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Pesquisadores brasileiros e japoneses discutem sobre alertas de desastres naturais
Aprimorar as técnicas sobre previsão e alertas de desastres por deslizamento de encostas foi o objetivo central da 5ª reunião entre pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden-MCTI) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, sigla em inglês).
Os debates ocorreram no Auditório da Área de Eventos do Parque Tecnológico, em São José dos Campos, na segunda quinzena de outubro (21.10), com a participação dos técnicos da Defesa Civil dos municípios de Petrópolis e Nova Friburgo (RJ), de Blumenau (SC), do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres do Ministério da Integração Nacional (Cenad-MI), além de especialistas da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais do Ministério de Minas e Energia (CPRM-MME), entre outros técnicos.
Durante todo o dia, foram discutidas as metodologias de pesquisa, entre elas a coleta e organização de dados para o monitoramento das chuvas, especialmente, nas áreas de riscos de deslizamentos, bem como para a definição de chuva padrão para emissão de alertas. Os resultados da aplicabilidade dessas pesquisas visam oferecer maior eficácia nas análises para agilizar o tempo dos alertas. Dessa forma, fortalece a estrutura nacional da Defesa Civil nas ações de prevenção, alertas e evacuação da população nas áreas de risco. Ao final da reunião, foram feitas recomendações e propostas para definição de protocolos e manuais.
“Nesta última reunião do ano, pudemos concluir sobre a metodologia ideal a ser aplicada no Brasil com relação ao monitoramento e emissão de alertas de riscos de desastres naturais por deslizamento de encostas”, afirmou o coordenador do evento e gerente operacional em Geociências do Cemaden, Celso Aluísio Graminha.
O intercâmbio entre Brasil e Japão faz parte do Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais, envolvendo o Cemaden-MCTI e a Jica. O projeto visa melhorar a capacidade brasileira de avaliar e reduzir riscos, aperfeiçoando o monitoramento, além de conduzir e organizar a pesquisa e desenvolvimento (P&D) sobre desastres naturais.
O Termo de Cooperação entre os dois países foi firmado em 2013, envolvendo as Agências Brasileira de Cooperação (ABC) e a de Cooperação Internacional do Japão (Jica), os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, das Cidades, da Integração Nacional e das Minas e Energia do Brasil, para o fortalecimento da capacidade brasileira na gestão de riscos de desastres naturais.
O Cemaden, criado por Decreto Presidencial nº 7.513, em julho de 2011, no âmbito do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, adota uma estrutura técnico-científica organizada, desenvolvendo capacidade científica, tecnológica e de inovação para continuamente aperfeiçoar os alertas de desastres naturais. Entre outras competências, emite alertas para o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres – Cenad, do Ministério da Integração Nacional, auxiliando o Sistema Nacional de Defesa Civil. O Cemaden opera 24 horas por dia, sem interrupção, monitorando as áreas de risco em 795 municípios em todo território nacional.
Reunião Cemaden e Jica (Fotos Cristina Matayoshi, da JICA)
Cemaden e ANA integram sistema de monitoramento do Rio Paraíba do Sul
Com a finalidade de desenvolver um sistema integrado de ações para emissão de alertas e previsão do impacto das inundações e de ruptura de barragens, bem como de propagação de poluentes na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI), está ampliando o acordo com a Agência Nacional de Águas (ANA) para o intercâmbio técnico-científico entre as equipes das duas instituições.
O acordo de ação integrada tem como base a utilização do sistema computacional denominado Sistema de Previsão de Eventos Críticos (Sisprec), o qual obtém dados automaticamente do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e também dados da ANA.
Na semana passada, houve um outro acordo de gestão hidrográfica, definindo-se os aspectos técnicos de integração do sistema do Banco de Dados da ANA e do Cemaden. A ANA apresentou ao setor de Operação e Modelagem do Cemaden a metodologia de classificação de bacias hidrográficas com bases na configuração natural do sistema de drenagem (sistema adotado pela ANA e em outros países, denominado de “ ottocodificada”).
Nesta quinta-feira (11/12), o especialista em Recursos Hídricos da ANA, Othon Fialho de Oliveira, está em São José dos Campos, para o treinamento aos tecnologistas e pesquisadores do Cemaden, trazendo informações e apresentando o Sistema de Previsão de Eventos Críticos na Bacia do Rio Paraíba do Sul (Sisprec), que amplia a recepção de dados vindos das outras instituições (CPTEC/Inpe e ONS).
O desenvolvimento do Sisprec envolve a utilização de ferramentas que analisam os dados da previsão do tempo, bem como a criação de um histórico de precipitações, permitindo gerar simulações de possíveis enchentes na Bacia do Paraíba do Sul. Esses dados possibilitam desenvolver ações integradas para a gestão de risco e o gerenciamento de desastres relacionados aos recursos hídricos da Bacia do Rio Paraíba do Sul, com maior detalhamento aos rios Pomba, Muriaé, Carangola, Paraibuna e Paraíba do Sul.
A Bacia do Rio Paraíba do Sul estende-se por 184 municípios, uma das regiões mais habitadas e industrializadas do Brasil, abrangendo o Vale do Paraíba Paulista (13.500 km²), a Zona da Mata Mineira (20.900 km²) e quase metade do Estado do Rio de Janeiro (21.000 km²). Conforme dados do IBGE, o trecho da bacia referente à maioria dos municípios paulistas e do sul fluminense é o mais industrializado e urbanizado. Denominado de macroeixo Rio-São Paulo, o trecho envolve várias regiões metropolitanas, somando mais de 30 milhões de habitantes.
