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II Webinário Produtos do CEMADEN / MCTI para o Monitoramento Geo-Hidro-Meteorológico no Brasil
II WEBINÁRIO PRODUTOS DO CEMADEN / MCTI PARA O MONITORAMENTO GEO-HIDRO-METEOROLÓGICO NO BRASIL
O CEMADEN realizará no próximo dia 13/11/2023, das 14h às 15h30, o segundo webinário abordando os serviços e produtos providos pelo Centro, em especial aqueles associados ao monitoramento e alertas de desastres deflagrados por extremos de chuvas, relevantes para defesas civis, tomadores de decisão, profissionais de imprensa e mídias, comunidade acadêmica e científica, entre outros interessados na área de riscos e de desastres.
O objetivo dos webinários é disseminar os conceitos associados ao monitoramento ininterrupto (24horas/7dias), emissão de alertas e previsão/cenários de riscos de desastres providos pelo CEMADEN/MCTI, bem como associados a vulnerabilidades e impactos em vários setores.
II WEBINÁRIO – Produtos e Serviços Relativos a Riscos de Desastres: Seca e Fogo
1) Abertura – Regina Alvalá (gravado) e Marengo
2) Sistema de Monitoramento de Secas do Cemaden e Avaliação de Impactos – Ana Paula Cunha
3) Indicadores de Secas desenvolvidos no CEMADEN – Definições e Aplicações – Marcelo Zeri
4) Monitoramento e Previsão de Seca Hidrológica – Adriana Cuartas
5) Concepção do produto de probabilidade de fogo – Liana Anderson
O evento é aberto ao público e poderá ser acessada através do canal no YouTube: (clique aqui)
Data: 13 de novembro de 2023
Horário: 14h00 (horário de Brasília)
Adicione um lembrete do webinário na sua agenda:
Para mais informações, entrar em contato pelo e-mail reuniao.impactos@cemaden.gov.br, ou assessoriadeimprensa@cemaden.gov.br.
Pesquisa do Cemaden analisa estudos científicos que utilizaram metodologias forenses em desastres
Um estudo científico publicado no periódico internacional Journal of Disaster Risk Science, Editora Springer, intitulado “A Systematic Review of Forensic Approaches to Disasters: Gaps and Challenges” (Uma revisão sistemática das abordagens forenses em desastres: lacunas e desafios), identificou a necessidade de um esforço transdisciplinar para abordar outros componentes que criam os riscos de desastres, como: as desigualdades e racismo como causas básicas da vulnerabilidade, as pressões dinâmicas associadas à expansão urbana, aspectos de governança, como a falta de mecanismos para participação popular na gestão de risco de desastres.
A publicação tem a participação do sociólogo Victor Marchezini, pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A pesquisa foi liderada pelo doutorando Adriano Mota Ferreira, como parte de sua tese no Programa de Pós-Graduação em Desastres, parceria entre Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Cemaden/MCTI.
Abordagens forenses para desastres
Os pesquisadores analisaram os contextos interdependentes e interligados para diferentes tipos de ameaças, citados nos estudos científicos. Enfatizaram a análise dos aspectos físicos e demográficos, sociais, econômicos e políticos.
O trabalho científico teve o objetivo de realizar uma análise qualitativa desses estudos forenses, concentrando-se em cinco questões principais: as metodologias aplicadas; as abordagens forenses utilizadas nas fases de gestão de risco de desastres; as ameaças (inundações, deslizamentos, entre outras) abordadas nos diferentes estudos; se as metodologias envolvem participação social e quais tipos de participação; e, por fim, se houve referências ao planejamento urbano nos artigos analisados.
As metodologias forenses em desastres ganharam notoriedade em 2010, quando o Programa Científico Internacional “Integrated Research on Disaster Risk” (IRDR), apoiado pelo International Science Council (ISC) e pelo Escritório das Nações Unidas para Redução de Risco de Desastres (United Nations Office for Disaster Risk Reduction-UNDRR), lançou o projeto Forensic Investigations of Disasters-FORIN (Investigação Forense de Desastres). O intuito do projeto, atualizado em 2016, é examinar as causas profundas da vulnerabilidade (desigualdade de renda, racismo, falta de acesso a poder político) e os fatores de risco de desastres (como ineficiência do planejamento territorial, expansão urbana, desmatamento, falta de saneamento básico etc.) para compreensão de como e o porquê é construído, socialmente, o risco de desastre.
A pesquisa liderada pelo doutorando Adriano Mota Ferreira, do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden), teve a participação de Victor Marchezini, sociólogo no Cemaden/MCTI, Tatiana Sussel Gonçalves Mendes, docente do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden), de Miguel Trejo-Rangel, pós-doutorando na Unidade Irlandesa de Análise e Pesquisa Climática da Universidade de Maynooth, e Allan Iwama, da Universidade Federal da Paraíba.
Mota Ferreira, que tem bolsa doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), explica que “os estudos analisados abordaram diferentes tipos de ameaças, riscos, aspectos físicos e demográficos, sociais, econômicos e políticos de extrema importância para o entendimento dos desastres, enquanto processos que se desenvolvem ao longo do tempo”.
Resultados e necessidades de futuras pesquisas
Dentre os 156 artigos listados a partir dos critérios de busca, 19 artigos revisados apresentaram metodologias forenses, sendo 11 classificados como metodologias forenses específicas em desastres, como a FORIN, que concentrou a maior parte dos estudos. Os artigos consideram as diferentes fases do ciclo da gestão de riscos de desastres e pelo menos a metade deles está vinculada com multiameaças, ou seja, quando eventos perigosos podem ocorrer simultaneamente. Entretanto, foram identificadas algumas lacunas de metodologias participativas nas investigações forenses de desastres. Sobre este último ponto, o pesquisador Miguel Trejo-Rangel, destaca a importância da participação social nas pesquisas em desastres. “O papel da sociedade é fundamental na redução dos riscos de desastres e deve ser considerada tanto na gestão como nos estudos que tenham como objetivo pesquisar as causas de fundo dos desastres”.
Victor Marchezini, que teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp (processo 2018/06093-4) para o desenvolvimento da pesquisa durante o pós-doutorado, destaca que a metodologia de investigação forense de desastres tem potencial para aplicação em pesquisas e para subsidiar políticas públicas de redução de risco de desastres. “Precisamos entender os desastres como resultados de processos sociais que se acumulam e se intensificam no território, sendo que os modelos insustentáveis de crescimento econômico catalisam o desmatamento, a expansão urbana e outros fatores de risco que contribuem para os desastres”, argumenta o sociólogo.
O artigo intitulado “A Systematic Review of Forensic Approaches to Disasters: Gaps and Challenges” (Uma revisão sistemática das abordagens forenses em desastres: lacunas e desafios) está disponível no endereço:
https://link.springer.com/article/10.1007/s13753-023-00515-9
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden e IBGE vão atualizar base de dados sobre população em áreas de risco de desastres
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estiveram reunidos, na sede do Cemaden, para tratar sobre a produção de base de dados demográficos e sociais da população em áreas de risco, denominada como Base Territorial Estatística de Áreas de Risco (BATER), a partir dos resultados do Censo de 2022.
A parceria entre as instituições, firmada em 2013, tem resultado em avanços para a caracterização da população em áreas de risco de desastres. A base de dados BATER foi divulgada em 2018, contendo informações sobre as características dos moradores e moradias nas áreas de riscos de desastres. Tais dados possibilitam apoiar as ações de monitoramento e alerta, bem como a gestão de risco de desastres no país.
“Há dez anos, Cemaden e IBGE atuam em parceria e a principal motivação consiste em avançar no conhecimento sobre a população em áreas de riscos para aprimorar o sistema de alertas do Centro”, afirma Silvia Saito, pesquisadora do Cemaden. Para um sistema de monitoramento, essa base de dados contribui para a emissão de alertas, considerando informações sobre a distribuição espacial da população mais vulnerável, como crianças e idosos, que demandam especial atenção na iminência de um desastre.
Manuela Alvarenga, gerente do projeto pelo IBGE, explica que “a BATER foi elaborada a partir da associação dos polígonos de áreas de risco e as faces de quadra e setores censitários do Censo 2010”. A partir de dados dessa base foi possível avançar na caracterização da população em áreas de risco de mais de 800 municípios brasileiros afetados por inundações e deslizamentos. O relatório, a base de dados assim como a plataforma geográfica interativa podem ser acessados nesse link
Durante a reunião, as equipes também discutiram sobre formas de divulgação dos dados, considerando os usuários, como pesquisadores e tomadores de decisão. “A expectativa é atualizar a pesquisa População em Áreas de Risco no Brasil com os dados do Censo 2022, dando subsídios para que os diferentes atores que atuam na redução de riscos possam aperfeiçoar suas atividades", explica Therence Sarti, Coordenador de Meio Ambiente da Diretoria de Geociências do IBGE.
Durante a reunião técnica realizada nos dias 30 e 31 de outubro, na sede do Cemaden, em São José dos Campos (SP), os participantes também debateram sobre a organização de workshops sobre as temáticas de população em áreas de risco e estatísticas ambientais, que serão organizados ao longo do ano de 2024.
Participaram da reunião: pelo IBGE: Therence Sarti, Manuela Alvarenga e Ivone Batista. Pelo Cemaden: Silvia Saito, Mariane Assis, Regina Alvalá, Rodrigo Amorim, Rafael Drumond, Nathalia Duarte e Joaquim Cabral.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden lança série de webinários informativos sobre os trabalhos desenvolvidos para o monitoramento e alerta de desastres
O 1º Webinário “Produtos e Serviços Relativos a Riscos de Desastres Geo-hidrometeorológicos” foi realizado na última quarta-feira (01 de novembro), promovido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- e transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden - Reunião de Impactos.
Esse foi o primeiro de uma série de webinários que o Cemaden/MCTI promoverá para disseminar os conceitos associados ao monitoramento ininterrupto (24horas/7dias), emissão de alertas e previsão de riscos de desastres providos pela unidade de pesquisa, bem como informações técnico-científicas associadas a vulnerabilidades e impactos em vários setores da sociedade. O segundo webinário já está agendado para o próximo dia 13 de novembro, na temática “Secas e fogo”.
