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A importância da água para o clima e preservação do planeta é a temática do Projeto Ciência e Cultura deste sábado (19)
“Água é vida, direito, dever e poder” será o tema que vai pautar os debates com especialistas e as atividades do terceiro programa do “Projeto Ciência e Cultura, vamos brincar?”, a ser apresentado neste sábado, 19 de setembro, às 19 horas, no Canal do Programa WASH, no YouTube. A proposta do projeto é levar um ambiente de aprendizado da ciência e da cultura, com muita diversão e arte, para todo o público.
A coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber, pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – é a convidada do físico Wil Namen, do Movimento Nós Somos a Ciência. Durante a conversa no programa, a pesquisadora abordará a questão da preservação da água, dos riscos da poluição para nossos recursos hídricos, bem como a importância da água ao clima e à preservação do planeta.
O programa deste sábado destaca, também, os oceanos e a vida marinha. O físico Namen e a equipe do projeto foram até Guarujá – município do litoral de São Paulo – e visitaram o Aquário Acqua Mundo, espaço que reproduz a vida nos oceanos. A bióloga e gerente de Educação Ambiental do Aquário, Silvia Borges, mostrou os riscos pela falta de respeito do homem com a água e suas consequências para a vida aquática dos animais de águas salgada e doce.
E, nesta semana, a participação das escolas do WASH no “Ciência e Cultura, vamos brincar” é direta do município de Prado Ferreira (PR), onde será apresentada uma experiência para confeccionar pluviômetro. O programa traz, ainda, o momento das brincadeiras pela equipe da Cia. Cultural Bola de Meia, com música, “contação” de histórias e surpresas.
O Projeto Ciência e Cultura é uma coprodução do Programa WASH/STEAM (Workshop Aficionados em Software e Hardware, no contexto do STEAM -metodologia que inclui atividades de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), do Movimento Nós Somos a Ciência e da Cia. Cultural Bola de Meia, com apoio do Cemaden Educação, Institutos Federais (IFs), Câmara de Deputados e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Os episódios dos programas anteriores do projeto “Ciência e Cultura, vamos brincar?” podem ser acessados pela inscrição no Canal do Programa WASH:
Link da página: https://www.facebook.com/programawashsteam
YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCySuERkhMctPnxDf6H_gsDQ
(Fonte :Ascom/Cemaden com Assessoria de Imprensa do Programa WASH)
Cemaden participa do documentário sobre impactos do clima no setor elétrico brasileiro
Os danos causados pelas tempestades ao setor elétrico e a projeção dos cenários futuros serão abordados no documentário “Ameaças do Céu”, a ser exibido hoje (14), às 18h20, no Canal History 2, com a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI)- entre os depoimentos dos cientistas e gestores do sistema elétrico brasileiro.
O documentário mostra que 1% das tempestades (do total de 5 mil registradas) são consideradas severas, com potencial de causar deslizamentos, enchentes vendavais, tornados e temporais, com grande concentração de raios e chuvas intensas, afetando o setor elétrico. Essas tempestades que ocorrem até o final do verão são responsáveis por 80% das interrupções do sistema elétrico, conforme dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE) e da Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (ABRATE). Os eventos climáticos severos são hoje responsáveis por prejuízos ao setor elétrico que ultrapassam 100 milhões de reais por ano, e que deverão, em 2030, ultrapassar 200 milhões por ano
Produzido pelo Grupo Storm, com direção de Iara Cardoso, o documentário “Ameaças do Céu” conta com apoio do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e estreia hoje, dia 14 de setembro, às 18h20, na grade do canal americano History 2. A reprise acontece no dia 15 de setembro, 6h50.
O documentário mostra uma simulação inédita de como o Sistema Interligado Nacional (SIN), operado pelo Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS), enfrenta os desafios do clima para manter as luzes acesas. Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do INPE, o Brasil é o país com a maior incidência de tempestades do mundo: 500 mil tempestades por ano. Com credibilidade, o documentário retrata, pela primeira vez, de forma leve e dinâmica, os bastidores do setor elétrico brasileiro frente aos desafios das mudanças climáticas.
Atualmente, além das atividades de monitoramento, emissão de alertas e pesquisas sobre desastres de origem hidro-meteorológico, mensalmente, o Cemaden elabora o Boletim de Previsão de Impactos em Atividades Estratégicas para o Brasil, apresentando o diagnóstico e os cenários futuros mais prováveis de impactos em diferentes setores produtivos do Brasil, com ênfase na agricultura familiar e nos recursos hídricos. O Cemaden, também, fornece subsídios aos órgãos governamentais para a tomada de decisões estratégicas na gestão da geração de energia elétrica e dos recursos hídricos dos principais reservatórios e açudes.
O History 2 pode ser sintonizado nos canais :NET/Claro: 94/594; Sky: 477; Vivo: 368/839; Vivo Fibra: 97/597 e Oi: 99.
(Fonte: Ascom/Cemaden)
Em webinário, Defesas Civis compartilham experiências de ações educativas nas escolas para prevenção do risco de desastres
Estimular as comunidades escolares para promover ações de pesquisa, mapeamento de áreas de risco, monitoramento, produção de dados e informações para prevenção e redução do risco de desastres foram as experiências compartilhadas pelas Defesas Civis, no 5º webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020, realizado, ontem (10).
Promovido pelo Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – participaram do encontro virtual as Defesas Civis Estaduais de Santa Catarina e do Acre, além da Defesa Civil Municipal de Jaboatão dos Guararapes, de Pernambuco.
O encontro virtual foi mediado pela pesquisadora do Cemaden Educação, Maria Francisca Velloso, que apresentou o histórico da participação das instituições (Escolas, Defesas Civis, Universidades) desde 2016, na Campanha #AprenderParaPrevenir e, neste ano, pela pandemia, a inclusão de Agentes de Saúde da Família. Mostrou como participar da 5a edição da campanha deste ano, na produção de campanhas virtuais, mostrando as etapas de produção sobre o tema “Desastres, Desastres, Desastres! O que podemos fazer? E a Educação?”, e as orientações disponibilizadas no site do Cemaden Educação. A mediadora reforçou a importância das parcerias das Defesas Civis nessas campanhas e o desafio, neste ano, para aumentar essa participação.
Programa Defesa Civil na escola: ampliar a resiliência nas comunidades
A gerente de Pesquisa e Extensão, Regina Panceri, da Defesa Civil de Santa Catarina, especialista em gestão de risco de desastres, apresentou o Programa “Defesa Civil na escola”, desenvolvido para ampliar a resiliência, frente a ocorrência de eventos extremos que ocorrem no estado. Ela lembrou que Santa Catarina é o 3º estado do País que mais sofreu prejuízos causados por diversos tipos de desastres, nos últimos 20 anos. “Iniciado como projeto, hoje o programa visa incorporar no currículo escolar a temática ‘Proteção e Defesa Civil nas escolas’, capacitando professores e alunos a atuarem na proteção e na prevenção de riscos de desastres.” Panceri explica que a ideia é dar continuidade ao programa, ano a ano, motivando as escolas nos trabalhos de educação ambiental, para que os alunos se tornem multiplicadores, atuando na prevenção de riscos de desastres. Entre as atividades desenvolvidas, estão os encontros virtuais e presenciais, capacitação de professores e de alunos desde 6º até o 9º ano do Ensino Fundamental. Na capacitação, o programa organizou os conteúdos em quatro módulos, desde os conhecimentos básicos sobre Defesa Civil; percepção e ações para prevenção, mitigação de desastres; preparação e resposta a desastres até a elaboração e implantação do Núcleo Escolar de Proteção e Defesa Civil. “Em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e as 20 coordenadorias regionais das Defesas Civis, estimulamos os municípios a participarem e incorporarem o programa nas escolas.”
Projeto envolve escolas no trabalho interdisciplinar e a participação da comunidade
O coordenador estadual da Defesa Civil do Acre, Cel. James Gomes, com formação em Licenciatura em Matemática e experiência em Defesa Civil, apresentou o projeto realizado no estado nos anos de 2017 e 2018, em sete escolas da rede pública estadual. O projeto envolveu professores e alunos desde o 9º ano do Ensino Fundamental até o 2º ano do Ensino Médio. Foram duas escolas na capital (uma na zona rural) e as outras localizadas, inclusive, na tríplice fronteira (com Peru e Bolívia). O trabalho envolvia a instalação de pluviômetros semiautomáticos nas escolas na região da Bacia do Rio Acre, mais vulneráveis a inundações, além da capacitação dos professores a alunos. “Envolvendo os professores das disciplinas como Matemática, Física e Biologia, os alunos realizaram o monitoramento pluviométrico, elaboraram boletins diários e produziram alarmes e alertas sobre riscos de inundação.”, explica o coordenador. O trabalho foi estendido nas casas dos alunos, onde produziram e instalaram pluviômetros artesanais, para confirmar e complementar os dados levantados no pluviômetro semiautomático. “O projeto foi muito envolvente, pois houve a participação dos pais dos alunos, que ajudavam a coletar os dados dos pluviômetros artesanais.”, explica Cel. Gomes, lembrando que o projeto do município de Capixaba foi premiado, em nível nacional e representado em feiras científicas escolares: “A Defesa Civil trabalha com o aluno e o aluno trabalha com a família”, destaca Cel. Gomes.
