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Cemaden recebe estagiários de pós-graduação em Gestão de Riscos e Desastres na Amazônia
Na próxima semana (21 a 25 de novembro), pesquisadores e tecnologistas do Cemaden farão palestras e discussões sobre sistema de monitoramento-alerta, desenvolvimentos tecnológicos e linhas de pesquisas em desastres naturais, direcionadas aos estagiários de pós-graduação da Universidade Federal do Pará. As atividades fazem parte do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Riscos e Desastres na Amazônia, aprovados pela Capes, da Pró-Reitoria de Pesquisas da UFPA, com apoio de cooperação técnica do Cemaden/MCTIC.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) elaborou programação técnico-cientifica incluindo palestras e discussões, a qual será abordada no âmbito de estágio em Mestrado Profissional de cinco acadêmicos e um docente coordenador do curso do Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Pará. O estágio, que ocorrerá na semana de 21 a 25 de novembro faz parte do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Riscos e Desastres na Amazônia, da UFPA e será realizado no Cemaden, no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
O programa de mestrado em Gestão de Riscos e Desastres da Amazônia é um dos sete programas de pós-graduação, que funcionam em rede, inicialmente induzidos nas regiões Sul (Universidade Federal de Santa Catarina), Sudeste (Universidade de São Paulo e Universidade Federal Fluminense), Centro-Oeste (Universidade Federal de Goiás e Universidade Federal de Mato Grosso) e Nordeste (Universidade Federal de Pernambuco).
O curso da UFPA conta com uma grade de disciplinas obrigatórias comuns a todos os cursos integrantes da rede e um estágio obrigatório no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – Cemaden.
A programação do estágio prevê a apresentação das atividades de monitoramento e alertas, desenvolvidas na Sala de Situação, e também das diversas linhas de pesquisas nas áreas de hidrometeorologia, geodinâmica, educação, desenvolvimentos de tecnologia da informação, entre outras. As discussões envolverão pesquisadores, tecnologistas do Cemaden e os alunos de pós-graduação em Gestão de Riscos e Desastres na Amazônia.
O Mestrado Profissional da UFPA tem a área de concentração em “Minimização de Riscos e Mitigação de Desastres Naturais na Amazônia”, com as Linhas de Pesquisas em “Ameaças naturais no ambiente Amazônico” e “Vulnerabilidade de populações em áreas de risco”.
I Seminário Nacional de Avaliação dos Alertas do Cemaden
Organizado pelo Cemaden, o evento reunirá, entre os dias 04 a 06 de abril de 2017, as Defesas Civis estaduais e municipais para avaliar e discutir o aprimoramento da emissão de alertas de risco de desastres naturais.
O I Seminário Nacional de Avaliação dos Alertas do Cemaden, organizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações- conta com a parceria do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) – do Ministério da Integração Nacional – e do Conselho Nacional de Gestores Estaduais de Proteção e Defesa Civil (Congepedec).
O evento ocorrerá entre os dias 04 a 06 de abril de 2017, no Parque Tecnológico em São José dos Campos (SP), reunindo coordenadores e membros das Defesas Civis estaduais e municipais, para avaliar e discutir o conteúdo, tempestividade e disseminação dos Alertas de Desastres Naturais, além das perspectivas do aprimoramento desses alertas.
O Cemaden pretende estabelecer e consolidar uma comunicação contínua com Defesas Civis, após a emissão do alerta feita pelo Cemaden. Para isso, a programação está sendo elaborada junto às Defesas Civis, inserindo suas exposições e intercâmbio das experiências locais e regionais. O seminário também contará com palestras técnico-científicas sobre monitoramento, alerta e prevenção de riscos de desastres naturais.
“O retorno da comunicação das Defesas Civis ao Cemaden – no feedback da situação e ações decorrentes dos alertas recebidos – contribuirão para o conhecimento e avaliação da consistência e qualidade dos dados monitorados e emissão eficaz dos alertas.”, frisa o diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes. O diretor explica que essa comunicação contínua e sistematizada possibilitará a construção da integração necessária à atuação sinérgica dos diversos órgãos brasileiros, os quais atuam no gerenciamento de risco de desastres, em níveis federal, estadual e municipal.
Monitoramento e alertas de risco de desastres naturais
Criado em 2011, por meio do Decreto nº 7.513, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no âmbito do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – atualmente, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) – tem a missão fundamental de monitorar e emitir alertas da provável ocorrência de desastres associados aos fenômenos naturais, utilizando tecnologias modernas de monitoramento e previsões hidrometeorológicas e geodinâmicas, com dados da rede observacional própria e da rede de instituições parceiras.
Operando 24 horas por dia, sem interrupção, o Cemaden monitora, em todo o território nacional, as áreas de risco de 957 municípios classificados como vulneráveis a desastres naturais. Envia os alertas de riscos de desastres naturais ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério da Integração Nacional (MI), o qual retransmite para os órgãos estaduais e municipais de Defesa Civil, auxiliando o Sistema Nacional de Defesa Civil. Desde dezembro de 2011, o Cemaden já emitiu cerca de 6 mil alertas de riscos de desastres naturais.
Cientista brasileiro Carlos Nobre recebe prêmio internacional pelo trabalho sobre clima e Amazônia
Foi anunciado, ontem (24), no site da “The Volvo Environment Prize Foundation” o nome do pesquisador e climatologista Carlos Afonso Nobre, como o ganhador do Prêmio Volvo Meio Ambiente para 2016 (Volvo Environment Prize 2016), pelo reconhecimento de sua liderança mundial como pesquisador da Floresta Amazônica e o impacto sobre a biodiversidade e clima.
Na divulgação internacional, o cientista Carlos Nobre foi reconhecido como pioneiro nos esforços para compreender e proteger a Amazônia, considerado um dos ecossistemas mais importantes da Terra. Nos estudos realizados, destacou-se pela sua liderança nas pesquisas sobre as mudanças climáticas global e as implicações da floresta amazônica no clima mundial. Também foi reconhecido pelos esforços nas políticas nacionais e internacionais e na ciência para a questão da Amazônia.
A premiação destaca o trabalho de Carlos Nobre na orientação e apoio a numerosos jovens cientistas do Brasil e de outros países. Em seu trabalho de pesquisas, realizado sobre os impactos sofridos na floresta tropical, relaciona as alterações climáticas e desmatamento. Presidiu várias comissões científicas e comissões e foi o presidente do Programa Internacional Geosfera-Biosfera (IGBP) de 2006 a 2012. Também é considerado um dos principais cientistas do Sistema Terrestre do mundo, desempenhado um papel importante, ao longo de várias décadas, na pesquisa sobre a floresta amazônica. Foi reconhecido como um líder na criação e implementação do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), assegurando que os cientistas da América do Sul assumissem o protagonismo das pesquisas.
Em 2011, foi nomeado secretário de Política e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.. Foi o coordenador do projeto de criação e, posteriormente, diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
O Prêmio
Desde 1990, o “Prêmio Ambiental Volvo” se tornou um dos prêmios ambientais mais respeitados do mundo científico, destacando, anualmente, cientistas que se dedicam em iniciativas ambientais e de sustentabilidade. Um júri – formado por diversos cientistas internacionais – avalia um grupo de cientistas de renome internacional, selecionando para o prêmio anual.
O prêmio é concedido por uma fundação independente, instituída em 1988. A cerimônia do Prêmio anual ocorre em Estocolmo, no mês de novembro. Na cerimônia, participam centenas de convidados de universidades, empresas, setor público e política, para assistirem as premiações e as realizações dos premiados.
Informações sobre a premiação da Volvo Environment Prize 2016 podem ser obtidas no link http://www.environment-prize.com.
Alunos de escola municipal compartilham informações sobre prevenção de desastres naturais
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – recebeu, na tarde da quinta-feira (21), no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), uma comitiva composta por 44 alunos do ensino fundamental, acompanhados por dois professores, da Escola Municipal Luiz Silvar do Prado, de Caraguatatuba, do estado de São Paulo. O objetivo era conhecer as atividades tecnológicas e científicas de monitoramento e de prevenção de desastres naturais.