“Atualmente, existem variadas informações disponíveis sobre tempo, clima e desastres. O Cemaden é a instituição responsável por realizar o monitoramento ininterrupto e emitir alertas de riscos de desastres”, destaca a pesquisadora Sílvia Saito, representando a direção do Cemaden, na abertura do evento. “Nossa preocupação é que os usuários e usuárias dessas informações saibam como melhor usá-las na preparação e resposta, no contexto da gestão de risco de desastres geo-hidrometeorológicos”, afirma a pesquisadora do Cemaden.
Saito, enfatizou, também, que a outra motivação em implementar essa série de webinário informativo foi pelo aumento da demanda na busca de informações no Cemaden. Os pedidos de informações são provenientes dos órgãos municipais, estaduais, de Proteção e Defesa Civil, assim como pelos profissionais da Imprensa e Mídia em geral, comunidades acadêmicas e científicas, entre outros interessados na área de riscos e de desastres, principalmente, para tirar dúvidas e esclarecer as informações técnico-científicas.
Especialistas do Cemaden explicam sobre os potenciais de previsão e os desafios
“Previsões e Cenários da Operação” mostrando o sistema de monitoramento e alertas do Cemaden (definições, avisos, alertas, previsões e cenários) foi a temática abordada pelo meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operação e Modelagem do Cemaden. Iniciou com um breve histórico sobre a criação do Cemaden, em 2011, quando ocorreu a tragédia na região serrana no estado do Rio de Janeiro. “Nessa época, o Brasil já tinha um sistema de previsão meteorológica com qualidade. Porém, a comunidade científica concluiu que prever fenômenos desse tipo é muito mais que prever chuvas intensas”. Relembra quando, em forma emergencial, foi criado o Plano Nacional de Gestão de Risco de Desastres, em quatro eixos: a de prevenção (com obras de encostas), de resposta, de mapeamento de risco (trabalho realizado pela antiga CPRM, hoje Serviço Geológico do Brasil) e a criação do Cemaden, como novidade na área de monitoramento e emissão de alerta de risco de desastres. “O Cemaden tem um avançado e inovador trabalho inter e multidisciplinar, com a finalidade de cruzar informações meteorológicas, hidrológicas, geológicas- geodinâmica e de vulnerabilidades sociais”, destaca Seluchi. “Para emissão de alertas geo (deslizamentos) e hidrológicos (inundações, enxurradas, enchentes) o embasamento é meteorológico. A chuva é o elemento transversal que deflagra os desastres. O desastre é quando atinge pessoas em vulnerabilidade extrema ao risco”, sintetiza o coordenador-geral de Operação e Modelagem do Cemaden. Destacou que esses alertas são encaminhados à Defesa Civil Nacional. “ As informações técnica-científicas do Cemaden assessoram a Defesa Civil Nacional para que ela faça a gestão desse risco.” Informou, também, que desde 2011 o Cemaden já emitiu mais de 25 mil alertas de risco de desastres. Hoje são monitorados 1.038 municípios, mapeados com áreas de riscos geo-hidrológicos, representando 19% do total de municípios brasileiros.
“Extremos de chuvas, limitações das previsões e os sistemas de meteorologia” a temática foi apresentada pelo pesquisador e meteorologista do Cemaden, Giovanni Dolif, abordando a Rede Observacional do Cemaden e as redes de monitoramento de instituições parceiras. Explicou as diferenças do monitoramento feito pelo radar e pelos sensores do Cemaden, a visualização do Sistema SALVAR, das medições, informações e dados nos equipamentos do Cemaden e das instituições parceiras. Sobre a ampliação de equipamentos, softwares e pessoal especializados para o sistema de previsão nos municípios, Dolif comenta: “Nesta época de eventos extremos e chuvas intensas, que se formam rapidamente, o ideal é avançar o sistema de nowcast (previsão imediata do tempo), utilizando uma série de ferramentas e combinando essas informações vão permitir maior precisão na previsão de chuva”.
“Alertas e Previsões de Risco Geodinâmico” foi o tema abordado pelo tecnologista, Pedro Camarinha, especialista em geodinâmica na Sala de Situação do Cemaden. Mostrou um dos principais produtos da Sala de Situação que é o Boletim de Previsão de Riscos Geo-hidrológicos, disponibilizado, diariamente, no site do Cemaden. Apresentou os conceitos sobre os “cenários de risco” (situação potencial ainda não concretizado), “probabilidade” de um “evento adverso” que possa ocorrer, causando “impactos” em um determinado “sistema de interesse” (município). Mostrou, também, os diversos tipos de movimentos de massa e deslizamentos, sempre relacionados à chuva e umidade do solo. “Na matriz de risco, a probabilidade de ocorrência de um evento que costumamos avaliar não é de uma chuva qualquer, mas a que possa causar deslizamentos pontuais, ou esparsos ou generalizados. Temos os limiares críticos de valores de chuvas e a análise da concretização dos deslizamentos”, explica Camarinha.
“Monitoramento, alerta e previsão de risco hidrológico” foi apresentado pela hidróloga da Sala de Situação, Cláudia Linhares, especialista em extremos hidrológicos, mostrando os cenários de risco para o envio de alerta e as tomadas de decisão, que são os possíveis impactos (danos humanos, materiais e financeiros), além das tipologias de riscos hidrológicos (alagamento, inundação, enxurrada). “O processo de emissão de alerta de risco hidrológico tem o objetivo de evitar mortes, proteger a população, trabalhar a conscientização e desenvolver a percepção de risco”, destaca a hidróloga. Para isso, ela considera importante a confiabilidade do alerta pela população, a colaboração das Defesas Civis e que a informação chegue até a população.
“Registro de ocorrências de desastres ”- Os registros de eventos de Inundação e Deslizamento do Cemaden, denominado “REINDESC” foram apresentados pelo especialista em Desastres Naturais, Tiago Bernardes, da Sala de Situação do Cemaden, que mostrou a importância das informações dos eventos e como podem ser usados como mapeamento, avaliação, previsão sistemas de previsão e monitoramento. “Há vários métodos de obter informações sobre ocorrências efetivas de desastres geo-hidrológico, pelas pessoas diretamente relacionadas ao evento”, afirma Bernardes, informando sobre os formulários de ocorrências enviados pelas Defesas Civis e por outras pessoas, além de informações obtidas nas notícias on-line e criadores de conteúdo. “Na Mídia, sempre aparece a localização, horário e impactos associados a esses eventos.”, afirma o especialista do Cemaden destaca: “É importante o registro desses eventos por três motivos. Primeiro, o mapeamento e avaliação da distribuição espacial dos eventos para o planejamento urbano e medidas de prevenção e mitigação. Segundo, pela avaliação da efetividade dos sistemas de previsão e monitoramento. Em terceiro, pela elaboração de intervalos de recorrência (IR) de eventos de inundações e de correlações entre eventos de deslizamentos e chuvas acumuladas, para aprimorar a previsão desses eventos”.
Webinário na íntegra
Para obter as informações e apresentações na íntegra, o 1º Webinário do Cemaden está disponibilizado no Canal YouTube do Cemaden – Impactos de Desastres, com acesso pelo link:
https://www.youtube.com/@reuniaodeimpactoscemaden/streams
O próximo webinário do Cemaden será realizado no dia 13 de novembro, para debater sobre Secas e Fogo.
Fonte: Ascom/Cemaden
Aberto processo de inscrição para uma Bolsa de treinamento técnico da Fapesp/Cemaden no Projeto COPE
Uma vaga de treinamento técnico nível quatro (TT-4) com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) está disponível para o Projeto COPE, conduzido no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em São José dos Campos-SP. As inscrições devem ser feitas até dia 26 de novembro de 2023. O bolsista deverá estar disponível para residir em São José dos Campos ou arredores.
O(a) bolsista trabalhará na análise cruzada de dados espaciais em ambiente de sistema de informações geográficas (SIG) para identificar a exposição e a vulnerabilidade de comunidades em áreas de risco de inundações e deslizamentos.
A bolsa TT 4 é voltada a candidatos(as) graduados(as) com nível de mestrado. Para a coleta e tratamento de dados provenientes de diferentes bases (Base Territorial de Áreas de Risco – BATER, entre outras) é necessário sólido conhecimento em sistemas de informação geográfica e técnicas de análise espacial com apoio de softwares (como QGIS), além de experiência em elaboração de dashboards.
Os (as) candidatos (as) devem ter formação em áreas relacionadas a Ciência dos Desastres, Geografia, Engenharia Ambiental, Gestão Ambiental, Estatística, Sensoriamento Remoto, Planejamento Territorial ou Ciência de Dados. A experiência em SIG é imprescindível.
A Bolsa FAPESP de TT-4 tem valor de R$ 3.810,40, duração de dois anos e requer dedicação de 40 horas semanais às atividades de apoio ao projeto de pesquisa. Aceita-se um período de dedicação semanal em home office. Não é permitido o acúmulo de bolsas.
A oportunidade está no site da Fapesp:
As normas para as bolsas de Treinamento Técnico estão disponíveis no site da FAPESP: www.fapesp.br/bolsas/tt.
Para se candidatar, os (as) interessados (as) devem preencher o formulário de interesse do Projeto COPE:
https://forms.gle/vPyG78rQvFqPH62u9
Em caso de dúvidas, contatar o pesquisador Victor Marchezini (victor.marchezini@cemaden.gov.br).
O processo seletivo incluirá análise de currículo Lattes, entrevista e apresentação. Candidatos(as) selecionados(as) para a fase de entrevistas serão comunicados por e-mail até o dia 30 de novembro de 2023.
Projeto COPE
O objetivo do Projeto “Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE)”- que tem o apoio da Fapesp (Processo 22/02891-9)- é o de analisar as capacidades organizacionais de preparação de governos locais e comunidades frente a eventos extremos de tempo e clima. A partir disso, serão coproduzidas estratégias de fortalecimento da implementação de políticas públicas no tema.
A ideia do Projeto COPE é integrar atividades de ensino, pesquisa, extensão e implementação de políticas públicas, conectando gestores (as) públicos e comunidades expostas a riscos de desastres, considerando as dimensões etárias, de gênero e pessoas com deficiência. A proposta se associa aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 e 13.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden lança licitação para contratação de telefonia móvel
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - Cemaden, localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos SP, lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico por meio de Registro de Preços.