Projeto de ações educacionais agregando conhecimentos e saberes da educação formal, não-formal e informal
Rejane Lucena, educadora e membro da Defesa Civil há 21 anos, atua na Gerência de Planejamento e Proteção da Defesa Civil, da Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco. Desenvolveu as metodologias do Cemaden Educação, em 16 projetos distintos, nas 16 escolas localizadas em áreas de risco de inundações e de deslizamentos. Em sua apresentação, mostrou as experiências e reflexão sobre as ações de Educação para Redução de Risco de Desastres ( ERRD ) : na educação formal (onde a escola é integrada na construção do conhecimento, com ações e programas interdisciplinares voltados à educação ambiental e à prevenção de desastres); na educação informal (as pessoas tem acesso ao conhecimento, por exemplo, a família dos alunos envolvidos nas ações educativas de RRD) e na educação não-formal (a construção educativa ocorre com as práticas da organização comunitária, quando a participação nas ações tem uma função educativa). “Fazer o reconhecimento dos saberes e dos conhecimentos próprios da comunidade é fundamental para construirmos a participação integrada, nas ações para a redução dos riscos de desastres.”, enfatiza Lucena. Destacou, também, a importância das parcerias de várias instituições (como secretarias de educação, universidades e instituições federais) para a realização do trabalho: “É preciso estimular as comunidades para pensarem nos riscos de desastres junto conosco, para que participem dos processos decisórios, fundamentais na construção de ações para a prevenção do risco”, destaca a educadora.
A Campanha #AprenderParaPrevenir 2020 e o último webinário no dia 24
A coordenadora do Cemaden Educação, Rachel Trajber fez o encerramento do 5º webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir, destacando a importância da participação das Defesas Civis no compartilhamento das ações educativas nas escolas, bem como a contribuição das experiências, ideias e conceitos para a campanha. Finalizou lendo uma mensagem, evidenciando que as Defesas Civis, Vigilância Sanitária e Vigilância epidemiológica precisam ser valorizadas e divulgadas no Brasil.
O 6º e último webinário está programado para ser realizado no próximo dia 24 de setembro, às 11 horas, com o tema: “ Desastres, desastres, desastres! O que podemos fazer ?”.
As informações sobre a campanha e a gravação dos webinários, estão disponibilizadas no site do Cemaden Educação no endereço:
Campanha: http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2020
Playlist webinários #AprenderParaPrevenir 2020
https://www.youtube.com/watch?v=OeVXqSkA5Rk&list=PLHtaKTOPDIDIgiztXxBzNJvlRatCW36jf
Fonte: Ascom/Cemaden
“Defesa Civil educa” será o tema do próximo webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir
O 5º Webinário da 5ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir, será realizado na próxima semana, dia 10 de setembro, às 11 horas, mostrando as iniciativas de Educação desenvolvidas pelas Defesas Civis, junto às comunidades escolares, para a Redução de Risco de Desastres (ERRD).
Organizado pelo Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – o encontro virtual traz o debate sobre “Desastres, desastres, desastres : A Defesa Civil educa”, apresentando as boas práticas, ações e articulações nas comunidades escolares em três regiões brasileiras.
Neste penúltimo webinário, da série de seis programados para os debates, participarão : Regina Panceri (Defesa Civil de Santa Catarina), Coronel James Gomes (Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil do Acre) e Rejane Lucena (Gerência de Planejamento, Proteção e Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes – PE). A mediação será feita pela pesquisadora do Cemaden Educação, Maria Francisca Velloso.
O encontro busca incentivar equipes de Defesas Civis e comunidades escolares a criarem suas próprias atividades em Educação para Redução dos Riscos de Desastres (ERRD), especialmente, na realização de campanhas locais.
A Campanha #AprenderParaPrevenir 2020 tem o objetivo de mobilizar Escolas de Ensino Básico, Defesas Civis, Universidades e Institutos de Educação, Ciência e Tecnologia para incentivar ações da sociedade na campanha sobre a prevenção de desastres, com abordagens temáticas desde a pandemia até as questões climáticas.
Os debates podem ser acompanhados pelo Facebook e YouTube do Cemaden Educação, nos endereços: facebook.com/cemadeneducacao – http://youtube.com/c/CemadenEducação
As informações sobre a campanha e a gravação dos webinários realizados anteriormente estão disponibilizadas no site do Cemaden Educação no endereço:
https://www.youtube.com/watch?v=OeVXqSkA5Rk&list=PLHtaKTOPDIDIgiztXxBzNJvlRatCW36jf
Campanha : http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2020
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisa analisa aplicação dos recursos financeiros para socorro e resposta a desastres
Pesquisadores do Cemaden e do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp – Cemaden) avaliam as políticas públicas da aplicação do auxílio- financeiro e os custos para ações de resposta a desastres, no Brasil, no período de 2013 a 2017, com base nos dados dos decretos de Situação de Emergência (SE), de Estado de Calamidade Pública (ECP) e do Portal da Transparência. Cruzadas informações com indicadores municipais, identificou-se a concentração dos recursos nos estados e, também, em municípios com alto IDHM e PIB per capita. A maioria dos recursos são destinados a secas e estiagens, que representaram 81,78% das declarações de desastres no período em estudo.
Entre os anos de 2013 e 2017, gastos para ações de socorro e respostas a desastres no Brasil ultrapassaram R$ 800 milhões, distribuídos em 21 estados. As Defesas Civis Estaduais responderam pela maior parte dos recursos utilizados (76,4%). Dos 564 municípios que utilizaram o auxílio financeiro via Cartão de Pagamento de Defesa Civil (CPDC), constatou-se a concentração de 41% dos recursos em 30 municípios, mais da metade (19 municípios) com alto IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano), sobretudo nos estados de SC e RJ.
Observou-se que as estiagens e secas respondem por 81,78% dos registros de decretos de Situação de Emergência (SE) e Estado de Calamidade Pública (ECP), com maior frequência, principalmente na Região Nordeste. Inundações, enxurradas e alagamentos ficaram em segundo lugar, em maior porcentagem de registros (9,37%) e distribuem-se nas regiões Sul (58,91%), Norte (19,05%) e Sudeste (11,9%).
A pesquisa, coordenada pelo pesquisador e sociólogo Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – resultou na publicação do artigo científico intitulado “ Emergency funding policy for disaster response in Brazil from 2013 to 2017” ( Política pública de auxílio financeiro para resposta a desastres no Brasil no período 2013-2017), divulgado ontem (31 agosto), pela Revista “Sustentabilidade em Debate”, publicação científica nacional e internacional da Universidade de Brasília (UnB). O artigo científico teve a participação dos pesquisadores Adriano Mota Ferreira, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Desastres, resultado da parceria entre Universidade Estadual Paulista/ Cemaden; Glauston Lima e Demerval Gonçalves, pesquisadores do Cemaden.
“Os impactos socioeconômicos e ambientais causados pelos desastres são sérios obstáculos ao desenvolvimento social e ao crescimento econômico de um país. É também preciso considerar que maus projetos de crescimento econômico ou desenvolvimento produzem as situações de vulnerabilidade socioambiental que, ao interagirem com perigos hidrometeorológicos, podem levar a perdas e danos que excedem a capacidade social, isto é, pode haver um desastre socioambiental”, destaca o pesquisador Victor Marchezini, do Cemaden e enfatiza: “Por isso, a importância de eficientes políticas públicas para redução do risco de desastres (RRD) e diminuição desses impactos, a fim de aumentar a capacidade de proteção social.”
Um aspecto que chamou atenção dos pesquisadores foi a baixa quantidade de registros de SE e ECP em razão de deslizamentos, incêndios florestais, desastres tecnológicos e biológicos. No Sistema de Informações sobre Desastres (S2ID), os desastres tecnológicos totalizaram 15 declarações, com maior ocorrência no ano de 2015, associados ao rompimento de barragens no estado de Minas Gerais. Os desastres biológicos se concentraram em 2017 com 68 declarações, sendo 62 em municípios de MG, devido a doenças infecciosas virais.
“Estudiosos em gestão de risco de desastres, no mundo, ressaltam que nem sempre o maior problema é a falta de recursos financeiros.”, afirma Marchezini. “Outros desafios apontados pela literatura científica são a transparência, a prestação de contas e a falta de articulação entre os níveis de governo. Este último, associado à capacidade local orçamentária das coordenadorias municipais de proteção e defesa civil, para que possam trabalhar em ações de prevenção e redução de risco de desastres”, complementa o pesquisador.
O artigo completo “Política pública de auxílio financeiro para resposta a desastres no Brasil no período 2013-2017” está disponível no endereço:
https://periodicos.unb.br/index.php/sust/article/view/31268
(Fonte: Ascom/Cemaden)
Estudos mostram as causas dos extremos de chuva e as tendências do aumento dos impactos na Região Metropolitana de São Paulo
Chuvas intensas concentradas em poucos dias, separados por períodos mais longos de seca estão sendo cada vez mais frequentes. Os eventos extremos- como deslizamentos, inundações repentinas ou secas – vêm aumentando e, por consequência, provocando o aumento nos impactos socioeconômico e ambientais, nos 39 municípios da Região Metropolitana de SP, com mais de 12 milhões de habitantes.
Um artigo publicado, neste mês de agosto, pela Editora Frontiers, intitulado “ Changing Trends in Rainfall Extremes in the Metropolitan Area of Sao Paulo : Causes and Impacts” (Tendências em mudança nos extremos de precipitação na Região Metropolitana de São Paulo: causas e impactos), apontam que as causas dos eventos extremos – como deslizamentos e inundações – provocados pelas chuvas intensas, vão desde a variabilidade do clima até o aquecimento global e/ou urbanização. Por outro lado, houve um aumento dos dias secos consecutivos, causado pelas variações da pressão atmosférica, influenciando o transporte da umidade.
Os estudos coordenados pelo climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – analisam as tendências observadas em eventos extremos de chuva na Região Metropolitana de São Paulo, com base nos dados pluviométricos registrados em mais de 60 anos. A precipitação anual total e o número de dias com precipitação de 20 mm exibem o maior aumento significativo durante 1930–2019, principalmente, no Verão. Nessa estação do ano, têm-se um crescente registro no número de dias com precipitação de 100 mm ou acima de 100 mm.
