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76ª SBPC apresenta a Ciência produzida nas unidades de pesquisa
“Levamos o melhor da CIÊNCIA produzida em nossas unidades vinculadas e secretarias para a 76ª SBPC, em Belém do Pará. Revelamos um futuro brilhante para o Brasil, fazendo ciência com o povo e para o povo. Laboratórios, universidades e instituições de pesquisa de mãos dadas com os saberes populares e tradicionais.”
Com essas palavras, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) resumiu a participação das suas unidades de pesquisa na 76ª Reunião da SBPC, realizada de 8 a 13 de julho em Belém (PA). Este ano, a reunião anual teve como tema “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”. A escolha de Belém como sede foi uma oportunidade de rediscutir o desenvolvimento sustentável do País, com ênfase especial na Amazônia, antecipando as discussões científicas que serão centrais na COP30, que acontecerá em novembro de 2025.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do MCTI, participou com um estande na ExpoT&C, que faz parte programação, com banners, pluviômetro automático, vídeos e jogos educativos. Também apresentou aos visitantes os trabalhos desenvolvidos no Centro e as atividades do programa Cemaden Educação. Foram distribuídos exemplares de jogos e livros publicados.
“Apresentei uma palestra com o tema “Com-ciência de Riscos: saber que transforma“, em que mostrei o trabalho do Cemaden Educação, os materiais educativos desenvolvidos e falei sobre a Campanha #aprenderparaprevenir2024”, explicou Heloisa Martins, integrante da equipe do Cemaden no evento. “Voltei pra casa com amor renovado pelo conhecimento e pelo meio ambiente, certa de que é através da ciência que podemos trilhar um caminho seguro para um país mais justo, inclusivo, resiliente e sustentável.”
A equipe do Cemaden Educação e a tecnologista Caroline Mourão participaram também da SBPC Jovem, com uma sessão de jogos educativos sobre prevenção de riscos de desastres, despertando bastante interesse do público.
“Um dos aspectos marcantes da ExpoT&C da SBPC é o fato de receber muitos estudantes universitários, de vários níveis, que participam de projetos de extensão ou estão desenvolvendo suas pesquisas de mestrado e doutorado e têm muita curiosidade, trazendo questões complexas, que possibilitam uma verdadeira interação e troca”, afirmou a analista em C&T Selma Flores, que também integrou a equipe do Cemaden. “Por exemplo, me chamou atenção a pergunta feita por um estudante de pós-graduação de Marajó: ‘Quais os maiores desafios da ciência cidadã na área de desastres?’. Ele, que teve esse acesso ao ensino superior, quer encontrar formas de compartilhar seus conhecimentos com a sua comunidade - seu trabalho de pesquisa é sobre isso.”
Dentre as áreas de conhecimento dos visitantes do estande do Cemaden, destacam-se Direito, Meteorologia, Psicologia, Engenharia de Pesca, Agroecologia, Química e Linguística, além de professores de todos os níveis de ensino.
Este ano, a equipe do Cemaden contou com integrantes de diferentes áreas do Centro. Além de Selma Flores, da Coordenação de Relações Institucionais, que coordenou a participação do Cemaden, colaboraram a tecnologista Caroline Mourão (Operação), a analista em C&T, Lívia Moura (Coordenação de Administração), e integrantes do programa Cemaden Educação - Heloísa Martins e Priscilla Françoso. “A oportunidade de representação do Centro em evento da importância das reuniões anuais da SBPC contribui para a motivação dos servidores e bolsistas e para que todos tenham uma visão mais ampla das frentes de ação do órgão, o que pode impactar positivamente o seu trabalho do dia-a-dia”, avaliou Selma. “O contato com as atividades e missões das outras unidades de pesquisa e instituições também foi muito enriquecedor para todos.”
Estudantes de São Luiz do Paraitinga participam de oficina do Projeto COPE
Estudantes de ensino médio da Escola Estadual Monsenhor Ignácio Gioia, de São Luiz do Paraitinga (SP), visitaram o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), no dia 4 de julho. O objetivo foi participar de uma oficina do Projeto COPE, liderado pelo pesquisador Victor Marchezini. Além de 40 alunos da instituição, também estiveram presentes três professores.
A programação da visita teve início com uma apresentação de Marchezini sobre o Cemaden, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e dos resultados da primeira oficina realizada na escola. Em seguida, estudantes, professores e colaboradores do Cemaden participaram de uma atividade em grupo, coordenada pelos bolsistas Fapesp Gabriela Gouvêa e Heitor Reis, abordando a temática da comunicação voltada à preparação para eventos extremos de tempo e clima.
Finalizando a programação, a equipe do Cemaden Educação promoveu o jogo “Na trilha do risco” e os visitantes conheceram a Sala de Situação do Cemaden.
“A oportunidade de os alunos participarem de atividades como essa os torna disseminadores de informações no seu entorno familiar e de amizades”, afirmou o professor Daniel Messias dos Santos, que acompanhou a visita. “Isso é fundamental, pois além dos dados dos órgãos oficiais, o conhecimento que eles adquirem aqui também passa a ser uma fonte de informação, e isso dá mais credibilidade às ações que se seguem.”
Para o estudante David dos Santos Siqueira, a tecnologia envolvida no monitoramento e alertas de desastres é algo que chama a atenção. “Foi uma experiência incrível. Participar desse projeto é vivenciar experiências muito diferentes e ao mesmo tempo muito próximas da nossa realidade.”
“Conhecer as causas dos desastres que vivemos em nossa cidade, para mim, foi um dos destaques da visita”, afirmou Maria Eduarda Lopes, aluna do segundo ano do ensino médio. “Ouvimos histórias sobre os desastres em São Luiz do Paraitinga, contadas pelos moradores mais antigos, mas aqui no Cemaden executamos tarefas que nos ensinaram uma forma diferente de comunicar esse assunto tão relevante para nós”, complementou Ana Clara Rio Branco Pereira, também do segundo ano do ensino médio.
Sobre o Projeto COPE
O projeto “Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos”, financiado pela Fapesp (processo 2022/02891-9), tem como objetivo realizar um diagnóstico da estrutura de governos municipais brasileiros e de comunidades para enfrentar desastres socioambientais e, a partir daí, coproduzir estratégias de fortalecimento da implementação de ações relacionadas ao tema.
A pesquisa inclui etapas como o envolvimento de cientistas de várias áreas da pós-graduação, aplicação de questionários virtuais, novas metodologias para desenvolvimento de sistemas de alerta centrados nas pessoas e pesquisa de campo.
Em uma primeira fase, estarão envolvidas as 184 cidades da bacia do rio Paraíba do Sul, que banha os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Os projetos-piloto serão implementados em três municípios – de pequeno, médio e grande porte, respectivamente, São Luiz do Paraitinga (SP), Cataguases (MG) e Nova Friburgo (RJ). Essas cidades representam a variedade de realidades locais, não só da própria bacia como de outras regiões, permitindo uma análise abrangente e diversificada.
Na segunda etapa, haverá a participação de governos municipais e órgãos de Defesa Civil locais.
Sobre a Escola Estadual Monsenhor Ignácio Gióia de São Luiz do Paraitinga
A Escola Monsenhor Ignácio Gióia de São Luiz do Paraitinga, Diretoria de Ensino de Taubaté, participa desde 2014 do Projeto Piloto desenvolvido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais — CEMADEN, pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações em parceria com a Secretaria de Estado da Educação e Defesa Civil Estadual e Municipal denominado CEMADEN EDUCAÇÃO.
A escola e seus parceiros desenvolveram todas as oficinas que constam do Portal, servindo como laboratório, e que agora passa a ser desenvolvida por todas as escolas participantes. A reportagem é apenas uma das ações das quais a escola participou visitando o CEMADEN em 2014. O resultado do Projeto — que já está na fase de estruturação do COMVIDAÇÃO — está alcançando as escolas municipais realizando as oficinas e educando para a prevenção de riscos e desastres e, principalmente, visando formar uma comunidade resiliente e capaz de se prevenir ou minimizar os riscos de desastres socioambientais no município que, em 2010, viveu o maior desastre socioambiental da sua história com a enchente do rio Paraitinga que destruiu grande parte do Patrimônio Cultural no centro histórico tombado como patrimônio estadual e nacional.
Com informações da Agência Fapesp e Cemaden Educação
Cemaden lança perfil sobre secas no Instagram
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, acaba de lançar o perfil Cemaden Secas, no Instagram (@cemaden.secas).
A ideia é publicar dados sobre o monitoramento de secas do Cemaden, com linguagem acessível ao público amplo. Também serão divulgados resultados de pesquisas na área, realizadas pelos pesquisadores do Centro.
Um dos primeiros posts divulgados explica o efeito dominó da seca, que desencadeia impactos em cascata, afetando um número significativo de pessoas e causando prejuízos socioeconômicos em diferentes setores. Após a seca meteorológica propriamente dita, instala-se a seca agrícola, que afeta a produção agrícola e traz impactos na economia e na segurança alimentar. A seca hidrológica ( impactos nos rios, lagos e represas) vem em seguida, reduzindo a disponibilidade de água para consumo humano e outras necessidades.
