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O ano de 2023 foi marcado por temperaturas e secas extremas, aponta estudo do Cemaden
O estudo avaliando as temperaturas extremas combinadas com a seca no Brasil, no ano de 2023, feito pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – aponta que as temperaturas e secas extremas ocorreram (eventos compostos), principalmente, nos meses de novembro a dezembro, em grande parte do Brasil
De acordo com os dados da World Meteorological Organization (WMO) e a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), o ano de 2023 foi o ano mais quente desde que os registros globais começaram em 1850, com 1,18°C acima da média do século XX estabelecida em 13,9°C. Este valor é 0,15°C superior ao recorde anterior estabelecido em 2016. O fenômeno de El Nino se desenvolveu com intensidade em 2023, o que pode ter contribuído para os extremos de temperatura em grande parte do país
A análise consistiu em avaliar o índice de temperatura padronizado, assim como o simples cálculo de anomalias de temperatura para os 5700 municípios do Brasil. Os dados de temperatura são oriundos da base de dados gerados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e consideram dados de superfície combinados com estimativas de temperatura derivados por satélite.
De acordo com o Relatório do Clima de 2023 da NOAA, o El Nino pode ter contribuído para tal aquecimento anômalo, uma vez que durante anos de El Nino, as temperaturas globais tendem a ser mais quentes do que os anos neutros ou de La Niña.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), entre agosto e novembro de 2023 ocorreram seis ondas de calor
O estudo foi elaborado pela pesquisadora em secas, Ana Paula Cunha, coordenadora substituta de Relações Institucionais, e pelo climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento. A pesquisa traz o registro do monitoramento da seca no Brasil e os impactos mais intensos nos recursos hídricos, risco de fogo e produção agrícola. Esses impactos são resultantes da seca combinadas com temperaturas extremas, chamado de evento composto seca-calor.
Abaixo da matéria, o link com o resumo do estudo “Avaliação de temperaturas extremas combinadas com a seca no ano de 2023”, que traz o acesso ao estudo de impactos incluso no Relatório de Monitoramento de Seca para o Brasil , além do link de acesso à Planilha dos Municípios com as anomalias de temperaturas.
Fonte: Ascom/Cemaden
Estudo sobre impactos socioambientais no Acre reúne pesquisadores em workshop no Cemaden
Pesquisadores brasileiros e britânicos estiveram reunidos na semana passada, nos dias 19 a 23 de fevereiro, em São José dos Campos (SP), na antiga Sala de Situação da sede Centro Nacional de Monitoramento e Alertas Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - para o Workshop sobre “Atribuição de eventos extremos e seus impactos”. Foi um total de 17 pesquisadores, entre participantes presenciais e on-line, interagindo com dados e estudos de cada instituição.
O objetivo do evento foi realizar estudos e análises dos impactos e eventos climáticos ocorridos no estado do Acre, entre o período de 2020-2023. Os resultados visam gerar evidências para planejamento estratégico e caminhos de adaptação frente à emergência climática que vivemos, possibilitando fornecer subsídios para elaboração de políticas públicas de prevenção e diminuição dos impactos socioambientais.
O evento faz parte do acordo entre os governos do Brasil e Reino Unido, com apoio do Newton Fund, no desenvolvimento de pesquisas avançadas pela Parceria Ciência para Serviços Climáticos no Brasil (CSSP-Brasil) entre instituições brasileiras e britânicas.
Organizado pelo Cemaden/MCTI - coordenado pela pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson, da área de queimadas e incêndios florestais - o woekshop contou com apoio da Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Oxford (Reino Unido) e pela agência climática britânica Met Office.
Participantes em diversas áreas de estudos
Os pesquisadores participantes do workshop eram das seguintes instituições: Cemaden, INPE, USP, UFRJ, Universidade de Oxford, Defesa Civil Estadual - Acre, Secretaria de Estado da Saúde - Acre, Sala de Situação - Secretaria do Estado do Meio Ambiente e MetOffice do Reino Unido.
Integrante da Defesa Civil do Acre e gestor de políticas públicas, Pedro Henrique Correia Teixeira trabalha nos estudos relacionados aos eventos extremos no estado, em queimadas e inundações. “Importante participar do workshop, tanto na contribuição que trouxemos com dados locais, como também na oportunidade de entender e aprender sobre os desafios, onde os impactos socioambientais são apresentados de forma metodológica.”, afirma Teixeira. Considera essencial a pesquisa para melhorar as ações no Acre, nos planos de contingência. “Esses estudos vão permitir criar produtos e elaborar estratégicas para a mitigação desses impactos à população, melhorando a qualidade de vida e o enfrentamento dos eventos extremos.”
Na área de Saúde Pública, o pesquisador Edvan Ferreira de Menezes, chefe de Vigilância de Saúde e Ambiente do Acre, trouxe dados epidemiológicos da região, para discutir os impactos das ondas de calor e enchentes e cruzar as informações de evolução de doenças na região. “Vamos cruzar os dados do Cemaden com os dados de picos de calor e enchentes com os nossos dados de número de doenças, internação hospitalar e consultas.”, afirma Menezes. Os resultados do cruzamento de dados possibilitam indicar uma previsão para os próximos anos. Isso permitirá ações de políticas públicas na Saúde, com previsão de recursos materiais e humanos, insumos pra atender a demanda dessa área.
Sobre o VIEWpoint Brasil
O VIEWpoint Brasil compartilha recursos para profissionais que tomam decisões relacionadas às mudanças climáticas por meio de demos, vídeos, notas explicativas, notas informativas e artigos em linguagem acessível. Os recursos são baseados no trabalho do projeto de pesquisa Parceria Ciência para Serviços Climáticos (CSSP, na sigla em inglês) Brasil, apoiado pelo Newton Fund do governo do Reino Unido. Produz conteúdo científico colaborativo fundamental para o desenvolvimento de serviços climáticos, que apoiam o desenvolvimento econômico resiliente ao clima e o bem-estar social.O VIEWpoint Brasil é oferecido pelo Instituto para Análises Ambientais (IEA, em inglês), com sede na Universidade de Reading, Reino Unido.
Fonte: Ascom/Cemaden
Especialistas em Meteorologia Aeronáutica realizam visita técnica ao Cemaden
Cinco sargentos especialistas em Meteorologia Aeronáutica da Divisão de Aeródromo da Base de Aviação de Taubaté, realizaram visita técnica, na última terça-feira (20,) ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) -unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- localizado no Parque de Inovação Tecnológica, em São José dos Campos (SP).
A solicitação da visita do comitê dos especialistas em Meteorologia Aeronáutica foi liderada pelo 1º Sgt. Leonardo de Mello Vasconcelos, chefe da Estação Meteorológica de Superfície (SBTA), da Divisão de Aeródromo da Base de Aviação de Taubaté.
Os visitantes foram recebidos pela diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, a qual recebeu o certificado de agradecimento pela visita técnica e compartilhamento das informações científicas do Cemaden.
Além das apresentações com informações institucionais e da missão de monitoramento e emissão de alertas e pesquisas científicas, os especialistas conheceram a Sala de Situação do Cemaden. Na ocasião, o coordenador-geral de Operação e Modelagem do Cemaden, meteorologista Marcelo Seluchi, mostrou todo o processo de monitoramento, áreas de risco, dados da rede observacional e dados meteorológicos, as análises e modelagens para a emissão de alertas de risco de desastres geo-hidrológicos. Os visitantes participaram com perguntas e esclarecimentos técnicos na área de Meteorologia.
“Ficamos impressionados com a profundidade do conhecimento técnico e científico em todas as áreas do Cemaden”, afirma o 1º Sgt. Leonardo de Mello Vasconcelos, chefe da Estação Meteorológica de Superfície. Informou que as apresentações foram esclarecedoras e proporcionaram uma visão abrangente das atividades, dos sistemas avançados e dos desafios enfrentados na prevenção e no monitoramento de desastres.
Entre as atividades da Divisão de Aeródromo da Base de Aviação de Taubaté está a coleta de informações técnicas da região, que são inseridas em um sistema de aviação, importantes às aeronaves em vôos nacionais e internacionais. “A visita ao Cemaden foi extremamente valiosa e terá um impacto positivo em nosso trabalho futuro.”, finaliza o chefe da Estação Meteorológica de Superfície.