O objeto é a prestação de Serviço Móvel Pessoal – SMP (móvel-móvel, móvel-fixo e dados) nas modalidades local, longa distância nacional (LDN) e internacional (LDI), com fornecimento de smartphones, em regime de comodato para cada acesso habilitado, do tipo PÓS-PAGO, modo digital, para atender às necessidades do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – Cemaden, localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos – SP, conforme condições, quantidades, exigências e estimativas, estabelecidas neste Edital e seus anexos.
A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 25/10/2023.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 06/2023 pode ser retirado a partir de 26/10/2023 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos - SP ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 26/10/2023 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 10/11/2023 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br .
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Lideranças de órgãos de controle e do judiciário realizam visita informativa ao Cemaden
Coordenado pela Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais (IRI), o grupo de 15 lideranças do setor judiciário, realizou a visita informativa, nesta terça-feira (24 de outubro), ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O objetivo é obter informações técnico-científicas referentes à missão do Cemaden, bem como conhecer o contexto de impactos de mudanças climáticas, desastres naturais e ações de prevenção de desastres.
Esta última foi a sétima visita informativa ao Cemaden - organizada pela IRI-Brasil - desta vez integrada por autoridades de órgãos públicos do Estado do Acre, Amazonas e Rondônia, como o presidente e conselheiros, respectivamente, do Tribunal de Contas do Acre, Amazonas e Rondônia; e representantes da Defensoria Pública, Ministério Público e Justiça Federal desses três estados.
A recepção e abertura da programação foi feita pela diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, que abordou sobre as atividades institucionais na área de monitoramento, pesquisas e áreas de risco, entre outras temáticas.
Programação com palestras, oficina e visita à Sala de Situação do Cemaden
O panorama dos eventos climáticos extremos, causas, consequências e o que podemos fazer para reduzir seus impactos foi a temática abordada pelo climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden. Os desastres geo-hidrológicos e o Sistema de Alerta do Cemaden foram apresentados pelo meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operação e Modelagem.
A pesquisadora de secas e agrometeorologia, Ana Paula Cunha, também coordenadora-substituta da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden, apresentou o Monitoramento e Impactos de Secas no Brasil. A área de percepção de riscos e prevenção de desastres foi explanada pela coordenadora do Programa Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber.
No período da tarde, os visitantes conheceram a Sala de Situação do Cemaden. A meteorologista Gisele Zepka Saraiva explicou sobre o monitoramento, abordando os extremos meteorológicos, áreas de risco e rede observacional. Os visitantes conversaram com os especialistas da área de desastres e de hidrologia. Na programação final, as lideranças do judiciário fizeram a Oficina de Prevenção e enfrentamento a desastres, coordenada pela equipe do Cemaden Educação.
Importância da visita ao Cemaden para o os órgãos de controle e judiciário
A visita foi coordenada por Carlos Vicente, facilitador nacional do IRI-Brasil - “Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais”, plataforma de apoio às lideranças religiosas e setores da sociedade, para que possam ampliar sua contribuição voltada à preservação do equilíbrio climático, à conservação e ao uso sustentável das florestas, além da proteção dos povos indígenas e das comunidades locais.
“Conhecer os avanços científicos mais recentes sobre monitoramento e prevenção de desastres climáticos - bem como o trabalho científico de referência realizado pelo Cemaden - é muito importante aos órgãos de controle e judiciário, para a tomada de decisões que necessitem informações científicas.” , destaca Carlos Vicente do IRI-Brasil e complementa: “ A visita permite que as instituições públicas estabeleçam ligações diretas com a área científica para aprimorar os seus trabalhos”.
A procuradora–geral Rita de Cássia Nogueira Lima, da Procuradoria Geral Adjunta para Assuntos Administrativos e Institucionais do Acre, também integrante da comissão de procuradores do Tribunal de Justiça, atua em processos do meio-ambiente, conflitos agrários e direitos humanos, entre outros. Afirma que já conhecia a missão do Cemaden, quando atuou em projetos de políticas públicas sobre mudanças climáticas e defesa civil. “Estar no Cemaden foi a oportunidade de conhecer e ouvir os cientistas, adquirindo informações de alta qualidade. Essas informações vão ajudar o Ministério Público a fazer as articulações para a execução de políticas públicas nos assuntos referentes às mudanças climáticas e proteção e defesa civil”, afirma a procuradora-geral.
O presidente do Tribunal de Contas do Acre, José Ribamar Trindade de Oliveira, considera que a questão ambiental diz respeito a todos os órgãos públicos. “As ações de hoje repercutem nas questões climáticas, tanto no presente como no futuro. Ter os conhecimentos científicos da questão ambiental e mudanças climáticas dão a base para exigir dos gestores a tomada de decisões e ações.”, afirma o presidente do TCE do Acre, enfatizando: “O poder público tem a responsabilidade de unir várias entidades para encontrar soluções nas questões climáticas. Não podemos tratar de forma partidária ou ideológica, mas é uma questão de sobrevivência”.
Comunicadores e influenciadores digitais evangélicos visitaram o Cemaden em setembro
A visita anterior, realizada no dia 26 de setembro, coordenada pela IRI-Brasil, foi integrada por profissionais provenientes das cinco regiões do Brasil, composta por 41 comunicadores, ligados a empresas de Comunicação, comunicação digital e redes sociais. A visita informativa dos comunicadores foi o de conhecer as atividades de monitoramento e pesquisas na área ambiental, de mudanças climáticas, eventos extremos e prevenção de desastres.
“O foco da visita foi oferecer a oportunidade dos comunicadores e influenciadores digitais para poderem extrair o máximo de experiências e informações científicas. É importante transmitir para mais pessoas a compreensão da emergência climática e os impactos na sociedade ”, afirma Carlos Vicente e complementou: “Organizamos a visita com esse grupo de profissionais da comunicação, a maioria jovem, para que possam contribuir na disseminação do valor das informações científicas para as questões climáticas.”, enfatiza o facilitador nacional do IRI-Brasil.
Karina Penha, reside na região metropolitana de São Luís ( Maranhão) é ambientalista e atuante nas redes sociais há nove anos, destaca a contribuição da vivência na prática, do trabalho no Cemaden. “Saber onde estão e como utilizar os dados científicos na comunicação sobre o tema climático é importante para a referência e a credibilidade da informação.”
Carlos Alves, diretor da Rede Super de Televisão, com sede em Belo Horizonte (MG), é uma Rede de Televisão Comunitária, pertencente à Igreja Batista da Lagoinha. Há 21 anos a rede transmite programação evangélica, abrangendo público em 15 estados brasileiros, com mais de quatro mil operadoras a cabo, atingindo até o sul da Flórida (EUA). “A vinda ao Cemaden foi uma grande e prazerosa surpresa, conhecendo o trabalho científico e não a ‘achologia’ ” comenta Alves. “Vimos pelos dados científicos como será o aquecimento climático e como estamos acelerando o processo. É um momento de conscientização sobre o momento climático, com base no trabalho sério e científico. A ideia é disseminar essa informação.”
Letícia Oliveira é da capital de São Paulo e atua como influenciadora digital, tratando as temáticas religiosas com muito humor e leveza. Aos 23 anos de idade, já tem mais de um milhão de seguidores. Compartilha vídeos nas redes sociais, no aplicativo de mídia Tik Tok e no Instagram. Seu estilo é comédia cristã, como a própria influenciadora se autoidentifica. “No Cemaden, tive a oportunidade de aprender muita coisa da área científica. Desde como se calcula o índice de água, a interpretação das previsões meteorológicas e os riscos de desastres até sobre a aceleração do processo de aquecimento global”, destaca a jovem influenciadora digital. “Vou compartilhar as informações ao público para ajudar na prevenção do risco de desastres”.
IRI-Brasil – Iniciativa Inter-Religiosa pelas Florestas Tropicais
Criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2018, a (IRI-Brasil) integra vários grupos religiosos de evangélicos, católicos, espíritas, judaicos, budistas e de matriz africana, dentre outros. A IRI-Brasil visa o engajamento em ações de preservação ambiental, mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
As visitas informativas ao Cemaden, organizadas pela IRI-Brasil, foram iniciadas em maio do ano passado, em comitivas integradas por diferentes lideranças de diversas correntes religiosas. As duas últimas, realizadas neste ano, foram organizadas com diferentes setores da sociedade para conhecer o Cemaden e receber informações científicas sobre eventos extremos, prevenção de desastres e mudanças climáticas.
No ano passado, quatro comitivas de lideranças religiosas de vários estados do Brasil estiveram em visita informativa ao Cemaden , entre os meses de maio e agosto de 2022. Neste ano, no mês de maio, outro grupo de lideranças religiosas também realizou visita técnica no Cemaden, recebendo informações científicas sobre mudanças climáticas e prevenção de desastres geo-hidrológicos.
Fonte: Ascom/Cemaden
Fotos da visita ao Cemaden pelos representantes dos órgãos de controle e do judiciário do Acre, Amazonas e Rondônia -organizado pelo IRI-Brasil - dia 24 de outubro de 2023
- Representantes dos órgãos de controle e do judiciário observam informações nos telões da Sala de Situação do Cemaden
- Pesquisadora Ana Paula Cunha, coordenadora substituta de Relações Institucionais apresenta dados e o trabalho realizado pelo Cemaden no monitoramento de secas e seus impactos no Brasil
- Pesquisadora do Cemaden, Débora Olivato, realiza oficina para debates e discussões sobre prevenção de riscos de desastres.
Fotos da visita ao Cemaden dos comunicadores e influenciadores digitais no dia 26 de setembro de 2023, organizado pelo IRI-Brasil
- Diretora substituta, Regina Alvalá, recepciona e faz apresentação institucional aos comunicadores e influenciadores digitais.
- Climatologista e coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento fala sobre mudanças climáticas aos comunicadores e influenciadores digitais
Pesquisadores do Cemaden e da Unesp desenvolvem sistema de previsão de umidade de solo para alerta de deslizamentos
Com base nos dados da rede de equipamentos do Projeto Remaden/RedeGeo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - foi desenvolvido um sistema de previsão de deslizamentos que pode aprimorar os alertas emitidos pela Sala de Situação do Cemaden. Os equipamentos são compostos por sensores de umidade do solo e de dados de chuva, instalados em regiões com longo histórico de deslizamentos no Brasil,
O sistema de previsão de deslizamentos foi desenvolvido por pesquisadores da área de geodinâmica do Cemaden, em parceria com pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), aplicando metodologia matemática desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Bath (Reino Unido),
Os estudos focaram os eventos de deslizamentos ocorridos em março de 2020 no Guarujá e em maio de 2022 no Recife. Os resultados obtidos indicam que a metodologia proposta tem potencial para ser utilizada como uma importante ferramenta no processo de tomada de decisão para emissão de alertas de escorregamentos e deslizamentos.
