Cerca de 300 pessoas visitaram o estande do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), durante a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia, no Science Days, realizado nos dias 5 e 6 de abril, no Parque da Cidade, em São José dos Campos (SP).
Na exposição do Cemaden – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações – foi instalado duas telas para acompanhamento das informações da rede observacional do Cemaden, monitorando chuvas, em tempo real, utilizadas pela Sala de Situação para monitorar e emitir alertas de risco de desastres geo-hidrológicos (deslizamentos de terra, inundações e alagamentos) em 958 municípios prioritários do território nacional. Também, foram realizadas oficinas e palestras, ministradas por tecnologistas e pesquisadores do Cemaden.
Organizado pelo Instituto Alpha Lumen, o Science Days é considerada uma grande feira de tecnologia, inspirado no Dia do Espaço da Flórida, promovendo a educação e a sensibilização dos estudantes e público em geral sobre a importância da ciência e tecnologia, indústria aeroespacial e seu impacto na economia.
Tecnologia avançada da rede observacional, monitoramento e prevenção de risco de desastres atraíram todas as idades no estande
Foram apresentadas as tecnologias de monitoramento e previsões hidro-geo-meteorológicas utilizadas pelo Cemaden, visando antecipar, de forma mais eficiente e eficaz possível, os impactos decorrentes de desastres naturais na sociedade, infraestrutura e ambiente.
Os equipamentos da rede observacional, com mais de 4 mil já instalados pelo Cemaden para o monitoramento e prevenção de riscos de desastres, foram mostrados ao público. Estavam expostas no estande algumas plataformas de coleta de dados, como, por exemplo, pluviômetro automático, pluviômetro semiautomático e uma PCD Acqua, esta última utilizada para monitorar chuvas e água no solo na região semiárida do Brasil. Foram informados que os alertas de desastres são enviados para o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD) do atual Ministério de Desenvolvimento Regional, que os retransmite para os órgãos estaduais e municipais de Defesa Civil.
Impressões dos visitantes ao estande do Cemaden
A equipe que recepcionou os visitantes no estande do Cemaden – composta por cerca de 20 servidores, entre tecnologistas (que trabalham com monitoramento e emissão alertas), pesquisadores e analistas em ciência e tecnologia –
explicaram como é feito o monitoramento na Sala de Situação e a relevância da rede observacional para subsidiar a emissão de alertas quando necessário. Foram, também, realizadas oficinas pelo Projeto Cemaden Educação e o simulado de monitoramento na Sala de Situação.
Pelo registro de visitantes, passaram pelo estande cerca de 300 pessoas, entre estudantes de ensino fundamental e médio, universitários, profissionais liberais e público em geral.
Monitoramento e alerta
-“Fiquei impressionada em saber que existe uma equipe de diversos profissionais, dentro do Cemaden, para o monitoramento contínuo de risco de desastres, com o objetivo de salvar vidas e evitar impactos desses desastres.”, afirma a estudante de Engenharia Biomédica, Isabella Stangler.
“Achei interessante o sistema de captação de energia para a autonomia do funcionamento dos equipamentos da rede observacional e o sistema de envio de dados para o monitoramento.”, diz a estudante de Engenharia Computacional, Rosângela Shigenari.
“Chamou nossa atenção o sistema de monitoramento do Cemaden. Moramos em Ubatuba e testemunhamos o sofrimento das pessoas que perderam tudo na grande inundação de 2010 na cidade.”, afirma a psicóloga Valéria Aparecida Correia. Seu marido, Gustavo Mertens, operador de áudio, também relembra os transtornos e solidariedade dos moradores: “Muitos surfistas retiraram as pessoas das casas, utilizando as pranchas de surfe. Foi muito angustiante.”
Oficina de pluviômetro artesanal
– Após receber as explicações sobre as atividades de monitoramento e da rede observacional, mãe e filha participaram da oficina de montagem do pluviômetro artesanal, feito com garrafa Pet. “Foi um grande aprendizado, uma aula sobre monitoramento das chuvas. A gente sempre vê na televisão os profissionais explicando sobre o clima. Agora sei como funciona, principalmente, como acessar o site do Cemaden e acompanhar o monitoramento das chuvas.”, afirma Maria Aparecida dos Santos, mãe da estudante de 10 anos, do ensino fundamental, Thaís Paulino. “Aprendi como monitorar o nível das chuvas. Vou colocar o pluviômetro que montei no quintal de casa.”, informa a estudante.
Simulado de monitoramento
– Participantes da oficina de simulado de monitoramento, Letícia Pimental, 13 anos, estudante do 8º ano do ensino fundamental comenta: “Compreendi como funciona o alerta que vai para a Defesa Civil.” “Aprendi como trabalham para a prevenção da sociedade nos casos de inundações e deslizamentos”, afirma Isabela Vitória Alves, de 13 anos, também estudante do 8º ano do ensino fundamental. “Foi importante saber o que pode ser feito para prevenir o risco de desastre.”, diz Sofia Escobar, 13 anos, estudante do 9º ano do ensino fundamental.
“Não conhecia o trabalho mais detalhado sobre monitoramento e prevenção de desastres. Só via na TV os profissionais falando sobre alertas de risco. Gostei das explicações recebidas no estande.”, afirma Andrea Calixto, estudante do ensino médio. “Foi interessante saber que existe uma instituição pública em São José dos Campos que está monitoramento as áreas de risco de desastres para salvaguardar vidas.”, complementa o técnico administrativo, Marcos Calixto.
Acesso informações no site
– “Não sabia sobre o acesso público do site do Cemaden, para o acompanhamento do nível das chuvas pelo Mapa Interativo.”, afirma Vanessa Serpa, estudante de Engenharia Biomédica da USP – de Lorena, que informou que participou de um projeto da universidade sobre água e poderia ter utilizado o site para a pesquisa.
“Achei muito interessante ver no site do Cemaden as áreas de risco e onde estão instalados os pluviômetros. Importante para prevenir os riscos de desastres.”, afirma Thiago Martins, 13 anos, estudante do 8º ano do ensino fundamental.
“Achei interessante a parte científica e tecnológica dos equipamentos do Cemaden que auxiliam no monitoramento.”, diz Wallace Costa, estudante de Ciência e Tecnologia da Unifesp, que complementa: “A consulta ao site do Cemaden para acessar as informações da rede observacional serão importantes para as pesquisas da universidade.”
(Fonte: Ascom/Cemaden)
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-