A iniciativa da visita partiu da própria escola municipal, para dar a oportunidade aos alunos da 8ª e 9ª séries do ensino fundamental de conhecerem as atividades das áreas de Ciências da Terra e do monitoramento de prevenção de riscos de desastres naturais.
Os alunos tiveram atividades práticas com a professora Débora Olivato, da equipe do Projeto Cemaden Educação. Na oficina, discutiram e identificaram as ações de sustentabilidade e insustentabilidade, bem como os impactos socioambientais dos desastres naturais.
Na área de monitoramento, os estudantes participaram da palestra do pesquisador do Cemaden, meteorologista Jojhy Sakuragi, que falou sobre a Rede de Monitoramento- especialmente sobre Radar Meteorológico- sua função na observação de nuvens de tempestade e na previsão de eventos extremos. Foi apresentado, também, um vídeo sobre o registro da violência da tempestade e como foi o observado pelo radar.
No final, conheceram a Sala de Situação do Cemaden, onde o tecnologista Diego Oliveira de Souza explicou como funciona o monitoramento das áreas de riscos e a emissão de alertas, bem como o trabalho interdisciplinar dos profissionais de geologia, meteorologia, hidrologia e de desastres naturais.
A aluna da 9ª série da escola municipal, Amanda Nascimento de Souza, de 14 anos, destacou as atividades práticas e o conhecimento aplicado, considerando que facilitaram a compreensão dos estudantes. “Coisas que não sabíamos, como o significado de ações sustentáveis e não-sustentáveis, mostraram os desafios que temos para a prevenção de riscos de desastres.”
“A visita ao Cemaden trouxe um grande enriquecimento científico aos alunos, despertando a curiosidade e o interesse nessa área.”, afirma o coordenador da comitiva e professor de Geografia , Rafael Pazzine Leite. O professor informou que a escola está localizada em bairro periférico e de vulnerabilidade socioambiental e complementa: “Os conhecimentos adquiridos e discussões motivaram os alunos, gerando esperanças e incentivo para a dedicação aos estudos de ciências na escola e, talvez, até para despertar a escolha de uma carreira profissional.”
China e Brasil discutem a interdisciplinariedade no contexto de redução de riscos de desastres
Coordenador-geral do Cemaden/MCTIC, convidado pela New York University de Shangai, proferiu palestra sobre as atividades desenvolvidas na área de monitoramento e pesquisas para redução de desastres naturais no Brasil, no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica-Científica entre Brasil e China.
“Novas oportunidades em Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em Redução de Riscos de Desastres no Contexto da Parceria China-Brasil” foi tema da palestra apresentada pelo coordenador-geral de Pesquisas e Desenvolvimento, Eduardo Mediondo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – na China, na semana passada, a convite da New York University, no campus de Shanghai (NYU-Sh).
No âmbito do Acordo de Cooperação entre China e Brasil, a palestra proferida fez parte da agenda de reuniões científicas previstas no intercâmbio entre pesquisadores do Cemaden e pesquisadores das áreas de Matemática, Estatística, Economia, Ciências Sociais, Engenharias, Física e Ciências da Computação da New York University de Shangai.
“Durante a reunião propôs-se novos projetos interdisciplinares que incorporem as diferenças e semelhanças dos padrões de vulnerabilidade em ambas as comunidades, China e Brasil.”, ressaltou Eduardo Mendiondo. “Buscamos priorizar o envolvimento de jovens talentos da China e do Brasil, por meio de estudos de casos em regiões metropolitanas, como por exemplo, as cidades de Shangai e de São Paulo. Ambas têm aproximadamente o mesmo número de habitantes, aproximadamente 25 milhões de pessoas, que sofrem, anualmente, com desastres.”, explicou Mediondo.
Destaca-se que a palestra proferida inseriu-se na agenda de reuniões internacionais que o Cemaden/MCTIC prioriza e que devem incluir outros países da Europa e da Ásia para tratar do Protocolo Pós-Sendai 2015-2030 sobre a redução de risco de desastres. O marco pós-2015 foi adotado na Terceira Conferência Mundial sobre Redução do Risco de Desastres, realizada em março de 2015, em Sendai, no Japão.
Encontro amplia discussões sobre os impactos dos desastres naturais nas rodovias e vias urbanas
Entre os principais resultados do encontro, realizado durante 3 dias, em São José dos Campos, estão a ampliação das temáticas e a inclusão de novas instituições no intercâmbio científico entre pesquisadores e gestores, que discutiram sobre desastres naturais e seus impactos nas rodovias e vias urbanas.
A diminuição dos impactos provocados pelos desastres naturais na infraestrutura das rodovias e vias urbanas – fornecendo subsídios científicos para o planejamento estratégico e de tomada de decisões dos gestores públicos – foram os focos das discussões do II Encontro sobre Impactos Potenciais de Desastres Naturais em Infraestruturas de Transporte e Mobilidade Urbana (II IPMTU – 2016), realizado nesta semana (4 a 6 de outubro), no Parque Tecnológico, em São José dos Campos.
Organizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – e pelo Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o II Encontro IPMTU – 2016 teve a participação de pesquisadores, estudantes, profissionais e gestores de instituições públicas e não governamentais. No evento, tiveram a oportunidade de compartilhar conhecimentos e experiências, discutindo temas abordados em 6 palestras e nos 17 trabalhos científicos apresentados durante o evento.
O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, enfatizou a importância das parcerias com outras instituições. “Além das atividades operacionais de monitoramento e emissão de alertas de riscos de desastres naturais, temos o outro perfil voltado às pesquisas”, dando o exemplo dos trabalhos realizados junto à Unesp, para o desenvolvimento das ações e iniciativas voltadas à ciência, tecnologia e inovação.
“O ensino e os departamentos de pós-graduação podem contribuir com as instituições ligadas às pesquisas e tecnologias. Sentimo-nos privilegiados em participar das ações e atividades desenvolvidas pelo Cemaden”, afirma o diretor da Unesp de São José dos Campos, Estêvão Tomomitsu Kimpara.
O evento contou com a participação do Cel. PM José Roberto Rodrigues de Oliveira, chefe de gabinete da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil de São Paulo. “Desastres naturais causam impactos socioambientais, inclusive nas vias de transporte e mobilidade”, lembra o coordenador estadual, enfatizando que obstrução de rodovias e vias urbanas impedem, inclusive, as ações de socorro ao cidadão e complementa: “Os estudos e abordagens científicas e tecnológicas permitem melhorar essa preparação e resiliência.”
Entre as instituições que tem Acordo de Cooperação Técnica, firmado com o Cemaden para a linha de pesquisa “AmbientEMobilidade”, está Instituto de Pesquisa, Planejamento e Administração (IPPLAN). A analista de gestão do IPPLAN, Maria Lígia Vianna considera importante que as informações e estudos científicos cheguem às instituições públicas para um planejamento adequado: “É importante que as cidades se preparem para aumentar a qualidade de vida das pessoas. Principalmente, com o crescimento populacional, os órgãos públicos devem planejar a ocupação do solo”.
“Reforçar as diretrizes do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento, para as novas formas de ocupação e a reorganização da ‘centralidade’ da cidade, possibilita repensar a distribuição das áreas de lazer, comércio e trabalho”, afirma o secretário municipal de Planejamento de São José dos Campos e professor da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP), Dr. Pedro Ribeiro, durante a palestra no evento.
O pesquisador do Cemaden e um dos organizadores do evento, Leonardo Santos, considerou que esse segundo encontro – evento que faz parte das atividades desenvolvidas dentro da linha de pesquisa “AmbientEmobilidade” – ampliou as temáticas que abrangem o conhecimento dos riscos, o monitoramento e alerta, a comunicação e a capacidade de resposta. “As discussões entre as instituições participantes fortaleceram o intercâmbio científico no tema, integrando pesquisadores, instituições acadêmicas e os gestores que trabalham diretamente com as pessoas e municípios. E essas instituições incentivaram a continuidade desses encontros.”
Secretário do Ministério da Integração visita sede do Cemaden
O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), tenente-coronel Renato Newton Rambow e o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Élcio Alves Barbosa – do Ministério da Integração Nacional – estiveram na semana passada (4), em visita ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no Parque Tecnológico de São José dos Campos.