A seca socioeconômica, por sua vez, está ligada aos impactos das diferentes tipologias de secas, que muitas vezes leva ao aumento dos preços dos produtos, por conta da falta de água e de alimentos. O custo da energia elétrica também pode subir, uma vez 69,1% da nossa energia provém de fonte hidráulica. Além disso, a seca pode ter consequências na saúde emocional das pessoas afetadas, causando estresse e ansiedade.
Finalmente, há a seca ecológica, que se refere à ausência ou escassez de água em ecossistemas naturais, afetando tanto a flora quanto a fauna local de maneira significativa.
Siga o perfil Cemaden Secas para mais informações relevantes sobre o tema!
MCTI publica edital de abertura do processo de escolha do(a) novo(a) diretor(a) do Cemaden
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) publicou nesta segunda-feira (15), no Diário Oficial da União (DOU), o Edital de abertura do processo de escolha de Diretor(a) para o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa integrante da estrutura deste Ministério, sediada em São José dos Campos - SP.
A escolha de novo(a) Diretor(a) terá origem em uma lista tríplice encaminhada à Ministra de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação pela Presidente da Comissão de Busca, que buscará identificar, nas comunidades científica, tecnológica e/ou empresarial, nomes que se identifiquem com as diretrizes técnicas e político-administrativas estabelecidas para o Cemaden.
Conforme Edital nº 46, de 12 de julho de 2024, podem se inscrever para o cargo quaisquer cidadãs(ãos) com notório conhecimento e experiência profissional nas áreas de atuação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), portadores(as) de diploma de doutorado emitido por instituição de ensino superior credenciada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), ou revalidado/reconhecido no Brasil, e que atendam aos requisitos básicos explicitados no processo de seleção.
A seleção de candidatos(as) é composta por análise dos currículos e memoriais, além de projeto de gestão, exposição oral pública do projeto de gestão e entrevista individual com a Comissão de Busca.
As inscrições devem ser feitas mediante encaminhamento da documentação ao seguinte endereço: cgup@mcti.gov.br
Edital anexo abaixo.
Cemaden participa da ExpoT&C, na 76ª Reunião Anual da SBPC
Consultar em tempo quase real os dados de monitoramento de riscos de desastres no País é uma das atividades disponíveis aos visitantes do estande do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) na ExpoT&C, que acontece até o dia 13 de julho em Belém (PA). O evento integra a programação da 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
O Cemaden, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), também apresenta na exposição seu Sistema de Alerta Precoce de Desastres, integrado pelo Salvar - Sistema de Alerta e Visualização de Áreas de Risco e Siaden - Sistema de Alertas de Desastres Naturais, além de ferramentas de Análise Regional Dinâmica de Risco de Deslizamentos de Terra. Esses sistemas permitem mostrar ao público como é realizado o monitoramento de desastres, com informações em tempo real sobre as chuvas em diferentes pontos do País, áreas de risco de inundações e deslizamentos, dados de radares meteorológicos e equipamentos que compõem a rede observacional do Centro, ferramentas de detecção de raios, e ainda informações de desastres ocorridos em cada município monitorado.
Os visitantes poderão conhecer o funcionamento de uma plataforma de coleta de dados ambientais (PCD), representando os cerca de 3 mil pluviômetros automáticos (para coleta de dados de chuva) instalados em todas as regiões do Brasil.
Durante o período da ExpoT&C, haverá rodadas de jogos de cartas que permitem trabalhar a temática de desastres socioambientais e da Redução de Riscos de Desastres (RRD) por meio de diferentes abordagens. O jogo Quem? apresenta os profissionais que atuam na área, tanto na fase de prevenção quanto na resposta e na reconstrução. O jogo Mini Trunfo é composto por cartas que descrevem desastres e apresentam pontuações de risco; o jogador que tiver o menor risco em determinada categoria, ganha a rodada. O Vale do Risco é um jogo de tabuleiro em que, por meio de cartas de ação e de decisão, o jogador deve levar o maior número de pessoas para áreas seguras.
No estande, serão distribuídos fôlderes do Cemaden e do programa Cemaden Educação, unidades dos jogos educativos e publicações do Cemaden (livros Educação em Clima de Riscos de Desastres e HQ sobre prevenção de riscos de desastres). Banners de projetos do Cemaden relacionados à temática da Sustentabilidade apresentam a atuação da instituição na área de pesquisa.
A 76ª SBPC está sendo realizada no Campus Guamá da Universidade Federal do Pará (UFPA). O tema central desta edição é “Ciência para um futuro sustentável e inclusivo: por um novo contrato social com a natureza”.
O evento conta com uma Programação Científica composta por conferências, mesas-redondas, painéis, sessões especiais, webminicursos, minicursos presenciais e a sessão de pôsteres, que inclui a Jornada Nacional de Iniciação Científica. Também são realizadas outras atividades, como a SBPC Cultural, a SBPC Jovem e o Dia da Família na Ciência.
Tese de estudante orientado por pesquisador do Cemaden é premiada no ITA
No dia 29 de junho, o estudante de pós-graduação Felipe Simoyama foi agraciado com o Prêmio Professor Marco Antonio Guglielmo Cecchini, conferido à melhor tese de doutorado e à melhor dissertação de mestrado do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 2023.
A tese vencedora, intitulada "LOCATION MODELS TO OPTIMIZE FLOOD MONITORING NETWORKS", foi defendida no Programa de Pós-graduação em Pesquisa Operacional ITA-Unifesp e apresenta soluções inovadoras para a otimização de redes de monitoramento de alagamentos em grandes cidades. O trabalho de Simoyama tem impacto significativo nas áreas científica, social e ambiental. A pesquisa foi orientada pelo professor Luiz Leduino de Salles-Neto, docente e atual coordenador do PPG-PO, e pelo Dr. Leonardo Bacelar Lima Santos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
A entrega do prêmio ocorreu durante a formatura dos Cursos de Pós-Graduação Stricto Sensu de 2024, da instituição. Um total de 166 estudantes, de nove diferentes cursos, receberam os diplomas de mestrado e doutorado.
De acordo com informações da Unifesp, até o momento, a tese de Simoyama já resultou na publicação de três artigos em revistas científicas de excelência, todas classificadas como Qualis A1 pela Capes.
Fonte: sites da Unifesp e da FAB
Foto: ITA
Cemaden chega aos 13 anos como instituição crucial para a redução de perdas humanas e materiais por desastres no país
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), acaba de comemorar 13 anos de criação. Desde o início de sua atuação, a instituição tem sido fundamental para a redução de perdas humanas e materiais por desastres no país.
“A equipe do Cemaden realiza um esforço coletivo permanente visando atender às demandas nacionais e internacionais, provenientes de outras instituições, da mídia, de órgãos do governo, de todas as esferas, e de instituições de ensino”, explica a diretora substituta, Regina Alvalá. “Nesses 13 anos, houve grandes avanços em relação à qualidade e precisão dos alertas emitidos pelo Cemaden, mas também enfrentamos enormes desafios, dentre eles o de trabalharmos com recursos limitados, aquém do que necessitamos para executar nossa missão.”
No dia 2 de julho, o Cemaden realizou uma programação comemorativa, com apresentações sobre o trabalho realizado pela instituição. Após a apresentação da diretora, o coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento, José Marengo, falou sobre a atuação do Cemaden diante do desastre do Rio Grande do Sul. Em seguida, o pesquisador Giovanni Dolif, coordenador substituto de Operações e Modelagem, apresentou uma retrospectiva dos 13 anos de monitoramento e alerta: contribuição da Sala de Situação para a sociedade. Encerrando o evento, a equipe do programa Cemaden Educação, que acaba de completar 10 anos de atividades, realizou uma rodada de jogos sobre prevenção de riscos de desastres.
Atuação de destaque
O Cemaden monitora riscos de desastres 24 horas, nos 365 dias do ano, com equipes de profissionais altamente especializados - geólogos, especialistas em geodinâmica, meteorologistas, hidrólogos e especialistas na área de desastres e vulnerabilidade. São monitorados 1.133 municípios do Brasil que dispõem de mapeamento das áreas de riscos geo-hidrológicos (deslizamentos, inundações, enxurradas, enchentes), o que abrange 20,3% dos municípios brasileiros e quase 60% da população do país.
Em 2023, o Cemaden registrou 1.346 ocorrências de desastres, associados aos municípios monitorados. Esse total registrado em 2023 foi o segundo maior número de eventos ocorridos, desde 2016. Outro estudo relevante conduzido no Cemaden apontou que o ano de 2023 foi marcado por temperaturas e secas extremas, destacando-se vários municípios com temperaturas superiores àquelas da média.
Além de ser a referência nacional na previsão de riscos de desastres e impactos socioeconômicos e ambientais, o Cemaden tem contribuído, nos últimos anos, com dados, informações e resultados relevantes para os Relatórios da Organização Mundial de Meteorologia, principalmente, os Relatórios do Estado do Clima na América Latina e Caribe.