Além do 1º Sargento Leonardo de Mello Vasconcelos, estiveram na visita técnica ao Cemaden os Sargentos : Eduardo Leal Andrade, Rodolfo Felipe de Oliveira, Renan de Almeida Gonçalves Pereira e Matheus Zacarias da Silva Rosa, todos especialistas em Meteorologia Aeronáutica, da Divisão de Aeródromo da Base de Aviação de Taubaté.
Participaram da reunião além da diretora do Cemaden, Regina Alvalá, do coordenador-geral de Operação e Modelagem, meteorologista Marcelo Seluchi também a coordenadora substituta de Relações Institucionais, pesquisadora Ana Paula Cunha. A programação da visita foi elaborada pela analista em C&T, Selma Flores, das Relações Institucionais do Cemaden.
Fonte: Ascom/Cemaden
Projeto Vozes publica relatório sobre a troca de vivências e saberes com comunidades indígenas de Ubatuba (SP)
Com o objetivo de ouvir duas comunidades indígenas para conhecer patrimônio cultural, histórico e social e realizarem troca de informações, pesquisadores do Projeto Vozes de Recuperação visitaram duas aldeias indígenas Guarani Mbya, localizadas no município de Ubatuba (SP), região do Litoral Norte paulista.
A visita ocorreu em meados do ano passado, incluindo obter conhecimento do processo de enfrentamento e resistência durante a pandemia do Covid-19, além de entender as estratégias de enfrentamento, resistência e governança pós-pandemia do Covid-19.
Toda a experiência e intercâmbios de conhecimentos, viveres e saberes das comunidades indígenas estão registradas no Relatório Técnico Expedição de Campo para Comunidades Indígenas Guarani Mbya da Mata Atlântica.
“O projeto em desenvolvimento tem o objetivo de possíveis trocas de conhecimento científico e futuras parcerias investigativas no território, de forma a ampliar as vozes locais.”, explica a pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson, coordenadora do Projeto Vozes-Brasil e coordenadora da elaboração do relatório.
Relatório e o projeto
As aldeias indígenas Guarani Mbya possuem aproximadamente 97% de sua área sobreposta pelo Parque Estadual da Serra do Mar, gerando conflitos em relação a suas práticas de uso e manejo de recursos naturais dentro de seu próprio território.
O relatório registra a visita, concluindo que as intervenções e processos de opressão vivenciados pelas comunidades indígenas são semelhantes, independentes da etnia e localidade. O processo de luta para demarcação e reconhecimento de seus territórios, estratégias de resistência e enfrentando múltiplas ameaças ambientais estão entre as questões enfrentadas pelas comunidades indígenas.
A equipe de pesquisadores identificou que a pandemia foi um período não só de apreensão, mas também de aprendizado e resgate sociocultural para as populações das aldeias visitadas. Entre os elementos positivos estão o resgate de saberes sobre os alimentos tradicionais e seu preparo. Ocorreu, também, um fortalecimento de trocas de alimentos e outros materiais, entre as comunidades indígenas e outras comunidades tradicionais da região.
Esse relatório faz parte do Projeto 'Voices of Recovery' (Vozes de Recuperação), uma parceria internacional entre: Pontificia Universidad Católica del Perú (Lima, Peru); Universidad de Caldas (Colômbia); Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) -ambas unidades de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação-MCTI - e Universidade Federal do Pará (Brasil); e a University of East Anglia (Reino Unido).
O projeto é apoiado no âmbito da Plataforma Transatlântica pelas seguintes organizações de financiamento: Centro Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento (IDRC); Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MINCIÊNCIAS) e Fundo Francisco José de Caldas; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP); e Conselho de Pesquisa em Artes e Humanidades (AHRC).
O Relatório Técnico Expedição de Campo para Comunidades Indígenas Guarani Mbya da Mata Atlântica pode ser acessado na íntegra pelo link:
http://urlib.net/8JMKD3MGP3W34T/4A5DB6P
Fonte: Ascom/Cemaden
Especialistas em tecnologia do BNDES visitam o Cemaden
Com o objetivo de conhecer o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – uma equipe de especialistas em Tecnologia e Conectividade do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), de Brasília (DF), esteve em reunião com a direção, gestores, pesquisadores e tecnologistas do Cemaden, na última quarta-feira (07), na sede em São José dos Campos (SP).
Na ocasião, a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, conversou com os especialistas do BNDES, apresentando a visão institucional, o contexto histórico e missão do Cemaden.
Foram, também, apresentadas as linhas de pesquisa, o sistema de monitoramento, a rede observacional do Cemaden e o desenvolvimento de produtos da área de Tecnologia e Inovação da instituição.
Os visitantes conheceram a Sala de Situação do Cemaden e conversaram com os tecnologistas sobre o sistema de monitoramento e emissão de alertas para os municípios monitorados e mapeados com áreas de risco geo-hidrológicos.
Projeto Cigarra
Durante a reunião, os especialistas do BNDES conheceram com detalhamento o Projeto Cigarra, desenvolvido pelos tecnologistas do Cemaden.
Os idealizadores e coordenadores do Projeto Cigarra, tecnologistas do Cemaden, André Ivo e Rogério Ishibashi, fizeram a apresentação do projeto, que tem como foco central modernizar o sistema de monitoramento ambiental através da atualização tanto do software (programas computacionais), quanto do hardware (equipamento) mantidos pelo Cemaden.
Basicamente, o projeto permitirá a adoção de um novo padrão de gestão no monitoramento, com equipamentos mais econômicos e técnicas modernas, reduzindo os custos operacionais e de manutenção da rede. Além disso, possibilitará expandir a rede de monitoramento, garantindo uma vigilância ambiental mais eficaz e protegendo comunidades vulneráveis.
Investimentos para modernização da rede observacional do Cemaden
As conversas sobre investimentos na área de monitoramento foram iniciadas em abril do ano passado, quando um comitê de visitantes composto por gestores do BNDES e representantes do MCTI estiveram em visita ao Cemaden, ocasião em que foram apresentados os programas e projetos da instituição.
Na visita desta semana, Ricardo Perlin, gerente do Departamento das Indústrias Intensivas em Tecnologia e Conectividade do BNDES, reafirmou vir conhecer o Cemaden e dar a continuidade das relações entre as instituições.
"A visita do time do BNDES foi uma excelente oportunidade para conhecermos a história do Cemaden e a sua forma de atuação no nosso ecossistema de segurança relacionado a desastres.”, afirmou Perlin, reforçando o objeto da visita: “Destacamos que os trabalhos foram orientados a buscar sinergia na atuação das duas entidades, de forma a fortalecer a missão do Centro que é salvar vidas."
Participantes da reunião
Pelo BNDES, além de Ricardo Perlin, gerente do Departamento em Tecnologia e Conectividade, estiveram presentes os engenheiros Daniel Hora e Jones Schechtman.
Do Cemaden participaram da reunião com o BNDES, além da diretora substituta, Regina Alvalá, o coordenador-geral de Operação e Modelagem, Marcelo Seluchi; o coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento, José Marengo; a coordenadora substituta da Coordenação de Relações Institucionais, Ana Paula Cunha; os chefes de Divisão da T.I., Eduardo Luz e Gustavo Souza; os coordenadores do Projeto Cigarra, André Ivo e Rogério Ishibashi; Fernando Pereira da equipe técnica da T.I. e a coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber.
Fonte: Ascom/Cemaden
Aberta inscrição para Bolsa de pesquisa no Projeto Cemaden-IBGE
Com o objetivo de contribuir no desenvolvimento de pesquisas voltadas no âmbito do projeto ‘Caracterização sociodemográfica de populações vulneráveis a desastres naturais no território brasileiro”, desenvolvido em parceria entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi aberto o processo seletivo de um(a) pesquisador(a). Os(As) interessados(as) devem fazer a inscrição até o dia 19 de fevereiro de 2024.
A Bolsa será operacionalizada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na modalidade DTI-B. A vigência é de seis (06) meses, prorrogável por igual período.
O plano de trabalho será desenvolvido como parte das atividades de pesquisa do acordo de cooperação técnica entre o Cemaden e o IBGE. A partir desse arranjo institucional foi possível associar, de forma inédita, informações do censo demográfico 2010 do IBGE às áreas de risco monitoradas pelo Cemaden.
A nova base de dados é denominada Base Territorial Estatística de Áreas de Risco (BATER) e permite o desenvolvimento de pesquisas sobre as características da população exposta ao risco de desastres nos municípios brasileiros.