Em reunião com o diretor Osvaldo de Moraes , coordenadores e pesquisadores do Cemaden, o secretário da Sedec e o diretor do Cenad conheceram as atividades de monitoramento e de pesquisas, o aprimoramento da emissão de alertas de risco de desastres naturais, bem como o sistema integrado de monitoramento de 957 municípios de todo o território brasileiro.
“Conhecer de perto o sistema de dados desenvolvido para as ações preventivas de proteção civil e consolidar a aproximação entre as instituições são fundamentais para o fortalecimento do trabalho integrado.”, afirma o secretário do Ministério da Integração, Renato Rambow. E complementa : “ Afinal, o Cemaden pode ser considerado uma instituição gêmea do Cenad, trabalhando em conjunto na missão de salvaguardar vidas e na prevenção de riscos de desastres naturais.”
O secretário do Sedec e o diretor do Cenad visitaram, também, a Sala de Situação do Cemaden, onde a equipe multidisciplinar formada por hidrólogos, meteorologistas, geólogos e de desastres naturais atua no monitoramento e na tomada de decisão para a emissão de alertas de riscos de desastres naturais. Os alertas emitidos pelo Cemaden são repassados de forma imediata ao Cenad. Em casos de potenciais desastres, o Cenad encaminha os alertas recebidos do Cemaden e aciona os órgãos de defesa civil nos estados e municípios, oferecendo apoio às ações de resposta a desastres.
A interação entre o Cemaden e o Cenad é o eixo principal da estruturação do Sistema de Monitoramento e Alerta. O alinhamento do trabalho integrado desses órgãos, vinculados a Ministérios diferentes, foi formalizado em Protocolo de Ação Integrada, firmado em 2012. Em 2013, outro Protocolo de Ação Integrada foi firmado especificamente para os casos de inundação gradual, reunindo, além de Cemaden e Cenad, a Agência Nacional de Águas (ANA) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
Manifesto : ‘CIÊNCIA E TECNOLOGIA: SOLUÇÃO’
Não se conhece sociedade que ficou pobre por investir em ciência. No entanto, o mundo ainda está cheio de países cujos governantes seguem ignorando o papel da Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) como instrumento essencial para o crescimento econômico e bem-estar social de suas populações.
A pesquisa científica no Brasil – pelo menos, feita de forma sistemática – é um advento recente. No entanto, não há dúvida de que, hoje, a ciência brasileira, com base nos avanços das últimas décadas, tem qualidade comparável à das nações ditas desenvolvidas.
O impacto econômico e social dessa ciência também é muito significativo. No caso do Brasil, vale lembrar que várias das contribuições científicas dos Institutos de Pesquisa hoje vinculados ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), para as mais diversas áreas do conhecimento, têm se convertido em desenvolvimento econômico, industrial e social para o País. Para ficar em um exemplo emblemático: a internet – tecnologia revolucionária e onipresente no cotidiano brasileiro – foi introduzida, no Brasil, por cientistas que trabalhavam em problemas fundamentais da física.
Os Institutos de Pesquisa do MCTIC são a infraestrutura do sistema de C,T&I nacional e a interface com o setor produtivo, tanto público quanto privado.
Entendemos a necessidade de um ajuste fiscal. No entanto, é preciso – a todo custo – proteger a infraestrutura dos Institutos de Pesquisa e renovar seus recursos humanos.
Se a crise financeira dos Institutos de Pesquisa persistir, os danos, em longo prazo, para o País, serão certamente devastadores. O melhor instrumento com o qual o Governo poderá contar para alavancar uma retomada do crescimento econômico é um sistema de C,T&I forte em sua infraestrutura e revigorado por jovens bem treinados.
Ciência e Tecnologia são a solução.
Institutos de Pesquisa do MCTIC (23/09/2016)
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Assessoria de Comunicação do Cemaden –Ascom/Cemaden
assessoriadeimprensa@cemaden.gov.br
Encontro discute impactos de desastres naturais na mobilidade urbana
Organizado pelo Cemaden e pelo Departamento de Engenharia Ambiental da Unesp, o fórum nacional reunirá cerca de 90 participantes – entre pesquisadores, estudantes e profissionais – nos dias 4 a 6 de outubro, no Parque Tecnológico em São José dos Campos (SP). O encontro dará a oportunidade para o intercâmbio científico dos trabalhos desenvolvidos para a diminuição dos impactos provocados pelos desastres naturais nas rodovias e vias urbanas.
Discutir a temática sobre desastres naturais e seus impactos na infraestrutura das estradas, rodovias e mobilidade urbana dos municípios – fornecendo subsídios científicos para o planejamento estratégico e de tomada de decisões dos gestores públicos – é o foco do II Encontro sobre Impactos Potenciais de Desastres Naturais em Infraestruturas de Transporte e Mobilidade Urbana ( II IPTMU – 2016), a ser realizado nos dias 4 a 6 de outubro, no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
O encontro é organizado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – e pelo Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Palestrantes do Cemaden, de instituições acadêmicas e da Defesa Civil do Estado de São Paulo farão a abordagem de variados aspectos da temática, voltados para a diminuição dos impactos provocados, principalmente, por inundações e deslizamentos terra, os quais podem afetar a infraestrutura das estradas, rodovias e mobilidade urbana dos municípios.
O pesquisador do Cemaden e um dos coordenadores do evento, Leonardo Bacelar Lima Santos, destaca que nesta 2ª edição, o encontro nacional está com abordagens mais interdisciplinares e com as temáticas expandidas. “A programação do evento contempla os quatro eixos de um sistema de alerta: o conhecimento dos riscos, o monitoramento e alerta, a comunicação e a capacidade de resposta, conforme a classificação científica internacional.”, informa o pesquisador do Cemaden, que integra o grupo de pesquisa “AmbientEMobilidade”, que anualmente realiza o IPTMU como uma de suas atividades.
O evento conta com o apoio do Instituto de Pesquisa, Planejamento e Administração (IPPLAN) e a Sociedade Brasileira de Matemática e Computação Aplicada (SBMAC), a empresa Júnior do curso de Engenharia Ambiental da Unesp (Gaia Junior), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a empresa Squitter – Soluções Ambientais .
Além das palestras, serão apresentados, também, trabalhos em pôsteres.
Durante o evento, será feito o lançamento oficial do Comitê Temático em Matemática e Desastres Naturais da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional e a premiação do melhor trabalho apresentado.
Todo o evento será gravado e ficará disponibilizado, posteriormente, no portal do Cemaden.
Cemaden participará de discussão científica na Alemanha sobre gestão de recursos hídricos em áreas urbanas
O hidrólogo e pesquisador do Cemaden, Márcio Moraes, é um dos treze cientistas brasileiros, selecionado, em nível nacional, para compor os grupos de discussões na reunião científica internacional, a ser realizada na Universidade de Duisburgo-Essen, Alemanha. O workshop – promovido pelas Academias de Ciências do Brasil e da Alemanha – ocorrerá na próxima semana, reunindo cientistas brasileiros e alemães para debaterem problemas e desafios para a gestão de recursos hídricos em áreas urbanas.
“Como queremos viver amanhã? – Perspectivas para o uso da água nas regiões urbanas” é o tema o workshop promovido pelas Academias de Ciências do Brasil e da Alemanha, que será realizado de 3 a 7 de outubro, na Universidade de Duisburgo-Essen, na Alemanha.
O evento reunirá grupos de jovens cientistas brasileiros e alemães para debaterem problemas e desafios para a gestão de recursos hídricos em áreas urbanas. Os resultados das discussões serão reunidos em um documento, que será encaminhado a gestores e formuladores de políticas públicas, agências de fomento e instituições científicas relevantes.
O hidrólogo e pesquisador, Márcio Augusto E. de Moraes, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações foi selecionado pela Academia de Ciências do Brasil (ABC) pelo seu trabalho de pesquisa desenvolvido sobre gestão de recursos hídricos nas áreas urbanas. Os demais cientistas brasileiros – que também participarão da reunião científica – são oriundos de universidades federais e/ou estaduais de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Amazonas.