Protocolo de Ações Integradas de monitoramento e alerta de inundações
Desde dezembro de 2013, quando foi emitida a Portaria Conjunta n° 148/2013, ficou estabelecido o Protocolo de Ação Integrada para os casos de Inundação Gradual, definindo as competências entre a Agência Nacional de Águas (ANA), o Centro Nacional de Monitoramento a Alertas de Desastres Naturais – Cemaden, representado pela Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped/MCTI), o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) representado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec/MI) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
O Protocolo de Ação Integrada entre as instituições federais – envolvidas diretamente com o monitoramento e alerta de inundações – reforça a necessidade de intercâmbio técnico-científico dessas instituições para o enfrentamento de desastres relacionados a inundações, os quais afetam, todos os anos, grande número de pessoas, além dos prejuízos gerados por esse tipo de desastre.
Integração do sistema de gestão hidrográfica entre Cemaden, ANA e DAEE
Para o aprimoramento da gestão e monitoramento das bacias hidrográficas, foi finalizado um Acordo de Cooperação Técnica entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Água e Energia do Estado de São Paulo (DAEE). Os aspectos técnicos de integração entre o sistema do Banco de Dados das instituições foram definidos para a integração da gestão hidrográfica.
A ANA apresentou ao setor de Operação e Modelagem do Cemaden a metodologia de classificação de bacias hidrográficas com bases na configuração natural do sistema de drenagem. Essa metodologia de codificação de bacias hidrográficas foi criada pelo pesquisador brasileiro Otto Pfafstetter, na década de 1980, e vem sendo utilizada pela ANA e por diversos países no mundo.
O procedimento adotado pela ANA para a construção da base hidrográfica denominada “ottocodificada” oferece economia de dígitos do código, a possibilidade de detalhamento em escalas maiores e a representação hierárquica da rede, trazendo informação topológica da bacia e sua aplicabilidade global. Com essa técnica, é possível aprimorar a gestão hidrográfica e o controle das atividades implementadas na região, identificando o rio principal dentro da bacia hidrográfica e o tipo de conexão com as demais bacias.
A reunião entre as instituições ocorreu na última quarta-feira (02/12) na sede do Cemaden no Parque Tecnológico, em São José dos Campos, participando o Coordenador-Geral de Operações e Modelagem, pesquisador Eduardo Mario Mendiondo, o especialista em Recursos Hídricos, João Carlos Carvalho, da Agência Nacional de Águas (ANA) e os técnicos de Informática e Engenharia do DAEE, Diego Monteiro e Stephanie Becker.
O novo Acordo de Cooperação Técnica entre o Cemaden, a ANA e o DAEE inclui a integração da base de dados hidrometeorológicos e telemétricos, além da gestão e utilização dos recursos hídricos de forma correta. O acordo define a articulação interinstitucional, visando o aprimoramento dos serviços de emissão de alertas e gerenciamento de riscos e desastres naturais, como no caso da previsão de cheias ou inundações.
Reunião para elaboração do Acordo de Cooperação Técnica entre o Cemaden, a ANA e o DAEE inclui a integração da base de dados hidrometeorológicos e telemétricos
Cemaden participa nas discussões sobre desafios da escassez hídrica
O seminário regional sobre “Desafios e Ameaças da Escassez Hídrica para o Vale do Paraíba”, realizado hoje à tarde (02.12), no Parque Tecnológico, em São José dos Campos, apresentou informações técnicas, precisas e atualizadas, sobre a situação da escassez hídrica na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte do Estado de São Paulo, com o objetivo de buscar soluções para a questão do baixo volume dos recursos hídricos da região.
Organizado pela Universidade de São Paulo (Unesp), em parceria com a administração do Parque Tecnológico de São José dos Campos, com o apoio do Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista, o evento contou com a participação de representantes que possuem poder de decisão sobre a gestão dos recursos hídricos da região paulistana.
Os pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, participaram dos debates, principalmente, os que vem desenvolvendo pesquisas na área de Mudanças Climáticas, Hidrologia e Desastres Naturais.
As conclusões das apresentações e discussões servirão de pauta para a redação dos princípios e objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos.
Cemaden implanta mais um radar meteorológico
Em fase de testes, o radar meteorológico instalado no município de Almenara, no estado de Minas Gerais, já está enviando dados, desde o dia 25 de novembro, ao Centro Nacional de Monitoramento de Alerta e Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O radar monitora áreas vulneráveis à ocorrência de inundações, enxurradas e eventos geológicos, como deslizamento de encostas.
O raio de alcance do radar meteorológico de Almenara é de 250 km, permitindo o monitoramento das áreas de riscos na região nordeste de Minas Gerais, abrangendo a região sul e sudeste da Bahia, além da região oeste do Espírito Santo. Esse será o nono radar instalado pelo Cemaden dentro do Projeto de Radares Meteorológicos.
Atualmente, a Sala de Situação de Monitoramento do Cemaden utiliza dados de natureza meteorológica de 27 radares em operação no Brasil, em parceria com diversas instituições públicas, monitorando 821 municípios de forma contínua, por 24 horas, nos sete dias da semana.
O projeto de instalação de radares é um dos objetivos estratégicos do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, implantado pelo governo federal em 2012, para ampliar a rede de observação das condições do tempo e clima no território brasileiro.
Para o coordenador do Projeto Radares do Cemaden, Carlos Frederico de Angelis, o cumprimento das metas de ampliação da rede de monitoramento de eventos climáticos representa um avanço dentro do plano nacional. “Hoje, podemos monitorar as áreas de riscos, de forma contínua, dos 821 municípios considerados prioritários, permitindo emitir alertas antecipados sobre o risco de ocorrência de desastres naturais.” , afirma o coordenador Angelis. “O trabalho visa, principalmente, salvaguardar a vida da população exposta ao risco.”
As localidades escolhidas para receberem os radares foram definidas após discussões entre os grupos de trabalho envolvendo os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, das Cidades, da Integração Nacional, da Defesa e da Casa Civil.
Projeto Radares e outros projetos de monitoramento
A aquisição e a instalação de novos radares meteorológicos estão sendo conduzidas pelo Cemaden-MCTI em parcerias com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), a Universidade Federal de Alagoas ( Ufal) e outras instituições nacionais e regionais.