Projeto Remaden/RedeGeo do Cemaden
O Projeto Remaden/RedeGeo promoveu a instalação de uma rede de sensores de umidade do solo em regiões com longo histórico de deslizamentos. O objetivo principal deste projeto é estabelecer uma ferramenta protótipo eficaz para previsão de deslizamentos de terra, produzindo uma metodologia capaz de prever a saturação do solo em locais específicos de PCDs (Dispositivos de Pré-Consolidação de Variáveis Ambientais). O trabalho de pesquisa apresenta o desenvolvimento de um novo sistema que visa prever as condições de umidade do solo, com base em dados de previsão de chuvas, usando algoritmos matemáticos avançados.
O artigo científico “Development of a soil moisture forecasting method for a landslide early warning system (LEWS): Pilot cases in coastal regions of Brazil “(Desenvolvimento de um método de previsão de umidade do solo para um sistema de alerta de deslizamentos (LEWS): casos-piloto em regiões costeiras do Brasil) foi publicado na Revista Sul-Americana de Ciências da Terra, volume 131, edição de novembro de 2023, da editora Elsevier, publicação científica internacional. O estudo foi liderado pela pesquisadora Isadora Araújo Sousa (Unesp), junto aos pesquisadores do Cemaden como coautores: Cassiano Bortolozo, Márcio Andrade, João Dolif Neto, Daniel Metodiev e Rodolfo Mendes.
O artigo na íntegra pode ser acessado pelo link:
https://doi.org/10.1016/j.jsames.2023.104631
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden recebe estudantes e pesquisadores da UFRRJ na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
Uma comitiva integrada por uma docente e 26 estudantes, pesquisadores de graduação e pós-graduação do Curso de Geografia, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), realizou visita científica acadêmica, nesta última quinta-feira (19), na sede do do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A visita fez parte da Programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pelo MCTI e realizada, em todo o País, nas diversas instituições científicas vinculadas ao ministério.
Na oportunidade, os estudantes e pesquisadores da UFRRJ assistiram palestras e conversaram com pesquisadores e tecnologistas do Cemaden, com temáticas relacionadas à missão do Cemaden, processo de monitoramento e emissão de alertas, áreas de riscos, vulnerabilidades, Ciência dos Desastres, além de conhecer mais sobre a educação para redução do risco de desastres.
Programação
Na programação direcionada aos estudantes e pesquisadores, a abertura e recepção institucional foram realizadas pela pesquisadora do Cemaden, Luciana Londe, da área de “Vulnerabilidades e Redução de Risco de Desastres” . A pesquisadora apresentou e respondeu perguntas sobre as atividades realizadas pelo Cemaden, tanto no processo de monitoramento dos municípios com áreas de risco, rede observacional, como em pesquisas interdisciplinares sobre riscos, vulnerabilidades e impactos, na temática de desastres socioambientais.
Em seguida a equipe do Cemaden Educação, coordenada pela pesquisadora Rachel Trajber, apresentou as atividades educativas e as ações desenvolvidas na área de redução de risco de desastres. Os estudantes participaram de oficina realizada pela equipe do Cemaden Educação.
Também, visitaram a Sala de Situação, conheceram como funciona no dia a dia, ininterruptos, do monitoramento em 1.038 municípios brasileiros mapeados com áreas de risco. A equipe de especialistas em geodinâmica, hidrologia, meteorologia e desastres naturais apresentou o processo do sistema monitoramento e emissão de alerta.
Na parte da tarde, os estudantes participaram da Série de Debates do Cemaden, no formato talkshow, em conversas sobre “O futuro da Ciência de Desastres”, moderado pelos pesquisadores do Cemaden: Victor Marchezini, Liana Anderson e Adriano Mota.
Estudantes são do Grupo de Estudos Integrados em Ambiente da UFRRJ
Os estudantes visitantes fazem a graduação e a pós-graduação do Curso de Geografia da UFRRJ, no câmpus do município Campos de Nova Iguaçu (RJ). Desenvolvem pesquisas e ações comunitárias, dentro do Grupo de Estudos Integrados em Ambiente (GEIA), na linha “Dinâmicas climáticas e ambientais e o ensino de Geografia.”
A docente da UFRRJ, Cristiane Cardoso, que ministra a disciplina de Climatologia no Curso de Geografia, informou que, no Grupo de Estudos Integrados em Ambiente, os estudantes de graduação e pós-graduação desenvolvem o Projeto Educação Ambiental e Monitoramento da Estação Meteorológica, em cinco escolas públicas da região.
“Para os estudantes é importante conhecer o Cemaden e ter o contato com os pesquisadores e os tecnologistas do monitoramento nacional.”, destaca a professora Cristiane Cardoso e complementa: “Permitiu ganhar novas visões sobre o monitoramento e pesquisa no Brasil, possibilitando comparar como funciona a dinâmica da realidade local e nacional, a teoria e a prática.” A professora afirmou que a visita ofereceu, também, a oportunidade de conhecer o desenvolvimento das pesquisas no Brasil, na área de monitoramento e Ciência dos Desastres, além de obterem referências e contatos que ajudam a definir a carreira científica de cada um”.
A estudante do 9º período de graduação do Geografia, Beatriz de Souza Magar, está finalizando a pesquisa sobre a percepção atmosférico do clima e o ensino de climatologia, com atividades desenvolvidas junto a alunos do ensino fundamental. Além de trabalhar com o monitoramento de chuva, também desenvolve atividades para que os alunos possam observar o tempo, as nuvens, ventos, sem instrumentos ou equipamentos. “As práticas e conhecimento local, além de desenvolver percepções também são Ciências”, afirma a graduanda, citando que foi enriquecedora a visita ao Cemaden, tanto na parte técnica sobre monitoramento de riscos de desastres, como nas falas e conversas com os pesquisadores. “A junção dos conhecimentos do Cemaden ampliará a contribuição nas atividades desenvolvidas junto à comunidade local.”
Vírginia Medeiros de Lima, desenvolve a pesquisa junto à colega Beatriz Magar, na área de educação ambiental e climatologia, também com ações junto a alunos de escolas. “É a segunda vez que venho ao Cemaden, pois estive há um ano. Nessa ocasião, a visita me ajudou na transformação do trabalho de pesquisa que vinha desenvolvendo.” afirma Virgínia Lima. Ela conta que nesta segunda visita, além de todos os aprendizados e conhecimentos obtidos, a conexão com as atividades da equipe do Cemaden Educação proporcionou um estímulo na continuidade das atividades de educação ambiental. “ Para mim, o Cemaden é uma inspiração para a carreira na área científica”.
SNCT 2023 – Tema: “Ciência Básica para o Desenvolvimento Sustentável”
Para a participação do Cemaden no estande de exposição da 20ª SNCT em Brasília, bem como na elaboração da programação e desenvolvimento de atividades da SNCT local, na sede em São José dos Campos, a instituição contou com cerca de 50 pessoas envolvidas nas áreas administrativa, de pesquisa e de monitoramento do Cemaden.
Na elaboração das atividades e programação da SNCT local, para a recepção de escolas públicas de ensino fundamental/médio e de universidades- bem como os trabalhos de preparação de atividades, organização e distribuição de equipes para a SNCT de Brasília - ficaram com as equipes da Coordenação de Relações Institucionais e do Cemaden Educação.
A equipe organizadora da SNCT: coordenadora Ana Paula Cunha, e analistas em C&T: Marisa Mascarenhas, Selma Flores, Selma Santos, Renato Lacerda e Fernanda Aguiar. Na divulgação: Maria Rosário Orquiza e Ana Paula Veiga e o apoio do pesquisador Fernando Silva.
Do Cemaden Educação deram apoio às atividades do SNCT local : a coordenadora e pesquisadora Rachel Trajber e os(as) pesquisadores: Débora Olivato, Patrícia Matsuo, Caroline Esteves, Antonio Guerra, Jennifer Farias, Priscila Françoso e Rafael Damasceno Pereira(SNCT em Brasília).
Promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), neste ano, em Brasília, a exposição das instituições do MCTI ocorre no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, desde o dia 16 até o dia 22 de outubro. A temática deste ano é “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”.
Fonte: Ascom/Cemaden
- Debate sobre "Futuro da Ciência dos Desastres", com os pesquisadores Victor Marchezini, Liana Anderson e Adriano Mota, com estudantes da UFRRJ
- Abertura da SNCT no Cemaden na quinta-feira (19) pela pesquisadora Luciana Londe, recepcionando estudantes e pesquisadores da UFMT.
Cemaden participa da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Brasília e também com programação local
Mobilizar a população em torno da importância da ciência como ferramenta para melhoria da qualidade de vida, inclusão social e soluções de desafios nacionais, entre outros, são os objetivos da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que ocorre, anualmente, em todo o País, há 20 anos. Promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), neste ano, a exposição das instituições do MCTI ocorre no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, desde o dia 16 até o dia 22 de outubro. A temática deste ano é “Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável”.
A solenidade oficial de abertura do evento foi realizada dia 17, com a presença de seis ministros de estado e representantes de secretarias do governo federal. Em sua fala, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ressaltou a importância da ciência como suporte às transformações, mas também como base para o desenvolvimento de políticas e ações de alertas de riscos. "Começamos o ano com seca na região sul do país e cheias na Amazônia e muita precipitação em São Sebastião, no litoral norte paulista, e estamos finalizando o ano de maneira inversa, ou seja, seca na Amazônia e chuvas no sul", lembrou. "A ciência moderna deve contribuir para que possamos desenvolver um modelo sustentável de desenvolvimento, cientes de que, além, de mitigar emissões e promover adaptação aos impactos da mudança do clima, é fundamental prevenir, para melhorar a vida das pessoas."
"Não queremos que a ciência seja sempre um assunto de poucos", afirmou a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. "A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia existe há 20 anos para despertar o interesse pela ciência, transformar a realidade, estimular a curiosidade científica, ser chave para as mudanças e incentivar os brasileiros, principalmente os jovens, a se apropriarem da nossa ciência e da nossa tecnologia."