Critérios de Elegibilidade:
Os critérios de elegibilidade indicados abaixo são obrigatórios e sua ausência resultará no indeferimento da inscrição.O (A) candidato (a) deve atender, obrigatoriamente, aos itens abaixo:
a) ser brasileiro ou estrangeiro residente e em situação regular no País;
b) ter seu currículo cadastrado na Plataforma Lattes, atualizado até a data limite para submissão da inscrição;
c) ter perfil e experiência adequados à categoria/nível de bolsa DTI-B da inscrição, conforme anexo I da RN 026/2018;
d) não ter vínculo empregatício direto ou indireto ou ter sido aposentado pela mesma instituição executora do projeto.
Qualificações
O (a) candidato deve apresentar as seguintes qualificações:
a) Formação acadêmica na área de Ciências da Terra, preferencialmente com mestrado, ou experiência acadêmica e/ou profissional comprovada, com ênfase em Geoprocessamento ou Sensoriamento Remoto;
b) Ter sólidos conhecimentos em Sistema de Informação Geográfica (SIG);
c) Experiência em geoprocessamento, integração e análise de bancos de dados geográficos;
d) Desejável conhecimento na área de estatística
Inscrição e processo seletivo:
Para se candidatar os(as) interessados(as) devem preencher o formulário de interesse (https://forms.gle/f35gTxmVwEpUJe6p6) até o dia 19/02/2024.
O processo seletivo inclui a análise de Currículo Lattes, informações disponibilizadas no formulário de inscrição e entrevista. Os (as) candidatos(as) selecionados(as) para a entrevista serão notificados (as) por e-mail até o dia 23/02/2024.
O (a) bolsista desempenhará suas atividades em interação direta com a equipe do IBGE, no Rio de Janeiro, RJ, e do Cemaden.
A divulgação do resultado final será disponibilizada na página do Cemaden no dia 01/03/2024, com acesso nos Editais de Bolsas e Capacitações pelo link : https://www.gov.br/cemaden/pt-br/acesso-a-informacao/licitacoes-e-contratos-1/editais-de-bolsas
Fonte: Ascom/Cemaden
81% dos eventos registrados pelo Cemaden em 2023 ocorreram nas regiões Sul e Sudeste do país
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) divulgou hoje informações detalhadas sobre os eventos de origem hidrológica e geológica registrados em 2023, por município monitorado. Em números atualizados, foram registrados 1.341 eventos nos municípios monitorados pelo Cemaden, sendo 815 associados a ocorrências de origem hidrológica e 526 de origem geológica.
A grande maioria das ocorrências (88%) foi de pequeno porte, ou seja, eventos isolados (pequenos e rápidos) de alagamentos, transbordamento de córregos e rios e enxurradas com danos em nível de ruas e bairros com rápida resposta e restabelecimento da normalidade, e eventos de movimentos de massa pontuais e induzidos, como queda de barreiras, taludes ou pequenos deslizamentos com danos pontuais.
11% dos registros foram apontados como de médio porte, quando existem informações sobre danos humanos e/ou o município teve situação de emergência reconhecida pelo governo estadual ou federal, em decorrência de eventos significativos de alagamentos, enxurradas ou inundações bruscas ou graduais com interrupção de tráfego e danos em nível de bairros, e resposta e recuperação da normalidade ocorrendo de forma mais lenta, e eventos esparsos de movimentos de massa com material remobilizado em encostas naturais ou vários deslizamentos em taludes e quedas de barreiras em vias e rodovias, causando interrupção de tráfego e danos significativos em nível local. Situação de emergência se caracteriza pela ocorrência de danos humanos em conjunto com danos materiais e/ou ambientais, que importem no prejuízo econômico (público e/ou privado) que afetem a capacidade do poder público local em responder e gerenciar a crise instalada.
Apenas 1% das ocorrências foi de grande porte, ou seja, quando há informações sobre vítimas fatais e o município teve situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pelo governo estadual ou federal, como consequência de eventos hidrológicos de grande impacto (com grande número de desabrigados e/ou desalojados), com danos atingindo serviços essenciais em nível de município, e grandes episódios ou ocorrências generalizadas de movimentos de massa com danos regionais (deslizamentos e/ou corridas de detritos de grande extensão), normalmente envolvendo grande número de desabrigados e/ou desalojados. Estado de calamidade pública é caracterizado pela concomitância na existência de óbitos, isolamento de população, interrupção de serviços essenciais, interdição ou destruição de unidades habitacionais, danificação ou destruição de instalações públicas prestadoras de serviços essenciais e obras de infraestrutura pública. Veja detalhes na Figura 1, abaixo.
A Tabela 1 exibe a distribuição dos eventos nas regiões brasileiras, de acordo com a origem e magnitude.
Observa-se na Tabela 1 que a grande maioria dos eventos ocorreu na Região Sudeste (630), com destaque para eventos hidrológicos de pequeno porte (357); seguido da Região Sul, com 437 eventos, sendo a maior parte composta por eventos hidrológicos também de pequeno porte; a Região Nordeste aparece na terceira posição, com 202 eventos, dos quais 91 foram eventos de origem geológica de pequeno porte; seguida da Região Norte com 61 eventos, com destaque para os de origem hidrológica de pequeno porte; e, por fim, a Região Centro-Oeste concentrou apenas 11 eventos, todos de origem hidrológica e registrados como de pequeno porte.
A Figura 2 permite visualizar a distribuição geográfica dos eventos de pequeno porte nos municípios monitorados pelo Cemaden em 2023. É possível verificar a concentração destes na faixa leste do país, sobretudo nas capitais estaduais e suas respectivas regiões metropolitanas, com destaque para as os municípios das Regiões Sudeste e Sul, que juntas corresponderam a 81% dos registros dessa magnitude. As mesorregiões que mais sofreram com eventos de pequeno porte foram, respectivamente: Região Metropolitana de São Paulo – SP (104 eventos); Vale do Itajaí – SC (91 eventos); Região Metropolitana do Rio de Janeiro – RJ (75 eventos); Zona da Mata – MG (52 eventos); Zona da Mata Pernambucana – PE (46 eventos); Região Metropolitana de Recife – PE (44 eventos); Vale do Paraíba Paulista – SP (44 eventos); Sul Fluminense – RJ (41 eventos); Região Metropolitana de Porto Alegre – RS (37 eventos); Norte Catarinense – SC (34 eventos); Grande Florianópolis – SC (33 eventos); e Centro Amazonense – AM, Oeste Catarinense – SC e Sul Catarinense – SC (30 eventos cada).
O município onde mais foram registrados eventos hidrológicos de pequeno porte foi São Paulo – SP (Figura 3), com 25 eventos, e o município que mais sofreu com eventos de origem geológica de pequeno porte foi Manaus – AM (Figura 4) que contabilizou 17 eventos.
Na Figura 3 é possível constatar a distribuição geográfica dos eventos de médio porte nos municípios monitorados pelo Cemaden em 2023. Os eventos se concentraram sobretudo na Região Sul, onde foram registrados pouco mais de 45% do total (64 eventos). As mesorregiões que mais sofreram com eventos dessa magnitude foram, respectivamente: Região Metropolitana de Porto Alegre – RS (20 eventos); Vale do Itajaí – SC (10 eventos); Região Metropolitana de São Paulo – SP e Centro Oriental Rio-Grandense – RS (8 eventos cada); Zona da Mata Pernambucana – PE e Sul Catarinense – SC (6 eventos cada); Zona da Mata – MG, Oeste Maranhense – MA e Leste Alagoano (5 eventos cada); e Centro Maranhense – MA (4 eventos).
Destacou-se o município de Itaquaquecetuba – SP, com 3 eventos hidrológicos de médio porte em menos de 30 dias, assim como o município de Ubá – MG, onde uma única ocorrência de origem geológica causou ao menos 36 desabrigados e 18 desalojados.
A Figura 4 apresenta a distribuição geográfica dos eventos de grande porte nos municípios monitorados pelo Cemaden em 2023.