No dia 19 de junho, o Cemaden recebeu o Prêmio Faz Diferença 2023. A premiação, realizada pelo jornal O Globo em parceria com a Firjan-SESI, homenageia brasileiros que inspiraram por seu trabalho e dedicação no último ano.
Histórico
A partir do megadesastre ocorrido na Região Serrana do RJ, em janeiro de 2011, o então ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloisio Mercadante, juntamente com o secretário de Políticas e Programas de Pesquisas do MCTI – Carlos Nobre - tomaram a decisão histórica de criar uma instituição nacional dedicada ao monitoramento e alertas, de forma ininterrupta, para prover alertas de riscos de desastres deflagrados por extremos hidrometerológicos, bem como direcionada a desenvolver pesquisas estado-da-arte em temas correlatos aos desastres que mais impactam o território brasileiro.
Logo após a sua criação - 01 de julho de 2011 – o Cemaden também ficou responsável por implementar uma rede de monitoramento ambiental observacional dedicada ao monitoramento de chuvas e outras variáveis relevantes para subsidiar o monitoramento e pesquisas na área de desastres relacionados ao clima. Em 2012, o Centro passou também a monitorar impactos de secas e escassez de chuvas, inicialmente na região semiárida do Brasil e, posteriormente, em todo o território brasileiro.
Em 18 de outubro de 2016, o Cemaden foi declarado como uma Instituição Científica e Tecnológica (ICT) integrante do então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio do Decreto nº 8.877.
Cemaden recebe premiação “Faz Diferença 2023” pela atuação em prevenir e mitigar os impactos dos eventos climáticos
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – recebeu o Prêmio Faz a Diferença 2023, na categoria Brasil, na última quarta-feira (19), na Casa Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), na cidade do Rio de Janeiro.
A diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, recebeu o prêmio, entregue pela diretora-executiva Leticia Sander e pelo editor de Política e Brasil, Thiago Prado, do Jornal O Globo, na cerimônia da 21ª Edição da premiação que tem parceria com a Firjan, com apoio da Naturgy.
Na ocasião da cerimônia de entrega do prêmio ao Cemaden, a colunista do Globo, Míriam Leitão, destacou a atuação do Cemaden pautado na ciência para salvar vidas nesse tempo de emergência climática. O colunista Ancelmo Gois enfatizou a criação do Centro em 2011, após as fortes chuvas e deslizamentos ocorridos na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Foram, também, lembrados os episódios de seca extrema ocorridos na Região Norte e no Pantanal, bem como os temporais recentes no estado do Rio Grande do Sul, que culminaram em significativos impactos decorrentes de inundações e deslizamentos de terra. Destacou-se ainda a atuação do Cemaden em alertar, em meados do ano passado, a transição rápida do fenômeno La Niña para o El Niño, variação responsável pelos índices de chuva muito acima da média no Rio Grande do Sul e inferiores na Amazônia.
Regina Alvalá, diretora substituta do Cemaden, expressou a importância do prêmio concedido ao Cemaden: “Agradeço esse honroso prêmio, que não deixa de ser um enorme incentivo para continuarmos a fazer a melhor ciência no Brasil com o objetivo de salvar vidas”, destacando que essa premiação é direcionada a todos os profissionais que atuam no Centro, merecedores do prêmio pelo trabalho conjunto e integrado para o cumprimento da missão da instituição.
Cemaden e sua atuação
Após a sua criação – em 01 de julho de 2011 – o Cemaden também ficou responsável por implementar uma rede de monitoramento ambiental observacional, dedicada ao monitoramento de chuvas e outras variáveis relevantes para subsidiar o monitoramento e pesquisas na área de desastres relacionados ao clima. Em 2012, o Centro passou também a monitorar impactos de secas e escassez de chuvas, inicialmente na região semiárida do Brasil e, posteriormente, em todo o território brasileiro.
Em 18 de Outubro de 2016, o Cemaden passou a ser Unidade de Pesquisa integrante do então Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio do Decreto nº 8.877.
O Cemaden, que monitora municípios do território brasileiro 24 horas, sete dias da semana, conta com equipes de profissionais altamente especializados, das áreas de geologia, hidrologia, meteorologia, e especialistas na área de desastres e vulnerabilidade. Atualmente são monitorados 1.133 municípios do Brasil para os quais se dispõe dos mapeamentos das áreas de riscos geo-hidrológicos (deslizamentos, inundações, enxurradas, enchentes), que abrangem 20,3% dos municípios brasileiros, e quase 60% da população do país.
Serviços e informações providos pelo Cemaden/MCTI, disponíveis em https://www.gov.br/cemaden/pt-br
Fonte: Ascom/Cemaden
Rede Clima realiza Conferência Nacional de Mudanças Climáticas
A Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede Clima) realiza, nos dias 18 a 20 de junho, a Conferência Nacional de Mudanças Climáticas. O evento, em formato híbrido (presencial e online), será no Auditório do CNPq, em Brasília (DF).
Além de mesas-redondas sobre as áreas de pesquisa da Rede, haverá debates sobre Mulheres e Mudanças Climáticas; Políticas de Indução à C&T para Mudanças Climáticas; 5ª Comunicação Nacional à Convenção do Clima.
A abertura será realizada pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos. Em seguida, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, apresentará a Conferência Magna.
Confira a programação completa.
Sobre a Rede Clima
A Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais – Rede Clima constitui-se em um importante pilar de apoio às atividades de Pesquisa e Desenvolvimento do Plano Nacional de Mudanças Climáticas para atender às necessidades nacionais de conhecimento sobre mudanças do clima, incluindo a produção de informações para formulação de políticas públicas. Foi instituída pelo então Ministério da Ciência e Tecnologia em sua Portaria nº 728, de 20 novembro de 2007, e alterada pelas Portarias nº 262 de 2 de maio de 2011 e nº-1295 de 16 de dezembro de 2013.
A Rede Clima atua para atender às necessidades nacionais de conhecimento científico sobre as “Mudanças Climáticas Globais” e para dar apoio à diplomacia brasileira nas negociações internacionais sobre o tema.
A Rede Clima também elabora análises sobre o estado do conhecimento das mudanças climáticas no Brasil, nos moldes dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (Intergovernamental Panel on Climate Change – IPCC), porém com abordagens setoriais mais específicas para subsidiar a formulação de políticas públicas nacionais e internacionais.
Seu foco científico cobre questões relevantes das mudanças climáticas, tais como:
• A base científica das mudanças climáticas: detecção e atribuição de causas; entendimento da variabilidade natural versus mudanças climáticas de origem antrópica; ciclo hidrológico e ciclos biogeoquímicos globais e aerossóis; capacidade de modelagem do sistema climático;
• Estudos de impactos, adaptação e vulnerabilidade para sistemas e setores relevantes, tais como: agricultura e silvicultura, recursos hídricos, biodiversidade e ecossistemas, zonas costeiras, cidades, economia, energias renováveis e saúde;
• Desenvolvimento de conhecimento e tecnologias para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
A Rede Clima tem abrangência nacional, envolvendo dezenas de grupos de pesquisa em universidades e institutos. Estas estão distribuídas nas diversas regiões do país, o que provê capilaridade para a Rede, assim como potencializa a transferência e difusão das informações geradas.
Nota de Pesar
Com profundo pesar, comunicamos o falecimento do Dr. Jorge Vicente Lopes da Silva, ocorrido na data de hoje. Dr. Jorge foi um renomado pesquisador-tecnologista no CTI Renato Archer, onde também exerceu o cargo de Diretor de 2019 a 2024.
Durante sua passagem pela instituição, destacou-se na área de Prototipagem Rápida e nas aplicações médicas da tecnologia de impressão 3D. Sob sua liderança, foram implantadas e desenvolvidas as primeiras máquinas de impressão 3D no Brasil, consolidando um importante grupo de pesquisa que conta com dezenas de colaboradores em todo o país.
Dr. Jorge coordenou uma equipe responsável por centenas de planejamentos cirúrgicos e desempenhou um papel crucial no apoio aos principais hospitais brasileiros na adoção dessa tecnologia, especialmente em colaborações com o Sistema Único de Saúde (SUS).
O Cemaden, profundamente enlutado, presta esta singela homenagem póstuma ao Dr. Jorge, cujo legado perdurará através de seu impacto significativo na área de saúde brasileira.
NOTA TÉCNICA SOBRE ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SECAS E PREVISÕES HIDROLÓGICAS PARA A REGIÃO DO PANTANAL
1. SUMÁRIO EXECUTIVO
Na presente Nota Técnica apresenta-se a situação da seca no Pantanal entre dezembro de 2023 e maio de 2024. O período foi marcado por chuvas irregulares e déficit hídrico, resultando em seca severa ou extrema em grande parte da região, especialmente no período supracitado. A seca afetou significativamente as áreas agroprodutivas, principalmente os minifúndios. A situação hidrológica é crítica, com seca excepcional registrada nas estações fluviométricas de Ladário e de Porto Murtinho desde janeiro de 2024. A previsão para o trimestre MAIO-JUNHO-JULHO de 2024 indica alta probabilidade de fogo no Pantanal, especialmente no Mato Grosso do Sul.