O Cemaden-MCTI já instalou radares nos municípios de Natal (RN), Petrolina (PE), Salvador (BA), Jaraguari (MS), São Francisco (MG), Maceió (AL), Santa Tereza (ES), Três Marias (MG), e o último, em Almenara (MG).
Além dos radares meteorológicos, o Cemaden mantém uma rede nacional de monitoramento e alertas, envolvendo parcerias e outros instrumentos para o monitoramento ambiental. Outra meta, [é atingir o total de 2.500 pluviômetros automáticos, instalados até o fim deste ano, além da implantação de plataformas para monitoramento da umidade do solo.
Servidores do Cemaden recebem capacitação sobre gestão de contratos
Um programa de capacitação em “Gestão e Fiscalização de Contratos na Administração Pública” foi iniciado hoje (01/12), às 9 horas, na Sala de Eventos do Parque Tecnológico, em São José dos Campos (SP), direcionado aos servidores do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Coordenada pela Divisão de Licitações, Contratos e Compras, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, a palestra que deu abertura ao programa teve o objetivo de oferecer aos participantes um conhecimento introdutório sobre as regras jurídicas e os procedimentos que regulam a execução dos contratos na Administração Pública. Os servidores vão receber, também, esclarecimentos sobre as responsabilidades e competências dos agentes públicos na qualidade de fiscal e gestor de contratos.
Durante o período de 1 a 5 de dezembro, serão repassados conhecimentos práticos sobre a gestão e fiscalização de contratos, principalmente, aos servidores da área administrativa do Núcleo de Gestão de Contratos e aos demais que atuam nas comissões de Fiscalização, envolvendo, também, servidores da área técnica e da Pesquisa. Nesse período, serão feitos debates e estudos de situações práticas, incluindo todas as etapas dos procedimentos e dos processos dos contratos.
Os cursos oferecidos aos servidores do Cemaden fazem parte do Programa de Capacitação mantido pela Coordenação de Administração da instituição. O primeiro curso realizado neste ano foi o de Ambientação e Informações sobre Direitos e Deveres do Servidor Público, em outubro passado, após o ingresso de 72 servidores na instituição, por concurso público, nas carreiras de Pesquisa em Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Tecnológico e Gestão, Planejamento e Infraestrutura em Ciência e Tecnologia.
Núcleo de Gestão de Contratos e da Comissão de Fiscalização do Cemaden no Curso Gestão e Fiscalização de Contratos na Administração Pública
Cemaden discute redução dos impactos provocados pelos desastres naturais
As experiências dos desastres naturais ocorridas no Japão – principalmente sobre inundações, deslizamentos e recuperação de cidades atingidas – foram apresentadas pelo pesquisador da ONU, relacionando-as aos maiores desastres naturais ocorridos no Brasil e no mundo
O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), finalizou hoje (27/11) o ciclo de palestras de 2014, com a apresentação da palestra pelo professor Yosuke Yamashiki, da Universidade de Kyoto (Japão), abordando o tema “Diagnóstico e mitigação de desastres de origem fluvial e sedimentar no Japão”.
Membro do Instituto de Prevenção e Redução de Desastres, no Japão, o pesquisador Yosuke Yamashiki – engenheiro especializado em deslizamentos e enchentes -desenvolve trabalhos de modelagem de deslizamento de massa, mitigação de desastres e gestão de bacias hidrográficas, em vários países do mundo. Como pesquisador do Centro de Referência em Redução de Desastres, órgão ligado à ONU, realizou estudos geológicos na região serrana do Rio de Janeiro, em março de 2011, após o megadesastre ocorrido em janeiro daquele ano.
O professor Yamashiki se encontrava em trabalhos de pesquisa na América do Sul, quando ocorreu, em março de 2011, o pior terremoto do Japão, provocando o tsunami e o acidente nuclear de Fukushima. Mesmo assim, ele manteve sua agenda de trabalhos, dando continuidade aos estudos e análise dos deslizamentos no município de Teresópolis (RJ), o mais destruído pelas chuvas de janeiro daquele ano.
O pesquisador desenvolve, no mundo todo, estudos do cenário de desastres, apresentando teorias e soluções que são avaliados pelos governos locais, ajudando a desenvolver sistemas de alerta, a fim de prever os riscos de desastres. Atualmente, vem realizando trabalhos de pesquisa na Escola de Altos Estudos Integrados em Sobrevivência Humana, da Universidade de Kyoto e na Universidade de São Paulo.
O ciclo de palestras faz parte do Projeto Temático “Vulnerabilidade, Impactos e Adaptação” (IAV), em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), coordenado pelo pesquisador José Marengo, do Cemaden/MCTI. As palestras e debates foram dirigidos aos pesquisadores e tecnologistas do Cemaden, em São José dos Campos (SP) e transmitido por videoconferência ao Cemaden de Cachoeira Paulista (SP).
Pesquisas e avanços no monitoramento e alerta
“O objetivo dos seminários dentro do Cemaden é favorecer o intercâmbio de conhecimentos que contribuam para o desenvolvimento de pesquisas sobre desastres naturais, principalmente, entre os pesquisadores e tecnologistas recém- ingressos, por concurso público, na instituição.”, informa o Coordenador de Pesquisa, José Marengo. Ressalta que os seminários objetivam, também, contribuir para a continuidade e aprimoramento dos trabalhos de pesquisa, no âmbito da IAV-Fapesp, desenvolvidos, desde 2010. Essas pesquisas envolveram diversas instituições e universidades, como o Inpe, USP, Unesp, Unicamp, Rede Clima, CPTEC, entre outras parcerias com pesquisadores nacionais e internacionais, nas áreas multidisciplinares voltadas aos estudos de Mudanças Climáticas e Desastres Naturais.