Na quinta-feira, 19, a ministra Luciana Santos visitou os estandes da feira em Brasília acompanhada da primeira dama, Janja Lula da Silva.
No estande de exposição, em Brasília, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do MCTI – apresenta a ciência, tecnologia e inovação aplicadas ao monitoramento de desastres socioambientais, prevenção de risco e diminuição dos impactos geo-hidrometeorológicos e temáticas sobre sustentabilidade.
Os visitantes podem conhecer como funcionam os sistemas de monitoramento, além de interagir com as informações no telão de monitoramento em tempo real da Sala de Situação do Cemaden. Também podem acessar a plataforma de monitoramento de secas e conhecer a plataforma de previsão de risco de fogo, com orientações dos pesquisadores, tecnologistas e analistas do Cemaden. Há material de divulgação e publicações disponibilizados sobre fenômenos climáticos (como o El Niño) e os impactos de desastres no Brasil, previsão do risco de fogo, desenvolvimento sustentável e material educativo de redução de risco de desastres do Programa Cemaden Educação.
Para saber mais sobre a 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e a programação, pode acessar o link: 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (mcti.gov.br)
“Diálogos em clima de desastres: tempo de agir” foi debate de abertura da SNCT em São José dos Campos
A abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Cemaden, em São José dos Campos, ocorreu com o webinário “Diálogos em clima de desastres: tempo de agir”, para discutir os desafios das mudanças climáticas e promover a construção de uma sociedade resiliente. Promovido pela equipe do Programa Cemaden Educação, dentro da temática da Campanha #AprenderParaPrevenir, o debate foi realizado na segunda-feira (16). A transmissão foi pelo Canal YouTube do Cemaden Educação, com participação do público encaminhando perguntas pelo chat.
As moderadoras foram as pesquisadoras: Rachel Trajber- coordenadora do Cemaden Educação; Ana Paula Cunha – coordenadora substituta de Relações Institucionais do Cemaden e pesquisadora na área de secas e agrometeorologia; e Samia Nascimento Sulaiman, secretária nacional de Periferias, do Ministério das Cidades e professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) , responsável pelo Projeto Multirrisco.
“Dialogar o tema da 7ª edição da campanha amplia as iniciativas e ações no presente, na luta contra a desigualdade e pela resiliência. A transformação é coletiva.”, afirma a pesquisadora Rachel Trajber, lembrando que o dia 13 de outubro marca o Dia Nacional da Redução de Riscos de Desastres. Informou que a proposta internacional deste ano é a luta contra a desigualdade por um futuro resiliente.“Para que se realize muitas ações, os participantes da campanha podem ampliar as teorias, ideias e práticas para que cheguem em todas as comunidades. Essa é uma ação coletiva” , enfatiza Trajber.
Sobre os eventos meteorológicos extremos, as chuvas intensas, as ameaças combinadas com exposição de risco e vulnerabilidades, a pesquisadora e coordenadora do Cemaden, Ana Paula Cunha, abordou sobre as secas intensas nos últimos 10 anos, em locais onde não havia histórico dessa intensidade. “As mudanças climáticas podem aumentar a intensidade, a recorrência desses extremos climáticos, ampliando a questão da vulnerabilidade pelo aumento da população vivendo em áreas de risco”. A pesquisadora informou que - conforme os cenários previstos com as mudanças climáticas, até o final do século - há projeção do aumento da intensidade das secas na região do Amazonas e semiárido do Nordeste. “O desastre está em curso, mas temos que pensar na construção de capacidades para a redução dos impactos”.
“A redução de risco de desastres é parte da redução de desigualdade”, afirma a secretária Samia Sulaiman. Ela comenta sobre a importância do pesquisador compartilhar as informações com as comunidades, principalmente, onde estavam envolvidas na pesquisa. “Esse compartilhamento da informação – seja em vídeos, folhetos, publicações – irradia de forma estratégica as ações e mobilização das comunidades”. Também abordou que as escolas podem ser espaços para trazer a realidade, não somente como produção de conhecimento, mas como perspectiva de ação e posicionamento.
Para assistir na íntegra o debate podem acessar o canal YouTube do Cemaden Educação pelo link : https://www.youtube.com/watch?v=oMkxHHbPOjg&list=PLHtaKTOPDIDKUc_5CUPajseXXA4T1B3Yj
Para participar da 7ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir pode acessar o Guia 2023 no site do Cemaden Educação, pelo link : https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/guia-campanha-2023/
Programação da SNCT para alunos de escolas e universidades na sede do Cemaden
Foi elaborada uma programação da SNCT, nesta semana, para receber estudantes e professores de ensino fundamental e médio, além de universidades, de diversas cidades da região paulista do Vale do Paraíba, na sede do Cemaden, em São José dos Campos (SP).
Na programação, estão integradas atividades educativas voltadas à prevenção e redução de risco de desastres, jogos, games, com a equipe de pesquisadores do Programa Cemaden Educação. Também está disponibilizada no Salão do Cemaden a maquete interativa de simulação de chuvas, telões e a realização de jogos e games. No Auditório, estarão conversando com pesquisadores, assistindo palestras e realizando atividades em grupos sobre redução de risco de desastres. Estão conhecendo os equipamentos de monitoramento da rede observacional do Cemaden e visitando a Sala de Situação do Cemaden, onde recebem informações dos tecnologistas sobre como funciona o monitoramento e emissão de alertas de desastres de deslizamentos, inundações, enxurradas e sobre áreas de risco de desastres.
No terça-feira (17), 22 alunos do 3º ano do ensino médio, período integral, da Escola Estadual Júlio Fortes, do município de Lavrinhas (SP) desenvolveram atividades no Cemaden e participaram de toda a programação da SNCT no Cemaden. O professor de Geografia e Sociologia, Rafael da Silva Valem, ministra a aula da disciplina Itinerários na temática “Mundo Contemporâneo e suas Vulnerabilidades”, dentro da proposta “Cultura em movimento: diferentes formas de narrar a experiência humana”, envolvendo Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, além da Linguagem e suas tecnologias. Ele enfatiza que as atividades realizadas no Cemaden resumem toda a filosofia da disciplina.
“É um aprofundamento das reflexões sobre o século XXI, ao mesmo tempo, a exposição de práticas de ações para as situações da realidade.”, afirma o professor Valem. Ele explicou que as atividades desenvolvidas em grupo, no auditório do Cemaden, sobre redução de desastres e sustentabilidade, bem como a exposição oral das ideias e resultados das discussões, oferecem o estimulo para criar, pesquisar e obter um conhecimento com proatividade. Enfatizou que entre as metas da temática de sua disciplina, estão inclusos os estudos de temas contemporâneos transversais e objetivos de desenvolvimento sustentável, ajudando a desenvolver aprendizagens para os projetos de vida, possibilidades do mundo de trabalho e as perspectivas para o ingresso no ensino superior. “As atividades desenvolvidas com ação e protagonismo dos alunos, permitem a capacidade de desenvolver a argumentação, saber se colocar perante a situação. Para isso, precisa de conhecimentos.”, sintetiza o professor.
O aluno do 3º ano de ensino médio da escola de Lavrinhas, Riam Flávio de Jesus Carvalho, de 17 anos, considerou que as atividades desenvolvidas no Cemaden e os conhecimentos sobre o monitoramento, permitiram construir outras perspectivas de planejamento de sua vida e desenvolvimento de carreira profissional. “O que me despertou a curiosidade é que descobri que com a Ciência podemos mudar o projeto de vida”. Explicou que gostando muito de desenhar, pode relacionar uma possibilidade de relacionar a Arte e a Ciência. Comentou que gostou muito de conhecer o nível de tecnologia dos equipamentos de monitoramento e como se processo o monitoramento na Sala de Situação do Cemaden. Comentou sua experiência de apresentação do trabalho e a oportunidade de express
Ainda na terça-feira, no período da tarde, oito alunos da Escola Estadual Euclides Bueno Miragaia, de São José dos Campos, também desenvolveram atividades, assistiram palestras e conheceram a Sala de Situação do Cemaden. A professora Daniela Salles - da disciplina Itinerários na temática Biodiversidade, Mudanças Climáticas e Tecnologia/Inovação- acompanhou os alunos e considerou importante as atividades e visita ao Cemaden, com as palestras e ações, combinando com as aprendizagens. “ No começo deste ano, ficamos uma semana sem aula, devido as condições da escola impactadas com uma forte chuva.” , informou a professora. “O impacto real dentro da comunidade nos faz compreender a extensão da temática de eventos extremos e desastres. Os alunos puderam perceber que a importância da pesquisa e do conhecimento sobre o ambiente em que está inserido, como as ações de redução de risco de desastres”, conclue a professora. A professora Daniela Salles tem o projeto de editar um jornal juntamente com os alunos, para tratar a temática sobre Biodiversidade, Mudanças Climáticas e Tecnologia/Inovação, colocando os aprendizados e conclusões das práticas, ações vivenciadas e aprendizados.
Escola estadual que participou de projeto de pesquisa do Cemaden e desenvolveu jogos educativos e a maquete interativa
Nesta quarta-feira (18), o Cemaden recebeu a visita de 30 alunos do 6º ano do ensino fundamental, da Escola Estadual Diácomo Hamilton Bontorim de Souza, também de São José dos Campos. Conheceram a Sala de Situação e a equipe do Cemaden Educação conversou com a turma sobre prevenção e redução de riscos de desastres. Depois realizaram as atividades de jogos, games e interagiram com a maquete de simulação de chuvas.
A coordenadora pedagógica da escola, professora Patrícia Karim Chiardia informou sobre a ansiedade dos alunos para a visita ao Cemaden. “Estavam empolgadíssimos para conhecer a instituição que trabalha, em nível nacional, com o monitoramento e emissão de alertas de risco de desastres.”, afirmou a coordenadora, destacando que 50% dos alunos da escola são da zona rural. “Muitos conhecem os impactos dos eventos climáticos, como deslizamentos e inundações, pois vivem próximos à área de risco na região norte de São José dos Campos.” Informou que os 30 alunos que participaram das atividades do Cemaden representam as três turmas A,B e C do 6º ano (10 alunos de cada turma), que estão com a missão de replicarem os conhecimentos e aprendizagens junto às suas turmas. Além disso, as turmas do 6º ano já conhecem a aplicação de tecnologias e monitoramento, pelo desenvolvimento do projeto do Cemaden junto ao professor de Geografia da escola.