“Apesar de contraditório, a precipitação intensa concentra-se em poucos dias, separados por períodos de seca mais longos. Isso indica uma mudança climática importante nos últimos tempos.”, destaca o climatologista José Marengo. Explica que as variações da circulação atmosférica estão contribuindo para essas mudanças. “Durante o ano de 1960-2019, o Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul intensificou-se e moveu-se, rapidamente, para o sudoeste, em relação a sua posição normal.”, enfatiza o coordenador-geral do Cemaden. Esse anticiclone é um sistema de alta pressão semipermanente sobre o sul do Oceano Atlântico, responsável pela ocorrência de boa parte das chuvas no período chuvoso do centro-sul e Sudeste brasileiro. A mudança da posição desse anticiclone influencia o transporte de umidade, afetando a precipitação. Isso pode explicar o aumento das chuvas intensas na Região Metropolitana de São Paulo.
No estudo, os cientistas brasileiros fazem uma recomendação sobre a necessidade de procedimentos a serem adotados por governos e instituições que trabalham com o gerenciamento de risco de desastres, como consequência de extremos climáticos, frente ao clima cada vez mais quente, com chuvas mais extremas e população mais vulnerável nas áreas urbanas.
O artigo completo “ Changing Trends in Rainfall Extremes in the Metropolitan Area of Sao Paulo : Causes and Impacts” está disponibilizado no link :
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fclim.2020.00003/full
(Fonte: Ascom/Cemaden)
Interconexões dos desastres socioambientais e os desafios são discutidos no 4° Webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir
O 4º webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020, realizado nesta quinta-feira (20 agosto) e coordenado pelo Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI)- reuniu pesquisadores das áreas da Ciência, Educação e Saúde Familiar para discutiram as interconexões e potencialização dos riscos, vulnerabilidades e ocorrências de desastres socioambientais e biológicos, dentro da temática do encontro ““Soma, Multiplica e Potencializa”.
No encontro virtual da 5ª edição da campanha, foram abordados os desafios e a importância do trabalho conjunto e interdisciplinar para a prevenção e mitigação desses desastres. Foram enfatizadas ações para a disseminação do conhecimento e informação científica – por meio da Educação e do uso de ferramentas da Comunicação – além de propostas para ações participativas da sociedade e de políticas públicas, focando o enfrentamento dos desastres, desde a pandemia até as questões climáticas.
O mediador do 4º webinário Leonardo Suveges, da Faculdade de Saúde Pública da USP e Cemaden Educação, fez uma apresentação sobre como participar da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020 na temática “Desastres, Desastres, Desastres! E o que eu posso fazer? E a Educação”. Mostrou os acessos no site do Cemaden para obter informações, exemplos de ações na campanha e a importância do engajamento das Escolas, Universidades, Defesas Civis e Agentes de Saúde Familiar.
Desastres somam, multiplicam e potencializam os impactos na sociedade
A coordenadora de Relações Institucionais e diretora-substituta do Cemaden, Regina Alvalá iniciou as discussões, apresentando a distribuição das ocorrências de desastres naturais no Brasil. Destacou que 90% das ocorrências de inundações, enxurradas e deslizamentos se concentram na região Sudeste, sendo que o maior número de fatalidades é por deslizamentos de terra. Citou outros impactos provocados pela seca, fogo/queimadas e erosões. Sobre a população em áreas de risco, pela pesquisa Cemaden-IBGE, a grande concentração se encontra na costa leste brasileira. “Em 825 municípios, somam cerca de 8 milhões e 300 mil de moradores vivendo em áreas de risco de deslizamentos, inundações e enxurradas”, enfatiza a pesquisadora, informando que isso representa que, a cada 100 brasileiros, quatro estão expostos ao risco de desastres. Mostrou as capitais e regiões com maior número de população em área de risco. “Os desastres provocam impactos sociais, econômicos e de infraestrutura, que podem ser somados e ampliados com outros fatores como secas, incêndios, doenças, Covid-19, condições sanitárias inadequadas, entre outros, potencializando esses impactos.” Dentre os desafios das políticas públicas, Alvalá cita ações em escala temporal e espacial, considerando as especificidades regionais, planos de contingência essenciais aos desastres pelo clima e biológicos, além das respostas a esses desastres. Afirma ser fundamental a concentração de esforços na pesquisa, políticas públicas e investimentos, destacando as ações da Educação e a linha de trabalho do Cemaden Educação.
Impactos das queimadas e incêndios florestais: empobrecimento da biodiversidade, da saúde e da economia
A pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson, iniciou a apresentação mostrando duas imagens de satélite da Amazônia, dos anos de 1984 e de 2018, comparando a extensão da perda da cobertura vegetal da região. Explicou que as queimadas e incêndios florestais contribuem para o aumento da perda dessa cobertura, aumentando as emissões de gases e efeito estufa na atmosfera. “Isso tem um impacto direto, provocando o aumento da temperatura, a diminuição das chuvas em várias regiões, a fragmentação e aumento da mortalidade da floresta.”, enfatiza a pesquisadora do Cemaden. Explica que as queimadas e incêndios florestais geram fuligem e material particulado, prejudicial ao sistema respiratório e à saúde. “Estamos empobrecendo pelos impactos das queimadas e incêndios florestais: ficando doentes pelo aumento da fumaça, as florestas estão perdendo a biodiversidade, diminuindo a capacidade de gerar e transportar chuvas, perda da produção agrícola, da infraestrutura e produtos da floresta.”, alerta Anderson. Cita que os processos de desmatamento e queimadas potencializam os incêndios florestais, somam as perdas do ecossistema e multiplicam as causas dos desastres socioambientais e biológicas na sociedade. “Podemos quantificar esses processos interligados dos desastres pelo conhecimento científico, traduzindo as informações de forma acessível à sociedade e aos tomadores de decisão para as políticas públicas.”, conclui a pesquisadora, explicando que esse desafio está ligado aos investimentos na Educação e nas ferramentas da Comunicação, como exemplo o jornalismo científico, lembrando o modelo das ações do Cemaden Educação.
Causas da transmissão da malária: um exemplo dos vários fatores somados no tempo e no espaço, potencializando as desigualdades
Especialista em Entomologia, a professora titular Maria Anice Sallum, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), apresentou as interconexões históricas, ambientais, climáticas, sociais e econômicas da transmissão da malária no Brasil e no mundo. “A soma de vários fatores determinam os padrões de transmissão da doença no tempo e no espaço.”, enfatiza a professora da USP, explicando que a malária tornou-se endêmica em decorrência do sedentarismo humano, da formação das comunidades rurais e das alterações no meio ambiente para o desenvolvimento da agricultura. Explica que a dispersão global da malária teve sua evolução por diversos fatores, entre eles, as mudanças ambientais e climáticas. Citou que as causas das intensificações da transmissão dessa doença estão relacionadas com a demanda mundial por matérias-primas, pelas conexões econômicas e desequilíbrios na produção e comércio. “Tudo isso multiplica e potencializa as desigualdades sociais”, enfatiza Sallum, lembrando o exemplo histórico da ocupação da Amazônia, com a degradação do ecossistema e o avanço da malária. Mostrou uma imagem por satélite de um assentamento na Amazônia, com a fragmentação da paisagem e afirma: “As alterações ambientais, mais os fatores da ecologia humana e do vetor da doença, somam, multiplicam e potencializam a ocorrência da malária.” Aborda também, sobre a ocorrência das queimadas e incêndios florestais e a ocupação do solo: “A queimada é a última etapa do assentamento e da perda da cobertura vegetal. Nessas regiões há um aumento da incidência da malária.”
Sobre a campanha “AprenderParaPrevenir 2020 para mobilizar a sociedade
A coordenadora do Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber, reforçou que o objetivo dos webinários é trazer subsídios de pesquisas sérias, comprovando que todos os desastres estão inter-relacionados. Afirma que essa é uma área propícia para a Educação. “Essa temática deveria estar inserida nos currículos. É a nossa forma de trabalhar, no Cemaden Educação, para a política pública de inserção nos currículos das escolas.”, afirma a pesquisadora e enfatiza: “Estamos mostrando que, atualmente, esse é um tema emergente e emergencial para se trabalhar em todas as disciplinas, vinculado às questões ambientais, com foco na sustentabilidade ambiental, na prevenção de desastres e na melhoria de vida para todos”. Lembrou sobre a importância da mobilização de cada uma das pessoas das instituições, que acompanhavam o encontro, para a disseminação da campanha das campanhas do Cemaden Educação a toda sociedade brasileira.
O próximo webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020 está programada para o dia 10 de setembro, com a temática: “A Defesa Civil Educa”.
As informações sobre a campanha e a gravação dos webinários realizados anteriormente estão disponibilizadas no site do Cemaden Educação no endereço:
Playlist webinários #AprenderParaPrevenir 2020
https://www.youtube.com/watch?v=OeVXqSkA5Rk&list=PLHtaKTOPDIDIgiztXxBzNJvlRatCW36jf
Campanha: http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2020
Fonte: Ascom/Cemaden
Proteger as florestas secundárias no Brasil é crucial para a redução de emissões de gases de efeito estufa, apontam cientistas
Os cientistas mapearam as florestas brasileiras que cresceram, em três décadas, a partir de áreas anteriormente desmatadas (denominadas florestas secundárias), responsáveis pela remoção de mais de 784 milhões de toneladas de carbono da atmosfera. Essas florestas em crescimento compensariam, em parte, a emissão de gases devido aos desmatamentos, com importância para o ciclo da água e a biodiversidade. Mas, outros estudos apontam que, desde 2011, as florestas secundárias sofrem o desmatamento, em média, 40% a mais do que as florestas maduras.