“Discutir as questões de gestão de águas urbanas é fundamental, principalmente, diante do crescimento e transformação da infraestrutura das cidades.”, afirma o pesquisador do Cemaden e complementa: “A pesquisa é a ferramenta que fornece subsídios para indicar a gestão ideal do presente para garantir a qualidade do ambiente habitável do futuro.”
Em maio de 2014, a Academia Brasileira de Ciências (ABC), em parceria com a Academia de Ciências da Alemanha, já havia reunido 27 jovens pesquisadores para discutir a gestão sustentável de recursos hídricos do Brasil. Esse novo encontro de cientistas, na próxima semana, é um desmembramento dessa reunião de 2014, para fortalecer a cooperação entre os dois países. A iniciativa do evento visa ampliar a consciência e o apoio para pesquisas voltadas ao aprimoramento da gestão de recursos hídricos em áreas urbanas.
(Fonte: Ascom-Cemaden e Ascom-ABC)
Desastres naturais será um dos temas discutidos na conferência internacional sobre mudanças climáticas
A conferência será aberta nesta quarta-feira, em São Paulo e se estenderá até sexta-feira, com a participação de pesquisadores nacionais e internacionais que discutirão treze temas integradores sobre mudanças climáticas, entre eles, Desastres Naturais e Cenários Climáticos para Estudos IVA.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – ambos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – promoverão a Conferência Internacional do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas ( INCT-MC), nos próximos dias 28 a 30 de setembro, no Espaço Apas, Centro de Convenções, no Alto da Lapa, na capital de São Paulo. O evento tem apoio institucional da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O chefe de Pesquisas e Produtos Integrados do Cemaden, climatologista José Marengo, coordenador da organização do evento, informou que a novidade nessa conferência internacional é a integração das ciências naturais, sociais e as tecnologias, referentes ao sensoriamento remoto.
“Os resultados da conferência contribuirão para oferecer subsídios científicos e tecnológicos para a tomada de decisões, aplicadas nas políticas ambientais e nos desafios para o desenvolvimento sustentável.”, enfatiza o climatologista José Marengo. Entre os aspectos importantes que ele considera na abordagem sobre mudanças climáticas estão a intensidade dos impactos e os efeitos na humanidade: “ Os impactos das mudanças climáticas serão maiores quanto maior for o aquecimento global. E esses impactos provocados pelos extremos climáticos afetarão, principalmente, os sistemas de saúde, alimentação e energético da população mundial.”
Durante a conferência, serão abordados pelos cientistas nacionais e internacionais, também, os modelos do sistema climático, geossensores para medir a concentração de gases de efeito estufa e o sistema de prevenção de desastres naturais.
Mais informações sobre a Conferência Internacional do INCT para Mudanças Climáticas podem ser obtidas pelo site http://www.fapesp.br/eventos/inct/sobre.
(Assessoria de Comunicação do Cemaden – Maria Rosário Orquiza)
Teresópolis recebe sensores geotécnicos do Cemaden para monitorar riscos de deslizamentos
Instalação de prisma no Morro do Rosário, em Teresópolis (RJ), pela equipe do Cemaden com apoio da Defesa Civil municipal (Foto: Ascom-Cemaden)
Duas equipes dos Setores de Pesquisas e de Monitoramento do Cemaden estiveram em Teresópolis, nesta semana, concluindo a identificação dos pontos e instalação dos prismas no Morro do Rosário, nos Bairros Rosário, Pimentel e Perpétuo, além da Serra dos Cavalos. A força tarefa conta com a parceria da Defesa Civil municipal, dos técnicos da empresa dos equipamentos, além do apoio da comunidade local.
Aumentar a confiabilidade de monitoramento nas áreas suscetíveis a riscos de deslizamentos, aprimorando os estudos científicos sobre os processos e pontos críticos para a emissão de alertas com maior precisão são os objetivos do Projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Os trabalhos de instalação de 100 (cem) prismas e da Estação Total Robotizada (ETR), no município de Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, foram iniciados com a reapresentação do projeto, pelo pesquisador e engenheiro geotécnico do Cemaden, Rodolfo Mendes, na sede da Secretaria da Defesa Municipal de Teresópolis, no último dia 19.
“É importante obter a autorização da comunidade local, onde serão instalados os equipamentos. O sucesso do projeto depende da compreensão dos moradores sobre esse monitoramento para prevenção dos riscos de deslizamentos, inclusive para a manutenção e preservação desses equipamentos.”, enfatiza Mendes, destacando a importância da parceria junto à Defesa Civil municipal.
“É um grande avanço para a população, que vai receber os alertas da Defesa Civil com maior precisão”, afirma o secretário municipal da Defesa Civil de Teresópolis, coronel Ricardo Leal, que participou da apresentação acompanhado do subsecretário, major Breno Correia e dos agentes comunitários.
Da equipe do Cemaden, além do pesquisador Rodolfo Mendes, participam da instalação dos sensores geotécnicos: o pesquisador e hidrólogo Márcio Mendes e os tecnologistas da área geodinâmica, Celso Graminha e Juliano Coelho. As instalações dos sensores geotécnicos estão feitas no Morro do Rosário, nos Bairros Rosário, Pimentel e Perpétuo e na Serra dos Cavalos. Previstas para terminarem no final de setembro, a instalação dos equipamentos nessas áreas abrangem a concentração de cerca de 60 mil habitantes.
Instalação do sensor geotécnico na torre da igreja
Sensor geotécnico (ETR) instalada na torre (lado direito) da Igreja de São Pedro, em Teresópolis (RJ) para o monitoramento de morros pelo Cemaden e prevenção de riscos de deslizamentos. (Foto: Ascom-Cemaden)
A Estação Total Robotizada (ETR) – equipamento que emite sinal e registra o retorno do sinal refletido pelos prismas – instalada em nove municípios do território brasileiro, geralmente, está fixada em órgãos públicos, como por exemplo, em unidades de saúde, hospital e escolas municipais.
Em Teresópolis, a novidade é que essa ETR foi instalada em uma das torres da Igreja de São Pedro, no bairro do mesmo nome. Inaugurada no início da década de 1950, a igreja, atualmente, passa por uma reforma para ser reinaugurada no mês de outubro.
O apoio e permissão do padre Agnaldo Andrade dos Santos para a instalação de um equipamento na torre da igreja foram fundamentadas pela sua compreensão da importância desse monitoramento para salvaguardar vidas. Ele próprio vivenciou a tragédia ocorrida no município, na região dos bairros de Posse e Campo Grande, em 2011. Como sacerdote, na época, ajudou a população, tanto na logística de alimentação e roupas, como no apoio emocional e espiritual.
“O que mais me impressionou como sacerdote foi a solidariedade e o apoio mútuo da população. As pessoas se colocavam no lugar da outra e compartilharam a vivência da tragédia, procurando ajudar dia e noite no salão paroquial.” , afirma o padre Agnaldo. Ele reforça que o reconhecimento da instalação do sensor geotécnico irá complementar essa outra função da igreja de salvaguardar vidas: “As sirenes de alerta estão instaladas na igreja e o nosso salão paroquial é um ponto de apoio para a população nos momentos críticos provocados pelos desastres naturais.”
Acompanhado por moradores, equipe do Cemaden visita a área onde ocorreu a tragédia de 2011
Geólogo do Cemaden, junto aos moradores que vivenciaram o desastre de 2011, em Teresópolis (RJ), observando o nível de terra depositado no estabelecimento comercial, resultado da inundação com detritos do Rio Paquequer (Foto:Ascom-Cemaden)
Casas destruídas na região de Posse e Campo Grande, em Teresópolis, com as marcas do desastre de 2011 e a identificação da interdição oficial (à direita). (Foto: Ascom-Cemaden)
Em janeiro deste ano, a tragédia da região serrana do Rio de Janeiro completou 5 anos. Foi considerado o evento de maior impacto provocado por inundação e deslizamentos de massa, com o maior número de vítimas registrados no país. Após esse evento, o governo federal criou o Cemaden, em julho de 2011, para monitorar os municípios considerados prioritários- mapeados com as áreas de riscos. A missão do Cemaden é o de monitoramento e emissão alertas de riscos de desastres naturais, com o objetivo de prevenir e minimizar os impactos socioambientais desses eventos.