Para o professor de Geografia, Jobair Assis Rangel, há mais de três anos os alunos da escola vêm desenvolvendo atividades educativas para redução de risco de desastres, em parceria da escola com o projeto desenvolvido pela pesquisadora do Cemaden, Silvia Saito, dentro do projeto denominado “Tecnologias educacionais inovadoras para abordagem interdisciplinar na redução de risco de desastres socioambientais”. O professor destacou o resultado da pesquisa junto aos alunos: “Foi por esse projeto junto aos alunos da escola é que pode desenvolver os jogos Minitrunfo e Quem? (este desenvolvido sobre profissões que atuam na gestão de risco de desastres e outras cartas surpresas). O projeto permitiu, também, desenvolver e adquirir a maquete interativa, que simula os efeitos da chuva em uma área geográfica.Essa maquete interativa foi exposta em Brasília, no estande do Cemaden na última Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e agora. Na SNCT, está exposta no Salão da sede do Cemaden. O professor Rangel complementa, ainda, sobre a familiaridade da escola com monitoramento: “A escola sedia um equipamento do Cemaden (pluviômetro automático) e também o equipamento que faz o monitoramento da qualidade do ar, ventos e chuvas, dentro do projeto da pesquisadora do Cemaden, Silvia Saito.”
Lucas Ryan da Silva Oliveira, de 12 anos, aluno do 6º ano da Escola Diácomo Hamilton Bontorim de Souza, de São José dos Campos, achou interessante os jogos desenvolvidos junto aos alunos. “Servem para ensinar de forma mais divertida para quem tem maior dificuldade de compreensão. Permite entender melhor sobre os desastres.” Destacou que a matéria que mais gosta é Ciência e afirmou “ A Ciência permite mais conhecimentos sobre tempo, clima e outras informações do mundo para entender o porquê e como as coisas acontecem.”
Programação prevista até sexta-feira no Cemaden
Ainda na quarta-feira, às 19 horas, o Cemaden Educação participa da Mesa Virtual “Escolas e Comunidades na prevenção de risco de desastres”, evento on-line da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), na III Edição do Congresso Internacional Movimentos Docentes.
Na quinta-feira (19), o Cemaden receberá estudantes de graduação de Geografia, dentro do Grupo de Estudos Integrados em Ambiente (GEIA) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). À noite, das 18 às 20 horas, ocorrerá um webinário com a equipe do Cemaden Educação, sobre Educação para Redução de Risco de Desastres.
Na sexta-feira (20) está prevista a vinda de duas escolas estaduais da Baixada Santista (E.E. Deputado Emílio Justo, de Santos e E.E.Maria Helena Duarte, de Cubatão) totalizando 30 alunos e dois professores.
Fonte: Ascom/Cemaden
Solenidade oficial de abertura da SNCT 2023
Fotos da SNCT 2023 - Estande do Cemaden em Brasília
- Visita da ministra Luciana Santos e da primeira dama Janja Lula da Silva ao estande do Cemaden
- SNCT 2023 -Brasília-Estande do Cemaden
Fotos da SNCT 2023 - Sede do Cemaden - São José dos Campos - SP
Cemaden divulga editais do concurso público: Inscrições Prorrogadas
Os editais do concurso público para provimento de vagas para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) foram publicados nesta segunda-feira, 09, no Diário Oficial da União. A banca organizadora é o Instituto AOCP e o período de inscrições vai de 23 de outubro a 07 de dezembro de 2023, pelo site https://www.institutoaocp.org.br/
Os editais podem ser acessados na íntegra em:
https://www.in.gov.br/web/dou/-/edital-n-10-de-21-de-novembro-de-2023-524829444
https://www.in.gov.br/web/dou/-/edital-n-9-de-21-de-novembro-de-2023-524829521
No total, são 24 vagas para os cargos de pesquisador e tecnologista, distribuídas conforme os quadros a seguir.
Quadro 1: Especialidades e vagas para o cargo de pesquisador
Cargo |
Especialidade |
Carga Horária Semanal |
Total Vagas1 |
Remuneração Inicial Bruta |
Pesquisador Adjunto I |
Geodinâmica ou Geologia |
40 (quarenta) horas |
2 |
Adjunto I- Padrão I Vencimento básico R$ 6.710,29 + + retribuição de titulação em decorrência do título de Doutor: R$ 5.412,57+ GDACT (100 pontos) R$ 2.151,67 |
Hidrologia |
2 |
|||
Meteorologia por sensores remotos |
1 |
|||
Redução de risco de desastres geo-hidro-meteorológicos |
1 |
|||
Impactos de desastres hidrometeorológicos |
1 |
|||
Total |
7 |
|||
1Fica reservado aos candidatos negros, amparados pela Lei Federal nº 12.990, de 9 de junho de 2014 e Instrução Normativa MGI nº 23, de 25 de julho de 2023, o equivalente a 20% (vinte por cento) das vagas desse edital. Portanto, do total de vagas previstas neste Edital, 1 (uma) vaga será reservada aos candidatos negros. Do total de vagas previstas neste Edital, 1 (uma) vaga será reservada às pessoas portadoras de deficiência, de acordo com o previsto no artigo 37, inciso VIII, da Constituição Federal, artigo 5º, §2º, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, nos artigos 4º e 37 e seguintes, do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 e Decreto nº9.508, de 24 de setembro de 2018. |
Quadro 2: Especialidades e vagas para o cargo de tecnologista
Cargo |
Especialidade |
Carga Horária Semanal |
Total Vagas1 |
Remuneração Inicial Bruta |
Tecnologista Pleno I |
Engenharia |
40 (quarenta) horas |
3 |
Pleno I - Padrão I Vencimento básico R$ 5.913,57 + Titulação (Especialização R$ 1.131,38; ou Mestrado R$ 2.203,59; ou Doutorado R$ 4.746,56) + GDACT (100 pontos) R$ 1.974,18 |
Vulnerabilidade a desastres geo-hidro-meteorológicos |
1 |
|||
Meteorologia por sensores remotos |
1 |
|||
Impactos de desastres hidrometeorológicos |
1 |
|||
Geoprocessamento aplicado a riscos e desastres |
1 |
|||
Tecnologia da informação |
1 |
|||
Redução de risco de desastres geo-hidro-meteorológicos |
2 |
|||
Risco de desastres geo-hidro-meteorológicos |
6 (seis) horas por dia e 36 (trinta e seis) horas por semana |
2 |
||
Geodinâmica |
2 |
|||
Hidrologia |
2 |
|||
Extremos Meteorológicos |
1 |
|||
Total |
17 |
|||
1Fica reservado aos candidatos negros, amparados pela Lei Federal nº 12.990, de 9 de junho de 2014 e Instrução Normativa MGI nº 23, de 25 de julho de 2023, o equivalente a 20% (vinte por cento) das vagas desse edital. Portanto, do total de vagas previstas neste Edital, 3 (três) vagas serão reservadas aos candidatos negros. Do total de vagas previstas neste Edital, 1 (uma) vaga será reservada às pessoas portadoras de deficiência, de acordo com o previsto no artigo 37, inciso VIII, da Constituição Federal, artigo 5º, §2º, da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, nos artigos 4º e 37 e seguintes, do Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 e Decreto nº9.508, de 24 de setembro de 2018. |
Resultado do processo de seleção para contratação de serviço para criação de cursos à distância
O Cemaden Educação, Programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - divulgou o resultado do processo de seleção para produção dos cursos de capacitação em Educação em Redução de Riscos de Desastres socioambientais (ERRD), na modalidade de Ensino a Distância (EAD).
Mais informações disponíveis no site do Cemaden Educação pelo link:
Cemaden lança licitação para aquisição de água mineral, natural, potável
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos (SP), lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico por meio de Registro de Preços.
O cujo objeto é a aquisição de água mineral, natural, potável, sem gás, acondicionada em garrafões plásticos de 20 (vinte) litros, devidamente lacrados, para atender às demandas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - CEMADEN, conforme condições, quantidades, exigências e estimativas, estabelecidas neste Edital e seus anexos. A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 21/09/2023.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 05/2023 pode ser retirado a partir de 21/09/2023 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos (SP) ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 21/09/2023 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 03/10/2023 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br .
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Cenários de Impactos e Riscos de Desastres para set/2023 a fev/2024 intensificados pelo El Niño
Diante da constatação dos principais centros climáticos mundiais sobre o estabelecimento do El Niño em 2023, a Casa Civil da Presidência da República solicitou ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Nota Técnica contendo informações sobre a evolução e projeção do fenômeno El Niño 2023, bem como possíveis impactos em setores estratégicos (reservatórios para geração de energia e abastecimento, agricultura, saúde) para subsidiar possíveis ações do Governo Federal em monitoramento, prevenção e resposta.
Os efeitos conhecidos do El Niño nos padrões regionais do clima no Brasil incluem desde secas nas Regiões Nordeste e Norte do país, a chuvas excessivas na Região Sul . As secas aumentam as chances de quebras de safras agrícolas e redução dos níveis dos reservatórios hídricos, bem como impactos na geração de energia elétrica, na navegação fluvial, além de potenciais riscos aos ecossistemas. Condições de seca combinadas com ondas de calor são frequentemente associadas ao aumento de incêndios em pastagens e florestas, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. No Sul do Brasil, o excesso de chuvas aumenta as chances de inundações, enchentes e deslizamentos, afetando áreas urbanas e rurais.
Considerando que o El Niño se manifestará ao longo de vários meses e face aos diferentes níveis de capacidades institucionais instaladas nos Estados e Municípios brasileiros, a solicitação tempestiva da Casa Civil visa subsidiar ações preparatórias, no intuito de minimizar os impactos socioeconômicos e ambientais decorrentes dos desastres.
Fonte: Cemaden/MCTI
Pesquisa mostra degradação da estrutura de enfrentamento às mudanças climáticas na região metropolitana de São Paulo
Um estudo realizado em 39 municípios que integram a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) mostrou que, em sete anos, houve uma diminuição das capacidades institucionais, tanto na parte administrativa, técnica, de programas, estrutura, cultura e recursos, quanto para ações e políticas sobre gestão de riscos de desastres e preservação do meio ambiente nessa região.