1. VARIABILIDADE DAS CHUVAS NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS NA BACIA DO ALTO PARAGUAI
Na Figura 1 apresentam-se as anomalias de chuvas em relação à média histórica do período, com valores negativos (vermelho) indicando chuvas abaixo do normal e valores positivos (azul) indicando chuvas acima do normal. Observa-se um padrão de déficit de chuvas em quase todos os anos analisados, com exceção de 2022/2023, que apresentou 76 mm acima da média. Nos demais anos, as anomalias foram negativas, com destaque para 2020/2021, que registrou o maior déficit do período (-311 mm), seguido por 2023/2024 (-277 mm). O verão de 2024 foi marcado por chuvas irregulares na Bacia do Alto Paraguai, com precipitação abaixo da média em janeiro, fevereiro e maio, e acima da média em março e abril.
2. ÍNDICE INTEGRADO DE SECAS (IIS) NA ESCALA DE 1 MÊS
O Índice Integrado de Seca (IIS) do CEMADEN/MCTI combina informações sobre o déficit de chuvas, a umidade do solo e o estresse hídrico da vegetação para avaliar a intensidade da seca em uma determinada região. As análises do Índice Integrado de Seca (IIS) em curto prazo (1 a 3 meses) são relevantes para avaliar os impactos do déficit hídrico, tanto na vegetação (relacionado ao potencial de risco de fogo) quanto na produção agrícola, especialmente em cultivos de ciclo curto. Essas informações são importantes para a tomada de decisão em relação ao manejo agrícola e à prevenção de incêndios florestais.
O Índice Integrado de Seca (IIS-1) na escala de 1 mês para a região de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, incluindo o Pantanal, de dezembro de 2023 a maio de 2024 é apresentado na Figura 2. Observa-se que as condições de secas foram heterogêneas na região, no período avaliado, com destaque para o mês de dezembro de 2023, com grande parte da região classificada como em condição de "Seca Severa" ou "Seca Extrema". Em abril, em razão dos acumulados de chuvas registrados, houve uma pequena melhora, com algumas áreas passando para a classificação de "Seca Moderada". Em maio, a situação se agravou novamente, com a "Seca Extrema" se expandindo e cobrindo quase toda a região, em razão do déficit de chuvas no mês.
A Bacia do Alto Paraguai (BAP, linha azul na Figura 2) apresenta como característica marcante a divisão entre áreas de planalto, mais altas, onde ocorrem predominantemente as formações de Cerrado, e áreas de planície, mais baixas e alagáveis. Essa característica do relevo exerce forte influência na dinâmica hidrológica da região, afetando a ocorrência de secas e cheias. Os mapas do IIS mostram que as secas têm sido mais intensas nas áreas de planalto da BAP. Tal condição tem contribuído para a queda dos níveis dos rios da bacia, uma vez que o planalto desempenha um papel crucial na manutenção da disponibilidade hídrica, abrigando as nascentes de muitos rios e contribuindo para a recarga dos aquíferos.
3. ÍNDICE INTEGRADO DE SECAS (IIS) NA ESCALA DE 3 MESES
Considerando a escala de três meses, que compila as condições de seca de março a maio, o Índice Integrado de Seca (IIS-3) apresenta áreas com seca moderada e severa predominantemente no sul do Mato Grosso do Sul e no norte do Mato Grosso (Figura 3). A previsão do IIS-3 para o mês de junho indica que a situação de seca na região Centro-Oeste deve persistir, com potencial agravamento em algumas áreas (norte do Mato Grosso do Sul).
3.1. ÁREAS POTENCIALMENTE AGROPODUTIVAS
A evolução temporal do número de municípios em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com áreas agroprodutivas potencialmente afetadas pela seca entre dezembro de 2023 e maio de 2024 é apresentada na Figura 4. Em dezembro, 95 municípios (43% do total) nos dois estados já apresentavam pelo menos 40% de suas áreas agroprodutivas impactadas. A situação se agravou em maio de 2024, quando esse número aumentou para 118 municípios (54% do total).
O impacto da seca em imóveis rurais de diferentes portes (minifúndios, pequenos e médios) entre dezembro de 2023 e maio de 2024 é ilustrado na Figura 5. Com exceção do mês de abril, a seca afetou a maioria das propriedades em todos os meses analisados, independentemente do tamanho. Os minifúndios foram os mais afetados, com grande parte deles apresentando mais de 80% da área impactada em dezembro de 2023, março e maio de 2024. A irregularidade das chuvas no verão-outono de 2024 intensificou a seca, resultando em picos de impactos em dezembro, março e maio, quando houve um aumento no número de imóveis com maior área afetada.
4. ANÁLISE HIDROLÓGICA
O Índice Padronizado Bivariado Precipitação-Vazão (TSI), permite a caracterização das secas hidrológicas pela análise conjunta tanto da precipitação quanto da vazão nas bacias hidrográficas. De acordo com o TSI na escala temporal de 12 meses (Figura 6), as bacias afluentes às estações fluviométricas de medições de Ladário e Porto Murtinho, localizadas às margens do rio Paraguai, encontram-se em condição de seca hidrológica excepcional (TSI-12 = 3.42 e TSI-12 = -3.45, respectivamente). Destaca-se que ambas as regiões apresentam seca hidrológica excepcional, intensidade mais crítica, desde janeiro de 2024.
Em Ladário, localizado no noroeste do Estado do Mato Grosso do Sul, foi registrado, no mês de maio, um incremento do nível médio do rio comparativamente ao mês anterior (21 cm), como pode ser observado na Figura 7. O atual nível médio mensal do rio em Ladário (144 cm) configura uma situação bastante crítica, com valor correspondente a apenas 37% da média histórica de maio (384 cm). Ressalta-se que, a estação de Ladário é uma das referências para acompanhar o comportamento do nível do Rio Paraguai, por estar localizada na região central do Pantanal e gerando dados desde 1900. Neste local, para que seja considerada situação de "cheia", de acordo com relatório final do Programa de Ações Estratégicas para o Gerenciamento Integrado do Pantanal e da Bacia do Alto Paraguai (ANA/GEF/PNUMA/OEA), o nível do rio precisa atingir no mínimo 400 cm. Adicionalmente, em Porto Murtinho, localizada na região oeste do Estado do Mato Grosso do Sul, também foi registrado um aumento do nível médio do rio em maio quando comparado ao mês anterior, de aproximadamente 19 cm (Figura 7). No entanto, o atual nível médio em Porto Murtinho (223 cm), é equivalente a apenas 46% do esperado para o período (489 cm), configurando uma situação bastante crítica.
Ressalta-se, também, que a Agência Nacional de Águas (ANA) declarou, no dia 14 de maio de 2024, situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos na região hidrográfica do Paraguai, que terá vigência até 31 de outubro de 2024, podendo ser prorrogada caso a situação de escassez persista. A escassez hídrica nessa região pode provocar impactos significativos para os usos da água, especialmente no abastecimento de cidades como Cuiabá, no Mato Grosso, e Corumbá, em Mato Grosso do Sul. Além disso, atividades como navegação, turismo, pesca e geração de energia também podem ser afetados.
5. PREVISÃO DE PROBABILIDADE DE FOGO
Na Figura 8 apresenta-se a previsão da probabilidade de fogo para a região do Pantanal para o trimestre MAIO-JUNHO-JULHO de 2024. No Mato Grosso, grande parte do estado apresenta níveis de alerta (54 municípios) e de atenção (72 municípios), além de 3 municípios em alerta alto, indicando uma alta probabilidade de fogo. A área em alerta abrange 391.147 km², enquanto a área em alerta alto abrange 19.845 km².
A situação é mais crítica no Mato Grosso do Sul, com grande parte do território em situação de atenção e de alerta. As áreas em alerta e em alerta alto abrangem um pouco mais de 100 mil km², incluindo 23 municípios e 1 município, respectivamente.
Em relação à área do Bioma Pantanal, que abrange áreas de ambos os estados, a situação é de atenção e de alerta em todo o território.
6. VARIABILIDADE DA TEMPERATURA MÉDIA DA SUPERFÍCIE
As anomalias de temperatura média (TMED) no Pantanal entre dezembro de 2023 e maio de 2024 mostram um padrão de aquecimento gradual, com algumas flutuações. Nos meses de dezembro de 2023 a abril de 2024, predominam anomalias positivas de TMED, com valores entre 2,0 e 3,0 °C acima da média em grande parte da região. No mês de março de 2024, observa-se um aumento nas anomalias de TMED, com valores predominantemente entre 3,0 e 4,0 °C acima da média. Este é o mês mais quente do período analisado. Especialmente no período de dezembro a março, o calor acima da média, associado também com as condições de seca em parte da região, podem ter contribuído para a redução dos níveis dos rios.