Teresópolis foi um dos municípios da região serrana do Rio de Janeiro mais impactado pelas inundações e deslizamentos de terra, rochas e árvores. A devastação dos bairros de Posse e Campo Grande ( cerca de meia hora do centro de Teresópolis), na área por onde passa o Rio Paquequer, ainda mantém algumas marcas da tragédia. A equipe do Cemaden foi acompanhada por duas testemunhas que vivenciaram a tragédia.
Membro da equipe da Defesa Civil, Reimy Rodrigues da Silva, de 75 anos, nasceu e viveu nessa região, participando na ajuda e resgate das pessoas. Na época, vivia em uma granja, mais acima do local atingido pelo desastre, trabalhando como motorista e também voluntário da Defesa Civil. Não sabe o número exato de familiares que perdeu no evento, mas estima cerca de 50 parentes. Como presidente da Associação de Moradores, conhecia toda a comunidade. Antes da tragédia, seu cotidiano era ajudar nas emergências, transportando as pessoas da comunidade para os hospitais ou para ter a assistência de parto. “Perdi muitas pessoas amigas, que conhecia desde criança.”, afirma Seu Reimy, como é conhecido em toda a comunidade. “No desastre, trabalhamos por mais de uma semana, dia e noite, no resgate das pessoas.” Ele conta que, hoje, sempre que há uma chuva intensa, voltam aquelas cenas em sua memória.
Jorge Luís Quinteiro trabalha como construtor e é membro ativo dos eventos comunitários da Igreja de São Pedro. Na época do desastre de Teresópolis, ajudou a coordenar o cadastramento de mais de 600 pessoas e distribuição de cestas básicas no salão paroquial, por quase dois meses seguidos. “A cidade parecia uma área de guerra. O desespero era total. Sem comunicação, sem estradas e todos os voluntários trabalhavam virando a noite e dia para atender as famílias desabrigadas.”, lembra Quinteiro. Foi dele a iniciativa de acompanhar a equipe do Cemaden na área do desastre de 2011.
O tecnologista e geólogo do Cemaden, Celso Graminha, informou que em 2012, teve a oportunidade de visitar esse local, junto a uma equipe da instituição. Atualmente, apesar da área devastada estar tomada por mato, registrou e fez a observação sobre alguns resquícios da destruição, deixados pelos restos de construção, rochas e das árvores que ainda se mantém reclinadas pela força da inundação, composta por rochas e detritos. “Estar no local do evento, nos faz reforçar a conscientização da importante missão do Cemaden de salvaguardar vidas, no empenho de aprofundar as pesquisas e aprimorar a emissão de alertas.”, finaliza o geólogo do Cemaden.
Projeto de Monitoramento dos Morros para Prevenção de Deslizamentos
Além de Teresópolis, os sensores geotécnicos já foram instalados nos municípios de Mauá e Santos, no estado de São Paulo; em Blumenau, em Santa Catarina; Nova Friburgo e Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro; em Recife, no estado de Pernambuco; em Salvador, na Bahia e em fase de finalização no município de Angra dos Reis, também no Rio de Janeiro. Pelo projeto do CNPq, a primeira instalação desses equipamentos para monitoramento de riscos de deslizamentos foi em Campos do Jordão (SP).
A Estação Total Robotizada (ETR) é um sensor geotécnico que emite sinal infravermelho, o qual é refletido nos 100 prismas (ou espelhos) instalados nos morros e encostas do município. Esses sinais emitidos permitem captar até pequenas movimentações de terra dos morros, abrangendo uma área circundada de encostas em 360 graus, cobrindo até 2,5 km de extensão.
Os dados coletados pelos equipamentos serão enviados, via internet, ao Cemaden, possibilitando acompanhar e monitorar qualquer risco de deslizamentos das encostas. A partir das pesquisas, as informações e dados obtidos darão subsídios para aprimorar a emissão de alertas prévios de movimentos de massa com maior confiabilidade
Dentro do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos, na primeira etapa, cada um dos nove municípios recebeu uma Estação Total Robotizada, acompanhada de 100 prismas.
A segunda etapa do projeto, serão instalados mais um conjunto de equipamentos de monitoramento, composto por 15 plataformas de coleta de dados. Cada plataforma é integrada por um pluviômetro e seis sensores de umidade do solo, que coletam dados sobre quantidade de chuvas acumuladas e de água no solo, complementando as informações sobre possíveis riscos de deslizamentos. Está em processo para a licitação dos serviços de instalação dos equipamentos dessa segunda etapa, com previsão para execução no primeiro semestre de 2017. ( Fonte: Assessoria de Comunicação do Cemaden)
Encerra-se neste domingo, 25/09, o período de inscrições para participar da Conferência Internacional do INCT sobre Mudanças Climáticas
Prevista para ocorrer entre os dias 28 e 30 de setembro, o objetivo da conferência é apresentar os resultados finais do INCT para Mudanças Climáticas e discutir as perspectivas nas áreas de conhecimento abordadas pelos vários projetos de pesquisa, além de promover o debate entre pesquisadores e estudantes envolvidos com a temática.
Na conferência serão apresentados os resultados finais do INCT para Mudanças Climáticas e a discussão entre pesquisadores sobre as perspectivas nas áreas de conhecimento abordadas pelo projeto. Este foi organizado em três eixos científicos principais: a base científica das mudanças ambientais globais, os impactos-adaptação-vulnerabilidade e a mitigação.
As inscrições para participar da conferencia encerram-se neste domingo dia 25 de setembro de 2016.
Para mais informações sobre as inscrições acesse o site do evento http://www.fapesp.br/eventos/inct/.
Conhecimento científico e práticas foram abordados no curso de gerenciamento de desastres naturais
Durante uma semana, 40 participantes integrantes de defesas civis do estado de São Paulo, pesquisadores e área acadêmica obtiveram informações teóricas e práticas das ações sobre desastres naturais. O objetivo foi o de integrar as informações entre instituições de pesquisa e Defesas Civis, facilitando a comunicação e ações para prevenção, mitigação e preparação, principalmente, dos processos de inundação e deslizamentos nas áreas de risco.
O Curso “Práticas de Prevenção e Gerenciamento de Riscos de Desastres Naturais”, promovido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – em parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Cedec) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), foi realizado entre os dias 12 e 16 de setembro, no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes enfatizou sobre a importância dos esforços para aprimorar a comunicação com as Defesas Civis, nos processos de monitoramento, prevenção e alertas dos riscos de desastres naturais. Destacou a oportunidade do curso em promover o intercâmbio de conhecimentos científicos e práticos, entre Cemaden, Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), CPRM e Defesas Civis, como integrantes das bases do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais.
“Um dos desafios é o de aprimorar os procedimentos de comunicação entre o Cemaden e as Defesas Civis.”, afirma o diretor Osvaldo Moraes na abertura do curso. “Para nós, é importante saber como os alertas emitidos pelo Cemaden serão recebidos, como serão aplicados na comunidade de risco e receber o retorno das Defesas Civis sobre a situação local e os resultados do alerta.”
O secretário-chefe da Casa Militar do Estado de São Paulo e coordenador Estadual de Defesa Civil, Cel. PM José Roberto Rodrigues de Oliveira enfatizou a importância do trabalho cotidiano dos agentes das Defesas Civis municipais e a conscientização sobre a missão com a sociedade. “É fundamental, cada vez mais, fortalecer o sistema da Defesa Civil. O dia-a-dia desse trabalho deve manter a reflexão constante do chamado ‘círculo de ouro’ : o quê, como e o porquê faço para protegermos uma pessoa.” , afirma o secretário.
Abordagens do curso e práticas em campo
Dentro da programação do Curso Práticas de Prevenção e Gerenciamento de Riscos de Desastres Naturais, foram abordados assuntos referentes ao Mapeamento de áreas de risco, Monitoramento e Alerta, Plano de Contingência e Evacuação Emergencial, Atividade em Campo e Mapeamento e exercícios e avaliações sobre as atividades.