No total foram 19 eventos (Tabela 2), todos reconhecidos pelo Governo Federal, sendo que 84% (16 eventos) foram de origem hidrológica. A maior parte dos eventos ocorreu na Região Sul (10 eventos), em decorrência da passagem de dois ciclones extratropicais em setembro e novembro, respectivamente, causando elevados danos humanos, materiais e prejuízos econômicos, como o ocorrido em Cruzeiro do Sul – RS (Figura 9). A Região Sudeste concentrou 4 destes eventos, com destaque para o município de São Sebastião – SP que, em função do evento extremo de precipitação em 18/02/2023 (Figura 10), contabilizou uma série de deslizamentos que culminaram em 64 vítimas fatais e milhares de desabrigados e desalojados. Na Região Nordeste, os destaques foram as inundações do mês de julho em Alagoas, em particular nos municípios de Marechal Deodoro e Murici, que geraram centenas de desabrigados e milhares de desalojados. Por fim, na Região Norte foram apontados dois eventos dessa magnitude: Inundações em Rio Branco – AC, que resultaram em centenas de desabrigados e Erosão de Margem Fluvial no município de Beruri – AM, que ocasionou dezenas de feridos e duas vítimas fatais.
Fonte: Ascom/Cemaden - Levantamento elaborado pelo tecnologista Rafael Luiz, do Cemaden
Cemaden recebe estudantes do programa “Futuras Cientistas”
Nesta quarta-feira, (24/1), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – Cemaden recebe duas estudantes da Escola Estadual Walkir Vergani, de São Sebastião, dentro da edição de 2024 do programa “Futuras Cientistas”. A iniciativa visa ao desenvolvimento do pensamento e de atividades científicas transdisciplinares das ciências da natureza e suas tecnologias nas áreas de CTEM (Ciência, Tecnologias, Engenharias e Matemática).
Criado em 2012, no Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste – Cetene, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI, o “Futuras Cientistas” tem por objetivo estimular o interesse e promover a participação de mulheres professoras e estudantes do ensino médio da rede estadual nessas áreas, por meio de sua aproximação a centros tecnológicos e a instituições de ensino e pesquisa.
O programa foi desenhado para acompanhar as meninas ao longo de sua formação, desde o ensino médio até o início de sua carreira profissional, em quatro módulos, a serem realizados em períodos diferentes do ano. Esses módulos são:
1° Imersão Científica
2° Banca de Estudos para o ENEM
3° Mentoria
4° Estágios
Para integrar a etapa de imersão científica, o Cemaden propôs o plano de trabalho intitulado “Toda menina pode se tornar uma cientista que contribui com a redução de riscos de deslizamentos de terra”.
No dia 24, haverá programação de palestras, visita à Sala de Situação do Cemaden e preparação para o trabalho de campo, que ocorrerá no dia seguinte, em Campos do Jordão. Nesse município, as estudantes participarão de vistorias e reconhecimento para aprenderem técnicas de campo para mapeamento de risco geológico (de movimentos de massa) em local onde o Cemaden desenvolve um projeto.
Programação
24 de Janeiro: 9h - 10h | Palavras de boas-vindas (Dra. Regina Alvalá e Dra. Adriana Cuartas)
10h - 12h | Uma reflexão sobre a (s) ciência (s) e o cientista (Dra. Livia Moura e MSc. Selma Flores)
14h - 15h | Visita guiada pelo PIT - Parque de Inovação Tecnológica São José dos Campos
15h - 16h | Visita guiada à empresa NEXUS, localizada no PIT
16h - 16h30 | Visita à Sala de Situação do CEMADEN
25 de Janeiro : 7h - 17h | Visita de Campo em Campos de Jordão sob a supervisão e com acompanhamento de equipe técnica do CEMADEN.
Iniciativa da ONU organiza visita de lideranças religiosas ao Cemaden
Um grupo de lideranças religiosas ligadas à CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil visitou o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) no dia 12 de dezembro. O objetivo foi conhecer detalhes da missão do Cemaden, principalmente no contexto de impactos de mudanças climáticas, desastres naturais e ações de prevenção de desastres.
Os participantes, a maioria do estado do Acre, foram convidados pela Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais(IRI), criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2018. A iniciativa está presente nos países que concentram 75% das florestas tropicais remanescentes, ou seja, Brasil, Colômbia, Peru, República do Congo e Indonésia. Essa foi a oitava visita organizada pela IRI ao Cemaden.
O objetivo principal da IRI é contribuir para que as lideranças e comunidades de todas as tradições religiosas possam aprofundar seus conhecimentos sobre as mudanças climáticas e a importância da preservação das florestas tropicais, com o intuito de ampliar o engajamento em iniciativas de preservação ambiental, mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Ao recepcionar a comitiva, a representante da direção do Cemaden, pesquisadora Sílvia Saito, apresentou as atividades desenvolvidas, vulnerabilidades e monitoramento geo-hidrológico, de secas, reservatórios. Ela também explicou como é feito o monitoramento dos 1.038 municípios mapeados com áreas de risco, em todo o território nacional.
O coordenador-geral de Operações e Modelagem do Cemaden, Marcelo Seluchi, deu sequência à programação, com a palestra “Desastres geo-hidrometeorológicos e Sistema de Alerta". Em seguida, o coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, José Marengo, apresentou a palestra gravada “Causas dos desastres climáticos”. A programação da manhã se encerrou com a visita à Sala de Situação, onde os visitantes receberam informações do tecnologista Leandro Casagrande.
À tarde, a coordenadora do Cemaden Educação, Rachel Trajber, apresentou a palestra “Percepção de riscos, prevenção de desastres e o Cemaden Educação”, seguida de oficina sobre prevenção e enfrentamento a desastres. “Temos essa parceria com o IRI há bastante tempo e a cada vez nos sentimos mais próximos dessa ideia de chegar até o chão das comunidades”, afirmou. “O Cemaden Educação quer estabelecer um diálogo efetivo com a sociedade. É nesse diálogo que o novo aparece – o diálogo das pessoas nas comunidades, nas escolas, nas igrejas, com a ciência, sem se elimine um ou outro. É dessa forma que surge uma nova compreensão desse enorme colapso climático que estamos vivendo e para o qual precisamos ter capacidade de nos adaptar e construir sociedades sustentáveis e resilientes.”
Para Carlos Vicente, coordenador nacional do IRI, visitar o Cemaden é uma oportunidade ímpar que as lideranças têm de conhecer a qualidade do trabalho que é realizado pela instituição. “É sempre muito enriquecedor vir ao Cemaden, aprendemos muito”, afirmou. “É impressionante como os visitantes, em tão pouco tempo, passam a compreender a importância da emergência climática e valor da ciência e dos serviços que são gerados para proteger a população. Também é muito relevante que todos vivenciem o elevado compromisso e comprometimento dos especialistas do Cemaden com o serviço público.”
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden Educação participa de workshop sobre resiliência climática
Com o objetivo de intercâmbio e disseminação de saberes e conhecimentos em temáticas relacionadas à sustentabilidade, prevenção, planejamento e adaptação à emergência climática e ao desenvolvimento rural sustentável, o V Workshop da Rede Internacional de Pesquisa Resiliência Climática – RIPERC teve a participação do Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O evento foi organizado pelo Centro de Ensino, Pesquisas e Extensão em Proteção e Desastres – CEPED/Unioeste e o Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Desenvolvimento Rural Sustentável da Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Brasil, em parceria com a Pró-reitoria de Extensão da Unioeste . O workshop foi realizado no município de Marechal Cândido Rondon (PR), com transmissão on-line, nos dias 10 a 13 de dezembro de 2023.
As mesas temáticas de debates, discussões e apresentação de pesquisas nos Grupos de Trabalho (GTs) foram direcionadas a pesquisadores, professores, estudantes de pós-graduação, lideranças e entidades promotoras e instituições relacionadas à sustentabilidade e mudanças climáticas.
Participaram dos debates a coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber e o pesquisador Antonio Guerra, que apresentou o trabalho da equipe do Cemaden Educação com o título: “Contribuições do programa cemaden educação frente aos desafios da emergência climática e na prevenção de riscos de desastres.”
Os trabalhos apresentados no evento serão submetidos à aprovação e publicação na Revista International Journal of Environmental Resilience Research and Science.