“A missão fundamental do Cemaden é monitorar e emitir alertas da provável ocorrência de desastres, associados aos fenômenos naturais, para os órgãos de Defesa Civil, usando tecnologias avançadas de monitoramento e previsões hidrometeorológicas e geodinâmicas.”, destaca o coordenador-geral de Operação e Modelagem, pesquisador Eduardo Mário Mendiondo, enfatizando a importância do intercâmbio entre pesquisadores para o aprimoramento do sistema de monitoramento e alerta, avançando na qualidade e confiabilidade desses alertas, para prevenção e mitigação dos desastres.
A diretora do Cemaden, pesquisadora Regina Célia dos Santos Alvalá, lembra que o significativo aumento da ocorrência de desastres naturais que atingiu o país, nos últimos anos – vitimando milhares de pessoas e acarretando severos prejuízos socioeconômicos – exigiu a criação de um sistema de alerta, reunindo competências científicas e tecnológicas de várias áreas de conhecimento. “Apesar do Brasil possuir competência técnica para monitorar fenômenos de natureza meteorológica, hidrológica, geológica e agronômica de forma disciplinar, não existia órgão na esfera federal que monitorasse esses processos de uma maneira integrada”, destaca a pesquisadora.
“Com a criação do Cemaden, em 2011, o monitoramento passou a ser organizado e multidisciplinar, utilizando modelos de monitoramento, adotados em poucos países no mundo, sendo uma inovação na América Latina.”, afirma a diretora e complementa : “A capacitação dos pesquisadores e tecnologistas, feita pela interação junto aos “experts” de outros países e instituições, enriquece as atividades desenvolvidas pelo Cemaden, o qual tem a finalidade de salvaguarda de vidas.”
Palestra do professor Yosuke Yamashiki – engenheiro especializado em deslizamentos e enchentes- aos pesquisadores do Cemaden.
Cemaden discute monitoramento de chuvas por radar
Em palestra realizada hoje (24.11), no Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden/MCTI), o professor Emmanouil Anagnostou, pesquisador da Universidade de Connecticut (EUA), apresentou o desenvolvimento de técnicas avançadas para a estimativa e previsão de chuva, com bases na avaliação de dados da Banda-X de radares meteorológicos.
Especialista em Hidrometeorologia, com Ph.D pela Universidade de Iowa, o professor Anagnostou desenvolve pesquisas nas áreas de Engenharia Civil e Ambiental, relacionados ao sensoriamento remoto por satélite e radar sobre precipitação, modelagem hidrológica, bem como estudos sobre detecção, a longa distância, dos raios e aplicações em quantitativos regionais, realizando a estimativa e previsão das tempestades.
O palestrante abordou sobre modelos de avaliação hidrológica, associando os dados de observação das chuvas e suas estimativas por radares meteorológicos de dupla polarização. Esse modelo se processa, especialmente, para as simulações hidrológicas quando as bacias hidrográficas estão localizadas em terrenos complexos e montanhosos.
Dirigida aos pesquisadores e tecnologistas do Cemaden de São José dos Campos (SP) e transmitida por videoconferência ao Cemaden de Cachoeira Paulista, no final da palestra, houve intercâmbio de experiências e estudos entre os pesquisadores e palestrante. Os debates tiveram a participação e apoio do Prof. Carlos Morales, pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres no Estado de São Paulo, da Universidade de São Paulo (Ceped/USP).
As palestras e discussões sobre metodologias de monitoramento de desastres naturais e de mudanças climáticas fazem parte do Projeto Temático “Vulnerabilidade, Impactos e Adaptação”, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), sob a coordenação do pesquisador José Marengo, do Cemaden. Desde o mês de outubro, já ocorreram seis palestras, com os mais destacados pesquisadores nacionais e internacionais, debatendo temas junto aos especialistas em desastres naturais do Cemaden-MCTI.
Na semana passada (19.11), o professor Maarten Krol, da Universidade de Twente (Holanda), especialista em Engenharia e Gestão da Água, com PhD em Matemática Aplicada, fez abordagens sobre a modelagem hidrológica, a previsão de cheias e secas, e a avaliação do impacto das alterações climáticas nos reservatórios. Foi discutida a escassez de água em regiões do Brasil, estudo que vem realizando em parceria com o pesquisador e coordenador-geral de Modelagem e Operação do Cemaden, Eduardo Mário Mendiondo.
A última palestra do ano no Cemaden está prevista para ser realizado no próximo dia 27 novembro, com o professor Yosuke Yamashiki, da Universidade de Kyoto ( Japão).
Professor Emmanouil Anagnostou, pesquisador da Universidade de Connecticut (EUA), apresentou o desenvolvimento de técnicas avançadas para a estimativa e previsão de chuva.
Parceiros do Cemaden recebem treinamento para instalação de pluviômetros automáticos
Para instalar as novas remessas de pluviômetros automáticos nas áreas de risco a desastres naturais, a equipe de Engenharia do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden-MCTI) – em parceria com a empresa Ativa Soluções, fabricante do equipamento- está dando treinamento técnico aos responsáveis pela operação de instalar e ativar esses equipamentos.
Durante três dias (de 11 a 13 de novembro), receberam capacitação técnica no setor de Engenharia do Cemaden, em Cachoeira Paulista, 20 militares do Comando Militar do Sul, do Sudeste e do Leste, do Exército Brasileiro e 10 servidores da Fundação de Apoio à Capacitação em Tecnologia da Informação (Facti),
instituição parceira do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Atualmente, estão em funcionamento, em todas as regiões do Brasil, cerca de 1.600 pluviômetros automáticos. Até o final deste ano, a meta é colocar em funcionamento mais 900 equipamentos, o que dará o total de 2.500 pluviômetros automáticos no território nacional.
Pelo período crítico das chuvas, está em processo de entrega de equipamentos cerca de 684 pluviômetros automáticos para serem instalados, prioritariamente, nas áreas vulneráveis nos estados das Regiões Sul e Sudeste.