Elaborado por:
Ana Paula Martins do Amaral Cunha
Luz Adriana Cuartas
Lidiane Cristina Oliveira Costa
Elisangela Broedel
Márcia Guedes
Revisado por:
Regina Célia dos Santos Alvalá
Na presente Nota Técnica apresenta-se a situação da seca no Pantanal entre dezembro de 2023 e maio de 2024. O período foi marcado por chuvas irregulares e déficit hídrico, resultando em seca severa ou extrema em grande parte da região, especialmente no período supracitado. A seca afetou significativamente as áreas agroprodutivas, principalmente os minifúndios. A situação hidrológica é crítica, com seca excepcional registrada nas estações fluviométricas de Ladário e de Porto Murtinho desde janeiro de 2024. A previsão para o trimestre MAIO-JUNHO-JULHO de 2024 indica alta probabilidade de fogo no Pantanal, especialmente no Mato Grosso do Sul.
Seminário no Cemaden discute secas e degradação de terra: 122 municípios da região Sudeste apresentam áreas suscetíveis à desertificação
As secas são recorrentes e têm se intensificado nos últimos anos. O aumento na frequência e na intensidade das secas pode contribuir para a intensificação do processo de desertificação, assim como, para os impactos socioeconômicos e ambientais. E isso não é diferente na Região Sudeste: aproximadamente, 37% do Sudeste está com nível de degradação entre moderado e crítico, com 122 municípios na condição de áreas susceptíveis à desertificação (ASD), este localizados no norte de Minas Gerais.
Para elaborar plano e subsidiar, posteriormente, programa e ações públicas, foi realizado, nos dias 03 e 04 de junho, o Seminário Regional para a Elaboração do 2° Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca - PAB Brasil – Sudeste, na sede Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - no Parque de Inovação Tecnológico de São José dos Campos (SP).
A elaboração do 2º Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (2º PAB Brasil) é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), por meio do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável (SNPCT).
Foram reunidos cerca de 50 representantes de organizações não-governamentais, órgãos federais, estaduais e/ou municipais de meio ambiente, clima, agricultura e justiça, universidades, instituições de pesquisa, organizações da sociedade civil, representações de povos e comunidades tradicionais, Defesas Civis, entre outros, provenientes dos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Discussões e elaboração de propostas foram desenvolvidas no intuito de empenharem-se no trabalho - de forma direta ou indiretamente - no combate de processos relacionados à desertificação (degradação da terra) e a mitigação das secas.
Durante os dois dias, a programação do seminário regional do Sudeste, desenvolvida no auditório do Cemaden e em espaços e auditórios do Parque de Inovação Tecnológica (PIT-SJC), ofereceu atividades de integração, partilha de aprendizados, discussões sobre temáticas, palestras sobre a situação climática- ambiental e dados socioeconômicos da Região Sudeste. Foram realizadas quatro reuniões, em grupos de trabalho, para elaborar propostas da Região Sudeste para inclusão no 2º Plano do PAB.
Na Região Sudeste, vivem mais de 20 milhões de pessoas (IBGE 2022), representando 41,78% da população brasileira. Segundo o IBGE, Sudeste é a região que mais ganhou população: soma de habitantes de SP, MG, RJ e ES saltou de 80,3 milhões (2010) para 84,8 milhões (2022). Os dados socioeconômicos do Sudeste foram apresentados pelo prof. Marcos Teixeira, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), durante o seminário.
Situação climática-ambiental e dados socioeconômicos do Sudeste
Foram identificados 122 municípios da Região Sudeste na condição de áreas susceptíveis à desertificação -ASD (com índice de aridez inferior a 0,65). Aproximadamente, 37% do Sudeste está com nível de degradação entre moderado e crítico.
No norte fluminense houve um aumento das áreas com aridez nos últimos anos.
“Para o Sudeste, deve-se trazer discussões sobre o Vale do Jequitinhonha, Vale do Espírito Santo e Baixada Fluminense. Secas são recorrentes e têm-se intensificado nos últimos anos. Está ocorrendo uma variabilidade espacial e temporal muito grande. Há risco à desertificação com o aumento da intensidade das secas e secas severas.”, afirma o profº Gustavo Lyra, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Foi apresentado o índice integrado de secas (IIS) dados do Cemaden/MCTI, das secas no Sudeste desde 2014 até 2023. As secas mais severas ocorreram no período de 2014-2015 (toda Região Sudeste); em 2015 (norte MG e SP-noroeste e central); em 2017 (norte de MG e noroeste e centro do Estado de SP); em 2021 (todo estado SP e sudoeste de MG) e 2023 (centro do Estado de SP, noroeste e nordeste de MG e todo ES).
Representatividade da sociedade e contribuições para elaboração de propostas
Na abertura do Seminário Regional do Sudeste do PAB (Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação aos Efeitos da Seca), representantes de organizações não governamentais, instituições públicas e representantes de órgãos federais, estaduais e municipais deram a sua mensagem sobre a temática do evento.
“A seca e a degradação de terra estão em todo o Brasil”, afirma a pesquisadora em secas do Cemaden, Ana Paula Cunha, coordenadora da organização do evento regional e coordenadora substituta de Relações Institucionais do Cemaden. Fez uma breve citação das secas no Brasil: a que impactou a Região Sudeste entre 2012 e 2017; a do ano de 2014 em quase toda a região Sudeste; a de 2015 na Região Metropolitana de SP; a de 2015 no norte de Minas Gerais e Espírito Santo; a de 2015-2016 na Amazônia e a de 2021-2022 na Região Centro-Oeste.”
“Trabalhamos com Agroecologia e reflorestamento de árvores e floresta, que contribui para o uso ambiental do solo e o uso e conservação da água. Precisamos de políticas públicas e apoio governamental para melhorar a produção e a renda familiar.”, destaca José Roberto Reboneto, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA-ES).
“Nossos centros operacionais de apoio ambiental exigem uma ação planejada e integrada, dando prioridade às ações relacionadas às mudanças climáticas, as quais devem ser de caráter preventivo. É essencial essa escuta social de todos os nichos presentes da sociedade”, afirma Renata Bertoni Vita – procuradora de Justiça – representante do Grupo de Atuação Especial e Defesa do Meio Ambiente (GAEMA- SP)
“Estamos sempre à disposição no sentido de contribuir com nossas pesquisas e, principalmente, escutar o que as pessoas representativas da sociedade têm a dizer”. “Javier Tomasella – hidrólogo e pesquisador, representante do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), destacando os trabalhos científicos que dão referência às situações e perspectivas das secas no País, desenvolvidos pelo INPE, em parceria com o Cemaden.
“Temos observado a seca também no sul do Espírito Santo, suscitando as discussões sobre mudanças climáticas. Cada vez mais, a estiagem é uma realidade no estado, principalmente ao norte. Vemos o tamanho da complexidade do assunto, mostrando a importância do combate e prevenção, mas também das questões de adaptação à realidade.”, enfatiza a Major Lorena Sarmento Rezende – representando a Coordenação Estadual da Defesa Civil do Estado do Espírito Santo.
“Decretamos 102 municípios em estado de seca. Os períodos de seca estão mais contínuos, avançando em direção ao sul do estado. Temos algumas ações para minimizar os impactos, como o projeto de dessalinização das águas. Nosso foco é prevenção e fortalecer os municípios.”, informa Major Luís Antônio – representando a Coordenação Estadual da Defesa Civil do Estado de Minas Gerais.
“É importante a construção via campesina, no movimento de luta pela terra no estado do Espírito Santo. Temos que desmistificar quando precisamos falar de terra. O assunto é de causa e efeito e está ligado à concentração de terra e projetos antagônicos, como o uso desenfreado do agrotóxico e dos biomas. Os projetos de campo defendem a valorização das pessoas. Falar sobre preservação ambiental também é falar dos povos dos campos, que utiliza a agroecologia. A construção coletiva é o papel do governo democrático, dando a oportunidade de criar o modelo da sociedade do campo, que faz a defesa da natureza.”, afirma Eliandra Fernandes - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Via Campesina (Movimentos Sociais do Campo).
“Há 30 anos atuando na área ambiental, venho representando a sociedade. As questões ambientais estão relacionadas ao processo de ocupação das cidades há 50 anos, que não se adequada com a legislação. Na lógica do afetado, da pessoa, é fundamental falar sobre Ministério Público para a sociedade. Precisamos trazer a prevenção antes que o desastre ocorra. Falar em desastres é falar em prevenção e em pessoas.”, expõe Denise Torin – procuradora de Justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro.
“Basicamente, a missão do Parque de Inovação Tecnológica (PIT) de São José dos Campos é o desenvolvimento de tecnologias para implementar vários setores do Brasil. Uma dessas áreas é a do agro. Aqui na região do Vale do Paraíba, historicamente, houve a degradação de terra, impactada pela monocultura. É preciso valorizar o bem social que a terra traz e o estudo agroeconômico, os quais contribuem para essa missão. Este fórum já mostra o que há de bom para trabalhar com tecnologias. Estamos animados para dar capilaridade e contribuir para as políticas públicas.”, declara Jeferson Cheriegate, presidente do Parque de Inovação Tecnológica (PIT) de São José dos Campos (SP).