Na área de monitoramento e alerta, a equipe de pesquisadores do Cemaden apresentou o uso das ferramentas e sistemas de monitoramento disponíveis, interpretação de alertas e coleta de informações de ocorrências. Foram discutidas com são tomadas as decisões com base na construção do cenário de risco, avaliando impacto desse risco e probabilidades de ocorrência, feita de forma interdisciplinar de profissionais de geodinâmica, meteorologia, hidrologia e desastres naturais.
O coordenador de preparação e gestão de riscos, do Cenad, Rafael Pereira Machado, palestrante do tema sobre Plano de Contingência, destacou a oportunidade do curso em construir a interação entre o conhecimento científico das instituições de pesquisa e desenvolvimento às boas práticas da atuação da Defesa Civil nas situações emergenciais. “Em razão da extensão continental do país, esse fluxo de interação de conhecimentos e práticas permite maior eficiência nas atividades desenvolvidas pelas equipes das Defesas Civis para a preparação, prevenção e resposta aos riscos de desastres naturais junto à sociedade.”
Além das técnicas de mapeamento das áreas de risco de desastres naturais, o curso também ofereceu atividades em campo, para o mapeamento e identificação das áreas de risco, com visitas nos bairros Mirante do Buquirinha, Buquirinha II e Freitas, no município de São José dos Campos (SP). Os participantes tiveram atividades práticas para o levantamento e avaliação das áreas de risco de deslizamentos e de inundação, com a equipe de técnicos da CPRM, coordenada pela geóloga e pesquisadora em Geociências, Andrea Lazaretti.
Balanço sobre o curso feito pelos participantes
Conhecimentos, comunicação e integração foram pontos importantes destacados pelos participantes do curso, realizado durante uma semana no Parque Tecnológico. Defesas civis de diversas regiões do Estado de São Paulo participaram do curso, como as Defesas Civis do Consórcio do ABC, a do Vale do Ribeira, da Região de Marília entre outros municípios da Grande São Paulo e interior.
O coordenador de Defesa Civil de São José dos Campos, Cel. Custódio Barreto Neto, considerou entre, os pontos positivos do curso, o compartilhamento de ações e intercâmbio de conhecimentos entre as Defesas Civis de São Paulo, permitindo criar um intercâmbio que será mantido entre os municípios. Também, ressaltou a oportunidade de ampliar os conhecimentos científicos de alto nível com os palestrantes. “Todas as informações e ferramentas de gerenciamento das áreas de risco, como exemplo, as técnicas de plotagem das áreas de risco e a documentação das fases de evolução dessas áreas, são importantes no trabalho de mitigação de desastres naturais”, afirma o coordenador.
Representando 52 municípios, houve a participação de representantes da Coordenação Estadual da Defesa Civil Regional de Marília. O coordenador-adjunto, Harold Scharf, destacou a importância das atividades do trabalho em campo e as orientações técnicas, do ponto de vista científico, sobre como os procedimentos dos primeiros passos para melhor atendimento nas comunidades de risco. “Todas as informações vão contribuir para uma atuação mais eficiente e eficaz nas atividades dos municípios, conhecimentos que compartilharemos na região.”
A agente da Defesa Civil, Liv da Costa Domingo, atuando há 5 anos no município de Atibaia, disse que as informações obtidas no curso permitem atualizar as ações e procedimentos entre os agentes, as instituições e a sociedade. “O curso possibilitou alinhar a comunicação entre as instituições, com uma linguagem clara e objetiva.”, afirma a agente, enfatizando a importância dessa comunicação no feedback, ou retorno das ações e resultados da Defesas Civis municipais nos relatórios estaduais e nacionais. “ É importante que esse sistema do banco de informações seja integrado, para aprimoramento da eficiência e agilidade, de forma a não sobrecarregar, principalmente, nos momentos dos atendimentos de crise extrema.”
Representando 14 municípios do Vale do Ribeira, o coordenador-adjunto da Defesa Civil Estadual, Célio de Farias, considerou que o conteúdo abrangente do curso esclareceu muitas dúvidas das atividades cotidianas das Defesas Civis. “ Os conhecimentos teóricos e a visão detalhista científica repassada pelos palestrantes aprimoram nosso trabalho de prevenção de riscos. Nossas atividades em campo, sempre foram mais voltadas no contato com os moradores.”
Cemaden finaliza instalação de sensores geotécnicos em Teresópolis (RJ)
Os equipamentos permitirão estudar e identificar os momentos preliminares e críticos que antecedem o deslizamento, de forma a obter dados com maior confiabilidade para a emissão de alertas de riscos desse desastre natural, complementando os dados e informações da rede observacional de monitoramento. Nove municípios brasileiros receberam esses sensores geotécnicos, dentro do Projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos do Cemaden.
A conclusão do trabalho da instalação dos sensores geotécnicos no município de Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, será feita pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, entre os dias 19 e 22 de setembro. Nesse período, uma equipe de pesquisadores do Cemaden estará acompanhando os trabalhos de instalação e configuração dos equipamentos, junto à equipe da Defesa Civil do município.
Os sensores geotécnicos fazem parte do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos do Cemaden/MCTI para acompanhar, com maior precisão, a movimentação de terra em morros e encostas nas áreas de riscos de deslizamentos. São equipamentos de alta tecnologia que estão sendo instalados nas áreas vulneráveis a deslizamentos de nove municípios, em várias regiões do País.
Em Teresópolis, a Estação Total Robotizada (ETR) já foi instalada na Paróquia de São Pedro, no Bairro São Pedro. A conclusão da instalação de 100 prismas na Comunidade do Rosário ocorrerá a partir da próxima semana até o final deste mês.
Projeto de Monitoramento dos Morros para Prevenção de Deslizamentos
A Estação Total Robotizada (ETR) é um sensor geotécnico que emite sinal infravermelho, o qual é refletido nos 100 prismas (ou espelhos) instalados nos morros e encostas do município. Esses sinais emitidos permitem captar até pequenas movimentações de terra dos morros, abrangendo uma área circundada de encostas em 360 graus, cobrindo até 2,5 km de extensão.
Os dados coletados pelos equipamentos serão enviados, via internet, ao Cemaden, possibilitando acompanhar e monitorar qualquer risco de deslizamentos das encostas. A partir das pesquisas, as informações e dados obtidos darão subsídios para aprimorar a emissão de alertas prévios de movimentos de massa com maior confiabilidade.
Os moradores das áreas de riscos de deslizamentos de Teresópolis estão sendo informados e esclarecidos sobre as instalações desses aparelhos próximos às moradias. Esses equipamentos não causam quaisquer interferências em outros equipamentos e nem impactos às áreas onde serão instalados.
O município de Teresópolis já tem parceria com o Cemaden, com 19 (dezenove) pluviômetros automáticos instalados em locais próximos a áreas de risco de desastres. Os pluviômetros têm a função de medir, em milímetros, a quantidade de chuva precipitada, durante um determinado tempo e local, para monitoramento do município.
Além de Teresópolis, os sensores geotécnicos já foram instalados nos municípios de Mauá e Santos, no estado de São Paulo; em Blumenau, em Santa Catarina; Nova Friburgo e Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro; em Recife, no estado de Pernambuco; em Salvador, na Bahia e em fase de finalização no município de Angra dos Reis, também no Rio de Janeiro.
Dentro do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos, na primeira etapa, cada um dos nove municípios recebeu uma Estação Total Robotizada, acompanhada de 100 prismas. Na segunda etapa do projeto, serão instalados mais um conjunto de equipamentos de monitoramento, composto por 15 plataformas de coleta de dados. Cada plataforma é integrada por um pluviômetro e seis sensores de umidade do solo, que coletam dados sobre quantidade de chuvas acumuladas e de água no solo, complementando as informações sobre possíveis riscos de deslizamentos.
Técnicos e pesquisadores discutem gerenciamento de desastres naturais
Começa nesta segunda-feira (12) o curso sobre prevenção e gerenciamento de riscos de desastres naturais, que será realizado no Parque Tecnológico, em São José dos Campos. Direcionado a agentes e técnicos de Defesas Civis e membros da comunidade acadêmica, o curso focará aspectos teóricos e práticos das ações para prevenção, mitigação e preparação, principalmente, dos processos de inundação e deslizamentos.