C ientistas do Brasil, Reino Unido e Estados Unidos mapearam, pela primeira vez, as florestas secundárias em todos os seis biomas do Brasil (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal), no período entre 1986 e 2018, estimando que, aproximadamente, 26 milhões de hectares de florestas secundárias cresceram em áreas anteriormente exploradas (desmatadas) pelo homem. Em 30 anos (de 1988 a 2018), estimaram, também, que cerca de 784 milhões de toneladas de carbono teriam sido removidos da atmosfera. Isso equivale à 12% das emissões de carbono por desmatamento (6,7 bilhões de toneladas) para o mesmo período na Amazônia Brasileira.
Para essa estimativa, a equipe de pesquisadores utilizou os mapas do uso e cobertura da superfície terrestre gerados pelo Projeto MapBiomas ( https://mapbiomas.org )
Os estudos foram publicados, neste mês (agosto/2020), pela Revista Scientific Data da editora Nature , com o título “ Benchmark maps of 33 years of secondary forest age for Brazil ” (Mapas de referência de 33 anos de idade florestal secundária para o Brasil – https://rdcu.be/b6iK1 ).
Nessa pesquisa, os cientistas estimaram que o bioma Amazônia tinha, em 2018, aproximadamente, 15 milhões de hectares de florestas secundárias (mais da metade de todas as florestas secundárias do País) que cresceram entre 1986 e 2018 em áreas anteriormente desmatadas. O estudo também estima a idade dessas florestas, descobrindo que, em 2018, o bioma Mata Atlântica possuía as florestas secundárias mais antigas do Brasil.
A pesquisadora Liana Anderson, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) é co-autora da pesquisa e orientadora do líder deste trabalho, o pesquisador doutorando Celso Silva Junior, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
“As florestas secundárias são florestas crescendo em áreas que já foram desmatadas, em geral para uso agrícola. Depois são abandonadas, muitas vezes com o intuito de descansar e recuperar o solo para posteriormente, entrar em um novo ciclo de produção.”, informa a pesquisadora do Cemaden. Explica que, como esta dinâmica é dependente das ações de corte e queima desta floresta, a identificação destas áreas e o entendimento do ciclo do uso da terra – nas diferentes regiões do País – auxilia os pesquisadores a identificar onde e quando haverá maior probabilidade do uso do fogo.
“Quando há queima de uma vegetação mais densa, há maior emissão de material particulado para atmosfera, o que impacta diretamente a saúde das pessoas, atingindo o sistema respiratório”, enfatiza Anderson. “Além disso, o fogo pode se espalhar e entrar nas florestas adjacentes, trazendo impactos não só para a biodiversidade e o estoque de biomassa da vegetação florestal, mas também contribuindo para aumento das emissões de gases de efeito estufa”, comenta a pesquisadora do Cemaden.
Desmatamento das florestas secundárias é 40% superior ao das florestas maduras
À medida que as florestas crescem e envelhecem, absorvem da atmosfera o CO 2 , principal responsável pelo efeito estufa, e estocam este carbono nas árvores. As florestas secundárias não são legalmente protegidas no Brasil e suas taxas de desmatamento são superiores às das florestas maduras.
Um estudo recente na Amazônia,(“ Unmasking secondary vegetation dynamics in the Brazilian Amazon”- Desmascarando dinâmicas secundárias de vegetação na Amazônia brasileira) (( https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1748-9326/ab76db ), mostrou que desde 2011, o desmatamento das florestas secundárias é em média 40% maior que o das florestas maduras. O mesmo estudo estimou que 62% (aproximadamente 20 milhões de hectares) de todas as florestas secundárias que cresceram entre 1986 e 2017 na região da Amazônia brasileira foram desmatadas.
O pesquisador doutorando do INPE/MCTI, Celso Silva Junior, afirma que “por não serem legalmente protegidas e não possuírem um monitoramento sistemático dos seus ganhos e perdas, o futuro das florestas secundárias no Brasil se mantém incerto”. Explica que o potencial de contribuição dessas florestas para a remoção de CO 2 atmosférico ainda é subutilizado no País. São elevadas as taxas de remoção das florestas secundárias, que em muitos casos fazem parte do ciclo de uso da terra, por agricultores, inviabiliza seu uso como sumidouros naturais de carbono.
O pesquisador explica que, além de sua importância no combate à atual crise climática, absorvendo o dióxido de carbônico (CO 2 ) da atmosfera, as florestas secundárias são importantes para a recuperação da biodiversidade, a garantia do suprimento de água e a polinização, promovendo assim, o bem-estar da população. “Esse fato é preocupante, visto que todas as florestas secundárias – que cresceram no Brasil entre 1988 a 2018 – compensariam apenas um décimo de todas as emissões por desmatamento da Amazônia para o mesmo período”, complementa Silva Junior.
Década da Restauração do Ecossistema
Os estudos sobre florestas estão em evidência, desde que a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) proclamou a década de 2021-2030 como a Década da Restauração do Ecossistema, uma das principais soluções baseadas na natureza ( Nature Based Solutions ) para atender a um amplo conjunto de metas para o desenvolvimento sustentável global. “Além de permitir aplicações científicas, o conjunto de dados que geramos pode subsidiar leis para a proteção das florestas secundárias. Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC)”, comenta Silva Junior.
O coordenador do grupo de pesquisa TREES (Laboratório de Ecossistemas Tropicais e Ciências Ambientais) , Luiz Aragão, pesquisador titular do INPE, co-autor da pesquisa, afirma que o Brasil tem todos os elementos para construir um plano estratégico, visando o desenvolvimento sustentável do País e liderança mundial para atingir este desafio. “A ciência brasileira tem a capacidade de prover auxílio técnico e produtos para a tomada de decisão, como também validam as afirmações de muitos cientistas de que o Brasil pode ser o líder mundial no combate as mudanças climáticas.”, enfatiza Aragão.
A apresentação do artigo “ Benchmark maps of 33 years of secondary forest age for Brazil ” é iniciada indicando que a restauração e reflorestamento de 12 milhões de hectares de florestas até 2030 estão entre as principais estratégias de mitigação para reduzir as emissões de carbono, dentro das metas nacionais assumidas no Acordo de Paris. O estudo e a base de dados produzida podem ser acessados gratuitamente nos endereços https://rdcu.be/b6gj3
Fonte: Ascom/Cemaden
Trabalho participativo da sociedade para prevenção de desastres será o tema do Webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir, nesta quinta-feira
“Soma, Multiplica e Potencializa” é a temática em foco dos debates do 4º Webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020, a ser realizado nesta quinta-feira (20 agosto), das 11 às 12 horas, para discutir a importância do trabalho conjunto da Ciência, Educação, Saúde, profissionais da gestão de desastres, de saúde familiar e sociedade em geral para a difusão da prevenção e mitigação de desastres.
Coordenada pelo Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – a Campanha #AprenderParaPrevenir 2020 tem o objetivo de mobilizar Escolas de Ensino Básico, Defesas Civis, Universidades e Institutos de Educação, Ciência e Tecnologia para incentivar ações da sociedade na campanha sobre a prevenção de desastres, com abordagens temáticas desde a pandemia até as questões climáticas.
Dentro da programação de seis webinários, trazendo especialistas em Redução de Risco de Desastres, participarão neste quarto encontro virtual : Regina Alvalá, coordenadora de Relações Institucionais e a pesquisadora Liana Anderson, ambas do Cemaden; Maria Alice Sallum, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), com a mediação de Leonardo Suveges, da Faculdade de Saúde Pública da USP e Cemaden Educação.
Os debates podem ser acompanhados pelo Facebook e YouTube do Cemaden Educação, nos endereços:
facebook.com/cemadeneducacao
http://youtube.com/c/CemadenEducação
Informações para participar da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020 estão disponíveis no site do Cemaden Educação no endereço :
http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2020
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisadores do Cemaden contribuem na elaboração do relatório mundial sobre o Clima Global de 2019
A publicação internacional “State of the Climate”, resumo anual oficial sobre o Clima Global no ano de 2019, e suplemento ao Boletim da Sociedade Meteorológica Americana (EUA) – elaborado com base nas informações de cientistas de todo o mundo – teve a contribuição de três pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
No capítulo “Climas Regionais”, na parte sobre a região central da América do Sul e sobre queimadas e clima no sul da Amazônia, contribuíram com informações, indicadores e eventos climáticos os pesquisadores do Cemaden : climatologista José Marengo (coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento), Ana Paula Cunha e Elisângela Broedel, da área de pesquisa sobre secas no semiárido brasileiro e queimadas.
Na publicação, o capítulo “Climas Regionais” fornece resumos das condições de temperatura e precipitação de 2019, em sete grandes regiões: América do Norte, América Central e Caribe, América do Sul, África, Europa, Ásia e Oceania. Na maioria dos casos, estão incluídos, também, os resumos de eventos climáticos mais destacados nas regiões.
Na parte abordada da região central da América do Sul, com os dados coordenados pelo pesquisador José Marengo, as temperaturas médias anuais da região central da América do Sul ficaram acima do normal durante o ano de 2019. “O calor mais intenso foi observado em grande parte do Sudeste do Brasil, onde as anomalias de temperatura foram de pelo menos mais 1º C, principalmente, nos meses de janeiro, fevereiro, junho e no período de setembro a dezembro”, informa Marengo.
Ainda, na parte central da América do Sul, a precipitação anual foi variável em toda a região: condições mais úmidas do que o normal em grande parte do Peru e partes do norte do Brasil. Na metade sul do Brasil e da Bolívia ficaram mais secos do que o normal.