“Do ponto de vista e memória sobre seca, lembrava-se apenas da Região Nordeste e semiárido brasileiro. As secas atingem todo o país. Ao longo dos 25 anos, o processo de mudança significativa no que se refere à seca, exigiu mais construção de conhecimentos e implementação de políticas públicas para a convivência com o semiárido. As mudanças climáticas, ações humanas, degradação da terra, aquecimento global chamam a atenção e sobre o impacto em todos os biomas. Nas regiões da seca, são atingidas um milhão e quatrocentos mil propriedades rurais, sendo 60% em Minas Gerais, atingindo comunidades quilombolas. Também 42 populações indígenas estão vivendo em áreas do semiárido. A conservação da biodiversidade, do solo e da água estão mais preservados nas regiões onde vivem quilombolas, indígenas e campesinos.” enfatiza Alexandre Pires – diretor do Departamento de Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA)
Dando as boas-vindas aos participantes do 2º PAB Brasil, a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, fez uma explanação do contexto da missão do Cemaden, em ser a sede do Seminário Regional do Sudeste, com relação ao monitoramento e pesquisas sobre desastres.
“A seca é a tipologia que mais impacta social e economicamente o mundo, na classificação dos desastres”. Fez a lembrança sobre a criação do Cemaden pós o maior desastre ocorrido na Região Sudeste, na região serrana do Rio de Janeiro, em janeiro de 2011. As secas também são bastante significativas, demandando pesquisas tanto pelo INPE, pelo Cemaden e INSA. Desde 2012, com a seca do Nordeste, houve a necessidade de prover informações e subsídios para tomada de decisões e implementação de políticas públicas. Como instituto de ciência e tecnologia, o Cemaden provém de informações para o diagnóstico e prognóstico da seca. Olhar para o monitoramento e gerar informações com relação a população e sociedade em geral, impactadas pela seca, demandou o desenvolvimento de metodologias, levantamento das pessoas afetadas e identificação dos estabelecimentos agrários e agrícolas. A partir de 2014, esses dados passaram a ser gerados para todo o território nacional, abrangendo os 5.570 municípios do país. A geração de informações e diagnóstico estão relacionados com a falta de chuvas, subsidiando a agricultura, as bacias hidrológicas que geram água para energia e para o abastecimento, além de subsidiar as decisões do Programa Garantia Safra”, informa a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá.
2º Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação aos Efeitos da Seca (PAB Brasil)
O 2º PAB Brasil tem o intuito de propor e planejar ações estratégicas concretas de curto, médio e longo prazos para combater a desertificação, mitigar os efeitos das secas e prevenir e reverter os quadros de degradação da terra. Com essa finalidade, foram realizados 10 seminários estaduais e três regionais (Sudeste, Centro-Oeste e Norte) para compreender os contextos regionais e territoriais, visando à construção do 2º PAB Brasil. O seminário da região Sul ainda não ocorreu, devido às fortes chuvas na região.
Esses seminários representam etapas participativas fundamentais que conectam os diferentes segmentos da sociedade, incluindo governos municipais, estaduais e federal, sociedade civil, comunidade científica e setor empresarial, todos contribuindo com discussões sobre conjunturas, propostas e metas de ação. Espera-se que o 2º PAB Brasil seja apresentado na COP 16, a ser realizada na Arábia Saudita entre 03 e 15 de dezembro de 2024.
“A elaboração do plano de ação depende do contexto político e do compromisso com essa agenda. O conjunto de iniciativas tem que ter a cara de cada região do país. O Plano tem que ter a cara do povo, dos que estão sendo afetados pela degradação da terra.”, esclarece Alexandre Pires – diretor do Departamento de Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Propostas apresentadas no Seminário Regional do Sudeste- 2º PAB Brasil
Os grupos de trabalho do Seminário Regional do Sudeste debateram quatro eixos relacionados à seca e degradação de terra, englobando: gestão de informação, pesquisa e inovação; governança e fortalecimento institucional; melhoria das condições de vida da população afetada; e gestão sustentável para neutralização da degradação da terra.
Basicamente, as propostas apresentadas, no final dos trabalhos, abordaram desenvolvimento sustentável, redução do uso de agrotóxicos, melhoria na gestão de recursos hídricos, construção de planos de comunicação, fortalecimento de ações de educação ambiental, entre outras.
Para o diretor do Departamento de Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Alexandre Pires, a realização do Seminário Regional do Sudeste na sede do Cemaden, no Parque de Inovação Tecnológica, simboliza exatamente a capacidade de geração de conhecimentos científicos, pesquisas e inovação, que contribuem com subsídios para gerar as políticas públicas.
“Chamou a atenção essa capacidade das equipes de pesquisa, dos conhecimentos, da mobilização para congregar toda a representatividade da sociedade e dos estados, para as discussões do tema da seca, degradação de terras e a situação na Região Sudeste”, destaca Pires, enfatizando que foram os elementos condutores para as discussões dos eixos realizadas pelos participantes.
“Vamos priorizar e dar atenção aos municípios do Sudeste impactados nas áreas socioeconômica e ambiental”.
O diretor do Departamento de Desertificação do MMA informou que junto com a elaboração do 2º Plano de Ação, será implementado um Programa de Cultura de Enfrentamento à Desertificação”, articulado com outras iniciativas.
Informou, também, que as estratégias para a elaboração do documento, análise de novas propostas para incorporação e elaboração da 2ª versão, passará por fases de pactuação com outros órgãos do governo federal e estadual, para a eficiência e eficácia das ações, com previsão de finalização em novembro deste ano. “A apresentação do Plano na COP 2024 dará oportunidade de parcerias financeiras com fundos internacionais, para fortalecer a implementação das ações de combate à desertificação e degradação das terras.”, finaliza o diretor.
As propostas elaboradas em todas as regiões brasileiras- destinadas à elaboração do 2° PAB Brasil - estarão disponibilizadas para consulta pública no segundo semestre deste ano, no site:
https://www.pabbrasil.ufrpe.br/
Fonte: Ascom/Cemaden
Nos dias 3 e 4 de junho, Cemaden sediará o Seminário Regional do Sudeste para discutir o combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca
Na próxima semana, dias 03 e 04 de junho, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sediará o Seminário Regional para a Elaboração do 2° Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca - PAB Brasil - Sudeste.
O Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAN Brasil), elaborado em 2004, objetivou, entre outros, atender ao compromisso assumido pelo Governo Brasileiro, quando da ratificação da UNCCD (sigla em inglês, designação do programa da ONU), tendo as Áreas Suscetíveis a Desertificação (ASD) como objeto de sua atuação. Além disso, na época, houve a questão central do compromisso do Governo com o processo de transformação da sociedade brasileira, centrado na busca da erradicação da pobreza e da desigualdade.
Neste momento, quase 20 anos depois da elaboração do PAN Brasil, faz-se necessário refletir sobre os avanços conquistados ao longo deste tempo e, a partir deste diagnóstico, traçar ações e metas de curto, médio e longo prazos. A finalidade é reduzir ou erradicar a vulnerabilidade dos territórios sujeitos a processos de degradação e secas recorrentes em todo o país, à luz da emergência climática que se impõe.
O plano tem - entre seus objetivos - congregar órgãos estaduais e/ou municipais de meio ambiente, clima, agricultura, universidades, instituições de pesquisa, organizações da sociedade civil, representações de povos e comunidades tradicionais, entre outros, no intuito de empenharem-se no trabalho - de forma direta ou indiretamente - no combate de processos relacionados à desertificação (degradação da terra) e a mitigação das secas.
Fonte: Ascom/Cemaden
Modelo de monitoramento hidrológico pelo método Inteligência Artificial apresenta precisão dos cenários de risco de inundação
Um modelo hidrológico baseado em dados, inspirado em uma rede neural MLP ( Multi Layer Perceptron), foi usado para prever séries temporais diárias do nível do rio na bacia do Rio Negro. Utilizou dados diários de nível e variações pluviométricas de 18 estações hidrométricas para fornecer níveis de rios para diferentes cenários de escalada sub-bacia.
O modelo apresentou desempenho promissor na previsão do nível dos rios para barragens e estações hidrométricas selecionadas, capturando com precisão as tendências primárias e pequenas flutuações observadas em cenários de risco de inundação e reservatórios.
O estudo examina a eficiência da abordagem baseada em dados em diferentes escalas de sub-bacias e períodos de tempo de previsão, fornecendo informações avançadas sobre a dinâmica dos sistemas fluviais.