Simultaneamente, estão em andamento, os processos de levantamento dos locais, instalação e funcionamento de cerca de 216 pluviômetros. A partir do ano que vem, continuam os processos de entrega e instalação de outras remessas de pluviômetros em todas as regiões brasileiras.
Os pluviômetros são instalados nas áreas vulneráveis a risco de deslizamento, alagamentos e enxurradas, provocado pelas intensas chuvas, ou até mesmo para a previsão de secas extremas. Os equipamentos medem a quantidade de chuva, permitindo obter informações e estimar a extensão dos prováveis danos decorrentes do desastre natural.
Tecnicamente denominado de Plataforma de Coleta de Dados (PCD), o pluviômetro automático coleta a chuva por sistema mecânico e faz a conversão dos dados para o sistema digital. Tudo isso acoplado a um sistema de transmissão de dados em tempo real, os quais são repassados à Sala de Situação do Cemaden para análise e monitoramento da incidência das chuvas.
“Antes de 2012, o Brasil não contava com a rede de observação ambiental específica para desastres naturais.”, afirma Demerval Gonçalves, analista de informática do Projeto Pluviômetros do Cemaden. “Hoje, além de outros instrumentos de monitoramento, o Cemaden possui, quantitativamente, a maior rede de pluviômetros automáticos do Brasil, cujos dados transmitidos permitem emitir, com antecedência, alertas de ameaças de desastres naturais com maior confiabilidade”
O Cemaden-MCTI atua no sistema da rede nacional de monitoramento e alertas, envolvendo parcerias entre várias instituições, utilizando diversos instrumentos para monitoramento ambiental. Além dos pluviômetros meteorológicos, são analisados os dados vindos dos radares meteorológicos, das plataformas para monitoramento de umidade de solo, além dos pluviômetros semiautomáticos distribuídos nas comunidades das áreas de risco, em 821 municípios monitorados.
O consultor da Unesco e Coordenador Técnico Geral do Projeto Pluviômetro Automático do Cemaden, Cel. João Batista Monteiro Júnior, considera fundamental o trabalho de parcerias junto a diversas instituições para o trabalho de monitoramento e alerta a riscos. “A conscientização sobre a importância do monitoramento e alerta, envolvendo a missão de salvar vidas, são os elementos que motivam as equipes no trabalho conjunto.”, afirma o coordenador.
Previsão de inundações nas cidades é discutido no Cemaden
Os modelos e experiências de cálculos dos fluxos e descargas de águas provenientes de fortes chuvas nos cruzamentos de ruas, provocando inundações urbanas, foram trazidos pelo professor Richard John Perkins , da Universidade de Lyon (França) aos pesquisadores e tecnologistas do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden-MCTI), durante a palestra realizada na instituição, em São José dos Campos, na manhã desta terça-feira (11.11).
As palestras e discussões sobre metodologias de monitoramento de desastres naturais e de mudanças climáticas fazem parte do Projeto Temático “Vulnerabilidade, Impactos e Adaptação”, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), trazendo os mais destacados pesquisadores nacionais e internacionais para debaterem temas junto aos especialistas em desastres naturais do Cemaden-MCTI.
O palestrante Prof. Richard John Perkins desenvolve pesquisas no Laboratório de Mecânica de Fluidos e Acústica, da Universidade de Lyon, atuando nas áreas da Engenharia Mecânica, Aeroespacial e Civil. Durante a palestra, foram apresentadas simulações numéricas dos fluxos das águas para prever a distribuição das águas pluviais nos cruzamentos de ruas das cidades.
No final de sua apresentação, os pesquisadores e tecnologistas do Cemaden de São José dos Campos – e por videoconferência de Cachoeira Paulista – puderam debater e trocar experiências referentes às metodologias de monitoramento e previsão das inundações urbanas, abordando aspectos práticos aplicados nas pesquisas nacionais.
“A comparação dos dados experimentais apresentados demonstra grande potencial na prevenção de inundações urbanas.”, avalia o Coordenador-Geral de Monitoramento e Operação do Cemaden, Eduardo Mário Mendiondo. “ As parcerias entre a Universidade de Lyon e o Cemaden contribuem para ampliar as condições de monitoramento do fluxo das enxurradas urbanas, levando as questões até a sociedade, no planejamento e nas obras urbanas, para prevenção de inundações nas cidades.”, conclui o coordenador.
Dentro do Projeto Temático, estão previstas palestras no Cemaden nos dias 20, 24 e 27 de novembro, respectivamente, com os pesquisadores Prof. Maarten Krol, da Universidade de Twente (Holanda), Prof. Emmanouil Anagnostou, da Universidade de Connecticut (EUA) e Prof. Yosuke Yamashiki, da Universidade de Kyoto ( Japão).
Palestra do pesquisador Richard John Perkins (Universidade de Lyon-França) sobre inundações urbanas
Gestão de recursos hídricos é tema de seminário no Cemaden
O professor Raghavan Srinivasan, da Texas A&M University (EUA), especialista nas áreas de Hidrologia, qualidade da água e Ciências Espaciais, apresentou os resultados de pesquisas referentes à gestão de recursos das bacias hidrográficas, no seminário realizado no Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden/MCTI), em São José dos Campos (SP), nesta quarta-feira (06.11).
Dirigido aos tecnologistas de monitoramento e pesquisadores das áreas de Hidrologia, Meteorologia, Geologia e de Desastres Naturais do Cemaden, a palestra fez abordagens e análises sobre o atual cenário das bacias hidrográficas no Brasil e no exterior, bem como a influência provocada pelas alterações climáticas nos eventos extremos, como as cheias e as secas.
