Um estudo divulgado pela revista científica Current Opinion in Environmental Sustainability, da Elsevier, mostra que a integração dos múltiplos sistemas de conhecimento (científico, tradicional e local) ajuda a compreender os efeitos lentos das mudanças climáticas na América Latina e Caribe, permitindo a avaliação do impacto e do risco, necessários para o planejamento de curto e longo prazo.
Intitulado “Multiple knowledge systems and participatory actions in slow-onset effects of climate change: insights and perspectives in Latin America” (Múltiplos sistemas de conhecimento e ações participativas em efeitos lentos das mudanças climáticas: insights e perspectivas na América Latina), o artigo científico teve como coautor o pesquisador e sociólogo Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
O artigo compartilha os resultados de uma revisão sistemática de literatura sobre múltiplos sistemas de conhecimento - científicos, tradicionais e locais - sobre os efeitos de início lento da mudança climática na América Latina e no Caribe, mostrando como e por que devem ser integrados à adaptação às mudanças climáticas.
Liderado pelo pesquisador Allan Iwama, atualmente pesquisador do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Fundação Osvaldo Cruz (OTSS-Fiocruz) e professor visitante na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o estudo contou com a participação de representantes de vários países do continente americano. Além do Cemaden (Brasil), a publicação contou com pesquisadores da Universidad de Los Lagos e Universidad de Concepción (Chile), CIAD (México), Universidade de Massachusetts (Estados Unidos) e Universidade de York (Canadá).
Victor Marchezini, pesquisador do Cemaden, considera que o reconhecimento da heterogeneidade cultural do conhecimento tradicional (por exemplo, conhecimento dos povos indígenas e nativos) e do conhecimento local, podem ser vinculados a ações práticas para se adaptar aos efeitos do clima e às mudanças globais. “A integração do conhecimento tradicional e local com o conhecimento científico na avaliação de impacto e risco pode ser necessária para desenvolver o planejamento de curto e longo prazo”, explica Marchezini.
“Quando nos referimos aos efeitos de início lento das mudanças climáticas, nos concentramos em compreender a contribuição do conhecimento tradicional e local sobre as ameaças associadas ao aumento da temperatura global, a perda da biodiversidade terrestre e marinha, a degradação do solo e das florestas, elevação do nível do mar, desertificação, salinização do solo, redução das geleiras e acidificação dos oceanos”, explica o pesquisador Allan Iwama, líder do estudo. “Essas ameaças, ao contrário de eventos climáticos extremos (como enchentes, tempestades, secas severas, ondas de calor, ciclones tropicais) demoram muito mais para explicitar seus efeitos e, portanto, são mais difíceis de identificar e enfrentar”, destaca o pesquisador.
Iniciativas na América Latina e Caribe
A pesquisa mostra que a integração do conhecimento tradicional e local com o conhecimento científico é fundamental e necessária para a coprodução de observações sobre as mudanças climáticas.
Segundo o pesquisador Iwama, as iniciativas que colocam essa integração de múltiplos saberes entre seus objetivos, permitem reconhecer as vivências locais e cotidianas dos efeitos das mudanças climáticas percebidas pelas pessoas em seus territórios, além de conscientizar a população diretamente afetada sobre a possibilidade de enfrentamento dos efeitos negativos das mudanças climáticas. Da mesma forma, permite o desenvolvimento de um planejamento territorial, no curto e no longo prazo, pertinente e capaz de enfrentar processos de transformação ambiental em larga escala.
LICCION (Rede de Observação de Indicadores Locais de Impactos das Mudanças Climáticas) - https://licci.eu/liccion /
O trabalho liderado pelo pesquisador Allan Iwama é resultado do projeto CoAdapta | Litoral, apoiado pela ANID/FONDECYT 3180705 no Chile; Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), pelo do Programa de Pós-Graduação em Informação Ciência (PPGCI), desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)] e a rede Queen Elizabeth Scholhars para Economia Ecológica, Governança Comum e Justiça Climática.
O artigo na íntegra está disponibilizado no endereço :
Cerca de 30 participantes - entre brigadistas e público em geral sem experiência - foram capacitados a utilizar ferramentas estratégicas de gestão de risco e de impactos de incêndios e queimadas, em áreas rurais e urbanas. O minicurso virtual teve o objetivo de reduzir o risco do impacto negativo do fogo sobre o meio ambiente e a sociedade.
Intitulado “Educação e Monitoramento da Atividade de Fogo no Estado do Acre”, o minicurso virtual foi realizado na penúltima semana de julho deste ano (19 a 23), promovido e ministrado conteúdos por técnicos da SOS Amazônia e por especialistas do Projeto MAP-Fire, liderado pela pesquisadora Liana Anderson, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Também participaram, como palestrantes, representantes da Universidade Federal do Acre (Ufac).
