Um aplicativo para aumento de
feedbacks
(retorno de informações) dos alertas emitidos pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – desenvolvido em parceria com universidades e centros tecnológicos do País – foi a proposta escolhida pelo júri e por votação
on-line
da plateia, entre as soluções inovadoras para desafios enfrentados na Sala de Situação do Cemaden, apresentadas pelos alunos de pós-graduação em Desastres Naturais.
Denominada
Monitora-thon,
essa foi a atividade de encerramento da programação do II Curso de Pesquisa Integrada em Riscos de Desastres (PIRD), com a participação de 29 alunos dos Programas de Pós-Graduação em Desastres Naturais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e em Gestão de Riscos de Desastres da Amazônia da Universidade Federal do Pará (UFPA).
A partir de três desafios, equipes formadas por alunos da pós-graduação em Mestrado Profissional em Desastres Naturais se dedicaram a propor soluções em novos processos ou produtos. O tempo de formulação das propostas foi exíguo, de apenas três horas. As equipes receberam orientações de especialistas do Cemaden das áreas de Hidrologia, Meteorologia, Geodinâmica, Vulnerabilidade e Desenvolvimento Tecnológico. A melhor proposta escolhida foi da equipe formada pelos acadêmicos Amanda de Mello e Edson Antocheski, da UFSC; e Adriana Ferreira, Charles Monteiro, Lariana Medeiros e Patricia Moutinho, da UFPA.
A apresentação das propostas foi realizada na manhã do dia 25 e avaliadas pelo júri técnico, composto pelo coordenador-geral de Operações e Modelagem do Cemaden, Marcelo Seluchi; pelo pesquisador Jorge Pimentel, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e pelo meteorologista Tiago Schnorr, da Coordenação de Monitoramento e Alerta do CENAD (Centro Nacional de Gerenciamento de Risco e Desastres), da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Por meio de votação
on-line
, a plateia também pode escolher a melhor proposta.
“A inspiração para o
Monitora-thon
foram os
hackthons
, eventos comuns na área de desenvolvimento. Consideramos que seria uma experiência única integrarmos alunos de diferentes formações, experiências profissionais e contextos locais, para pensarem juntos em desafios enfrentados, cotidianamente, na Sala de Situação do Cemaden”, afirma a pesquisadora do Cemaden, Silvia Saito, organizadora do
Monitora-thon
.
Alunos e docentes avaliam as experiências do curso de Pesquisa Integrada em Riscos de Desastres
A programação de atividades do II Curso de Pesquisa Integrada em Riscos de Desastres (PIRD) – como uma parte de estágio do curso de pós-graduação – ocorreu no Cemaden, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT-2019), no período de 21 a 25 de outubro. Durante a semana, foram realizadas apresentações de atividades de pesquisa no Cemaden, nos temas sobre inundações, secas, deslizamentos, queimadas, incêndios florestais, tempestades severas e vulnerabilidade da população. Os alunos e alunas também participaram de atividades práticas, como o simulado de emissão de alertas, organizado pelos tecnologistas Caroline Mourão, Graziela Scofield e Pedro Camarinha, da Sala de Situação do Cemaden. A partir de cenários de risco de inundações e deslizamentos, os participantes foram incentivados a refletir sobre o envio do alerta mediante diferentes condições de ameaças e vulnerabilidade. O encerramento do curso foi o
Monitora-thon
, atividade que resultou nas apresentações das propostas de soluções em novos processos ou produtos na Sala de Situação.
“O curso unindo profissionais de duas regiões distintas permitiu o intercâmbio de conhecimentos e experiências tanto em inundações e deslizamentos, que ocorrem em Santa Catarina, como em incêndios no Pará.”, afirma a engenheira cartográfica e agrimensora, Gabriele Senger, pós-graduanda do Mestrado Profissional em Desastres Naturais pela UFSC, que, atualmente, desenvolve atividades no
Laboratório de Geoprocessamento e Estudos Ambientais
da Universidade do Paraná. “No Cemaden, ainda tivemos a oportunidade de realizar simulações na Sala de Situação, conhecendo o processo de emissão de alertas de risco de desastres.”, diz a engenheira e pós-graduanda.
“Foi uma oportunidade de estreitar laços com pesquisadores e gestores de outras instituições, ampliando os horizontes e conhecimentos para as respostas em desastres.”, diz Waulison Ferreira, militar integrante do Corpo de Bombeiros do Pará, aluno de pós-graduação da UFPA. “Todas as experiências e conhecimentos adquiridos no curso serão levados para minha área de atuação, de forma a aprimorar a parte técnica do trabalho em minha instituição.”, finaliza Ferreira.
O coordenador do curso de Pós-Graduação em Gestão de Risco e Desastre na Amazônia da UFPA, Hernani José Brazão Rodrigues considera que as atividades do II Curso de Pesquisa Integrada em Riscos de Desastres (PIRD), realizadas no Cemaden, permitirão gerar novas ideias para aplicar e desenvolver nos projetos de dissertação de Mestrado. Considera que o curso no Cemaden está aprimorando, a cada ano, a programação, incluindo as atividades práticas desenvolvidas pelos alunos pós-graduandos. “Também foi interessante o encontro e interação dos alunos do Pará e de Santa Catarina, o que motivou maior participação e a troca de experiências entre os profissionais das duas regiões.”, avalia o coordenador da UFPA.
Para o coordenador do curso de Pós-Graduação em Desastres Naturais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Harryson Luiz da Silva, capacitar profissionais em gestão de risco de desastres trará um impacto social positivo, principalmente, no aprimoramento das técnicas pela Ciência aplicada. “Num contexto em que se discutem as metodologias ativas para processos de ensino e aprendizagem, ao introduzir a
Marathon
nos moldes dos
hackatons
americanos e desenvolvidos em vários países – na área de tecnologia da informação e comunicação – o Cemaden inovou ao integrar a competência técnica dos seus pesquisadores através dos diferentes
‘overviews’
(perspectivas) que foram realizados durante três dias.”, afirma o coordenador da UFSC e complementa: “Colocando os alunos em ação para o desenvolvimento de soluções criativas no segmento de riscos e de desastres naturais até o final do estágio, o resultado foi um ganho para todos os lados, conforme prevê a teoria dos jogos.”, diz o professor da UFSC, avaliando que também a interação entre os profissionais de várias instituições e intercâmbio de experiências regionais contribuem para aprimorar as capacidades locais.”
Fonte: Ascom/Cemaden
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