“Durante o verão de 2019, no Hemisfério Sul, ocorreram seis episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul, contribuindo para condições, excepcionalmente úmidas, na segunda quinzena de janeiro e fevereiro, na Bolívia, Peru e leste dos Andes.”, afirma Marengo, explicando que a Zona de Convergência Intertropical do Atlântico foi ativa em março de 2019, produzindo chuvas intensas no Nordeste do Brasil.
Após sete anos de seca, a região semiárida do Nordeste do Brasil registrou chuvas quase normais, durante o período de novembro de 2018 a abril de 2019. “Mas, ainda assim, os déficits hidrológicos persistiram na maior parte da região. Em novembro e dezembro de 2019, a seca no semiárido nordestino brasileiro variou de severa a extrema, principalmente nos estados do Piauí e Bahia, e no Sul do Brasil.”, complementa o pesquisador.
Impactos do clima em 2019 no Brasil e região central da América do Sul
No Brasil, vários episódios de chuvas intensas ocorreram durante o verão e o outono de 2019, produzindo enchentes e deslizamentos de terra que afetaram residências e bloquearam estradas . Em fevereiro, ocorreram chuvas intensas em São Paulo, mês mais chuvoso registrado em 15 anos (137% acima do normal). No Rio de Janeiro, fevereiro e abril também registraram chuvas acima do normal mensal, provocando deslizamentos. Os municípios de Santos (SP) e Recife (PE) também tiveram registros de chuvas em horas, que totalizavam metade do normal mensal.
As temperaturas também tiveram variações extremas na região central da América do Sul. Em alguns lugares, a temperatura ficou acima de 5º C a 8º C. O calor atingiu temperaturas máximas registradas no final de janeiro de 2019, com temperaturas médias acima do normal em 1,5º C a 2,5º C (sudeste da Bolívia e Paraguai, costa norte do Peru e no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil).
Sobre incêndios florestais, em 2019, os registros em número superaram, significativamente, os registrados nos últimos quatro anos.Foram queimadas vastas áreas da região sul da Amazônia e norte do Paraguai. De acordo com o Projeto de Monitoramento da Amazônia Andina (MAAP 2019), os incêndios e queimadas ocorreram na floresta amazônica na Bolívia, Brasil e Peru durante o ano de 2019.
O número de incêndios detectados na região amazônica brasileira foi de 89.178 em 2019, em comparação com 68.345 incêndios, em 2018. O número de incêndios atingiu o pico em agosto, com 30.868 incêndios generalizados em todo o sul e leste do Amazonas.
A publicação “State of the Climate” em 2019 ( Estado do Clima Mundial em 2019) na íntegra está disponbilizado no link: https://www.ametsoc.org/index.cfm/ams/publications/bulletin-of-the-american-meteorological-society-bams/state-of-the-climate/
Fonte: Ascom/Cemaden
Projeto de Ciência e Cultura com brincadeiras virtuais será lançado neste sábado
“Aprender, brincando e brincar, aprendendo” é a proposta do Projeto “Ciência e Cultura, vamos brincar?”, que será lançado neste sábado, dia 15 de agosto, a partir das 19h, no Canal do YouTube do Programa WASH.
O programa virtual une diversos especialistas e parceiros para abordarem conteúdos relacionados à Ciência, à Cultura, às Artes e à Ludicidade, proporcionando o aprendizado com diversão. A proposta é abranger um público amplo, que vai do infantil a adolescentes e jovens, de forma a agradar toda a família e a comunidade escolar.
A iniciativa do projeto é do Programa WASH (Workshop Aficionados em Software e Hardware), coordenado pelo pesquisador Victor Mammana, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – em parceria com o Movimento Nós Somos a Ciência e a Cia Cultural Bola de Meia. A produção conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), do Instituto Federal e da Câmara dos Deputados.
O lançamento busca divulgar, também, os conteúdos desenvolvidos em conjunto com o Programa Cemaden Educação, a exemplo do vídeo de Stop Motion elaborado pela Escola Maestro Roberto Panico, de Londrina, com base em materiais do Cemaden.
“A programação virtual do projeto é uma forma de levar a Ciência e a Cultura às crianças e jovens, mesmo em época de pandemia.”, afirma Victor Mammana, do Projeto WASH, que foi iniciado no Brasil em 2013, promovido pelo Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, com atividades do “Science, Technology, Engineering, Arts and Mathematics – STEAM”. “O WASH se diferencia de outros programas por canalizar recursos orçamentários para Bolsas de Iniciação Científica, destinadas aos alunos do ensino médio, técnico e de graduação, que atuam como multiplicadores do programa para estudantes do ensino fundamental”, explica o pesquisador.
O Programa WASH vem atuando com o Programa Cemaden Educação, integrando conteúdos e aproveitando as experiências mútuas, no sentido de levar as temáticas de desastres naturais para a escola pública no contexto do STEAM, complementando o esforço com ações no ensino fundamental público.
Programação do “Ciência e Cultura, vamos brincar?” compartilhado por três parceiros
O Programa WASH trará, para a programação, a Cultura Maker (incentivando as crianças a colocarem as mãos na massa para aprender ciência e tecnologia), rodas de conversas com estudantes sobre Iniciação Científica, muitas produções audiovisuais, abordando técnicas simples de programação; e, também, convidados para ensinar o como fazer (em verdadeiras oficinas virtuais). Além disso, será mais um espaço para a divulgação das atividades do WASH em diversas cidades do Brasil. Hoje, o Programa WASH tem parcerias em escolas públicas, universidades, institutos federais dos estados de São Paulo e do Paraná, e pode ser expandido para outros estados.
O Movimento Nós Somos a Ciência contribuirá com grandes diálogos sobre a Ciência e sua importância no dia a dia das pessoas, tratando da temática com os principais nomes da área e traduzindo o linguajar acadêmico para uma fácil compreensão de pessoas que não são cientistas. O material produzido conta com a mediação do físico Will Namen – que também é cofundador do Ciência em Show – e do diretor e produtor, Rafael Procópio, que divide a cofundação do Movimento Nós Somos a Ciência. Outra bandeira do Movimento, direcionada ao público, é a de apontar caminhos profissionais, dando dicas para incentivá-lo às carreiras científicas.
A Cia. Cultural Bola de Meia, de São José dos Campos (SP), fará muitas brincadeiras, oficinas, produção de brinquedos, cantigas, contação de histórias, rodas de conversas sobre Educação na primeira infância e musicalização, entre outras atrações. A Cia. já teve seu trabalho reconhecido em diversos prêmios do Ministério da Cultura, como o Prêmio Pontinhos da Cultura, Prêmio Areté – Selo de Excelência da Literatura Brasileira, Prêmio ASAS para Cia. Cultural Bola de Meia e Prêmio Itaú Unicef (Fundo das Nações Unidas Para a Infância) – Educação e Cultura: experiências que transformam – Projeto Cultura Cidadania/SP, entre outros.
O projeto “Ciência e Cultura, vamos brincar” será veiculado, quinzenalmente, com programas inéditos aos sábados, mas será garantida uma programação semanal às quartas-feiras, no mesmo horário, às 19h, quando cada parceiro assumirá o protagonismo editorial da semana. A duração estimada da programação será de uma hora, tanto no sábado quanto às quartas-feiras.
Fonte: Ascom/Cemaden
Vulnerabilidades e construção de capacidades para prevenção de desastres são abordadas em webinário
O terceiro webinário da 5ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir, realizado hoje (06) para abordar a temática “Vulnerabilidades, da pandemia ao clima”, uniu especialistas da área de ciência do desastre e sociológica, de saúde e de educação ambiental, abordando as questões e desafios para a construção de uma sociedade sustentável, com capacidades e ações para prevenção de desastres.
O encontro virtual foi coordenado pelo Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações -MCTI, com a participação do pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini; na área de Saúde, a médica residente Mayara Floss, atuante na área de Medicina de Família e Comunidade, do Grupo Hospitalar Conceição e integrante da WONCA Environment e, na área de Educação Ambiental, a pesquisadora e profª Michèle Sato, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A mediação do encontro foi feita pela pesquisadora do Cemaden Educação, Débora Olivato.
Na abertura do webinário, a coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber, destacou a importância da ação mobilizadora da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020, com o objetivo de ampliar o repertório das discussões das questões emergenciais – como a pandemia e mudanças climáticas – ampliando, também, a abrangência do trabalho de percepção e prevenção de riscos de desastres, realizado junto às comunidades escolares e sociedade.
A mediadora Débora Olivato fez uma breve apresentação da campanha e do histórico desde a criação em 2016, iniciativa do Cemaden Educação e que conta com diversos parceiros na realização da Campanha #AprenderParaPrevenir. Destacou que esta é uma campanha para o desenvolvimento de campanhas virtuais, levando informação e ações de prevenção de risco de desastres para as comunidades locais, de forma virtual. Fez uma apresentação do passo a passo para participar da campanha e da importância do engajamento das Escolas, Universidades, Defesas Civis e Agentes de Saúde Familiar. Indicou o endereço do guia de orientações para participar da campanha; http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2020.
Os conceitos de vulnerabilidades e as dimensões do risco de desastres
O pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini, abordou sobre os conceitos de vulnerabilidade, discutidos na ciência dos desastres, como por exemplo, as discussões de que os processos de vulnerabilização são conduzidos, principalmente, pelo processo de desigualdades. Apresentou as tendências internacionais da literatura na abordagem das dimensões do risco de desastres como: ameaça, vulnerabilidades, capacidades de proteção individual e comunitária, além das políticas públicas de mitigação de riscos em larga escala. “Entre as políticas públicas estão as estruturais e não-estruturais. Aumentar a capacidade das pessoas para prevenção e aumentar a sustentabilidade estão dentro das não-estruturais.”, explica Marchezini e complementa: “Nas políticas não-estruturais entram os trabalhos, por exemplo, do Cemaden Educação, da emissão de alertas e da legislação.” Citou sobre as abordagens da temática vulnerabilidades com referência a grupos sociais, a tipos e a índices de vulnerabilidades. O pesquisador lembra que o Escritório das Nações Unidas para Redução dos Riscos de Desastres (UNDRR) reconhece que os desastres são consequências de maus projetos de crescimento econômico. No final, deixou referências de acesso à literatura dos temas abordados.
