reproduzir as nuvens de chuva tridimensionalmente, assim como acompanhar o seu deslocamento. Resumidamente, os radares meteorológicos funcionam a partir da emissão de ondas eletromagnéticas para atmosfera que ao interagirem com partículas de água e gelo das nuvens, retroespalham parte da energia ao radar, que amplifica e interpreta este sinal possibilitando identificar a localização das nuvens e os pontos com maior intensidade de chuva.
Os radares operam com “receitas”, ou seja, conjunto de informações de como devem operar. Os radares do CENSIPAM trabalham com duas “receitas”, sendo a primeira nomeada como “meteorológica” e alcance de 240 km de raio e a segunda nomeado como “vigilância” e alcance de 400 km de raio. Os produtos provenientes dos radares meteorológicos do Censipam podem ser consultados na plataforma SOS Amazônia.
Antenas Receptoras de Satélites Meteorológicos e Ambientais
Antenas de recepção de imagens meteorológicas e ambientais de satélites de órbita polar, equipados com sensores de focos de calor, óptico, turbidez de água, voltada à recepção dos satélites da família NOAA e compatíveis. Os satélites meteorológicos e ambientais enviam diversas informações essenciais à previsão e ao estudo do clima, bem como ao monitoramento ambiental da região. As antenas receptoras, além de receberem essa informação, possuem processadores capazes de gerar diversos produtos para outras aplicações meteorológicas e ambientais.
Estação Meteorológica de Superfície
Essas estações servem para coletar e processar os dados meteorológicos como: velocidade e direção do vento, pressão atmosférica, temperatura, umidade relativa do ar, densidade pluviométrica e radiação solar. Os dados fornecidos pelas estações, e transmitidos pelas antenas de comunicação via satélite, também são utilizados nos estudos de climatologia e geração de produtos meteorológicos.
Modelagem Numérica do Tempo
Dentre os diversos avanços científicos que ocorreram no último século está a habilidade em simular complexos sistemas físicos utilizando modelos numéricos que constituem uma representação matemática aproximada da realidade. A habilidade de prever o tempo e o clima aumentou muito nas últimas décadas em função do avanço no entendimento dos processos que controlam a evolução do estado da atmosfera e dos componentes do sistema climático, dos métodos de solução numérica das equações que representam cada parte do sistema climático e da notável evolução da capacidade de processamento dos computadores.
O Censipam dispõe atualmente nesta área de rodadas operacionais dos modelos BRAMS e WRF, bem como disponibilização de saídas do modelo GFS para área de interesse, produzindo diariamente campos meteorológicos como precipitação, temperatura, umidade e ventos na abrangência da Amazônia Legal e América do Sul, servindo como ferramenta de fundamental importância na análise e elaboração dos boletins de previsão de tempo realizados pela equipe de meteorologistas.
Antena NOAA
A antena capta e suporta dados dos satélites NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) (15, 16, 17, 18 e 19), Metop 2, Terra, Acqua, NPP e NPOESS. O equipamento amplia o monitoramento ambiental e meteorológico da região amazônica. Emitem dados de pressão, umidade do ar, determinação dos tipos, temperaturas e tamanhos de nuvens. Também captam informações sobre as características físicas da terra e oceanos, dados de calor na superfície terrena, medição dos níveis de ozônio e concentração de clorofila são exemplos de elementos que permitem o controle de queimadas e poluição dos oceanos e do ar. Como também informações sobre a cobertura vegetal da terra, auxiliando no combate ao desmatamento.
Unidade Detectora de Raios
Sensor de descargas atmosféricas de uso meteorológico e de defesa civil. Utilizado de forma a cobrir as áreas de interesse para monitoramento em tempo real de raios e modelagem meteorológica. A rede de sensores de descargas atmosféricas é composta por unidades detectoras, associadas a antenas VSAT para a transmissão de dados, além dos fins meteorológicos, climatológicos e de defesa civil. Os produtos provenientes dos sensores de descargas atmosféricas do Censipam podem ser consultados na plataforma Raiosonline.
Plataforma de Coleta de Dados
São pequenas estações automáticas, instaladas, geralmente, em locais remotos com medição de nível, temperatura da água, poluição e correnteza de rios. Uso meteorológico e de defesa civil. Os dados adquiridos pelas PCDs são enviados ao satélite SCD-1 que os retransmitem para a antena de recepção SCD.