Atualmente, diretor do Laboratório de Ciências Espaciais da Texas A&M University (EUA), com formação em Engenharia Agrícola na Índia, especializando nessa área, em PhD pela Universidade de Purdue (Indiana-EUA) e mestrado pelo Instituto Asiático de Tecnologia (Bangkok), o professor Raghavan Srinivasan tornou-se conhecido e respeitado, internacionalmente, por seu trabalho de desenvolvimento em ciências espaciais e modelagem por computador, além de estudos sobre o solo e metodologias de avaliação da água no modelo SWAT. Sua pesquisa têm contribuído para os estudos de mudanças climáticas a longo prazo, realizando avaliações de recursos e desenvolvimento de alternativas de sistemas de gestão e metodologia. Sua metodologia vem sendo aplicada em mais de 90 países, além da realização de workshops para profissionais e estudantes em mais de 20 países.
Para o Coordenador-Geral de Monitoramento e Operação do Cemaden, Eduardo Mário Mendiondo, esse seminário tem contribuído e aberto oportunidades para o intercâmbio de informações para o desenvolvimento dos trabalhos de pesquisas realizados na instituição, principalmente, nos estudos de Mudanças Climáticas e Hidrologia aplicados à previsão de desastres. “A utilização das metodologias ou modelagens podem ser avaliadas no monitoramento e alertas de riscos de desastres naturais, como nos casos de enchentes, cheias e secas nas bacias hidrográficas. Esses desastres trazem grandes impactos e prejuízos, tanto sociais como econômicos.”, afirma Mendiondo.
O seminário faz parte do Ciclo de Palestras destinado aos pesquisadores e tecnologistas do Cemaden, apoiado pelo Projeto Temático sobre “Vulnerabilidade, Impactos e Adaptação” da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Iniciado em outubro deste ano – período em que ocorreu a entrada dos novos servidores concursados na instituição – o projeto vem sendo organizado pelo Coordenador de Pesquisa Cemaden, José Marengo. Os temas abordados são referentes às pesquisas sobre mudanças climáticas e metodologias de monitoramento, trazidas pelos mais destacados pesquisadores nacionais e internacionais. Para este mês, estão previstas palestras para os dias 11, 20, 24 e 26 de novembro, com pesquisadores da França, Holanda, Estados Unidos e Japão.
Palestra do professor Raghavan Srinivasan, da Texas A&M University (EUA)
Cemaden recepciona servidores concursados com palestras
O Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação(MCTI), realizou palestras entre os dias 14 e 17 de outubro aos 72 novos servidores efetivados por concurso público, os quais ingressaram desde setembro deste ano nas carreiras de tecnologistas, pesquisadores e analistas da instituição.
As palestras fazem parte do Programa de Ambientação dos Novos Servidores da área de Recursos Humanos e foram realizadas pela equipe do MCTI e de gestores do Cemaden. O objetivo foi o de apresentar e tirar dúvidas sobre os direitos e deveres dos servidores públicos federais, além de mostrar a missão do Cemaden e seu sistema de gestão de monitoramento, previsão de ocorrências e alertas de desastres naturais nas áreas de riscos e vulnerabilidade em todas as regiões do Brasil.
A diretora do Cemaden, Regina Célia dos Santos Alvalá, fez um breve histórico da origem da instituição, destacando o trabalho de monitoramento e alertas de desastres naturais e sua importância social para minimizar os impactos sociais e econômicos provocados por inundações, deslizamentos, secas, entre os diversos desastres naturais. Fez um relato sobre a origem do projeto sobre desastres naturais – no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – das pesquisas e intercâmbios científicos com outros centros mundiais que tratam do tema.
As pesquisas e as ações realizadas nos últimos dez anos, de forma multidisciplinar – envolvendo as áreas de meteorologia, recursos hídricos, geologia e desastres naturais – foram o embrião do Cemaden. A diretora informou que, com essa experiência adquirida, a instituição passa a ser um modelo inovador em nível mundial no sistema aprimorado de previsão, preparação, prevenção e redução dos impactos ambientais, sociais e econômicos, tornando-a única na América Latina.
“Desde a criação oficial do Cemaden, em 2011, já foram emitidos mais de 2 mil alertas, enviados ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério do Interior, fundamentais para salvar vidas.”, afirma a diretora do Cemaden, complementando: “ O monitoramento das áreas de riscos possibilita fazer o alerta com antecedência dos desastres naturais, tornando mais eficazes e rápidas as ações da Defesa Civil na prevenção e respostas nas regiões vulneráveis aos desastres naturais.”
Os aprovados que ingressaram no quadro permanente do Cemaden são compostos por profissionais de diversas áreas de conhecimento, atendendo os setores de operação, monitoramento, alertas e pesquisa em desastres naturais, além da área de gestão, planejamento e infraestrutura. A nova equipe nomeada é composta por 40 tecnologistas, 15 pesquisadores e 17 analistas.
Representando o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, participaram na Semana de Ambientação o Coordenador-Geral de Meteorologia, Climatologia e Hidrologia, Silvestre Aguiar e o Coordenador de Recursos Humanos, Flávio Coutinho com a equipe do RH do ministério. Além da diretora do Cemaden, Regina Alvalá, participaram, também os coordenadores-gerais de Pesquisa, Marcelo Seluchi, o de Operação e Modelagem, Eduardo Mário Mediondo e o coordenador de Pesquisa em Mudanças Climáticas, José Antonio Marengo.
Pesquisadores brasileiros e japoneses discutem sobre alertas de desastres naturais
Aprimorar as técnicas sobre previsão e alertas de desastres por deslizamento de encostas foi o objetivo central da 5ª reunião entre pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden-MCTI) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica, sigla em inglês).
Os debates ocorreram no Auditório da Área de Eventos do Parque Tecnológico, em São José dos Campos, na segunda quinzena de outubro (21.10), com a participação dos técnicos da Defesa Civil dos municípios de Petrópolis e Nova Friburgo (RJ), de Blumenau (SC), do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres do Ministério da Integração Nacional (Cenad-MI), além de especialistas da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais do Ministério de Minas e Energia (CPRM-MME), entre outros técnicos.
