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Workshop no Cemaden discute projeto de sistema de alertas antecipados de deslizamentos de terra multiescalar
Workshop no Auditório do Cemaden discute sistema de alerta antecipado multiescalar para deslizamento de terra
Previsão de curtíssimo prazo por assimilação, utilização de produtos meteorológicos de diferentes naturezas, dados de variadas frentes de pesquisas são alguns dos avanços inovadores visados pelo Projeto de "Sistema de Alerta Antecipado Multiescalar para deslizamento de terra, integrando produtos meteorológicos de alta resolução, as características geotécnicas e populacionais". O projeto foi aprovado na chamada CNPq-MCTI 15/2023 em dezembro de 2023, com o maior recurso dentre os mais de 80 projetos submetidos, e será coordenado pelo pesquisador especialista em geodinâmica de desastres Pedro Ivo Camarinha, sendo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a instituição executora.
Outra inovação, prevista no projeto, é a aplicação de diferentes abordagens com relação às condições limites, as quais levam a deflagração de deslizamentos de terra. Destaca-se a implementação de ferramentas que gerem previsões de deslizamentos de terra e análises de risco de desastres, em diferentes escalas (regional, municipal e intramunicipal).
Para reunir pesquisadores e discutir o projeto, foi realizado, no dia 20 de março, o Workshop de Integração e Alinhamento, no Auditório do Cemaden. Participaram do evento mais de 30 pesquisadores do Cemaden e de outras instituições, que apresentaram suas propostas de trabalho e realizaram discussões técnicas e de planejamento. O projeto tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e conta com as parcerias da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), Universidade Estadual Paulista (UNESP de Guaratinguetá e de São José dos Campos), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Coordenação de Monitoramento e Alerta de Santa Catarina (COMAL-SC).
“No final do projeto, daqui a três anos, esperamos entregar um sistema que possa ser operacionalizado por qualquer instituição do País”, afirma o pesquisador e tecnologista Pedro Camarinha, explicando que além de fornecer outras contribuições técnicas e científicas, em diferentes áreas do conhecimento, poderão ser replicadas para a melhor adequação do uso deste sistema no futuro. “Queremos desenvolver um sistema que siga as mesmas premissas e que comunique os riscos de maneira adequada e compatível aos seus usuários finais, especialmente, às Defesas Civis (Estadual e Municipal) e à população, no geral”, enfatiza Camarinha.
Camarinha considerou que o workshop foi muito produtivo: “Uma vasta equipe de pesquisadores, de diversas áreas do conhecimento, pôde conhecer e mapear as potencialidades e desafios futuros”, afirma o pesquisador e complementa: “Também foi importante a aproximação com a Defesa Civil de Santa Catarina, que será um dos usuários finais deste sistema, focado no respectivo estado. A expectativa é que nos próximos 12 meses já tenhamos um primeiro protótipo, que será baseado na atual ferramenta de análise de risco de deslizamento que o Cemaden possui.”
Fonte: Ascom/Cemaden