No Acre, inclusive dentro de Unidades de Conservação, a realização de queimadas é uma prática convencional da agricultura familiar, empregada na limpeza do terreno para renovação dos plantios. Diante dos sucessivos impactos ambientais e dos desastres provocados pelo uso do fogo, o minicurso objetivou capacitar pessoas que possam atuar diretamente nas comunidades, por meio do repasse de conhecimentos e ferramentas de mitigação dos efeitos negativos de queimadas e incêndios.
Os participantes tiveram contato com metodologias científicas adaptadas para o trabalho com as comunidades e fizeram um exercício de reflexão sobre um plano de ação para os diferentes níveis de alertas de probabilidade do fogo, desenvolvido pelo Cemaden.
A Plataforma de Gestão do Risco e de Impactos de Queimadas e Incêndios Florestais (Plataforma MAP-Fire), possibilita a cientistas e pesquisadores brasileiros, peruanos e bolivianos o monitoramento e análises de dados das queimadas e incêndios florestais na região da tríplice fronteira da Amazônia sul-ocidental. A área monitorada engloba a região de Madre de Dios (Peru), o estado Acre (Brasil) e o departamento de Pando (Bolívia), regiões representadas pela sigla “MAP”, que dá nome à plataforma (saiba mais seu funcionamento).
O Projeto MAP-Fire foi implementado em 2019 com suporte do Inter-American Institute for Global Change Research (IAI), em parceria com o Climate Science for Service Partnership Brazil (CSSP-Brazil), e passa por um processo de aperfeiçoamento e expansão relacionado à gestão de risco em áreas protegidas para atender toda a América do Sul.
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da SOS Amazônia
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - Cemaden, localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos (SP), lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico, cujo objeto é a escolha da proposta mais vantajosa para a contratação de pessoa jurídica especializada na Prestação de Serviço Logístico integrado (Operador Logístico) para a operação da rede observacional nacional do Cemaden. A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 10/08/2021.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 06/2021 pode ser retirado a partir de 10/08/2021 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugenio de Melo - São José dos Campos (SP) ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O Programa “Ciência e Cultura, vamos brincar?” passa a fazer parte da grade de programação na rede da emissora educativa - TVT, a partir desta quarta-feira, dia 11 de agosto, e será transmitida, semanalmente, no horário das 12 horas, apresentando conteúdos relacionados à Ciência, à Cultura, às Artes e à ludicidade. Pela transmissão em TV aberta e redes sociais, permitirá ampliar o alcance ao público-alvo do programa, que vai desde o infanto-juvenil até toda a família e comunidade escolar.
Desenvolvido no âmbito de projeto do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia Inovações (MCTI), o programa é uma coprodução do Projeto WASH (Workshop Aficionados em Software e Hardware), coordenado pelo pesquisador Victor Mammana, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do MCTI– em parceria com o Movimento Nós Somos a Ciência e a Cia Cultural Bola de Meia. A produção conta com o apoio do Instituto Federal e da Câmara dos Deputados.
O programa foi lançado em agosto de 2020, inicialmente, desenvolvido para plataforma de vídeos pelo YouTube. Atualmente, é transmitido pela TV de Jacareí, pelo VRT Chanel - para mais de 175 países em todo o mundo e, ainda, disponibilizado no portal da Secretaria de Educação de Jacareí (SP) para os professores da rede pública municipal de ensino, como material de apoio pedagógico.
“A chegada do 'Ciência e Cultura, vamos brincar?' à grade da TVT nos impulsiona a seguir com os ideais que o WASH tem edificado desde seu início, entre eles, a democratização do acesso à Ciência.”, afirma o pesquisador do Cemaden, Victor Mammana, coordenador do Projeto WASH, junto ao CNPq/MCTI, complementando: “Nada disso seria possível sem o apoio constante do Cemaden, do CNPq/MCTI e dos parlamentares. O programa conta com a participação de eminentes pesquisadores do Cemaden, que trouxeram seus conhecimentos sobre clima, desastres naturais e incêndios florestais. Além disso, traz outros pesquisadores de muitas outras instituições públicas e privadas”, enfatiza o pesquisador.
Pesquisa e Educação : programa estreia com pesquisadores do Cemaden
O Projeto WASH vem atuando com o Programa Cemaden Educação, integrando conteúdos e aproveitando as experiências mútuas, no sentido de levar as temáticas de desastres naturais para a escola pública no contexto do STEAM (plataformas digitais), complementando o esforço com ações no ensino fundamental público.