O artigo científico foi publicado no número especial sobre Crise Climática, da Revista Cadernos Metrópole, da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). O estudo mostra, por meio de análise de dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic-IBGE), um cenário de degradação da estrutura institucional de enfrentamento às mudanças climáticas entre os anos de 2013 e 2020 na Região Metropolitana de São Paulo. A publicação tem a participação de Victor Marchezini, sociólogo e pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Publicado com o título “Evolução da capacidade institucional da Região Metropolitana de São Paulo em relação às mudanças climáticas” (Evolution of the institutional capacity of the São Paulo Metropolitan Region in relation to climate change), o estudo foi liderado por Leonardo Rossatto Queiroz, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (PGCST/INPE). Além do pesquisador do Cemaden/MCTI, Victor Marchezini, o estudo também contou com a participação do pesquisador Daniel Andres Rodriguez, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O desenvolvimento da metodologia teve o apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), por meio de bolsa de pós-doutorado no exterior concedida à Victor Marchezini, do Cemaden (processo 18/06093-4).
“O objetivo do trabalho foi a construção de um modelo abrangente que mensurasse a capacidade institucional de enfrentamento às mudanças climáticas em nível municipal e metropolitano. Para isso, os dados da Munic/IBGE mostraram-se como uma ferramenta de alto potencial, por consistir em um questionário abrangente voltado aos gestores municipais.”, afirma o pesquisador Rossatto. O pesquisador enfatizou que em uma análise prévia, percebeu-se que não existia uma metodologia sistematizada para o uso dos dados da Munic, mas apenas trabalhos feitos com dados pontuais do levantamento, ressaltando a importância dos resultados obtidos.
“A metodologia desenvolvida é inovadora e tem potencial de implementação para subsidiar o aperfeiçoamento de políticas públicas no tema, uma vez que analisa a capacidade institucional, dimensão geralmente invisibilizada nos estudos sobre desastres”, explica Marchezini.
Munic – base de dados e a metodologia dos estudos
A Pesquisa de Informações Básicas Municipais - Munic, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde 1999, em todas as municipalidades do País, efetua um levantamento pormenorizado de informações sobre a estrutura, a dinâmica e o funcionamento das instituições públicas municipais, em especial a prefeitura, compreendendo também diferentes políticas e setores que envolvem essa esfera da administração.
O artigo científico destaca que a pesquisa do IBGE reflete a consolidação de políticas internacionais relativas ao tema das mudanças climáticas após o Acordo de Paris, a oficialização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, e do Marco de Sendai para Redução do Risco de Desastres, todos assinados em 2015.
Os pesquisadores elaboraram uma metodologia para analisar dezessete dimensões da capacidade institucional de enfrentamento às mudanças climáticas, distribuídas em quatro funções específicas: administrativas e de apoio; técnicas e de programas; estrutura e cultura; recursos.
O estudo piloto foi realizado para os 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), utilizando como material os levantamentos da Munic feitos pelo IBGE nos anos de 2013, 2017 e 2020.
“Ao agregarmos os dados da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (Munic/IBGE) e montarmos os índices, constatou-se uma deterioração das estruturas institucionais de enfrentamento às mudanças climáticas entre 2013 e 2020”, afirmou Rossatto. “No entanto, essa deterioração não se deu de maneira uniforme: enquanto os índices relacionados à gestão de riscos tiveram deterioração contínua entre os levantamentos de 2013 e 2020, os índices relacionados ao meio ambiente tiveram uma queda abrupta entre 2013 e 2017, para depois terem uma leve recuperação em 2020 afirma o pesquisador e complementa: “O mais preocupante é que essa deterioração atingiu todas as dimensões institucionais estudadas, o que descartou a possibilidade de ser um processo de degradação pontual”.
Os pesquisadores recomendam que a metodologia utilizada para analisar as capacidades institucionais possa ser replicada para outros municípios do Brasil, uma vez que a Munic é um levantamento que abrange todos os municípios do País. Destacam que o modelo metodológico desenvolvido tem essa capacidade. Apontam que é possível fazer novos recortes dentro do levantamento: verificar como esse processo de deterioração das capacidades institucionais se deu nas sub-regiões existentes dentro da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), bem como em alguns municípios maiores da região, como a capital de São Paulo, Guarulhos, São Bernardo do Campo, Santo André e Osasco. “A metodologia irá inspirar nossas futuras análises no Projeto COPE”, explica Marchezini
Discussão sobre a temática na Série de Debates Cemaden e acesso ao artigo
No dia 11 de outubro de 2023, às 14h (horário de Brasília), o Projeto COPE (Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos) - que tem o apoio da Fapesp (processo 22/02891-9) - e a Série de Debates Cemaden promovem o encontro “Capacidade Institucional da RMSP em relação às mudanças climáticas”, com transmissão ao vivo (https://www.youtube.com/live/_WQ7nCQTTPE?si=03ZN2cMsXMxEHImF).
O acesso ao artigo “Evolução da capacidade institucional da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) em relação às mudanças climáticas” (Evolution of the institutional capacity of the São Paulo Metropolitan Region in relation to climate change) está disponibilizado no endereço:
https://www.scielo.br/j/cm/a/xbkdrG3nXrkP4G8dscnFKmL/?format=pdf&lang=pt
Fonte: Ascom/Cemaden
Prorrogada as inscrições para a chamada de publicações “Dossiê de Desastres” até dia 30 de setembro
A Revista ClimaCom recebe artigos, ensaios e resenhas originais para publicação nos Dossiês para os quais faz chamadas temáticas, e também recebe artigos, ensaios e resenhas originais em fluxo contínuo. Os autores deverão observar o tempo de dois anos para nova publicação na ClimaCom.
As contribuições são avaliadas pela Comissão Editorial e por pareceristas ad hoc, por meio de revisão às cegas, reservando-se o direito da Revista de propor modificações com a finalidade de adequar os artigos e demais trabalhos aos seus padrões editoriais.
Os originais submetidos à Revista não podem estar em processo de avaliação simultânea em outra publicação e devem ser inéditos no Brasil, cabendo ao Conselho Editorial avaliar a conveniência de publicar ou não trabalhos já divulgados em outros idiomas por revistas e órgãos editoriais de outros países.
Os artigos, ensaios, resenhas e produções artísticas e culturais devem ser adequados às normas para publicação e enviados à Comissão Editorial até o dia 30 de setembro de 2023, por meio eletrônico para climacom@unicamp.br. O dossiê será publicado a partir de novembro de 2023.
Para o encaminhamento das propostas conheça as normas de publicação da ClimaCom, acessando o link:
http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/pagina-principal/dossie-desastres/
Os editores(as) da Clima.Com: Gabriel Cid de Garcia (Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ), Jose Antonio Marengo Orsini (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – Cemaden), Eduardo Mario Mendiondo (Universidade de São Paulo – USP), Viviana Aguilar-Muñoz (Cemaden e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Inpe) e Susana Oliveira Dias (Universidade Estadual de Campinas -Unicamp).
Fonte: Ascom/Cemaden
Nota Técnica - Desastre ocorrido no RS
Encontra-se em anexo Nota Técnica emitida pelo Cemaden/MCTI referente ao desastre ocorrido no Estado do Rio Grande do Sul entre os dias 01 e 05 de setembro de 2023.
Inteligência Artificial no monitoramento de secas e inundações é discutida em workshop no Cemaden
Estimular parcerias e colaborações entre os diferentes grupos que atuam com Inteligência Artificial (I.A.) no Brasil - utilizando tecnologias avançadas para o monitoramento e previsão ambiental - além de focar a diminuição dos impactos socioambientais, foram os objetivos principais do Workshop IASI -Inteligência Artificial em Secas e Inundações, promovido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Instituto de Ciência e Tecnologia, da Universidade Estadual de São Paulo (ICT-Unesp).
O evento ocorreu nos dias 04 e 05 de setembro, no Auditório do Cemaden, com sede localizada no Parque Tecnológico de São José dos Campos. Reuniu pesquisadores, profissionais da tecnologia, professores e estudantes, que traçaram um panorama das iniciativas nacionais na área, bem como compartilharam dados, métodos e experiências. Além de palestras envolvendo tecnologistas e pesquisadores do Cemaden e da Unesp, instituições públicas e privadas também fizeram o intercâmbio de conhecimentos científicos e aplicação prática da Inteligência Artificial no monitoramento ambiental.
A abertura do Workshop IASI foi feita pela diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, que destacou a importância das parcerias voltadas aos desenvolvimentos tecnológicos e trabalhos científicos para o aprimorar o monitoramento. Destacou a demanda emergencial desses esforços, principalmente pelo período de anomalias da temperatura, chuvas, secas e extremos climáticos, além dos impactos do El Niño.
Também participaram da mesa de abertura do workshop: Hilcéia Ferreira, diretora da Associação de Especialistas Latino-americanos em Sensoriamento Remoto (Selper-Brasil); Cesar Rogério Pucci, diretor da Unesp de São José dos Campos e o coordenador de Projetos do Pq.Tec. Luiz Fernando Carvalho, representando o diretor-geral do Parque Tecnológico SJC, Jeferson Cheriegate.
Além de palestras e oficinas, o workshop incentivou a inscrição de artigos e pesquisas na temática de aplicação de tecnologias no monitoramento e previsão e avaliação de impactos de desastres naturais. Na Sessão de Pôsteres, foram expostos os painéis com a súmula das pesquisas aos participantes do worshop e à comissão de seleção de trabalhos. No encerramento do evento, houve a premiação dos melhores trabalhos científicos.
Palestras: avanços das tecnologias e desafios no monitoramento e previsão ambiental
Na programação, realizada nos dois dias as 9 às 17 horas, o Workshop IASI contou com a presença de palestrantes vinculados a universidades, institutos de pesquisas e empresas privadas. A iniciativa do evento também visou promover networking entre pesquisadores e empresas.
“Combinando a Internet das Coisas e Inteligência Artificial para o Monitoramento dos Rio Urbanos”, foi apresentado pelo professor Jo Ueyama, da Universidade de São Paulo (USP), que apresentou as experiências sobre os sensores de monitoramento instalado no rio urbano, na cidade de São Carlos (SP), que sofre com enchentes e poluição. Abordou as questões de transferência de dados entre os sensores, destacando a contribuição de sincronizar os algorítimos entre os equipamentos, bem como os desafios de instalação e manutenção.