Com o objetivo de capacitar profissionais que atuam diretamente na área de proteção e defesa civil do Estado de São Paulo, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – em parceria com a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Cedec) e a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) – promove o curso “Práticas de Prevenção e Gerenciamento de Riscos de Desastres Naturais”, no período de 12 a 16 de setembro, no Auditório 4 do Parque Tecnológico, em São José dos Campos (SP).
A abertura do evento, prevista para as 8 horas, desta segunda-feira (12), será feita pelo diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes que fará a abordagem sobre a atuação e importância das ações interministeriais e governamentais, dentro do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais. Criado em 2012, esse plano estratégico integra diversos ministérios para as ações de mapeamento de áreas de risco, monitoramento e alerta, prevenção, mitigação e resposta a desastres naturais.
Além do diretor do Cemaden, estarão presentes, na abertura do curso, representantes da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil do Estado de São Paulo (Cedec) e da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
Sobre o Curso
Foram abertas 40 vagas destinadas aos agentes e técnicos do quadro de servidores efetivos das Defesas Civis Estaduais e Municipais e membros da comunidade acadêmica.
O curso será ministrado das 8h às 17h30, durante uma semana, abordando ações de prevenção e preparação para desastres naturais, nos aspectos teóricos e práticos, principalmente, dos processos de inundação e deslizamentos.
Na Programação, serão abordados os seguintes temas : 1°- dia 12 : Mapeamento de áreas de risco; 2º -dia 13 : Monitoramento e Alerta; 3º- dia 14 : Plano de Contingência e Evacuação Emergencial; 4º- dia 15 : Atividade em Campo e Mapeamento e 5º- dia 16 : exercícios e avaliações sobre as atividades.
A abordagem do tema sobre Monitoramento e Alerta, no dia 13 (terça-feira), será de responsabilidade do Cemaden, que disponibilizará informações sobre o uso das ferramentas e sistemas de monitoramento disponíveis, interpretação de alertas e coleta de informações de ocorrências.
Nas atividades em campo, previstas para o dia 15 (quinta-feira), estão programadas visitas aos bairros Mirante do Buquirinha e Freitas, no município de São José dos Campos. Nesses bairros, serão realizadas atividades práticas para o processo de avaliação das áreas de risco de deslizamentos e de inundação.
Cemaden finaliza instalação de equipamentos para monitoramento de riscos de deslizamentos em Angra dos Reis (RJ)
A finalização do trabalho da instalação dos sensores geotécnicos no município de Angra dos Reis, região serrana do Rio de Janeiro, pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, ocorrerá na próxima semana, entre os dias 12 e 16 de setembro. Nesse período, uma equipe de pesquisadores do Cemaden estará acompanhando os trabalhos de instalação e configuração dos equipamentos, em parceria com a Defesa Civil do município.
Os sensores geotécnicos fazem parte do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos do Cemaden/MCTI para acompanhar, com maior precisão, a movimentação de terra em morros e encostas nas áreas de riscos de deslizamentos. São equipamentos de alta tecnologia que estão sendo instalados nas áreas vulneráveis a deslizamentos de nove municípios, em várias regiões do País.
Em Angra dos Reis, já foi instalada a Estação Total Robotizada (ETR), no prédio da Rua Raul Pompeia, no Centro da cidade, que fica direcionada em frente às áreas vulneráveis a deslizamentos das encostas, onde estão sendo instalados os 100 (cem) prismas. Essas áreas se localizam nos Morros : do Abel, da Carioca, do Santo Antonio, da Caixa D’Água, do Carmo, da Fortaleza, das Marinas e do Sapinhatuba III.
Projeto de Monitoramento dos Morros para Prevenção de Deslizamentos
A Estação Total Robotizada (ETR) é um sensor geotécnico que emite sinal infravermelho, o qual é refletido nos 100 prismas ( ou espelhos) instalados nos morros e encostas do município. Esses sinais emitidos permitem captar até pequenas movimentações de terra dos morros, abrangendo uma área circundada de encostas em 360 graus, cobrindo até 2,5 km de extensão.
Os dados coletados pelos equipamentos serão enviados, via internet, ao Cemaden, possibilitando acompanhar e monitorar qualquer risco de deslizamentos das encostas. A partir das pesquisas, as informações e dados obtidos darão subsídios para aprimorar a emissão de alertas prévios de movimentos de massa com maior confiabilidade.
Os moradores das áreas de riscos de deslizamentos de Angra dos Reis estão sendo informados e esclarecidos sobre as instalações desses aparelhos próximos às moradias. Esses equipamentos não causam quaisquer interferências em outros equipamentos e nem impactos às áreas onde serão instalados.
O município de Angra dos Reis já tem parceria com o Cemaden, com 30 pluviômetros automáticos instalados em locais próximos a áreas de risco de desastres, além de 16 pluviômetros semiautomáticos, do Projeto Pluviômetros nas Comunidades. Os pluviômetros têm a função de medir, em milímetros, a quantidade de chuva precipitada, durante um determinado tempo e local, para monitoramento do município.
Além de Angra dos Reis, os sensores geotécnicos já foram instalados nos municípios de Mauá e Santos, no estado de São Paulo; em Blumenau, em Santa Catarina; Nova Friburgo e Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro; em Recife, Pernambuco; em Salvador, na Bahia e em finalização no município de Teresópolis, também na região serrana do Rio de Janeiro.
Dentro do projeto de Monitoramento de Morros para Prevenção de Riscos de Deslizamentos, na primeira etapa, cada um dos nove municípios recebeu uma Estação Total Robotizada, acompanhada de 100 prismas. Na segunda etapa do projeto, serão instalados mais um conjunto de equipamentos de monitoramento, composto por 15 plataformas de coleta de dados. Cada plataforma é integrada por um pluviômetro e seis sensores de umidade do solo, que coletam dados sobre quantidade de chuvas acumuladas e de água no solo, complementando as informações para o monitoramento de possíveis riscos de deslizamentos.
Cemaden coordena discussões sobre desastres naturais na conferência dos países do Brics
Acordos de intercâmbios científicos e tecnológicos foram discutidos entre os países do Brics, na Sessão Especial – realizada na Rússia e coordenada pelo Cemaden – para tratar sobre “Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais em Regiões Costeiras”. As reuniões ocorreram durante a XXVI Conferência Conjunta de Regiões Costeiras de 2016, EMECS 11, realizado no período de 22 a 27 de agosto.
Dentro do acordo de cooperação multilateral entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – países que integram o Brics – o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações fez a abertura e coordenou a Sessão Especial “Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais em Regiões Costeiras”, em Petersburgo, na Rússia, na semana passada, nos dias 22 a 27 de agosto.
O Cemaden foi designado para coordenar o Plano de Trabalho, entre 2015 e 2018, na área de prevenção e mitigação de desastres naturais, uma das áreas prioritárias de discussão entre os países do Brics. O acordo de cooperação entre os países do Brics foi realizado em 2015.
Na sessão especial da conferência científica, realizada na Universidade Estadual de Hidrometeorologia da Rússia (Russian State Hydrometeorological University – RSHU), o diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, apresentou aos países do Brics as experiências do Brasil no sistema de monitoramento e alertas, mostrando as estratégias interministeriais de gestão de desastres naturais, desde o mapeamento das áreas de risco, prevenção, resposta e mitigação de desastres naturais.
Entre as articulações, foi estabelecido que o Grupo de Trabalho dos Brics – em Desastres Naturais – deverá constituir sub-grupos para tratar de temas específicos, uma vez que as características e tipos de desastres não são, necessariamente, comuns aos países.
“Nos acordos entre os países, definiu-se formalizar os projetos de cooperação técnica e, para o incentivo às pesquisas, realizar intercâmbios científicos entre os pesquisadores.”, destaca o diretor do Cemaden, informando que esses intercâmbios podem ser financiados pelas agências de fomento, por meio de acordos bi ou multilaterais.
As reuniões ocorreram durante a Conferência Conjunta de Regiões Costeiras (EMECS 11) com o tema “Gerenciamento de Riscos nas Regiões Costeiras em um mundo em mudança”. Foram discutidas, também, a situação atual das áreas prioritárias em cada um dos países Brics, considerando a posição geográfica e as diversas questões na prevenção e mitigação de desastres naturais.