A partir da estreia pela TVT, nesta quarta-feira (11), o Programa “Ciência e Cultura, vamos brincar?” trará os pesquisadores do Cemaden, que abordarão temáticas sobre clima, desastres naturais e incêndios florestais.
Estão previstas as participações dos pesquisadores do Cemaden: do climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento, que abordará sobre eventos extremos, desastres naturais e redução de risco aos desastres; da educadora ambiental e coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber, da área de prevenção e redução de riscos de desastres socioambientais; e da pesquisadora da área de incêndios florestais, bióloga Liana Anderson.
Programa “Ciência e Cultura: vamos brincar” – quarta-feira – 12 horas- TVT
A TVT é uma emissora educativa outorgada à Fundação Sociedade Comunicação Cultura e Trabalho, entidade cultural sem fins lucrativos, mantida pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, que atua desde 2010. Em sua pauta, está o compromisso com a democracia, o fortalecimento da cidadania e a justiça social.
Na Grande São Paulo, pode ser sintonizada pelo Canal 44.1. No sinal digital HD aberto, pode ser assistida no canal 512 NET HD-ABC, e está disponível no YouTube.
O evento de lançamento da 6ª edição da campanha ocorreu nesta semana, transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden Educação, com a participação de instituições parceiras como o MCTI, a SEDEC/MDR, a Cruz Vermelha e o Programa Ciência na Escola. As inscrições dos trabalhos já estão abertas e se estendem até o dia 30 de outubro.
Com o objetivo de mobilizar pessoas, instituições e comunidades para criarem espaços de diálogo, construindo e difundindo conhecimentos e intervenções no campo da Educação para Redução de Riscos e Desastres (ERRD), a 6ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021 foi lançada nesta semana (dia 03), pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Coordenada pelo Programa Cemaden Educação, a campanha anualmente, desde 2016, em referência ao Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro).
Para gerar mais engajamento dos jovens, a novidade da campanha deste ano é o incentivo à produção de vídeos e sua divulgação pelas redes sociais (TikTok/Instagram/Facebook). No momento da pandemia, são as ferramentas sugeridas para o compartilhamento de vídeos autorais curtos, com conteúdo educativo e criativo sobre o tema “Desastres, aqui? Como prevenir?”, que envolve abordagens temáticas desde a pandemia até as mudanças climáticas.
“A campanha do Programa Cemaden Educação sempre nos traz novas reflexões sobre o quanto o aprender é essencial, não só na atividade de prevenir, mas também de refletir sobre desastres”, afirma o diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes. Enfatizou a relevância da atividade de educação e comunicação, no que se refere ao monitoramento e alerta de riscos de desastres, destacando a importância das parcerias institucionais para o fortalecimento do trabalho de redução de risco de desastres.
Para a coordenadora-geral de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF-MCTI), Joana Marie Nunes, a campanha #AprenderParaPrevenir incentiva a postura preventiva, frente aos desastres, mas também a postura cidadã, responsável, humana e solidária. “A campanha do Cemaden Educação é tão necessária, reafirmando a importância de dispor de informações científicas de qualidade, ao mesmo tempo, adotando uma postura mais solidária e mais comprometida socialmente.”, destaca a coordenadora-geral da SEPEF, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
O secretário Cel. Alexandre Lucas, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério de Desenvolvimento Regional (SEDEC/MDR) ressaltou sobre a inovação da campanha deste ano, bem como a parceria da SEDEC com o Cemaden Educação, no trabalho de gestão, educação e mobilização do risco de desastres. “O grande valor dessa campanha é possibilitar uma reflexão individual e de contribuição pessoal, enquanto indivíduo. E para a proteção comunitária e gestão de risco de desastres, possibilita disseminar a participação junto às instituições públicas.”, enfatiza o secretário da SEDEC/MDR.
O presidente nacional da Cruz Vermelha Brasileira, Júlio Cals, destacou a contribuição da Educação no processo de transformação e do acerto da campanha na escolha das novas linguagens e a modalidade virtual, com o objetivo de mobilizar os jovens para a prevenção de desastres. Parabenizou, também, a campanha e as parcerias para a efetivação do trabalho conjunto em benefício de toda a sociedade na gestão de risco de desastres. “O conhecimento e a conexão entre os atores são essenciais para o sucesso da campanha. A Cruz Vermelha fica à disposição desse lindo projeto. Contem conosco e, principalmente, com nossos heróis voluntários que se dedicam a salvar vidas.”, finalizou o presidente nacional da Cruz Vermelha, no evento de lançamento da campanha.