A transmissão das palestras e mesas redondas estão disponibilizadas no canal do Youtube do NAPI - Emergência Climática - da Rede de Pesquisa Internacional Resiliência Climática – RIPERC pelo link:
https://www.youtube.com/@NAPI-EC-RedeResiliencia
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisadores do Cemaden participam da edição “Desastres” da Revista Climacom
“Dossiê dos Desastres” publicada pela Revista Climacom Cultura Científica – pesquisa, jornalismo e arte, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), traz nessa edição Ano 10- N25 -2023 na temática “Desastres”, a participação de pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Conforme apresentada no Editorial da publicação, o dossiê propõe “diálogos e ressonâncias entre trabalhos que abordam artes, literatura, filosofia, biologia, política, com outros que se dedicam a acontecimentos catastróficos específicos, com reflexões e apontamentos em torno das possibilidades de testemunho, modelagem, adaptação, mitigação e criação diante dos desastres.”
Na Seção de Ensaios, os pesquisadores do Cemaden: Victor Marchezini, Christopher Cunningham, Giovanni Dolif, Pedro Ivo Camarinha, Paula Oda e Renato Lacerda discutem o conceito de “eventos extremos” sob ao menos três enfoques: o da meteorologia, da engenharia e da sociologia. Inicialmente, discorrem sobre os eventos extremos de clima e de tempo. Em seguida, adentra-se na sua compreensão a partir dos seus impactos. Por fim, exploram-se algumas percepções, representações sociais e estratégias de comunicação sobre os eventos extremos. O ensaio é intitulado: “O que são eventos extremos? Perspectivas multidisciplinares como subsídios à gestão de riscos de desastres”
Na Seção de Artes, o jovem pesquisador do Cemaden, Fernando Pereira Silva, faz uma análise e reflexões sobre notícias de descobertas científicas sobre os impactos sofridos pelos seres vivos e o meio ambiente, aumentando a “ansiedade climática”. Expõe acreditar na ciência e tecnologia para a solução do caos, na capacidade do acesso ao conhecimento e que “a inteligência artificial ainda é apenas uma criança treinada com trilhões de parâmetros”. Deixa uma pergunta a ser respondida. O artigo é intitulado “A inteligência artificial poderia reconhecer e representar desastres?”
O “Dossiê dos Desastres” tem como editores: Gabriel Cid de Garcia, Viviana Aguilar-Muñoz, Jose Antonio Marengo Orsini, Eduardo Mario Mendiondo e Susana Oliveira Dias e pode ser acessado na íntegra pelo link:
https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/apresentacao-editorial-dossie-desastres/
Fonte: Ascom/Cemaden
Workshop com desafios multidisciplinares para pós-graduandos tem colaboração do Cemaden
Pesquisadores da área de geodinâmica e do monitoramento de deslizamentos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – colaboraram com o evento Integrative Think Tank Brazil 2023, entre os dias 11 e 15 de dezembro, no Sirius, localizado no Campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP).
O evento foi direcionado a cerca de 50 estudantes de pós-graduação em áreas relacionadas à Matemática, que enfrentaram desafios multidisciplinares vindos da indústria e áreas aplicadas. Ao longo das 40 horas de programação, os estudantes enfrentaram desafios propostos e, colaborativamente, estabeleceram abordagens para enfrentar esses problemas por meio da pesquisa matemática, construindo estratégias para avançar em suas resoluções.
Promovido pela Universidade de Bath (Reino Unido), o Integrative Think Tank Brazil (ITT Brasil 2023) é organizado pelo Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), do Centro Brasileiro de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM/MCTI), com a colaboração conjunta do Cemaden/MCTI, do Departamento de Ciências Matemáticas da Universidade de Bath, o Centro de Pesquisa em Matemática Aplicada à Indústria ( CeMEAI) e o Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Universidade Estadual de
Participação do Cemaden
Os temas apresentados aos estudantes pela equipe do Cemaden foram voltados a deslizamentos e à rede pluviômetros. Os pesquisadores da área de pesquisa e monitoramento em geodinâmica do Cemaden que colaboraram no evento: Cassiano Bortolozo, Daniel Metodiev, Danielle de Paula, Marcio Andrade e Rodrigo Stabile.
Sobre o evento
O objetivo central do Integrative Think Tank Brazil (ITT-Brasil) é criar abordagens colaborativas que possam ser aplicadas para resolver problemas. Utiliza a pesquisa matemática como ferramenta principal, desenvolvendo estratégias para avançar na sua resolução.
Estabelecidos na Universidade de Bath, no Reino Unido, os ITTs são eventos que procuram aprofundar e ampliar as relações entre a comunidade matemática e os seus parceiros, incluindo empresas e instituições públicas. O resultado desta interação são projetos de pesquisa colaborativa com horizontes plurianuais. A participação dos alunos é essencial em todas as fases deste processo.
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da LNLS-CNPEM/MCTI
Pesquisa do Cemaden analisa os impactos socioeconômicos dos desastres na bacia do rio Paraíba do Sul
Pesquisadores ressaltam a necessidade de que as bacias hidrográficas sejam consideradas como unidades geográficas de gestão de risco de desastres, para assim fortalecer a institucionalidade e a cooperação.
O estudo realizado na Bacia do Rio Paraíba do Sul traz mais do que apenas estatísticas, mas alerta para uma ação urgente: repensar políticas públicas, fortalecer instituições e proteger vidas e meios de subsistência, identificando os impactos de desastres sobre os municípios da bacia e contrasta esses resultados com a realidade da capacidade dos municípios em gestão do risco.
O artigo intitulado "Impactos Socioeconômicos de Desastres na Bacia do Paraíba do Sul: Uma Análise de 2003 a 2022", recentemente publicado no Dossiê "Desastres" da revista Climacom da Universidade Estadual de Campinas, foi liderado pela economista Lucía Calderón, que é também bolsista PCI do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnología e Inovação (MCTI).
O trabalho científico contou com o apoio do pesquisador e sociólogo do Cemaden, Victor Marchezini, e da doutoranda Paula Oda, do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST/INPE). O estudo é um dos resultados do projeto COPE (Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos), que tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Processo: 22/02891-9), coordenado por Victor Marchezini.
“O cenário é desafiador, especialmente porque a região é composta em sua maioria por municípios de pequeno porte (menos de 5.000 habitantes), que carecem de instrumentos eficazes de prevenção.”, enfatiza o pesquisador do Cemaden, Marchezini. O estudo aponta que, apenas 32% dos municípios da bacia possuem medidas preventivas implementadas em seus Planos Diretores Municipais, o que revela uma vulnerabilidade institucional que merece atenção.
Apesar de ser caracterizada por uma presença majoritária (88,4%) de municípios com uma população menor de 50 mil habitantes, a bacia foi considerada a sexta maior economia do Brasil em 2020. A região enfrenta impactos significativos de desastres, especialmente no setor de serviços, essencial para a região, e que é particularmente vulnerável a enchentes e inundações. De 2003 a 2022, os prejuízos sofridos pelo setor privado alcançaram os R$ 4,119 bilhões, com representação de 56% do setor de serviços.
Com um total de 1.698 registros de desastres (em média quase 90 desastres por ano), predominantemente relacionados a eventos hidrológicos como inundações e enxurradas, o estudo destaca a vulnerabilidade humana na região. O ano de 2011, com mais de 900 vidas perdidas em Nova Friburgo e Teresópolis, é uma lembrança dolorosa dessa realidade, destaca o estudo.
O artigo intitulado “Impactos socioeconômicos de desastres na Bacia do Rio Paraíba do Sul: uma análise do período 2003-2022”, está disponível no endereço:
https://climacom.mudancasclimaticas.net.br/impactos-socioeconomicos/
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden discute estratégias para enfrentar chuvas fortes na região serrana do RJ
Realizado no auditório do Centro Administrativo da Prefeitura de Nova Friburgo (RJ), nos dias 21 e 22 de dezembro, o Workshop gratuito “Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos ( Projeto Cope)” reuniu representantes da sociedade, servidores, estudantes de pós-graduação e equipes da Defesa Civil dos municípios da região serrana do Rio de Janeiro.
O evento foi organizado pelo sociólogo e pesquisador Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Instituto Friburgo Solidário.
“O objetivo é discutir junto com as autoridades e sociedade local sobre as estratégias de se preparar melhor para os eventos extremos na região serrana. O Projeto Cope tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp).”, afirma o pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini.
Na programação, Marchezini apresentou o Projeto Cope e a pesquisadora do Cemaden, Silvia Saito, discorreu sobre Vulnerabilidade a inundações e deslizamentos em Nova Friburgo.
Foi mostrado o mapeamento de riscos em Nova Friburgo (RJ), por Pedro Higgins, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável do município. Em seguida houve debates entre os participantes.