Durante todo o dia, foram discutidas as metodologias de pesquisa, entre elas a coleta e organização de dados para o monitoramento das chuvas, especialmente, nas áreas de riscos de deslizamentos, bem como para a definição de chuva padrão para emissão de alertas. Os resultados da aplicabilidade dessas pesquisas visam oferecer maior eficácia nas análises para agilizar o tempo dos alertas. Dessa forma, fortalece a estrutura nacional da Defesa Civil nas ações de prevenção, alertas e evacuação da população nas áreas de risco. Ao final da reunião, foram feitas recomendações e propostas para definição de protocolos e manuais.
“Nesta última reunião do ano, pudemos concluir sobre a metodologia ideal a ser aplicada no Brasil com relação ao monitoramento e emissão de alertas de riscos de desastres naturais por deslizamento de encostas”, afirmou o coordenador do evento e gerente operacional em Geociências do Cemaden, Celso Aluísio Graminha.
O intercâmbio entre Brasil e Japão faz parte do Projeto de Fortalecimento da Estratégia Nacional de Gestão Integrada de Riscos em Desastres Naturais, envolvendo o Cemaden-MCTI e a Jica. O projeto visa melhorar a capacidade brasileira de avaliar e reduzir riscos, aperfeiçoando o monitoramento, além de conduzir e organizar a pesquisa e desenvolvimento (P&D) sobre desastres naturais.
O Termo de Cooperação entre os dois países foi firmado em 2013, envolvendo as Agências Brasileira de Cooperação (ABC) e a de Cooperação Internacional do Japão (Jica), os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, das Cidades, da Integração Nacional e das Minas e Energia do Brasil, para o fortalecimento da capacidade brasileira na gestão de riscos de desastres naturais.
O Cemaden, criado por Decreto Presidencial nº 7.513, em julho de 2011, no âmbito do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, adota uma estrutura técnico-científica organizada, desenvolvendo capacidade científica, tecnológica e de inovação para continuamente aperfeiçoar os alertas de desastres naturais. Entre outras competências, emite alertas para o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres – Cenad, do Ministério da Integração Nacional, auxiliando o Sistema Nacional de Defesa Civil. O Cemaden opera 24 horas por dia, sem interrupção, monitorando as áreas de risco em 795 municípios em todo território nacional.
Reunião entre Cemaden e Jica visa aperfeiçoar o monitoramento, além de conduzir e organizar a pesquisa e desenvolvimento (P&D) sobre desastres naturais. (Fotos Cristina Matayoshi, da JICA)
Radar em Maceió vai monitorar fenômenos naturais em quatro estados
Foi inaugurado nesta quarta-feira (4), em Maceió, o sexto equipamento para monitoramento de fenômenos naturais do projeto Radares Meteorológicos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI).
O radar, com capacidade técnica de monitorar o território de quatro estados do Nordeste – Alagoas, Sergipe, Pernambuco e a região do norte da Bahia – vai auxiliar especialistas nos estudos do clima, antecipando as previsões de chuvas e estiagens, e consequentemente, as informações que envolvem questões de desastres ambientais. Fica no campus universitário da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
A cerimônia teve a presença de gestores dos governos federal, estadual e municipal, e a participação de pesquisadores e estudantes da UFAL, e representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
“O equipamento que foi implantado em Alagoas é um dos mais modernos do país”, expôs o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre.
“Ele integra o Plano de Gestão de Riscos [e Resposta a Desastres Naturais] do governo federal e faz parte de uma rede de monitoramento meteorológica que tem como objetivo reduzir os impactos dos desastres naturais.”
Nobre acrescentou que, com o instrumento, será possível antecipar informações sobre o volume de chuvas ou estiagens, e assim, programar ações e estratégias para mobilizar a retirada de famílias das áreas de risco. “O objetivo do governo federal é diminuir a exposição da população diante dos desastres, ao se antecipar aos fatos, e agilizar o sinal de alerta ao compor informações precisas para auxiliar a defesa civil”, disse.
Antecipação
O coordenador do projeto Radares Meteorológicos, Carlos Frederico de Angelis, explicou que a unidade implantada em Alagoas possui tecnologia e sensibilidade para levantar dados elaborados sobre chuvas ao longo de um raio de 400 quilômetros (km), com abrangência de 800 km de diâmetro. Segundo Angelis, o equipamento, avaliado em R$ 8 milhões, tem a capacidade de antecipar os fatos provocados por fenômenos naturais entre seis e duas horas.
“O projeto prevê no Brasil a implantação de nove radares deste porte, formando uma rede com profissionais especializados que serão capazes de monitorar o deslocamento das nuvens e antecipar dados que contribuirão tanto para salvaguarda da população como para o planejamento da agricultura”, pontuou o representante do Cemaden.
“Se o impacto de um desastre natural para o agronegócio é prejudicial, para a população e os pequenos produtores ele é ainda maior. Por isso, a função desta rede é absorver e repassar informações para prevenir e evitar perdas, tanto na produção da atividade rural como de vidas.”
Pesquisa e capacitação
O reitor da UFAL, Eurico Lobo, destacou a oportunidade para toca de experiências. “Se para os especialistas e a população o radar é uma ferramenta operacional de grande importância para estratégias e planejamentos futuros, para a universidade ele também é um instrumento de formação e pesquisa. Estamos honrados porque com ele ganhamos conhecimento, ou seja, mais uma oportunidade para fortalecer nosso Centro de Capacitação de Recursos Humanos, algo que já é referência no país”, comentou. O secretário estadual da Ciência, da Tecnologia e da Inovação, Eduardo Setton, também participou da inauguração.