Compreender suas causas e estabelecer metodologias para a prevenção de riscos é um desafio crítico para sistemas de alerta eficazes. Sistemas complexos como bacias hidrológicas são modelados através de modelos hidrológicos que têm sido utilizados para entender a recarga de água de aquíferos, o volume disponível de barragens e as inundações em diversas regiões. Esse é o foco do artigo intitulado "Nonlinear hydrological time series modeling to forecast river level dynamics in the Rio Negro Uruguay basin" (Modelagem de séries temporais hidrológicas não lineares para previsão da dinâmica do nível do rio Negro na bacia do Rio Negro Uruguai), publicado no jornal de ciência não linear internacional Chaos: An Interdisciplinary Journal of Nonlinear Science, periódico revisado por pares fundado em 1991, da editora AIP, publicação do Instituto Americano de Física.f
Os autores usam técnicas matemáticas para analisar dados hidrológicos de diferentes estações na bacia do Rio Negro (Uruguai) - bacia transfronteiriça, que nasce no Brasil e segue para o Uruguai. É empregado um modelo de I.A. (Inteligência Artificial) para previsão de nível do rio, com base nas ferramentas matemáticas analisadas. Os resultados mostram a possibilidade de dinâmica caótica nos dados e o impacto na previsibilidade dos modelos.
“A aquisição de dados hidrometeorológicos, em tempo real, de bacias e rios é vital para o estabelecimento de modelos baseados em dados como ferramentas para a previsão da dinâmica do nível dos rios e para a compreensão de seu comportamento não linear.”, enfatiza o físico Leonardo Bacelar Santos, pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), participante do estudo, liderado por Johan Duque, seu orientando em Doutorado.
A pesquisa é o resultado de colaboração entre pesquisadores do Brasil (Cemaden e o Inpe - Instituto de Pesquisas Espaciais), do Uruguai e Estados Unidos.
"A internacionalização é muito bem-vinda em diversos aspectos, ainda mais no caso de estudos em hidrologia, onde as bacias hidrográficas não respeitam fronteiras políticas. O compartilhamento de dados e conhecimento entre os países é benéfico a todas as partes", afirma o pesquisador do Cemaden, Leonardo Santos.
Os pesquisadores envolvidos no artigo estão na equipe do projeto iFAST (Intelligent Flood Alert Surveillance Tools), com financiamento CNPq (projeto 446053/2023-6).
O artigo na integra pode ser acessado pelo link:
Fonte: Ascom/Cemaden
Comunicadores e líderes religiosos visitam o Cemaden
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) recebeu, no último dia 24 de abril, a visita de 46 lideranças religiosas do Brasil e do exterior, dentre elas teólogos, pastores, líderes evangélicos, jornalistas, editores e influencers. O objetivo da visita foi conhecer a missão do Cemaden, em especial os impactos de mudanças climáticas, desastres relacionados ao clima e ações de prevenção de desastres. Juntos, os participantes congregam mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais.
Após as boas-vindas da diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, os visitantes assistiram a apresentações proferidas pelos pesquisadores Giovanni Dolif, sobre Desastres Climáticos e Sistema de Alerta, e Ana Paula Cunha, sobre Desastres Climáticos e Secas. Na segunda etapa, o grupo conheceu a Sala de Situação do Cemaden e, em seguida, a responsável pelo programa Cemaden Educação, Rachel Trajber, apresentou palestra sobre Percepção de riscos, prevenção de desastres e o programa Cemaden Educação. Finalizando, a equipe do Cemaden Educação realizou uma oficina de pluviômetros artesanais.
“Não conhecia uma estrutura tão amarrada e com objetivo de melhorar a vida das pessoas”, comentou Nicole Pimont, do projeto Casa sem Lixo. “As informações que recebi na visita ao Cemaden irão subsidiar o conteúdo que divulgo nas redes sociais, visando levar mais conscientização aos meus seguidores.”
Para Samuel Cavalcante, pastor em Maceió e empresário do ramo digital, é fundamental que os influenciadores tenham como ponto de partida o conhecimento científico, para a elaboração de conteúdos sobre meio ambiente. “Trabalho com internet há quase 10 anos. Vim ao Cemaden para aprofundar meus conhecimentos, pois quero me comunicar de forma correta. O meio ambiente é um tema que interessa muito ao público jovem, a quem me dirijo”, afirmou.
“Sabia da existência do Cemaden, mas não tinha ideia de que era uma estrutura tão bem organizada, tão bem equipada, com propostas tão claras de serviços e conexões”, disse José Carlos da Silva, pastor da 1ª Igreja Batista de Brasília. “O que mais chamou a atenção foi a interligação dos sistemas federais, dos ministérios envolvidos. Há aspectos relacionados às cidades, ao campo à agricultura, minas e energia. Todo mundo junto nessa proposta de cuidar da população.”
Viviane Costa, pastora evangélica pentecostal comunidade na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, levará o aprendizado obtido no Cemaden para as comunidades onde atua. “Recebemos informações dos órgãos públicos, mas não temos ideia do trabalho que está por trás desses dados. Nesta visita, percebi que existem possibilidades de construção de caminhos, de conscientização, de mudança, da adaptação climática que a gente espera que aconteça o mais rápido possível.”
Os participantes foram convidados pela Iniciativa Inter-religiosa pelas Florestas Tropicais(IRI), criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2018. A iniciativa está presente nos países que concentram 75% das florestas tropicais remanescentes, ou seja, Brasil, Colômbia, Peru, República do Congo e Indonésia. Essa foi a nona visita organizada pela IRI ao Cemaden.
O objetivo principal da IRI é contribuir para que as lideranças e comunidades de todas as tradições religiosas possam aprofundar seus conhecimentos sobre as mudanças climáticas e a importância da preservação das florestas tropicais, com o intuito de ampliar o engajamento em iniciativas de preservação ambiental, mitigação, adaptação às mudanças climáticas e redução de riscos de desastres.
Fonte: Ascom/Cemaden
Projeto COPE oferece Bolsa de Mestrado Fapesp para o Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden)
Estão abertas as inscrições para uma vaga de Bolsa Mestrado da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para o Projeto “Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), conduzido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais Cemaden- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com sede em São José dos Campos (SP).
As inscrições devem ser feitas até dia 31 de agosto de 2024. O bolsista deverá estar disponível para residir em São José dos Campos ou arredores.
O (a) bolsista de Mestrado trabalhará no desenvolvimento de metodologia para criação de sistemas de alerta centrados nas pessoas e voltados a extremos de tempo e clima, considerando as dimensões etárias, de gênero e pessoas com deficiência.
Os (as) candidatos (as) devem ter formação em áreas relacionadas a Ciências Sociais, Políticas Públicas, Geografia, Serviço Social, Psicologia, Pedagogia, Letras, Gerontologia, Comunicação Social, Gestão Ambiental, entre outras. É desejável que o(a) candidato(a) tenha experiência com a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
A bolsa de Mestrado fornecida pela FAPESP tem duração de até 24 meses e valor mensal de R$ 2.507,10 no primeiro ano e R$ 2.661,60 no segundo. Há ainda um auxílio financeiro para despesas diretamente relacionadas às atividades de pesquisa (www.fapesp.br/rt) e um auxílio instalação para bolsistas que precisem se mudar para a cidade onde se localiza a instituição sede da pesquisa podem solicitar o benefício de Auxílio Instalação (norma completa em www.fapesp.br/7771). Mais informações estão disponíveis no site www.fapesp.br/bolsas/ms.
Os (as) candidatos (as) selecionados para a bolsa de Mestrado deverão ser aprovados (as) na prova do Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais (ICT/Unesp-Cemaden) , que será realizada entre setembro e novembro de 2024.
O processo seletivo incluirá análise de currículo lattes, entrevista e apresentação. É desejável que o(a) candidato(a) tenha experiência com a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Candidatos(as) selecionados(as) para a fase de entrevistas serão comunicados por e-mail até o dia 30 de setembro de 2023.
Para se candidatar, os (as) interessados (as) devem preencher o formulário de interesse: https://forms.gle/T9TsL3rk3vvqrq5e9. Em caso de dúvidas, contatar o pesquisador Victor Marchezini (victor.marchezini@cemaden.gov.br)
Projeto COPE
O objetivo do Projeto COPE - que tem o apoio da Fapesp (Processo 22/02891-9) - é analisar as capacidades organizacionais de preparação de governos locais e comunidades, frente a eventos extremos de tempo e clima. A partir disso, coproduzir estratégias de fortalecimento da implementação de políticas públicas no tema.
A mobilização dos participantes da pesquisa e a disseminação dos resultados ao longo do processo de pesquisa fará uso de webinários, bem como de redes sociais mediante estratégias de jornalismo de dados e produção de vídeos voltados à identificação e disseminação de boas práticas. A finalidade é aumentar as capacidades organizacionais frente a eventos extremos.
A ideia do Projeto COPE é integrar atividades de ensino, pesquisa, extensão e implementação de políticas públicas, conectando gestores (as) públicos e comunidades expostas a riscos de desastres, considerando as dimensões etárias, de gênero e pessoas com deficiência. A proposta se associa aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 e 13.