Confira a programação, abaixo:
PROGRAMAÇÃO DO PROJETO COPE* EM NOVA FRIBURGO-RJ
21/12/2023
09:00-09:30| Mesa de Abertura
09:30-10:15| Apresentação dos participantes
10:15-10:30| O que é o Projeto COPE? (Victor Marchezini-Cemaden/MCTI)
10:30-11:00| Mapeamento de perigo de Nova Friburgo-RJ (Pedro Higgins/Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável de Nova Friburgo-RJ)
11:00-11:30| Vulnerabilidade a inundações e deslizamentos em Nova Friburgo-RJ (Silvia Saito-Cemaden/MCTI)
11:30-12:00| Debate
12:00-14:00| Almoço
14:00-15:30| Oficina Mapeamento Participativo de Riscos de Desastres (Adriano Mota, Janaina Alencar, Viviana Aguilar Muñoz)
15:30-17:00| Café Mundial: Como podemos nos preparar melhor para eventos extremos? (Adriano Mota, Janaina Alencar, Viviana Aguilar Muñoz)
22/12/2023
09:00-10:30| Oficina Previsão e Monitoramento de Eventos Extremos (Caroline Mourão-Cemaden/MCTI)
10:30-12:00| Oficina sobre Comunicação de risco e de alertas (Victor Marchezini, Adriano Mota, Janaina Alencar, Viviana Aguilar Muñoz)
12:00-14:00| Almoço
14:00-16:00| Oficina sobre Plano de Contingência e Preparação para Eventos Extremos (Bruno França/REDEC 8 Serrana II ( SEDEC/RJ); Luciano Luiz da Silva/Secretaria de Defesa Civil de Nova Friburgo; Victor Marchezini/Cemaden/MCTI)
16:00-16:30| Avaliação do workshop e sugestões para novas atividades
Acompanhe as novidades do Projeto COPE no instagram: @projetocope (https://www.instagram.com/projetocope/)
*Apoio: FAPESP (processo 22/02891-9)
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden apresenta pesquisas científicas na Reunião Anual da União Geofísica Americana nos E.U.A.
Pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - participaram da Reunião Anual da União Geofísica Americana 2023 (AGU- American Geophysics Union), realizado em São Francisco, California (EUA), nos dias 11 a 15 de dezembro, apresentando estudos e pesquisas realizados por pesquisadores do Cemaden, em parceria com instituições nacionais e internacionais.
O climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, apresentou dois estudos científicos que entraram na programação de palestras do evento. A primeira, intitulada “ Desastres hidrogeológicos na cidade de São Sebastião, no litoral norte do estado de São Paulo, em fevereiro de 2023” , abordou sobre o evento meteorológico ocorrido nos dias 18 e 19 de fevereiro deste ano, a emissão de alerta alto e muito alto feito pelo Cemaden. Mesmo com o alerta com dias de antecedência, o evento climático resultou em 65 vítimas fatais e danos materiais. Cientistas consideraram a necessidade de melhorar a percepção da iminência de um desastre e implementação de sistemas de alerta multirriscos. Liderado por Marengo, participaram desses estudos diversos pesquisadores do Cemaden, da Unesp, do INMET, do Instituto Nacional de Educação de Singapura e do Instituto de Estudos Avançados da USP.
Outra apresentação feita pelo climatologista Marengo no evento da AGU foi sobre “Mudanças observadas nos extremos da hidrologia e duração da estação seca na Amazônia: impactos no risco de desastres hidroclimáticos”, mostrando as associações entre os extremos da hidrologia da Amazônia, as anomalias pluviométricas e o aumento da duração da estação seca. Também foram considerados os possíveis impactos do El Niño 2023-2024, que vem afetando o clima da Amazônia. Liderado também por Marengo, esses estudos tiveram a participação da pesquisadora Ana Paula Cunha, do Cemaden; da Universidade de Toulouse (França), do Programa de Pós-Graduação em Desastres (Unesp/Cemaden); do Instituto de Geociências e Meio Ambiente da França e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).
Secas no nordeste brasileiro
O pesquisador da área de agrometeorologia do Cemaden, Marcelo Zeri também participou da conferência União Geofísica Americana (American Geophysics Union, AGU) em São Francisco, Estados Unidos, mostrando os resultados do monitoramento de secas no Nordeste do Brasil. O trabalho apresentou os primeiros dados de torres micrometeorológicas já instaladas na região. Essas torres permitem a medida da evapotranspiração e trocas de carbono entre a vegetação e atmosfera, entre outras variáveis meteorológicas. Esses dados permitem acompanhar a evolução das condições de seca, o seu efeito na vegetação, e a comparação com outras medidas, como aquelas feitas por satélites
Duas torres já foram instaladas desde meados de 2023: uma em Petrolina, Pernambuco, em parceria com a Embrapa Semiárido, e outra na Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte, em área de Caatinga preservada, mantida por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A terceira torre será instalada no começo de 2024 numa área de Caatinga preservada perto do município de Quixeramobim (CE), em parceria com a Universidade Federal do Ceará e Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Hidrologia
Na área de Hidrologia, a pesquisadora do Cemaden, Larissa Antunes Pimentel fez a exposição do estudo científico sobre “Avaliação do mapeamento de inundações na agricultura familiar na sub-bacia do Rio Juruá na Região Amazônica”.
Estudos de movimento de massa e deslizamentos
O pesquisador do Cemaden, Cassiano Antonio Bortolozo apresentou dois estudos. O primeiro intitulado “Investigando a aplicabilidade do método DC para avaliação da variação da umidade do solo em estudos de movimento de massa: experimentos de campo com sensores de umidade do solo e testes de amostras de laboratório”. A pesquisa mostra as capacidades de visualização de levantamentos geofísicos que permitem uma representação mais detalhada e precisa do subsolo, enriquecendo, em última análise, a compreensão do comportamento de taludes, melhorando significativamente as avaliações de risco de deslizamentos.
A outra pesquisa explanada por Bortolozo foi a intitulada: “Uma nova abordagem para definir limites de acumulação de chuva para ocorrência de deslizamentos usando análise de cluster na Região Metropolitana de Recife, em Pernambuco. O objetivo dos estudos é aumentar a precisão e a eficiência dos sistemas de alerta de deslizamentos de terra, contribuindo, em última análise, para aumentar a segurança e a preparação para desastres em áreas propensas a deslizamentos de terra. Os limites definidos foram aplicados a um evento de deslizamento significativo em 2021, que demonstraram uma base sólida para o limite operacional utilizado na Sala Operacional do Cemaden.
Os dois estudos foram liderados pelo pesquisador Cassiano Bortolozo e tiveram a participação de vários pesquisadores do Cemaden; do Instituto de Ciência e Tecnologia da Unesp/ICT e da Universidade de Bath, do Reino Unido.
AGU (The American Geophysical Union ) 2023 -São Francisco-California
Todos os anos, a reunião anual da AGU reúne mais de 25.000 participantes de mais de 100 países para compartilhar pesquisas e se conectar com amigos e colegas. Cientistas, educadores, decisores políticos, jornalistas e comunicadores participam na AGU23 para compreender melhor o nosso planeta e o ambiente, abrindo caminhos para a descoberta, abrindo uma maior consciência para enfrentar as alterações climáticas, abrindo maiores colaborações para levar a soluções e abrindo os campos e profissões da ciência a um todo.
Fonte: Ascom/Cemaden
Lançado E-book “Riscos ao Sul: diversidade de riscos no Brasil”
Com abordagens em variadas temáticas sobre os riscos de desastres ao Sul do Brasil, a publicação conta com 25 capítulos em áreas de estudo de diversas regiões do Brasil, com a organização da La Red, Rede de Estudos Sociais em Prevenção de Desastres da América Latina e Caribe.
Os organizadores do E-book foram Viviana Aguilar-Muñoz, pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), o pesquisador Allan Yu Iwama, da Universidade Federal da Paraíba e Fabiana Barbi Seleguim, da Universidade de São Paulo(USPSusten). A coordenação geral foi dos pesquisadores Jesica Viand e Alonso Brenes. O trabalho contou com apoio do Cemaden/MCTI, Rede Clima e apoio da Unesco.
A obra traz no prefácio as palavras de Andrew Maskrey, um dos membros fundadores de La Red, coordenador de relatórios da UNISDR (Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres (em inglês: United Nations International Strategy for Disaster Reduction -UNISDR) e produção pela CDRI (Coalition for Disaster Resilient Infrastructure).