Com o equipamento já em funcionamento dentro do campus universitário, um dos primeiros desafios dos especialistas é monitorar e enviar informações sobre a situação climática dos próximos dias para os organizadores da Copa do Mundo de Futebol, com trabalho focado no levantamento de informações da cidade-sede de Recife, em Pernambuco.
Texto: Waldson Costa – Ascom do MCTI
Conferência de Sendai : Cemaden discute sobre a redução de riscos de desastres naturais
Considerado o novo marco para reduzir riscos de desastres naturais e das mortes no mundo provocadas por esses eventos, a Declaração de Sendai – divulgada pelo grupo de trabalho durante a Terceira Conferência Mundial da ONU para Redução de Riscos de Desastres – teve a participação do Cemaden para elaborar o documento de acordo comum de cooperação internacional e do estabelecimento de metas a serem alcançadas nos próximos 15 anos
Durante a Terceira Conferência Mundial da ONU para Redução de Riscos de Desastres, realizada em Sendai, no Japão, entre 14 e 18 de março, o climatologista Carlos Afonso Nobre, diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apresentou a experiência brasileira sobre o tema da conferência. Mostrou o histórico, as tipologias e as diferentes intensidades das ocorrências de desastres naturais por região no Brasil, destacando as estratégias do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, implantado desde 2012, que incluem prevenção, mapeamento das áreas de risco, monitoramento, alerta e resposta.
Na conferência, o diretor do Cemaden mostrou que o impacto das secas intensas sobre a agricultura, abastecimento de água, irrigação e navegação afetam a maioria das pessoas no Brasil. No entanto, o movimento de massa, em especial, os deslizamentos de terra, junto às enchentes são mais letais, respondendo por mais de 90% das mortalidades provocadas pelos desastres naturais no Brasil.
Foi lembrado que o evento extremo ocorrido na região serrana do Rio de Janeiro – em janeiro de 2011, resultando em mais de 900 mortes – foi decisivo para as mudanças nas estratégias do governo, que aplica 80% dos investimentos a longo prazo, voltados para a prevenção de desastres e na construção de resiliência das comunidades, incluindo a criação do próprio Cemaden para o monitoramento e alerta dos desastres naturais em todo o território brasileiro.
O diretor do Cemaden também apresentou o Projeto de Pluviômetros Comunitários – mais de 1 mil instalados em comunidades expostas a alto risco de desastres – e o Projeto Piloto Educacional, todos voltados para melhorar a percepção de risco e educação para a sustentabilidade.
Novo marco global para a redução de risco de desastres
A Declaração de Sendai, elaborada durante a Terceira Conferência Mundial da ONU para Redução de Riscos de Desastres, realizada no Japão, define o Quadro para a Redução de Risco de Desastre e as metas a serem alcançadas, no período entre 2015 e 2030. Foram determinadas sete metas mundiais para a redução substancial: da mortalidade mundial produzida pelos desastres, do número de pessoas afetadas, das perdas econômicas em relação ao produto interno bruto nacional, dos danos à infraestrutura fundamental e da interrupção dos serviços básicos (incluídos os de saúde e educação), bem como o aumento no número de países com estratégias nacionais e locais para a redução do risco de desastre. Foram inclusas, nessas metas, a maior cooperação internacional e maior acesso aos sistemas de alerta, além de mais informação e avaliações sobre o risco de desastres.
O acordo global aponta quatro prioridades de ação para a redução de risco de desastre: a melhor compreensão do risco, mais investimento para a gestão desse risco, preparação mais eficaz diante dos desastres e incorporação do princípio de “reconstrução aprimorada” à recuperação, reabilitação e reconstrução.
Segundo o Relatório preparado pelas Nações Unidas para a Redução de Risco de Desastres (UNISDR), calcula-se que investimentos de US$ 6 bilhões- o equivalente a R$ 18,7 bilhões – no setor de redução de risco de desastres, resultam numa economia de US$ 360 bilhões até 2030, quantia calculada por perdas econômicas mundiais causadas pelos desastres.
A Declaração de Sendai traz uma atualização do acordo firmado há 10 anos, em Hyogo, também no Japão, visando melhor preparação para diminuir os impactos causados por desastres. O compromisso dos países inclui avaliar as metas de desenvolvimento sustentável e como lidar com a adaptação climática, acordo que deve estar alinhado e coerente às agendas de desenvolvimento e climática.
CEMADEN inaugura radar meteorológico em Natal, RN
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) inaugurou nesta segunda-feira (02) em Natal, RN, o radar meteorológico, cuja cobertura abrange 80% do Estado.
O equipamento, instalado na Base Aérea de Natal, cobrirá a maior parte da região semiárida e a faixa litorânea do Rio Grande do Norte, e os dados transmitidos subsidiará o trabalho da operação do CEMADEN no monitoramento das áreas de riscos de deslizamento e inundação.
A ação do Centro atende a uma das metas do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Alertas de Desastres Naturais, lançado em agosto de 2012, e conta com a instalação de mais 8 radares no país.
Os demais radares a ser instalados serão implantados em regiões que ainda não são monitoradas, como Maceió, AL; Salvador, BA; Petrolina, PE; Almenara, São Francisco e Três Marias, MG; Santa Tereza, ES e Jaraguari, MS. Os investimentos são de mais de R$ 72 milhões.
A partir dos radares será possível para o CEMADEN aprimorar a qualidade da quantificação de chuvas sobre os municípios cobertos pelos radares; melhorar a previsão de tempo de curtíssimo prazo e, também, antecipar a emissão de alertas de desastres naturais.
Ainda como parte do Plano de Gestão de Riscos e Alertas de Desastres, o CEMADEN já instalou oito pluviômetros (equipamentos os que medem a quantidade de chuva) em áreas de risco de desastres no município de Natal, somando à rede de pluviômetros do CEMADEN um total de 772 unidades instaladas em todo o país. Estes equipamentos, juntos com os radares, também servirão para calibração de modelos hidrológicos e meteorológicos em desenvolvimento no Centro.
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