O evento na íntegra do lançamento da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021 está disponibilizado no Canal YouTube do Cemaden Educação, pelo link:
Campanha #AprenderParaPrevenir – inscrições e forma de participação
Já estão abertas as inscrições da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021, inscrevendo vídeos curtos, de forma individual e/ou institucional. As inscrições vão até o dia 30 de outubro de 2021, mês em que marca Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro).
Além da mobilização para produção de vídeos educativos e criativos sobre a temática proposta, o Programa Cemaden Educação está com atividades programadas entre os dias 25 de agosto a 15 de setembro. Nesse período, serão realizados webinários, trazendo palestrantes convidados para abordagens e discussões em diversos temas relacionados à Campanha #AprenderParaPrevenir.
No lançamento da Campanha #AprenderParaPrevenir, a pesquisadora coordenadora do Cemaden Educação, Rachel Trajber apresentou a proposta da temática da 6ª edição da campanha “Desastres, aqui!? Como prevenir?”, mostrando as duas formas de participação: individual (jovens, educadores, ambientalistas, pessoas da comunidade, entre outras) e institucional (escolas, universidades, Defesas Civis, organizações não-governamentais e instituições públicas).
“Criar uma rede de escolas e comunidades para a prevenção e proteção do risco de desastres, com ações de monitoramento, alerta e pesquisa são o foco do Cemaden Educação. A campanha incentiva ações de mobilização e conscientização para redução dos riscos.”, afirma a pesquisadora do Cemaden, Rachel Trajber.
As informações e o guia da campanha com a temática “Desastres, aqui!? Como prevenir?” podem ser acessadas nos seguintes endereços:
O evento de lançamento da 6ª edição da campanha ocorreu nesta semana, transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden Educação, com a participação de instituições parceiras como o MCTI, a SEDEC/MDR, a Cruz Vermelha e o Programa Ciência na Escola. As inscrições dos trabalhos já estão abertas e se estendem até o dia 30 de outubro.
Com o objetivo de mobilizar pessoas, instituições e comunidades para criarem espaços de diálogo, construindo e difundindo conhecimentos e intervenções no campo da Educação para Redução de Riscos e Desastres (ERRD), a 6ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021 foi lançada nesta semana (dia 03), pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Coordenada pelo Programa Cemaden Educação, a campanha acontece, anualmente, desde 2016, em referência ao Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro).
Para gerar mais engajamento dos jovens, a novidade da campanha deste ano é o incentivo à produção de vídeos e sua divulgação pelas redes sociais (TikTok/Instagram/Facebook). No momento da pandemia, são as ferramentas sugeridas para o compartilhamento de vídeos autorais curtos, com conteúdo educativo e criativo sobre o tema “Desastres, aqui? Como prevenir?”, que envolve abordagens temáticas desde a pandemia até as mudanças climáticas.
“A campanha do Programa Cemaden Educação sempre nos traz novas reflexões sobre o quanto o aprender é essencial, não só na atividade de prevenir, mas também de refletir sobre desastres”, afirma o diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes. Enfatizou a relevância da atividade de educação e comunicação, no que se refere ao monitoramento e alerta de riscos de desastres, destacando a importância das parcerias institucionais para o fortalecimento do trabalho de redução de risco de desastres.
Para a coordenadora-geral de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF-MCTI), Joana Marie Nunes, a campanha #AprenderParaPrevenir incentiva a postura preventiva, frente aos desastres, mas também a postura cidadã, responsável, humana e solidária. “A campanha do Cemaden Educação é tão necessária, reafirmando a importância de dispor de informações científicas de qualidade e, ao mesmo tempo, adotando uma postura mais solidária e mais comprometida socialmente.”, destaca a coordenadora-geral da SEPEF, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
O secretário Cel. Alexandre Lucas, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério de Desenvolvimento Regional (SEDEC/MDR) ressaltou sobre a inovação da campanha deste ano, bem como a parceria da SEDEC com o Cemaden Educação, no trabalho de gestão, educação e mobilização do risco de desastres. “O grande valor dessa campanha é possibilitar uma reflexão individual e de contribuição pessoal, enquanto indivíduo. E para a proteção comunitária e gestão de risco de desastres, possibilita disseminar a participação junto às instituições públicas.”, enfatiza o secretário da SEDEC/MDR.