No posfácio do livro teve a contribuição de Zelmira May, especialista de Programa, Oficina Regional da UNESCO em Montevideo (Uruguai).
A arte da capa foi produzida buscando representar a diversidade de riscos de desastres no contexto de nossos biomas brasileiros, e aspectos sociais e culturais de no ssa sociedade. O processo de criação artística da capa foi recentemente publicado no dossiê especial desastres pela Revista Climacom, disponível em: Imaginários de Desastres.
Riscos ao Sul
"Riscos ao Sul” é um projeto editorial dedicado à compilação de estudos sobre riscos de desastres na América Latina e Caribe, que surge como iniciativa de pesquisadores associados à La Red. A primeira edição em 2015 teve como país foco a Argentina, com o objetivo de apresentar o estado de conhecimento sobre os riscos de desastres nesse país, e oferecer algumas reflexões sobre maneiras de abordar essa temática a partir de uma perspectiva social.
Dando continuidade a essa iniciativa, outros grupos e países do Cone Sul estão aderindo, com as perspectivas de gerar condições propícias para um diagnóstico do estado atual do conhecimento sobre risco de desastres para toda a região.
Nesta perspectiva, o objetivo desta publicação é reunir artigos sobre a compreensão e tratamento do risco no Brasil, a partir da perspectiva social dos desastres.
A publicação de Riscos ao Sul: diversidade de riscos no Brasil, na versão digital na página http://www.riesgosalsurbrasil.org/conteudo.html, na versão completa e versão para cada capítulo. Para baixar somente os seus capítulos, basta clicar no título do capítulo/seção.
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisa aprimora a aplicação da Inteligência Artificial em monitoramento e previsão de riscos hidrológicos
Pesquisadores obtiveram um bom desempenho nos testes realizados em uma pequena bacia hidrográfica no Rio de Janeiro, empregando um modelo hidrológico de redes neurais artificiais (RNA) para a previsão o nível dos rios e, também, para investigar sua dependência de condições antecedentes de chuva. A utilização da Inteligência Artificial nos modelos hidrológicos pode contribuir para aprimorar a previsão de riscos hidrológicos, como inundações e cheias.
Os estudos utilizaram dados observados do nível do rio e a estimativa de precipitação - fornecido por radar meteorológico de alta resolução - sobre uma pequena bacia hidrográfica na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Como resultado, a série temporal do nível de água previsto mostrou um bom desempenho quando as entradas de dados consideraram pelo menos duas horas de precipitação acumulada, sugerindo uma forte associação física com o tempo de concentração da bacia hidrográfica.
Sob longos períodos de chuva acumulada, maiores de 12 horas, a estrutura atingiu níveis de desempenho consideravelmente mais elevados, o que pode estar relacionado à capacidade da RNA de capturar a resposta subsuperficial, bem como estados passados de umidade do solo na bacia hidrográfica.
Os estudos foram liderados pelo pesquisador e físico Leonardo Santos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Recentemente, o pesquisador Santos teve projeto aprovado na chamada CNPq "Nº 15/2023 - Eventos Meteorológicos Extremos: Prevenção de Desastres Naturais e Minimização de Danos", o projeto "iFAST - Intelligent Flood Alert Surveillance Tools" (446053/2023-6) que avançará o conhecimento científico na interface entre Inteligência Artificial (I.A.) e desastres, produzindo ferramentas para melhoria contínua dos alertas do hidrológicos emitidos pelo Cemaden.
O artigo científico completo sobre a pesquisa disponível abertamente em: https://www.mdpi.com/2673-4117/4/3/101
Fonte: Ascom/Cemaden
Secas sem precedentes na Bacia Amazônica são apontadas pelo Observatório Global da Secas
Causada pela falta de precipitação, várias ondas de calor e temperaturas acima da média, uma seca severa vem afetando a Bacia Amazônica, persistindo desde julho deste ano. A evolução espaço-temporal da seca indica um aumento na extensão e severidade.
O relatório foi divulgado pelo Observatório Global da Seca (Global Drought Observatório), do Serviço de Publicações do Centro Científico da União Europeia (JRC), no último dia 20. Os estudos tiveram a participação de cientistas brasileiros e internacionais, entre eles, a do climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O trabalho científico aponta que, em 2023, todos os países da Bacia Amazônica registraram as menores precipitações de julho a setembro em mais de 40 anos. Indicadores derivados de satélite mostram uma tensão generalizada na vegetação em toda a bacia, particularmente nas regiões sudeste e estendendo-se até a Bolívia. A umidade do solo foi gravemente afetada, com anomalias negativas em grande parte da região. Os impactos na hidrologia são enormes: os caudais dos rios são extremamente baixos, com muitos deles no valor mais baixo para a época. O risco de incêndios florestais está aumentando e é alto principalmente no centro-oeste do Brasil.
Regiões afetadas e os impactos
A seca afeta a navegação, com impactos também no abastecimento básico de alimentos e água. As previsões do caudal dos rios sugerem que estes impactos poderão agravar-se nos próximos meses.
“As previsões sazonais apontam para condições mais quentes e secas do que a média em toda a região amazônica, que são típicas de um evento El Niño forte a muito forte.”, afirma o climatologista Jose Marengo, do Cemaden.
Em agosto de 2023, a seca afetou principalmente a região amazônica ocidental do Brasil, bem como as regiões boliviana e peruana. Depois, em setembro, concentrou-se mais na região peruana, no sudoeste da Amazônia brasileira e na Amazônia boliviana. Em outubro de 2023, a situação se estendeu ao estado do Amazonas no Brasil.
Dos 62 municípios do estado do Amazonas (norte do Brasil), 59 – habitados por cerca de 590 mil pessoas – estão em estado de emergência devido aos graves impactos da seca. A seca também afeta as populações da região amazônica de países, além do Brasil, do Peru, Bolívia e Venezuela, entre outros.
Os estudos estão disponibilizados nos links:
https://publications.jrc.ec.europa.eu/repository/handle/JRC136439
Declaração sobre a seca amazônica de 2023 e suas consequências imprevistas
Evidências pelos dados científicos sobre a seca na região amazônica mostraram a vulnerabilidade do ecossistema amazônico e de sua população às mudanças climáticas. Dessa forma, foi elaborada uma Declaração sobre a seca amazônica, no início de dezembro, assinados por Flávia Costa, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, (INPA) Manaus, da Coordenação PELD Manaus - Floresta Amazônica e pelo climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, ambas instituições do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), resultado das discussões do Painel Científico para a Amazônia, no encontro realizado em Manaus.
No documento são explanados os padrões históricos e singularidade da seca de 2023, e das últimas décadas, o que pode acontecer em 2024 e a longo prazo, bem como consequências, impactos e as recomendações aos governos nacionais e locais que devem liderar a transição para a sustentabilidade e a resiliência climática. “A grave seca na Amazônia é uma crise humanitária e ecológica com implicações globais”, enfatiza o documento.
Para conhecer o conteúdo completo da Declaração sobre a seca amazônica de 2023, pode ser acessado o link abaixo.
Fonte: Ascom/Cemaden
Câmara Municipal de São José dos Campos parabeniza o Cemaden e o cientista Jose Marengo
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) recebeu o ofício parabenizando a instituição na pessoa de seu cientista Jose Marengo, climatologista, pela atuação no fomento ao conhecimento e consequente reconhecimento como um dos cientistas mais influentes do mundo, conforme pesquisa publicada em 2022 pela Stanford University.
O ofício foi aprovado por unanimidade pelos vereadores da Câmara Municipal de São José dos Campos (SP), na 72ª Sessão Ordinária, realizada no último dia 24 de novembro de 2023. No texto do documento, foi destacada a ciência como um dos pilares fundamentais da sociedade “um papel crucial em diversas áreas, desde a saúde até a tecnologia, a ciência é responsável por proporcionar impactos diretamente na vida das pessoas, ao evoluir o conhecimento, melhorar o ensino e a qualidade de vida dos cidadãos, além de trazer soluções para os grandes problemas da humanidade.”
Classificado como um dos mais influentes cientistas no mundo
Além de ser reconhecido como um dos cientistas mais influentes do mundo, pela Stanford University, Jose Marengo também foi classificado como o cientista mais citado na última década, na área de Geociências pela consultoria internacional Clarivate Analytics, nos anos de 2019, 2021, 2022 e agora em 2023.