O ambiente é determinante na saúde
A médica residente Mayara Floss, atuante na área de Medicina de Família e Comunidade, fez uma abordagem sobre saúde pública e os efeitos das mudanças climáticas, desastres ambientais, impactos da qualidade do meio ambiente. Explicou que as doenças respiratórias, cardiovasculares, infecto-contagiosas, mentais, segurança alimentar, entre outras, estão relacionadas com as questões sociais e ambientais. “O ambiente é determinante na saúde. Não podemos pensar em saúde, sem pensar nos desastres ambientais e biológicos como, também, na segurança alimentar.”, afirma a médica. “A saúde é dependente da saúde do sistema do planeta Terra”, explicando sobre o conceito de “Saúde Planetária”, onde as questões da saúde estão relacionadas com as mudanças climáticas e como o ambiente afeta nossa saúde.
Justiça climática e os grupos sociais em situação de vulnerabilidade
A pesquisadora e profª Michèle Sato, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) inicia a discussão sobre os grupos sociais que estão em situação de vulnerabilidade, lembrando que saúde do planeta envolve a preocupação com todo o tipo de vida. Lembra que as vulnerabilidades estão relacionadas a desastres, pragas e epidemias. “Para uma justiça climática é necessário fazer a vida tornar-se digna, possibilitando a participação social.” afirma a pesquisadora, explicando que para tornar uma sociedade sustentável está implícito o acesso à saúde e à educação. Explica que a vulnerabilidade a desastres e pandemias afeta os grupos: familiares, identitários e trabalhadores, como também os grupos de migração climática mundial, como os refugiados e despatriados. Apresenta as linhas de estudos sobre a escala e proporção da justiça, da origem dos migrantes e fluxos migratórios.
As apresentações e debates na íntegra do 3º Webinário Tema- “Vulnerabilidades, da pandemia ao clima” estão disponibilizados no Facebook e YouTube do Cemaden Educação : https://www.youtube.com/watch?v=YvW2qSA2InQ
2º Webinário : Tema “E a Educação?” https://www.youtube.com/watch?v=RF-nE7bFKJY
1ºWebinário : Tema “Desastres, desastres, desastres”- https://www.youtube.com/watch?v=OeVXqSkA5Rk&feature=youtu.be
O próximo webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir ocorrerá no próximo dia 20 de agosto, das 11 às 12 horas para abordar a temática : “Soma, Multiplica e Potencializa”.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cientistas divulgam relatório prevendo alto risco de queimadas e incêndios florestais nas Áreas Protegidas da América do Sul
A identificação de 117 Áreas Protegidas (A.P.) na América do Sul em situação crítica – com probabilidade de nível muito alto e alto de queimadas e incêndios, entre os meses de agosto e outubro de 2020 – foi divulgada hoje (05) na Nota Técnica elaborada por cientistas brasileiros e britânicos, publicada na plataforma internacional do ResearchGate. O documento traz, também, as recomendações técnicas para apoiar as tomadas de decisão e as estratégias de planejamento para mitigar o risco e os impactos desses eventos.
A elaboração da Nota Técnica “Probabilidade de queimadas e incêndios florestais nas áreas protegidas da América do Sul”- nos idiomas Português, Inglês e Espanhol – teve a coordenação da pesquisadora Liana Anderson, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações- e a colaboração do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Met Office -Serviço Meteorológico do Reino Unido. O trabalho científico desenvolvido estão dentro dos projetos : CSSP-Brasil (Newton Fund), MAP-FIRE (IAI), PRODIGYbiotip (German BMBF) e CNPq /MCTI (Acre-Queimadas , Projeto Sem Flama) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O trabalho científico aponta que no total dessas áreas protegidas, existem mais de 287.000 km² em situação de Alerta Muito Alto e 146.000 km² em Alerta Alto de queimadas e incêndios em todo o continente sul-americano, nos próximos três meses.
“Os incêndios na América do Sul, atualmente, estão em seu nível mais alto, desde quando começou o monitoramento sistemático em 1998.”, destaca a pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson e informa: “ Neste ano, durante os meses de março, abril e maio, os picos de calor atingiram, respectivamente, 17%, 32% e 9% acima dos picos históricos registrados anteriormente.”
A pesquisadora lembra que, internacionalmente, as Áreas Protegidas são reconhecidas como “espaço geográfico definido, reconhecido, dedicado e gerido, através de meios legais ou outros igualmente eficazes, com o objetivo de garantir a conservação a longo prazo da natureza, juntamente com os serviços ecossistêmicos e os valores culturais associados”.
O relatório alerta sobre os impactos das queimadas e incêndios, afetando pessoas, ecossistemas e o clima. Entre esses impactos provocados por esses eventos, por exemplo, no clima, os efeitos do aumento das secas prolongadas refletindo na agricultura e economia. Pelo desmatamento e incêndios florestais, estimou-se cerca de três mil mortes prematuras, anualmente, na América do Sul.
Entre as informações técnico-científicas apresentadas pelos pesquisadores na Nota Técnica, estão as previsões sazonais de temperatura e precipitação, a tendência de incêndios, métodos e classes dos usos das áreas protegidas, além das recomendações técnicas para mitigação do risco e impactos.
Endereços para acessar a Nota Técnica completa:
Site da pesquisadora: https://www.liana-anderson.org/uploads/3/1/0/6/31065047/report_cssp_fire_aug-oct_es.pdf
(Fonte: Ascom/Cemaden)
Especialistas discutem o papel da Educação transformadora para a sustentabilidade e redução do risco de desastres
Investir mais na Educação para Redução do Risco de Desastres (ERRD)- ampliando as reflexões críticas – incentiva as ações transformadoras na sociedade, diminuindo as vulnerabilidades sociais e aumentando a sustentabilidade socioeconômica e ambiental. Esses foram os pontos convergentes apresentados pelos especialistas da área de Educação, convidados a debater sobre a importância do tema “E a Educação?” para o engajamento na Campanha #AprenderParaPrevenir 2020, no segundo webinário realizado, hoje (23), organizado pelo Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Comunidades sustentáveis e parcerias para ações de ERRD
O coordenador do Departamento de Geografia, prof. Sérgio Luiz Damiati, da Secretaria de Estado de Educação (SEDUC-SP), foi um dos participantes do debate sobre Educação na prevenção dos riscos de desastres. Trabalhando diretamente na temática, desde 2011, junto aos profissionais de Educação e da Defesa Civil Estadual de São Paulo, fez um breve histórico de todas as ações pedagógicas, como: cursos, seminários, capacitação de professores, material de apoio e atividades pedagógicas para trabalhar a temática junto aos professores e alunos, inclusive com a participação do Cemaden Educação. Também discorreu sobre a importância da inclusão da disciplina “Educação para Redução do Risco de Desastres (ERRD)” no currículo escolar. “É importante destacar que o trabalho da ERRD incentiva os debates e ações junto às comunidades voltadas à sustentabilidade”, afirma Damiati e complementa: “Importante também realizar parcerias para articular os trabalhos com todos os segmentos da sociedade.” Foram apresentados os vídeos gravados por três professoras da rede estadual de Educação, dando depoimentos sobre as experiências e ações junto à comunidade escolar, nas atividades voltadas às questões ambientais e prevenção de desastres.
Educação e reflexão crítica sobre vulnerabilidades e desigualdades sociais
O prof. Anderson Sato, vice-diretor do Instituto de Educação de Angra dos Reis, da Universidade Federal Fluminense (UFF) mostrou a experiência e a contribuição dos Cursos de Formação de Agentes Locais em Desastres ( que também teve a parceria do Cemaden Educação). Durante os três anos, preparou 300 profissionais de diversas áreas (incluindo a da Saúde), no tema de ERRD. Explicou que Angra dos Reis é um município com multirriscos (deslizamentos, inundações, chuvas intensas, duas usinas nucleares e um terminal de petróleo). Cerca de 66 mil pessoas residem em áreas de risco, representando 40% da população e 20.913 domicílios em áreas de risco. “Para trabalhar na educação crítica, abordando proteção, é fundamental discutir a fundo as causas da exposição pela qual a população mais vulnerável está sujeita.”, afirma Sato, enfatizando a importância de investir na Educação RRD, para ampliar as reflexões sobre as questões sobre vulnerabilidades, desigualdades sociais, além de promovendo a interação para implementar a sustentabilidade ambiental.
Educação: reflexão sobre questões sociais, ações transformadoras e construção do diálogo
O prof. Marcos Sorrentino, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (USP), concorda com os palestrantes no ponto de ser considerada fundamental a construção de uma educação crítica e transformadora, para uma resiliência revolucionária, e ações voltadas para a sustentabilidade. Para isso, ele destaca quatro pontos no processo de sustentabilidade da vida e inclusão de cada indivíduo: a recuperação da capacidade de indignação (ou não aceitação do que parece natural); agir para a superação das questões mais imediatas; Direito de todos terem acesso à Educação; diálogo e ação para construir nova cultura da terra, da Terra (mundo) e do território. “Na parte da Educação, é importante estarmos incumbidos na transformação e na construção de projetos políticos-pedagógicos no município, envolvendo toda sociedade.”, afirma Sorrentino.
O webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir teve a mediação da pesquisadora do Programa Cemaden Educação, Carla Panzeri, que fez também a apresentação de como participar da campanha. O debate contou com participação da coordenadora do programa, Rachel Trajber, que fez a abertura e encerramento do encontro virtual.
Os debates completos do 2º Webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir estão disponibilizados no Facebook e no link do YouTube do Cemaden Educação : https://www.youtube.com/watch?v=RF-nE7bFKJY
O próximo webinário está previsto para ser realizado no dia 06 de agosto, para discutir sobre Vulnerabilidades.
Fonte: Ascom/Cemaden
Estudo pioneiro avalia incêndios florestais ocorridos em países ibero-americanos e aponta medidas para adaptação às mudanças climáticas
Pela primeira vez, estudos sobre incêndios florestais – ocorridos em 22 países ibero-americanos, durante o período de 2001 a 2019 – comparam os dados sobre o número, extensão, gravidade e causa dos eventos, analisando a dimensão da exposição e vulnerabilidade das sociedades e ecossistemas, frente às mudanças climáticas.
Os relatórios sobre a ocorrência de incêndios nos países que integram a Rede Ibero-americana de Escritórios de Mudanças Climáticas (RIOCC), composta por 20 países latino-americanos e dois ibéricos (Espanha e Portugal), mostram que a área afetada pela média de incêndios na região RIOCC são alto e muito alto, com mais de 40 milhões de hectares queimados, anualmente. Isso representa entre 7% e 14% do total de área queimada em todo o mundo. Entre os países mais afetados na região latino-americana estão o Brasil e Bolívia (4% de seus territórios, principalmente, florestas úmidas), seguidos por Portugal (1,6%) da Península Ibérica.
A pesquisa foi publicada na parte que trata sobre Incêndios Florestais, no capítulo 12 do livro “Adaptação aos riscos das mudanças climáticas nos países ibero-americanos”- “Adaptación frente a los riesgos del cambio climático en los países iberoamericanos” – Informe RIOCCADAPT (2020), pela Editora Publisher: McGraw-Hill.
Os estudos sobre incêndios florestais foram coordenados pela pesquisadora Bibiana Bilbao, da Venezuela, e teve a participação da pesquisadora brasileira, Liana Anderson, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Também participaram outros pesquisadores do Brasil, Espanha, Bolívia, Chile, Argentina, México e Portugal.
“A cooperação regional, o intercâmbio de informações e experiências entre países são essenciais para enfrentar as crises globais socioeconômica e ambientais.”, enfatiza a pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson e complementa: “A utilização de ferramentas e estudos integrados facilitam as ações efetivas para a adaptação às mudanças climáticas em todos os países da região.” A pesquisadora explica que as parcerias e o trabalho integrado de monitoramento de incêndios, ajudam a evitar efeitos catastróficos e, ao mesmo tempo, medir a eficácia das medidas implementadas para a mitigação das mudanças climáticas. A pesquisadora ressalta, ainda, que os incêndios florestais possuem uma caraterística que une todos os países: a fumaça. Oriunda das queimadas, a fumaça afeta diretamente a saúde da população e não conhece fronteiras nem classes sociais, demonstrando que ações integradas entre países são necessárias.
O Relatório RIOCCADAPT- Adaptação aos riscos das mudanças climáticas nos países ibero-americanos foi financiado pelo Programa ARAUCLIMA de Cooperação Espanhola, com trabalho integrado dos 22 países da Rede Ibero-americana de Escritórios de Mudanças Climáticas (RIOCC). A Rede RIOCC tem como membro do comitê de direção o pesquisador e climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, um dos editores do relatório.
O capítulo sobre Incêndios Florestais, do livro “Adaptación frente a los riesgos del cambio climático en los países iberoamericanos” – Informe RIOCCADAPT (2020), pode ser acessado pelo link :
Plataformas de Gestão de Risco e de Impacto de Incêndios Florestais
Está sendo desenvolvido pelo Cemaden a Plataforma de Gestão de Risco e de Impactos de Incêndios Florestais. Nos dias 16 e 18 de junho deste ano, ocorreu a primeira capacitação sobre a utilização dessa plataforma, com mais de 600 participantes, que está disponibilizada no YouTube pelo link:
https://www.youtube.com/watch?v=2sW5YYkCiYI&t=114s
A segunda capacitação foi organizada pela Universidad Autônoma de Pando (Bolívia), contou com mais de 280 inscritos, e ocorreu no dia 20 de Junho, com transmissão ao vivo pelo facebook:
https://www.facebook.com/324033628236405/posts/617962032176895/
A Plataforma que está sendo desenvolvida pelo Cemaden pode ser acessada no endereço: http://terrama.cemaden.gov.br/griif/mapfire/monitor/
(Fonte: Ascom/Cemaden)
Será nesta quinta-feira o próximo webinário do Cemaden sobre a Campanha #AprenderParaPrevenir
Será realizado nesta quinta-feira (dia 23), das 11 às 12 horas, o próximo webinário da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020, organizado pelo Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A Campanha #AprenderParaPrevenir 2020 está na 5ª edição, com o objetivo de mobilizar Escolas de Ensino Básico, Defesas Civis, Universidades e Institutos de Educação, Ciência e Tecnologia para a prevenção de desastres.
Dentro da programação de seis webinários – trazendo especialistas em Redução de Risco de Desastres para discutir e incentivar a mobilização e ações da sociedade na campanha – o segundo encontro virtual debaterá o tema “E a Educação?” dentro da proposta temática da campanha deste ano : “Desastres, desastres, desastres! O que eu posso fazer? E a Educação?” . Serão abordados temas relacionados à importância dos cuidados e proteção – desde a pandemia até as mudanças climáticas – promovendo a cultura de percepção e redução do risco de desastres.
Participarão do webinário: Sérgio Luiz Damiati, da Secretaria de Estado da Educação (SEDUC-SP); Anderson Sato, do Instituto de Educação de Angra dos Reis, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Marcos Sorrentino, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (USP). A mediação será feita pela pesquisadora do Cemaden Educação, Carla Panzeri.
Os debates podem ser acompanhados pelo Facebook e YouTube do Cemaden Educação, nos endereços:
facebook.com/cemadeneducacao
http://youtube.com/c/CemadenEducação
Campanha e Programação de webinários
O primeiro webinário, ocorrido no último dia 9 de julho, está disponível no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=OeVXqSkA5Rk
Informações para participar da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020 estão disponíveis no endereço :
http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2020
Fonte: Ascom/Cemaden
Webinar do Cemaden e lançamento de vídeo incentivam a participação da sociedade na Campanha #AprenderParaPrevenir 2020
O lançamento de um vídeo e os debates virtuais sobre a Campanha #AprenderParaPrevenir destacam a importância da participação de toda sociedade nas ações de prevenção e redução de desastres, com abordagens desde a temática sobre a pandemia até as mudanças climáticas.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) realizou o primeiro webinar com especialistas em Redução de Risco de Desastres, ontem (09), para debater o tema da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020, coordenada pela equipe do Programa Cemaden Educação.
O encontro virtual teve a participação de Osvaldo Moraes, diretor do Cemaden; Alexandre Lucas Alves, secretário nacional de Proteção e Defesa Civil e Sandra Hacon, pesquisadora da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). A mediadora desse encontro virtual foi a coordenadora do Programa Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber.
No webinar, o tema “Desastres, desastres, desastres: #AprenderParaPrevenir ” foram apresentadas as abordagens sobre a campanha de mobilização da sociedade, a importância dos cuidados e proteção, além da relevância da iniciativa para avançar a cultura de percepção, prevenção e redução dos riscos de desastres, desde a pandemia até as mudanças climáticas.
Importância do trabalho integrado em várias áreas de conhecimento
“A campanha e as ações do Cemaden Educação contribuem para a preparação das gerações a conviverem com as condições, cada vez mais adversas, das questões socioambientais.”, afirma o diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, destacando a importância das articulações junto às instituições, principalmente, as da Defesa Civil, Educação e Saúde, no trabalho conjunto junto à sociedade.
“A união de saberes e conhecimentos consolidam a cultura de proteção e prevenção. Essa campanha gerará novas campanhas e as mudanças ocorrem com a união de competências e de corações.”, enfatiza o secretário nacional de Defesa Civil, Alexandre Lucas. O secretário destacou a importância da união entre Cemaden e Defesa Civil nos desafios para consolidar as ações de prevenção e redução de riscos de desastres na sociedade.
“A Educação é essencial para trabalhar na adaptação das mudanças climáticas, que trazem seus efeitos nas mais variadas doenças. A questão de saúde tem que ser trabalhada junto à Educação, participando em todas as políticas públicas, em variadas áreas de conhecimento e setores econômicos”, diz a pesquisadora Sandra Hacon, da Fiocruz.
Para a coordenadora do Cemaden, Rachel Trajber, a Ciência e a informação vão contribuir para ajudar na proteção das comunidades. “Queremos que as comunidades implementem um micro-Cemaden, desenvolvendo ações de monitoramento e de pesquisa para redução dos riscos e das vulnerabilidades.”
A apresentação do primeiro Webinar da Campanha #AprenderParaPrevenir está disponível no link : https://youtu.be/mhX7Xfoy8Wo
O vídeo da Campanha#AprenderParaPrevenir de 2020 pode ser acessado pelo link: https://www.youtube.com/watch?v=OeVXqSkA5Rk&feature=youtu.be
Programação dos próximos webinários da campanha
O Programa Cemaden Educação realizará uma série de seis webinários com diversos especialistas em Redução de Risco de Desastres, para abordagem da temática da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020:
1º Webinário (09 de julho, das 11h ao 12h) -Desastres, desastres, desastres: #AprenderParaPrevenir
2º Webinário (23 de julho) -Desastres, desastres, desastres: E a Educação?