“A experiência da operação do Setor Elétrico Brasileiro na gestão de crises hídricas (secas e cheias)” foi o tema abordado por Paulo Diniz, especialista em gestão de recursos hídricos, hidrologia, planejamento e programação eletroenergética da ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Em sua palestra abordou como conciliar reservatórios de energia elétrica para controlar a seca e a cheia, destacando o papel dos grandes reservatórios para amenizar os impactos das cheias. Também falou sobre os impactos da crise hídrica, como o encarecimento da energia e na economia nacional, além das novas alternativas energéticas.
“Inteligência artificial ampla: aprendendo de múltiplas fontes sobre clima, alimento, aspectos sociais e políticos” foi a temática discutida pelo professor Alexandre Delbem, da USP. Explicou os desafios da aplicação da I.A. restrita (exemplo, agricultura digital e robótica, drones) e a I.A. ampla (integração dos sistemas de forma inteligente, sobre agricultura, nutrição, saúde entre outros). Falou sobre a precisão de avaliação estatística e a necessidade de implementação de modelos adequados.
“Emissão de alerta hidrológico e demandas por ferramentas de I.A.” foram apresentadas pela hidróloga Graziela Scofield, especialista em extremos hidrológicos da Sala de Situação do Cemaden e pelo pesquisador Glauston Lima, da área de Modelagem Integrada de Desastres Naturais.
“Previsão de curto e longo prazo, utilizando modelos probabilísticos de inteligência artificial” foi o tema discutido por Angelica Caseri da BASF, empresa química internacional, que trabalha em pesquisas junto à USP na área de impactos de inundações. Considera a temática importante para o setor de Energia e Agronegócio. Tem focado a Bacia do São Francisco, com previsões para o setor energético.
“Definição Quantitativa e Previsão de Secas Hidrológicas em um contexto não estacionário, usando modelos e métodos baseados em dados” apresentado por Marcus Suassuna do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) discute as secas no Pantanal, os estudos sobre séries históricas de até 120 anos de chuvas na região, lagoas, fluxos e evaporação. Mostrou a relação de precipitação e escoamento durante as chuvas e as respostas mais bruscas nas vazões.
“Google: respondendo às crises ambientais com tecnologia e inteligência” – foi apresentada por Bia Mori, gerente de Parcerias na área de Impacto Social do Google, mostrando todas as informações disponibilizadas pela plataforma de Busca Google, Mapas, Flood Hub. Informou as parcerias de Impacto Social para ajudar os usuários com informações precisas, de qualidade, no momento certo e proveniente de fontes confiáveis. Entre as informações disponibilizadas sobre desastres, previsão e impactos estão: SOS Alertas (parceria com Cruz Vermelha); o Alertas públicas ( parceria com Cenad e INMET).A E.A.I. que gerencia grande volume de dados para ajudar a população na área de desastres e saúde; Previsão de enchentes ribeirinhas, com notificações em celulares androides e no Iphone tem que baixar aplicativo (parceria com CPRM, ANA e Cenad); Alertas do Google nas variáveis: modelo hidrológico, mapas de inundação e distribuição de informação para a população. Estão com projeto piloto em parceria com o INPE para informações sobre incêndios florestais.
No painel sobre parcerias empresas-academia, foram discutidos os seguintes temas:
“Apresentação do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do Cemaden – foi apresentado por Eduardo Fávaro Luz, chefe da Divisão de Produtos Integrados do Cemaden.
“Projeto Cigarra” foi apresentado por André Ivo, da área de T.I. do Cemaden.
“Projeto Sensores Hidrológicos de Baixo Custo” foi o tema apresentado por Felipe Simoyama, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Como pensar um projeto de colaboração empresa-academia” foi a abordagem dos professores Luiz Leduíno da Unifesp e do pesquisador do Cemaden, Christopher Castro (Unifesp-Cemaden).
Premiação dos Pôsteres
Estudantes de graduação, mestrado e doutorado de diversas instituições do país apresentaram pôsteres, totalizando 32 trabalhos, que foram selecionados pelo Comitê Científico do evento.
Fernando Saraiva, aluno de Mestrado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) foi o premiado na seleção de trabalhos científicos. Ele apresentou o painel do trabalho “ Modelo Árvore de Decisão para previsão hidrológica na cidade de SP”.
Para o doutorando Johan Duque, da Universidade Tecnológica do Uruguai (UTEC) o IASI foi interessante: “O evento deu a oportunidade de apresentar aplicações reais da I.A. para as problemáticas enfrentadas no Uruguai, em relação às crises hídricas. Além disso, pudemos fazer parcerias com trabalhos brasileiros complementares ao nosso e também realizar a transferência de conhecimentos”, reforça o estudante.
Interesse na Inteligência Artificial em outras áreas
Além das apresentações de trabalhos, o workshop atraiu servidores públicos interessados em agregar conhecimentos e buscar novas formas de otimização da Inteligência Artificial no trabalho. Foi o caso de Ramón Martins Alves, da Fundação Estadual do Meio Ambiente de Recursos Hídricos (Fenarh): “Encontramos o evento no site do Cemaden, pois sempre buscamos informações através desta plataforma”, afirma Alves. “O conhecimento adquirido vai ser muito útil para nosso trabalho, pois em nosso estado sofremos tanto com a seca como com inundações e ainda não usamos Inteligência Artificial”, comenta Ramón, que busca abrir novas parcerias. O Cemaden possui 5 estações de monitoramento no estado de Roraima que servem de apoio para sua atividade no Fenarh para emitir boletins semanais no estado.
Organização e apoio do evento
O evento foi coordenado pelo comitê integrado pelos (a) pesquisadores(as) e físicos do Cemaden: Ana Paula Cunha (secas e extremos agrometeorológicos) também coordenadora substituta de Relações Institucionais; Leonardo Bacelar Santos (modelagem integrada de desastres naturais) e Marcelo Zeri (secas e extremos agrometeorológicos). Da Universidade Estadual Paulista (Unesp) integra o professor e pesquisador, Rogério Negri. A organização do evento teve o apoio da analista em Ciência e Tecnologia, Selma Santos Chiavelli da Coordenação de Relações Institucionais. Houve uma equipe de tecnologistas e pesquisadores do Cemaden que trabalharam na programação e organização do evento.
“Foi uma ótima oportunidade de intercâmbio entre os diferentes participantes", afirma o pesquisador do Cemaden, Leonardo Bacelar Santos.
Mais informações sobre a realização do evento estão disponibilizadas no site do “Workshop IASI” pelo link: https://sites.google.com/view/iasi2023/home
Fonte: Ascom/Cemaden com apoio da Ascom do Comitê IASI.
Mais fotos do Workshop IASI pelo link : https://drive.google.com/drive/folders/1ADfORZkAhyWwTiiXmzDQ-7hiy7j7F9l0?usp=sharing
Jose Marengo, do Cemaden, é o segundo cientista mais citado no Brasil na área de Ciências Ambientais
Pelo segundo ano consecutivo, o climatologista Jose Marengo foi classificado o segundo cientista mais citado no Brasil neste ano (2023) pela Research.com, plataforma acadêmica internacional que realiza a classificação dos principais cientistas de instituições e universidades do mundo. No ranking mundial está classificado em 242º, dentre os 11.258 cientistas avaliados na área de Ciências Ambientais. Foram 34.575 citações em 257 publicações científicas.
A informação foi divulgada pela Research.com, que acompanha os trabalhos publicados e citações científicas, em 26 áreas de conhecimento científico, baseado em um estudo completo de 166.880 pesquisadores, determinados a partir de uma variedade de dados bibliométricos
Marengo é coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A 2ª edição do ranking Research.com, para a classificação dos melhores cientistas na área de Ciências Ambientais usou-se dados consolidados de uma ampla gama de fontes de dados, incluindo OpenAlex e CrossRef. Os dados bibliométricos para avaliação das métricas baseadas foram pelas citações até o dia 21 de dezembro de 2022. A posição no ranking é baseada no índice D de um cientista (índice H da disciplina), que leva em consideração apenas artigos e dados de citações de uma disciplina examinada.
No Brasil, também na área de Ciências Ambientais foi classificado em primeiro lugar o cientista Paulo Artaxo, e, em segundo, Carlos Nobre, ambos da Universidade de São Paulo (USP). Mais informações: https://research.com/scientists-rankings/environmental-sciences/br
Jose A. Marengo possui graduação em Fisica y Meteorologia - Universidad Nacional Agraria (1981), mestrado em Ingenieria de Recursos de Agua y Tierra - Universidad Nacional Agraria (1987) em Lima, Peru e doutorado em Meteorologia - University of Wisconsin - Madison (1991) em EUA. Fez pós- doutorado na NASA-GISS e Columbia University em Nova York e na State University na Flórida (EUA), em modelagem climática. Foi coordenador científico da previsão climática do CPTEC INPE. É membro de vários painéis internacionais das Nações Unidas (IPCC, WMO) e membro de grupos de trabalho no Brasil e no exterior sobre mudanças de clima e mudanças globais. Consultor na área de estudos ambientais de mudanças globais, impactos, vulnerabilidade e adaptação as mudanças climáticas e parecerista de diversas revistas científicas e de agências financiadoras nacionais e internacionais. É autor de mais de 250 artigos, capítulos de livros, livros, relatórios técnicos e trabalhos de congressos. Atua como coordenador de projetos de pesquisa nacionais e internacionais, e já ocupou cargos administrativos no INPE onde foi Coordenador Geral do Centro de Ciência do Sistema Terrestre CCST de 2011-2014. Atualmente é membro do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, CLA y RE dos Relatórios do IPCC AR5 GT1 e 2. Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, e da The World Academy of Sciences (TWAS). Também foi membro do Comitê Assessor de Ciências Ambientais do CNPq, e, atualmente, é editor associado do International Journal of Climatology e da Anis da Academia Brasileira de Ciências.
Fonte: Ascom/Cemaden
Abertas as inscrições para o processo seletivo no Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais
O Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais - uma parceria entre a Universidade Estadual Paulista (Unesp), câmpus de São José dos Campos, e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação- está com as inscrições abertas para processo seletivo do programa, nos cursos presenciais de Mestrado e Doutorado Acadêmicos.
As inscrições estão abertas até o dia 02 de outubro de 2023.
As inscrições e o edital estão disponibilizados no site da Unesp, acesso pelo link:
https://www.ict.unesp.br/#!/ensino/pos-graduacao/processo-seletivo/aluno-regular/
Fonte: Ascom/Cemaden