Em 2021, foi classificado, também, na lista de cientistas internacionais mais influentes no tema “mudanças climáticas”, pela agência britânica de notícias Reuters, na Hot List da Reuters.
Jose Antonio Marengo Orsini integra o quadro de servidores do Cemaden/MCTI desde 2014 e, atualmente, é coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden. Tem contribuído de forma significativa com o desenvolvimento de pesquisas e novos conhecimentos nas áreas de Geociências e da Ciência dos Desastres, bem como na formação de recursos humanos. Trabalha na disseminação de informações e conhecimentos científicos em fóruns e mídias nacional e internacional, na coordenação de projetos e programas nas áreas mencionadas, em especial, com foco nos impactos das mudanças climáticas em diferentes setores estratégicos do país.
Fonte : Ascom/Cemaden
Cemaden realiza evento de premiação aos participantes da Campanha #AprenderParaPrevenir 2023
Coordenada pelo Cemaden Educação, Programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais -unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o sétimo ciclo da Campanha #AprenderParaPrevenir concluiu com projetos e práticas significativas provocadas pelo tema “Clima de Desastres, tempo de agir”, realizando o evento de premiação na última quinta-feira (07), transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden Educação.
Neste ano, foram convidadas escolas, Defesas Civis, Instituições de Ensino Superior, coletivos e outras instituições a criarem ações de mobilização e a resposta da criatividade foi celebrada com sorteio de prêmios realizado ao vivo, com a participação de diversas instituições.
O evento contou com momentos especiais: além da premiação e apresentação dos destaques na campanha, também foi lançada a nova identidade visual do Programa Cemaden Educação.
Lançamento da nova identidade visual do Programa Cemaden Educação
Criado pelo Renan Lieto da Evolve Design for Science, o logotipo é um balão de fala que recorta o original do Cemaden em diálogo com a sociedade. A identidade visual da 7ª Campanha oi utilizada durante esses últimos meses.
“Com o apoio dos recursos do FNDCT - Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, neste ano, o Programa Cemaden Educação foi recriado e conquistou espaços na promoção de políticas públicas educacionais transformadoras para a sustentabilidade e resiliência diante da emergência climática”, afirma a coordenadora do Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber.
A pesquisadora destacou, também as condições de reconstruir relações interministeriais em Educação em Redução de Riscos de Desastres com Educação Ambiental Climática. “Criamos um novo site e temos uma identidade visual mais atraente e interativa. Recebemos um prêmio no Reino Unido por um de projeto de pesquisa de Ciência Cidadã. Retomamos a mobilização da Campanha #AprenderParaPrevenir, que culmina com êxito tantas conquistas, com a surpresa de receber e aprender com iniciativas de grande qualidade”, enfatiza a coordenadora do Programa Cemaden Educação.
Resultados da 7ª Campanha #AprenderParaPrevenir e a ampliação pelo apoio dos moderadores regionais
Este ano a Campanha recebeu 82 inscrições, sendo 44 de Escolas, 15 de Coletivos/Movimentos Sociais + Outros, 12 de Instituições de Ensino Superior e 11 de Defesas Civis. As práticas de mobilização vieram de todas as regiões do país, de 13 estados e do Distrito Federal.
“A Campanha de 2023 foi especial, pois foi uma retomada com muitas novidades.”, afirma a pesquisadora Patricia Matsuo, coordenadora da Campanha #AprenderParaPrevenir”, do Programa Cemaden Educação e complementa: “Além do estabelecimento de parceiros interministeriais e nacionais estratégicos, ampliou as categorias de públicos, integrou a inscrição no site e criou uma rede de Mobilizadores Regionais que divulgaram intensamente em seus espaços“.
Para valorizar todas essas práticas de mobilização o Programa Cemaden Educação incluiu dois tipos de prêmios criados com a colaboração de diversas instituições:
- Sorteio: que evita a competição e adota a valorização de cada uma das práticas inscritas.
- Prêmio de Práticas Inspiradoras: para aquelas que se destacaram pela criatividade, inovação, parcerias, continuidade e mobilização comunitária.
Sorteio dos kits educativos e estação pluviométrica
Foram sorteados, ao vivo, dezenas de kits educativos compostos por publicações e jogos doados por instituições parceiras e três estações pluviométricas doadas pela empresa Ativa Soluções.
Devido ao número de inscrições nas categorias Defesa Civil e Instituições de Ensino Superior, o sorteio foi apenas da Estação Pluviométrica. Todas as outras instituições serão contempladas com os kits educativos.
Também foram unificadas as categorias “Coletivos/Movimentos Sociais” com “Outros” pelo pequeno número de inscrições, mas a quantidade de prêmios continua a mesma (total de 10 kits e dois troféus).
Premiação
- Categoria Escola
Kit Educativo |
Estação Pluviométrica (Ativa Soluções) |
10. E.E. Professora Maria José da Penha Frúgoli - São Sebastião/SP |
Escola Estadual Governador Milton Campos - São João Del Rei/MG |
- Categoria Defesa Civil
Kits Educativos |
Estação Pluviométrica (Ativa Soluções) |
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Secretaria Executiva de Proteção e defesa civil - Recife/PE |
- Categoria Instituto de Ensino Superior
Kits Educativos |
Estação Pluviométrica (Ativa Soluções) |
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IFF Campus Avançado Maricá - Maricá/RJ |
- Categorias unificadas Coletivos/Movimentos Sociais + Outros
Kits Educativos |
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PRÊMIO PRÁTICAS INSPIRADORAS
Este prêmio especial foi composto por:
- kit educativo com publicações e jogos na temática.
- Mini-estação meteorológica que mede pluviosidade, velocidade do vento, temperatura, umidade do ar, pressão atmosférica, radiação solar e luminosidade. Feita em impressão 3D, este equipamento foi doado pela empresa PETE.
- troféu em 3D criado pela Thabata Ganga da startup LIMBSE/UNIFESP, composto por 44 peças, 13 cores, um quebra-cabeça representando quatro quadrantes de desastres.
O processo de escolha foi realizado em duas etapas. Na primeira, a equipe do Cemaden Educação selecionou, previamente, três finalistas em cada categoria. Na segunda etapa, o Comitê de Análise composto por 15 profissionais que atuam na área de Redução de Riscos de Desastres (externos ao Cemaden) avaliaram as práticas segundo critérios pré-estabelecidos e divulgados no Guia da Campanha 2023. Vale destacar que a composição deste comitê levou em consideração a diversidade regional, segmentos da sociedade e geracional.
Conheça as instituições premiadas:
- Categoria Escola: Alunos do Ensino Médio do Colégio Unifebe como agentes de mudança: elaboração de protótipos para enfrentar os desafios dos desastres ambientais. Colégio Universitário Unifebe. Brusque/SC.
- Categoria Defesa Civil: Monitora Cuiabá. NUDEC Vale do Cuiabá. Petrópolis/RJ.
- Categoria Instituto de Ensino Superior: Projetos: ‘Que chuva é essa?’ ‘Meninas e Mulheres na RRD’ e ‘Que casa é essa?’ Universidade Veiga de Almeida – UVA. Rio de Janeiro/RJ.
- Categorias unificadas Coletivos/Movimentos Sociais + Outros
- Campanha “Pelo Direito de Respirar Ar Puro” Iniciativa Inter-Religiosa Pelas Florestas Tropicais. Brasília/DF.
- Formação para Professores: Educação para redução de riscos e desastres no Litoral Norte/SP. Diretoria de Ensino – Região Caraguatatuba. São Sebastião/SP
ENVIO DOS PRÊMIOS
Como estipulado no Guia da Campanha 2023, o envio dos prêmios será realizado a partir de Janeiro de 2024.
Destaca-se que os equipamentos meteorológicos doados pela Ativa Soluções e PETE serão encaminhados diretamente pelas empresas, que também oferecerão gratuitamente todas as orientações para instalação, configuração e monitoramento.
Conheça todas as práticas inscritas na campanha 2023
Todas as atividades e ações inscritas na Campanha #AprenderParaPrevenir de 2023 estão no site do Cemaden Educação.
A gravação da cerimônia de premiação está disponível no Youtube do Cemaden Educação.
Fonte: Ascom/Cemaden com equipe da campanha do Cemaden Educação