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Projeto COPE recebe visita de professor da Universidade de Glasgow
Professor João Porto de Albuquerque conversa com mestrandos, doutorandos e parte da equipe do Projeto COPE (Foto: Victor Marchezini, 09 de agosto de 2024).
Os resultados preliminares do Projeto COPE - Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos foram discutidos com a participação do professor João Porto de Albuquerque, da Universidade de Glasgow, dia 9 de agosto, no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Albuquerque, que há mais de oito anos desenvolve projetos em conjunto com o Cemaden - como o Waterproofing Data e o Urbe-Latam - visitou a instituição para conhecer parte da equipe de mestrandos (as), doutorandos (as) e doutores (as) e seus respectivos projetos associados ao COPE.
O encontro possibilitou identificar novas oportunidades de colaboração, além de conhecer as pesquisas desenvolvidas por Albuquerque no campo de “Participatory Urban Analytics”. “O mapeamento participativo pode permitir ampliar a voz de grupos sociais que nem sempre são ouvidos nas políticas de prevenção de desastres, e pode aprimorar as políticas públicas voltadas a problemas locais”, explicou o professor. “O processo de mapear também cria uma nova consciência sobre os fenômenos do território, ao ampliar as próprias capacidades da comunidade em se preparar para os eventos extremos.”
Para Monique Sampaio, doutoranda da PGCST/INPE e bolsista Fapesp (processo 2024/03072-7), o encontro foi importante para ampliar o conhecimento sobre o estado da arte no campo de mapeamento participativo. “As ferramentas de mapeamento participativo são muito interessantes, principalmente para compreender como são feitas as pesquisas com protagonismo da participação pública, que é o foco do nosso projeto.” André Cotting, mestrando do Programa de Pós-graduação em Desastres (parceria entre ICT/Unesp e Cemaden) e bolsista Fapesp (processo 2024/00164-8), destacou a importância do encontro como forma de explorar novas ferramentas de análise de dados. “O dashboard desenvolvido para o projeto Urban Latam é um modelo que pode ser reproduzido no âmbito do Projeto COPE”, sugere Cotting.
As atividades foram registradas por Heitor Reis, bolsista Fapesp de jornalismo científico I (processo 2024/00469-3), atualmente graduando na Unifesep. “É fundamental desenvolver formas de comunicação científica dos eventos extremos, que sejam voltadas para diferentes grupos sociais”, afirmou.
Sobre o Projeto COPE
Integrar atividades de ensino, pesquisa e extensão - com o objetivo de subsidiar a implementação de políticas públicas de preparação para eventos extremos de tempo e clima - é a proposta do Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), coordenado pelo pesquisador e sociólogo Victor Marchezini, do Cemaden.
Marchezini, que é professor do Programa de Pós-Graduação ICT-Unesp/Cemaden e do Programa de Pós-graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST/INPE), informou que, nessa fase do projeto, serão desenvolvidos métodos e abordagens inter (entre as ciências) e transdisciplinares (entre cientistas e não-cientistas) para analisar as capacidades organizacionais de preparação de governos locais e comunidades, frente aos eventos extremos e clima. Posteriormente, serão elaborados e apresentados os subsídios para implementar as políticas públicas de preparação aos eventos extremos e clima.
“O foco do projeto é desenvolver metodologias para implementar a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), com referência à criação de sistemas de alertas centrados nas pessoas”, explicou. “Para isso, precisamos co-criar metodologias para envolver as pessoas nos quatro eixos dos sistemas de alerta: conhecimento do risco, monitoramento, educomunicação e capacidade de resposta.”
Com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), o projeto terá a duração de mais quatro anos, com vigência no período de 01 de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2028.
Do Cemaden, além do coordenador Victor Marchezini, participam do projeto os pesquisadores Giovanni Dolif, José Marengo, Luciana Londe e Silvia Saito, e os tecnologistas Caroline Mourão e Tulius Dias Nery, especialistas da Sala de Situação do Cemaden. O projeto conta ainda com a participação das professoras Gabriela Lotta (FGV), Tatiana Sussel Mendes (ICT/UNESP), Giselly Rodrigues Gomes (Instituto dos Cegos do Estado do Mato Grosso), de João Porto de Albuquerque (Universidade de Glasgow), e de Reinaldo Soares Estelles (Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil). Há também a participação de doutorandos e mestrados do PGDN-ICT/Unesp-Cemaden e PGCST/INPE, além de dois bolsistas de jornalismo científico, Heitor Reis (UNIFESP) e Gabriela Gouveia (UFABC). Ao longo do projeto são previstas atividades voltadas a organizações públicas, ONGs e outras instituições interessadas.
O projeto COPE pode ser acessado pelo Instagram @projetocope e pelo link: https://bv.fapesp.br/pt/pesquisa/buscador/?q2=(id_pesquisador_exact%3A75240)%20AND%20(auxilio:*%20AND%20situacao:%22Em%20andamento%22)
Fonte: Ascom/Cemaden