Programa INCT Mudanças Climáticas – Fase 2
Sobre o INCT Mudanças Climáticas – Fase 2
Um consorcio de mais de 200 cientistas de 38 grupos de pesquisa, de 15 estados do Brasil, e com o apoio de 12 instituições de 11 países esta submetendo ao CNPq o projeto de INCT-Mudanças Climáticas (INCT-MC). Este novo projeto representa uma continuidade do INCT-MC anterior que começou em 2009 e termina em 2014. O novo INCT se baseia nos resultados científicos e tecnológicos do INCT-MC anterior. No INCT-MC de 2008-2014 foram abordados e desenvolvidos estudos de: base científica das mudanças ambientais globais; impactos, adaptação, vulnerabilidade; mitigação, e esforços de inovação tecnológica em modelos do sistema climático, geo-sensores e sistema de prevenção de desastres naturais. O INCT-MC anterior teve a participação de mais de 400 pesquisadores do Brasil e de 18 países e interagiu com vários outros INCTs. Mais informações sobre o INCT-MC anterior podem ser obtidas em: http://inct.ccst.inpe.br/.
Nesta continuação do INCT-MC, serão aplicados os principais resultados do INCT anterior. Entre os principais legados científicos do INCT-MC anterior podemos mencionar a grande contribuição científica para os relatórios do IPCC AR5 e o PBMC, e também o reforço científico da Rede CLIMA. O INCT-MC anterior mostrou, entre outras coisas, que os extremos de chuva (similares aos que causaram as enchentes e deslizamentos de terra na região serrana de Rio de Janeiro em janeiro de 2011) estão sendo mais frequentes e intensos desde 1950, e que podem gerar vulnerabilidade em áreas de alta densidade populacional no Sudeste do Brasil, e que esta vulnerabilidade pode aumentar no futuro se medidas de redução de riscos aos desastres naturais não forem criadas e implementadas.
Coordenação
Coordenador: Jose A. Marengo, Pesquisador Nível 1A do CNPq, CEMADEN, São Paulo
Vice-Coordenador: Tercio Ambrizzi, Pesquisador Nível 1A do CNPq, IAG USP, São Paulo
Descrição do grupo proponentes com o detalhamento das atividades e responsabilidades de cada membro da equipe
A chamada do CNPq para INCTs em 2014 tem como objetivo apoiar atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação em áreas estratégicas e/ou na fronteira do conhecimento que visem a busca de soluções para grandes problemas nacionais. Para poder escolher os pesquisadores que vão fazer parte do projeto (proponentes do projeto), foi necessário considerar os temas estratégicos contemplados pela chamada do CNPq. Entre as áreas prioritárias incluídas nessa chamada e que são abordadas no novo INCT MC estão:
- Agricultura: no contexto de segurança alimentar
- Saúde: no contexto de vulnerabilidade ambiental a espalhamento de doenças relacionadas ao clima e extremos climáticos
- Desenvolvimento urbano: no contexto de extremos climáticos e desastres naturais – as dimensões humanas e seus impactos na infraestrutura física: moradia, rodovias, ferrovias, sistemas de água e esgoto, portos, transporte público, desenvolvimento de cidades mais resilientes e redução de risco de desastres naturais
- Fontes alternativas de energias renováveis: no contexto de segurança energética e hídrica
- Tecnologia da informação e comunicação: no contexto de uma comunicação mais eficaz e abrangente do tema mudanças globais para a sociedade e governo, visando à definição de políticas públicas ambientais. O projeto considera a educação para sustentabilidade como um dos objetivos principais, incluindo desenvolvimento de TI para poder visualizar os impactos das mudanças globais em plataformas computacionais de fácil entendimento e uso pela comunidade não científica.
Assim, baseado nesta informação foi formada um equipe cientifica com pesquisadores de alto nível de 15 estados do Brasil, com experiência nos temas acima listados e com trabalhos em mudanças globais, sendo que estas equipes já tem experiência de trabalhos em prévios projetos INCTs e outros. A Tabela 1 mostra a lista de pesquisadores proponentes do novo Programa INCT MC, indicando os nomes dos pesquisadores participantes, instituições, CPF, e as suas responsabilidades no projeto. Todas estas pessoas já tem um histórico de colaboração em vários temas relevantes a mudanças de clima e mudanças globais nos últimos 10 anos. Podemos mencionar projetos de colaboração nacionais e internacionais, como o INCT-Mudanças Climáticas anterior, a Rede Clima, do Programa FAPESP PFPMCG, dos estudos de Economia das Mudanças Climáticas financiados pelo CEPAL e governo inglês, os trabalhos para a preparação da Segunda e Terceira Comunicação Nacional a UNFCCC, os trabalhos do SREX, AR4 e AR5 do IPCC, os RANs do PBMC, e projetos PROBIO, e as colaborações nas redes de pesquisa estaduais, como são o INCLINE da USP em SP, da COPPE em RJ, e das UFMG e UFV em MG. Alguns dos pesquisadores que vão trabalhar neste INCT-MC fazem parte dos comitês científicos internacionais de programas como o IAI, IPCC, CLIVAR, GEWEX, IGAC, IGBP ou do novo programa Future Earth. Isso vai permitir que os trabalhos e resultados de este INCT possam permear para a comunidade internacional que trabalha com mudanças globais.