3º Webinário (06 de agosto) -Desastres,desastres,desastres:Vulnerabilidades.
4º Webinário (20 de agosto) Desastres, desastres, desastres: Soma,Multiplica e Potencializa.
5º Webinário (10 setembro) -Desastres, desastres, desastres: Defesa Civil educa.
6º Webinário (24 de setembro) – Desastres, desastres, desastres: O que podemos fazer?
Os debates podem ser acompanhados pelo Facebook e YouTube do Cemaden Educação, nos endereços:
facebook.com/cemadeneducacao
http://youtube.com/c/CemadenEducação
Sobre a Campanha #AprenderParaPrevenir 2020
A 5ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir, iniciativa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – é coordenada pelo Programa Cemaden Educação e teve seu lançamento oficial no dia 1º de julho, com o objetivo de mobilizar Escolas de Ensino Básico, Defesas Civis, Universidades e Institutos de Educação, Ciência e Tecnologia para a prevenção de desastres.
Com o tema “Desastres, desastres, desastres! O que podemos fazer? E a educação?”, neste ano, a novidade da campanha é a inclusão do Programa de Saúde Família e Vigilância Epidemiológica, devido ao desastre biológico do coronavírus. Nesta campanha, o Cemaden e parceiros de âmbito nacional incentivam a criação de campanhas locais com foco nas comunidades escolares, com inscrições dos trabalhos até o dia 31 de outubro. Mais informações no site do Cemaden Educação pelo endereço : http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2020
Fonte: Ascom/Cemaden
Estudo analisa papel das ONGs na governança de riscos de desastres na América Latina e Caribe
Um artigo científico publicado na Enciclopédia de Pesquisa da Universidade de Oxford (Reino Unido) mostra o papel desempenhado pelas Organizações Não-Governamentais – internacionais e nacionais, de países da América Latina e Caribe – no campo da gestão de risco de desastres. Os estudos mostram o importante potencial colaborativo e de intermediação nas políticas públicas, como a utilização de métodos e modelos inovadores em projetos-piloto, integrando e vinculando práticas de Redução de Risco de Desastres (RRD) e de adaptação às mudanças climáticas.
A publicação compõe uma coletânea da Universidade de Oxford sobre Natural Hazards Science, que congregou estudos de diferentes partes do mundo.
O capítulo “Organizações Não Governamentais e Governança frente a Ameaças Naturais na América Latina América e Caribe” (Non-Governmental Organizations and Natural Hazard Governance in Latin America and the Caribbean), teve a participação do pesquisador Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Os estudos foram coordenados pelo pesquisador Ben Wisner, da University College London e também teve a participação do pesquisador Alonso Brenes, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais.
O artigo cita que as organizações não-governamentais internacionais (INGOs) e as ONGs nacionais têm desempenhado atividades, em vários países, na Redução de Risco de Desastres (RRD) e na governança de ameaças naturais como tempestades, inundações, secas, deslizamentos e biológicas como doenças vetoriais. Na América Latina e Caribe, a governança de risco de desastres tem sido representada, principalmente, por órgãos governamentais.
O pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini lembra que, no Brasil, a participação da sociedade civil nas ações para prevenção e redução de risco de desastres está prevista por legislação, dentro da própria Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC).
“Há um consenso mundial sobre a inclusão de atividades de preparação proativa e de redução de vulnerabilidade a desastres junto à sociedade, tanto na prevenção quanto nas ações de resposta às emergências”, afirma Marchezini, destacando a importância das atividades das organizações não-governamentais no apoio da participação da sociedade civil na área de RRD e de mobilização comunitária, fazendo uma ponte entre governo e cidadãos.
Os estudos também analisam a distribuição geográfica das tipologias de riscos de desastres dentro da América Latina e Caribe. “As distribuições espaço-temporais mais detalhadas das ameaças naturais também interagem com os fatores econômicos, políticos, além dos arranjos sociais.”, explica Marchezini, informando que esses dados permitem identificar os riscos de desastres.
O acesso ao capítulo completo sobre “Organizações Não Governamentais e Governança frente a Ameaças Naturais na América Latina América e Caribe” (Non-Governmental Organizations and Natural Hazard Governance in Latin America and the Caribbean), na publicação da Universidade de Oxford, está disponibilizado no endereço:
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden realiza webinar, na próxima quinta-feira, sobre a Campanha AprenderParaPrevenir
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) realiza o primeiro webinar com especialistas em Redução de Risco de Desastres, nesta quinta-feira (09/07), das 11 às 12 horas, para debater o tema da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020, coordenada pela equipe do Programa Cemaden Educação.
Neste webinar, o tema “Desastres, desastres, desastres: #AprenderParaPrevenir” fará abordagens sobre a campanha de mobilização da sociedade, a importância dos cuidados e proteção, além da relevância da iniciativa para avançar a cultura de percepção, prevenção e redução dos riscos de desastres, desde a pandemia até as mudanças climáticas.
Participam do encontro virtual: Osvaldo Moraes, diretor do Cemaden; Alexandre Lucas Alves, secretário nacional de Proteção e Defesa Civil e da pesquisadora Sandra Hacon, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz). A mediadora desse encontro virtual será a coordenadora do Programa Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber. O Programa Cemaden Educação realizará uma série de seis webinars, com diversos especialistas em Redução de Risco de Desastres.
Os debates podem ser acompanhados pelo Facebook e YouTube do Cemaden Educação, nos endereços:
facebook.com/cemadeneducacao
http://youtube.com/c/CemadenEducação
Campanha #AprenderParaPrevenir 2020
A 5ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir, iniciativa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – é coordenada pelo Programa Cemaden Educação e teve seu lançamento oficial no dia 1º de julho, com o objetivo de mobilizar Escolas de Ensino Básico, Defesas Civis, Universidades e Institutos de Educação, Ciência e Tecnologia para a prevenção de desastres.
Com o tema “Desastres, desastres, desastres! O que podemos fazer? E a educação?”, neste ano, a novidade da campanha é a inclusão do Programa de Saúde Família e Vigilância Epidemiológica, devido ao desastre biológico do coronavírus. Nesta campanha, o Cemaden e parceiros de âmbito nacional incentivam a criação de campanhas locais com foco nas comunidades escolares, com inscrições dos trabalhos até o dia 31 de outubro. Mais informações no site do Cemaden Educação pelo endereço : http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2020
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden lança hoje a Campanha #AprenderParaPrevenir 2020
Em tempos de pandemia da Covid-19, o Programa Cemaden Educação lança a Campanha #AprenderParaPrevenir 2020 com o sugestivo tema “Desastres, desastres, desastres! O que podemos fazer? E a educação?” A participação será virtual, usando recursos tecnológicos de comunicação, abordando temas desde a pandemia até mudanças climáticas.
A 5ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir, iniciativa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – é coordenada pelo Programa Cemaden Educação e teve seu lançamento oficial hoje (1º julho), com o objetivo de mobilizar Escolas de Ensino Básico, Defesas Civis, Universidades e Institutos de Educação, Ciência e Tecnologia para a prevenção de desastres.
Com o tema “Desastres, desastres, desastres! O que podemos fazer? E a educação?”, neste ano, a novidade da campanha é a inclusão do Programa de Saúde Família e Vigilância Epidemiológica, devido ao desastre biológico do coronavírus.
Nesta campanha, o Cemaden e parceiros de âmbito nacional incentivam a criação de campanhas locais com foco nas comunidades escolares. “Com a ajuda da educação, ciência e informação, essas parcerias irão ajudar a proteger e cuidar das comunidades. É uma campanha de campanhas”, enfatiza a pesquisadora Rachel Trajber, coordenadora do Programa Cemaden Educação.
A campanha #AprenderParaPrevenir 2020 visa contribuir para a difusão da cultura de percepção dos riscos de desastres e vulnerabilidades de cada localidade do Brasil. “Desastres, desastres, desastres… enquanto sofremos com a pandemia, estão acontecendo inundações, deslizamentos de terra, epidemias de dengue e secas severas pelo País. Os desastres são múltiplos e podem ocorrer simultaneamente”, afirma Regina Alvalá, coordenadora de Relações Institucionais do Cemaden.
Como participar da Campanha #AprenderParaPrevenir 2020
A campanha traz novidades: a abrangência da abordagem do tema desde a pandemia até as mudanças climáticas e o incentivo aos participantes a produzirem material de campanha sobre o assunto para a comunidade em que estão inseridos.
Os participantes realizarão as campanhas à distância, usando recursos tecnológicos e de comunicação como sites, blogs, redes sociais, entre outras. Podem utilizar diferentes linguagens (palestras, apresentações, animações, jogos, entre outras). O resultado da campanhas deve ser relatado em vídeo com até três minutos e inscritos no site campanha #AprenderParaPrevenir 2020. As campanhas em conformidade com as orientações do Guia serão divulgadas e receberão certificados.
Campanhas selecionadas concorrerão a premiação realizada de duas formas: por votação popular e por um júri técnico. Os prêmios são kits de materiais educacionais sobre redução de riscos de desastres, equipamentos meteorológicos e troféus.
O período de inscrições das produções das campanhas para a 5ª edição da #AprenderParaPrevenir será entre 1º de julho e 31 de outubro. A ação acontece em referência à data Internacional da Redução de Desastres Naturais da Organização das Nações Unidas (ONU), em outubro. Esta edição tem o apoio da American Geophysical Union, que por ocasião de seu centenário em 2018, fomentou projetos do mundo todo, entre eles o Programa Cemaden Educação.
Mais Informações e inscrição :
Site: http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2020
Período das inscrições: 1º de julho a 31 de outubro de 2020.
Email: campanha.cemaden@gmail.com
Facebook/ Instagram/Twitter: Cemaden Educação
(Fonte: Ascom/Cemaden)