Datas importantes
-Prazo para envio da candidatura à Bolsa de Mestrado Fapesp: 31/08/2024
-Notificação a candidatos(as) selecionados para a fase de entrevistas: até 30/09/2024
-Realização da prova da pós-graduação em desastres (ICT/Unesp-Cemaden): entre setembro e novembro/2024
-Início das atividades da bolsa de mestrado, no Cemaden: 01/03/2025
Mais informações no site da Fapesp: https://fapesp.br/oportunidades/capacidades_organizacionais_de_preparacao_para_eventos_extremos_(cope)/7097/
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden publica licitação para contratação de fornecimento de dados de descargas elétricas atmosféricas
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos(SP), lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico, que visa à contratação de serviço de fornecimento de dados de descargas elétricas atmosféricas, em tempo real, sobre todo o território nacional.
A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 23/05/2024. O Edital do Pregão Eletrônico nº 90001/2024 pode ser retirado a partir desta data, das 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos (SP) ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio de propostas deverá ser feito no site https://www.gov.br/compras/pt-br, até a data de abertura das propostas, que ocorrerá no dia 10/06/2024 às 10h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Cemaden publica licitação para contratação de serviços continuados de Apoio Administrativo
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - CEMADEN, localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos (SP), lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico, que visa à contratação de empresa especializada para prestação de serviços continuados de Apoio Administrativo e Copeiragem, com fornecimento de materiais e insumos para atender às suas necessidades.
O edital abrange as seguintes categorias: Copeira (02 postos), Auxiliar de Almoxarifado (02 postos), Recepcionista (01 posto), Mensageiro (01 posto), Auxiliar Administrativo (01 posto) e Supervisor Administrativo (01 posto). A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 23/05/2024.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 08/2023 pode ser retirado a partir dessa data, das 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos (SP) ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio de propostas deverá ser feito no site https://www.gov.br/compras/pt-br, até a data de abertura das propostas, que ocorrerá no dia 11/06/2024 às 10h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Pesquisa-ação e oficina na preparação para eventos extremos envolvem estudantes pós-graduandos e da escola de São Luiz do Paraitinga
Integrar atividades de ensino, pesquisa e extensão - com o objetivo de subsidiar a implementação de políticas públicas de preparação para eventos extremos de tempo e clima - é a proposta do Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), coordenado pelo pesquisador e sociólogo Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O Projeto COPE foi apresentado, no último dia 15 de maio, na Escola Estadual Monsenhor Ignácio Gióia, em São Luiz do Paraitinga (SP). A equipe de pesquisa também realizou um grupo focal para identificar as demandas da escola em relação à preparação para eventos extremos. Esta atividade foi coordenada por Janaína de Alencar Mota e Silvia, que é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden). Os(as) doutorandos(as) da PGCST/INPE atuaram como facilitadores dos grupos focais. O encontro ainda teve uma oficina sobre comunicação, coordenada por Monique Sampaio, doutoranda da PGCST/INPE e bolsista Fapesp – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (processo 2024/03072-7).
Marchezini, que além de pesquisador do Cemaden é professor do Programa de Pós-Graduação ICT-Unesp/Cemaden e do Programa de Pós-graduação em Ciência do Sistema Terrestre (PGCST/INPE), informou que, nessa fase do projeto, serão desenvolvidos métodos e abordagens inter-(entre as ciências) e transdisciplinares (entre cientistas e não-cientistas) para analisar as capacidades organizacionais de preparação de governos locais e comunidades, frente aos eventos extremos e clima. Posteriormente, serão elaborados e apresentados os subsídios para implementar as políticas públicas de preparação aos eventos extremos e clima.
“A ideia do projeto é conectar gestores (as) públicos e comunidades expostas a riscos de desastres, considerando as dimensões etárias, de gênero e pessoas com deficiência”, afirma o pesquisador do Cemaden e enfatiza: “O foco do projeto é desenvolver metodologias para implementar a recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), com referência à criação de sistemas de alertas centrados nas pessoas.”
Parceria com Escola Estadual em São Luiz do Paraitinga: oficinas e apresentação de trabalhos científicos envolvendo estudantes
Para Daniel Messias dos Santos, professor da Escola Monsenhor Ignácio Gióia, a parceria com Projeto COPE é essencial por dois aspectos: “ela permite que os adolescentes participem efetivamente de uma iniciação científica, com parceiros respeitados por suas pesquisas. Em segundo, possibilita que a escola seja o centro dos debates das questões climáticas e desastres socioambientais e dela saiam as indicações para os caminhos que, em comunidade, devemos seguir”, afirma o professor, que vivenciou a inundação de 2010 no município e também conduziu pesquisa de mestrado no tema.
As atividades na escola foram registradas por Heitor Reis, bolsista Fapesp de Jornalismo Científico I (processo 2024/00469-3), atualmente graduando na UNIFESP. “É fundamental desenvolver formas de comunicação científica dos eventos extremos, que sejam voltadas aos jovens e outros grupos sociais. Sem a existência deste espaço de discussão, a sociedade não percebe o problema e sua gravidade, o que acarreta na falta de medidas de defesa civil”, pondera Reis.
Projeto COPE : pesquisadores e integrantes
Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp), o Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE) terá a duração de cinco anos, com vigência no período de 01 de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2028.
Do Cemaden, além do coordenador Victor Marchezini, participam do projeto os pesquisadores Giovanni Dolif, José Marengo, Luciana Londe e Silvia Saito, e os tecnologistas Caroline Mourão e Tulius Dias Nery, especialistas da Sala de Situação do Cemaden.
O projeto conta ainda com a participação das professoras Gabriela Lotta (FGV), Tatiana Sussel Mendes (ICT/UNESP), Giselly Rodrigues Gomes (Instituto dos Cegos do Estado do Mato Grosso), de João Porto de Albuquerque (Universidade de Glasgow), e de Reinaldo Soares Estelles (Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil). Há também a participação de doutorandos e mestrados do PGDN-ICT/Unesp-Cemaden e PGCST/INPE, além de dois bolsistas de jornalismo científico, Heitor Reis (UNIFESP) e Gabriela Gouveia (UFABC). Ao longo do projeto são previstas atividades voltadas a organizações públicas, ONGs e outras instituições interessadas.
O projeto COPE pode ser acessado pelo Instagram @projetocope e pelo link:
Fonte: Ascom/Cemaden com apoio e informações dos bolsistas de Jornalismo do Projeto COPE
Cemaden Educação promove mesa-redonda e roda de conversa sobre Educomunicação para comitiva da ECA-USP
Uma comitiva integrada por cerca de 25 estudantes e profissionais da área de Jornalismo, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), esteve na última segunda-feira (13), na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em São José dos Campos (SP).
Liderada pela docente Thaís Brianezi - da disciplina de Educomunicação e Políticas Públicas de Educação e Direitos Humanos –, a comitiva veio conhecer os trabalhos do Programa Cemaden Educação, na aplicação da Educomunicação e suas ferramentas para mobilização dos jovens e comunidades, com a finalidade de construir conhecimentos, refletir e agir na prevenção de riscos de desastres. Também estiveram presentes estudantes de pós-graduação em Desastres Naturais, da Unesp, e em Ciência do Sistema Terrestre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), alunos do pesquisador Victor Marchezini, do Cemaden.
Conheceram os sistemas e processos de comunicação nas ações participativas das comunidades das áreas de risco, da comunicação dos alertas. Também participaram da roda de conversa, onde profissionais da área de Jornalismo apresentaram suas ações, experiências e reflexões, no processo de comunicação científica e educomunicação.
O pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini, recepcionou a comitiva e conversou sobre vulnerabilidades, ações participativas da comunidade. Falou da importância da comunicação e do diálogo e comunicação entre comunidades, pesquisadores e entidades e órgãos públicos, na participação ativa das ações para prevenção de risco de desastres. Marchezini explicou, também, o objetivo do Projeto Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), que tem o apoio da Fapesp (processo 2022/02891-9).
A coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber, falou sobre as atividades desenvolvidas pelo programa, junto às escolas, defesas civis, universidades e comunidades das áreas de risco. Fez a abordagem da Educomunicação em tempos de um novo regime climático.
A Comunicação dos Alertas e o sistema do processo de informação do sistema de monitoramento foi apresentado pelo tecnologista e pesquisador, Pedro Camarinha, especialista em geodinâmica da Sala de Situação do Cemaden.
A Comunicação Científica e Educomunicação foram os temas da mesa-redonda e roda de conversa, com a participação do auditório com perguntas.
Nessa mesa-redonda, as jornalistas e assessoras de Comunicação do Cemaden - Maria Rosário Orquiza e Ana Paula Soares - falaram sobre conceitos, reflexões, experiências nas ações de divulgação científica, além de ferramentas utilizadas para a comunicação ambiental.
A professora Thais Brianezi, apresentou algumas reflexões sobre o papel da Educomunicação e a comunicação participativa e democrática da sociedade.
A programação da visita foi organizada e elaborada pela analista em C&T, Selma Flores, da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden, em conjunto com a equipe do Cemaden Educação.
Fonte: Ascom/Cemaden