Apresentação de pesquisa científica do Cemaden
O climatologista José Marengo, chefe da Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, apresentou, durante a conferência, o trabalho científico sobre a avaliação de vulnerabilidade no litoral e a tomada de decisão dos gestores, com base nos estudos de adaptação para a elevação do nível do mar na cidade de Santos, no estado de São Paulo. Essa pesquisa integra o “Projeto Metrópoles”, envolvendo uma equipe multidisciplinar formada por cientistas sociais e naturais do Brasil, Reino Unido e Estados Unidos. Nesse projeto de cooperação internacional, avaliam os processos de tomada de decisão locais, fornecendo dados aos gestores urbanos locais para planejarem ações voltadas à adaptação e minimização dos impactos, com relação à subida do nível do mar.
“O projeto visa ajudar as comunidades costeiras a entender melhor os fatores que facilitam ou dificultam as ações e a tomada de decisões, relacionadas ao planejamento para adaptação ao risco.”, explica José Marengo.
Cooperação entre os países do Brics
No acordo de cooperação entre os Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul ( países do Brics), firmado dia 18 de março de 2015, os termos aprovados entre os países estão inclusos em dois documentos: a Declaração de Brasília e o Memorando de Entendimento sobre a Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação.
Na programação da EMECS 11 – XXVI Conferência Conjunta de Regiões Costeiras “Gerenciamento de Riscos nas Regiões Costeiras em um Mundo em Mudanças” foram discutidas a situação atual das áreas prioritárias em cada um dos países que compõem o Brics, considerando a posição geográfica e as diversas questões na prevenção e mitigação de desastres naturais.
Percepção de riscos das mudanças climáticas e os limites da adaptação são debatidos no Cemaden
O climatologista e coordenador do INCT para Mudanças Climáticas, Carlos Nobre, apresentou o panorama dos riscos das mudanças climáticas para o Brasil, a convite do Cemaden, dentro da programação da Série de Debates “Ciência, Riscos e Desastres”. Enfatizou a importância da percepção de riscos e concluiu que estamos numa corrida contra o tempo para as ações de mitigação e minimização dos riscos e impactos, resultantes do aquecimento global.
Discutir sobre as ferramentas da avaliação da análise de riscos das mudanças climáticas no Brasil, seus impactos e limites da adaptação – bem como a análise da percepção e consciência desses riscos pela sociedade – foram os tópicos destacados na palestra do coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas, climatologista Carlos Nobre, realizada no Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, nesta semana (23), dentro da programação da Série Debates “Ciência, Riscos e Desastres”.
Apresentando as avaliações do risco sistêmico do aquecimento no mundo e no Brasil, Nobre abordou sobre as probabilidades e projeções do aumento da temperatura provocado pelo aumento da concentração dos gases de efeito estufa. “As pesquisas científicas apontam a relação do aumento da temperatura com o crescimento da emissão desses gases”, enfatizando a necessidade de urgentes ações para mitigação desses impactos e minimização de riscos decorrentes das mudanças climáticas.
“Sem ações de mitigação via redução das emissões, a temperatura média global da superfície poderá aumentar entre 3,7ºC e 4,8°C até o fim do século”, alerta Nobre. “O potencial da adaptação aos impactos das mudanças climáticas fica reduzido, à medida que o aquecimento ultrapassa certos limiares, aumentando, assim, os riscos e impactos”, enfatiza o climatologista.
Percepção de riscos e os limites da adaptação
Com base na análise das projeções de riscos e impactos, Carlos Nobre explicou que – para promover a redução da vulnerabilidade à mudança do clima adotando estratégias para a gestão de risco – as ações para a adaptação têm um prazo, dado o agravamento do cenário.
“Com a diminuição das possibilidades de adaptação – ou seja, o enfrentamento para diminuição dos impactos do aquecimento global – é iniciada a aceleração do aumento desses impactos, de maneira irreversível. Existem limites absolutos à capacidade humana de adaptação”.
Nobre falou sobre a importância das percepções de risco, e que essa percepção varia globalmente, entre setores da sociedades, sua localização geográfica e ao longo do tempo.
Modelo exemplar de ações para diminuição dos riscos
Com relação à percepção dos riscos das mudanças climáticas, o cientista Carlos Nobre afirma que deveria seguir o exemplo do modelo da Organização Mundial de Saúde. Em 2015, mesmo sem certeza e com poucos dados científicos, trabalharam para a prevenção e mitigação da doença, no caso da Zika, em nível mundial. Dessa forma, minimizaram os riscos e impactos da doença através de alerta internacional de emergência no nível máximo, atenuando o risco.
“Os riscos das mudanças climáticas apontados nos estudos científicos, colocam em 99% de certeza dos gases estarem afetando a temperatura global. Mas, temos falhado em ações concretas para diminuir as emissões.”, afirma.
Probabilidades da temperatura no Brasil
Estima-se que a temperatura média no Brasil pode subir entre 1,3 a 3,8°C, mesmo para cenários de médias emissões. Entre as regiões brasileiras, o maior aumento da temperatura está prevista para a Amazônia, com variações que podem chegar a 8° C, no caso de cenários de máximas emissões. Carlos Nobre enfatiza a importância de se avaliar o risco sistêmico de aquecimento de muitos graus centígrados no Brasil. “Isso serve como estratégia para desenvolver uma abordagem baseada em avaliação de riscos para comunicar os riscos das mudanças climáticas à política pública.” E o que fazer para minimizar os riscos? O climatologista cita as recomendações da Conferência das Partes (COP-21), elaboradas na Conferência Mundial das Nações Unidas sobre Mudança Climática.
Carlos Nobre tem uma longa relação histórica com o Cemaden, tendo sido seu criador em 2011, enquanto exercia a função de Secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do MCTIC. A palestra da Série de Debates – “Os riscos das mudanças climáticas para o Brasil” -Carlos A. Nobre – Coordenador Geral do INCT para Mudanças Climáticas) está disponibilizada no Canal do youtube “Série de Debates do Cemaden”: https://www.youtube.com/channel/UCli7dG6pJ6wPkJs53x3FK-w.
Cemaden é um dos organizadores da conferência internacional do INCT sobre Mudanças Climáticas
Prevista para ocorrer entre os dias 28 e 30 de setembro, o objetivo da conferência é apresentar os resultados finais do INCT para Mudanças Climáticas e discutir as perspectivas nas áreas de conhecimento abordadas pelos vários projetos de pesquisa, além de promover o debate entre pesquisadores e estudantes envolvidos com a temática.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) – ambos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – promoverão a Conferência Internacional do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas ( INCT-MC), nos próximos dias 28 a 30 de setembro, no Espaço Apas, São Paulo (SP). O evento tem apoio institucional da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Na conferência serão apresentados os resultados finais do INCT para Mudanças Climáticas e a discussão entre pesquisadores sobre as perspectivas nas áreas de conhecimento abordadas pelo projeto. Este foi organizado em três eixos científicos principais: a base científica das mudanças ambientais globais, os impactos-adaptação-vulnerabilidade e a mitigação.
Também foram inclusos os esforços de inovação tecnológica em modelos do sistema climático, geossensores para medir a concentração de gases de efeito estufa e o sistema de prevenção de desastres naturais.
A programação do evento, que contempla o tema Resultados Científicos e Perspectivas sobre Mudanças Climáticas, com treze temas integradores, inclui apresentações de conferencistas nacionais e internacionais, de pesquisadores do INCT para Mudanças Climáticas, além da sessão de pôsteres.
O Cemaden participará da conferência no âmbito de duas palestras: no dia 29 setembro, abordando o Tema Integrador Desastres Naturais, pela diretora substituta e coordenadora de Relações Institucionais, Regina Alvalá. No dia 30 de setembro, no Tema Integrador Cenários Climáticos para Estudos IVA, a palestra será proferida pelo chefe da Divisão de Pesquisas e Desenvolvimento, o climatologista José Marengo.
Mais informações sobre inscrições de trabalho de pôsteres dos membros do projeto (até 25 de agosto) e inscrições para participar do evento pelo site http://www.fapesp.br/eventos/inct/.