O presidente nacional da Cruz Vermelha Brasileira, Júlio Cals, destacou a contribuição da Educação no processo de transformação e do acerto da campanha na escolha das novas linguagens e a modalidade virtual, com o objetivo de mobilizar os jovens para a prevenção de desastres. Parabenizou, também, a campanha e as parcerias para a efetivação do trabalho conjunto em benefício de toda a sociedade na gestão de risco de desastres. “O conhecimento e a conexão entre os atores são essenciais para o sucesso da campanha. A Cruz Vermelha fica à disposição desse lindo projeto. Contem conosco e, principalmente, com nossos heróis voluntários que se dedicam a salvar vidas.”, finalizou o presidente nacional da Cruz Vermelha, no evento de lançamento da campanha.
O evento na íntegra do lançamento da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021 está disponibilizado no Canal YouTube do Cemaden Educação, pelo link:
Campanha #AprenderParaPrevenir – inscrições e forma de participação
Já estão abertas as inscrições da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021, inscrevendo vídeos curtos, de forma individual e/ou institucional. As inscrições vão até o dia 30 de outubro de 2021, mês em que marca o Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro).
Além da mobilização para produção de vídeos educativos e criativos sobre a temática proposta, o Programa Cemaden Educação está com atividades programadas entre os dias 25 de agosto a 15 de setembro. Nesse período, serão realizados webinários, trazendo palestrantes convidados para abordagens e discussões em diversos temas relacionados à Campanha #AprenderParaPrevenir.
No lançamento da Campanha #AprenderParaPrevenir, a pesquisadora coordenadora do Cemaden Educação, Rachel Trajber, apresentou a proposta da temática da 6ª edição da campanha “Desastres, aqui!? Como prevenir?”, mostrando as duas formas de participação: individual (jovens, educadores, ambientalistas, pessoas da comunidade, entre outras) e institucional (escolas, universidades, Defesas Civis, organizações não-governamentais e instituições públicas).
“Criar uma rede de escolas e comunidades para a prevenção e proteção do risco de desastres, com ações de monitoramento, alerta e pesquisa são o foco do Cemaden Educação. A campanha incentiva ações de mobilização e conscientização para redução dos riscos.”, afirma a pesquisadora do Cemaden, Rachel Trajber.
As informações e o guia da campanha com a temática “Desastres, aqui!? Como prevenir?” podem ser acessadas nos seguintes endereços:
Neste ano, no contexto da pandemia, a campanha - coordenada pelo Programa Cemaden Educação- foi idealizada para gerar maior mobilização e engajamento das pessoas pelas redes sociais, incentivando a percepção e redução de riscos de desastres socioambientais e de saúde.
Com o tema “Desastres, aqui!? Como prevenir?”, será realizado o lançamento oficial da 6ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021 nesta terça-feira, dia 03 de agosto, às 16 horas, em evento online, transmitido pelo Canal YouTube Cemaden Educação. O objetivo central é mobilizar pessoas, instituições e comunidades para criarem espaços de diálogo na construção e difusão de conhecimentos e intervenções no campo da Educação para Redução de Riscos e Desastres (ERRD).
Coordenada pelo Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – a campanha #AprenderParaPrevenir acontece, anualmente, desde 2016, em referência ao Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro).
Em 2021, a campanha conta com o importante apoio institucional da Cruz Vermelha Brasileira, da Secretaria Nacional de Defesa Civil (Ministério do Desenvolvimento Regional) e outros importantes parceiros, que têm como compromisso atuarem como multiplicadores locais, colaborando na divulgação, mobilização e engajamento de pessoas, escolas e comunidades na construção de conhecimentos ligados da prevenção e redução de riscos e desastres no Brasil.
Neste ano, no contexto de pandemia, a campanha foi idealizada com o objetivo de gerar maior mobilização e engajamento pelas redes sociais (TikTok/Instagram/Facebook) no desafio de compartilhar vídeos autorais curtos com conteúdo educativo e criativo sobre o tema “Desastres, aqui!? Como prevenir?”, que envolve abordagens temáticas desde a pandemia até as mudanças climáticas. A proposta é incentivar a percepção da ocorrência local de desastres (Desastres, aqui!?) e ampliar a participação das pessoas na prevenção de riscos e desastres (Como prevenir?).
Cronograma de atividades da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021
Os trabalhos com vídeos curtos podem ser inscritos de forma individual e/ou institucional a partir do dia 03 de agosto até o dia 30 de outubro de 2021, mês em que marca o Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro).
Além da mobilização para produção de vídeos educativos e criativos sobre a temática proposta, estão programadas atividades, com a realização de webinários no período de 15 de agosto a 25 de setembro deste ano. As lives trarão palestrantes convidados para abordagens e discussões nos diversos temas relacionados à Campanha #AprenderParaPrevenir.
A análise dos trabalhos recebidos será feito no mês de novembro e os resultados divulgados no dia 30 de novembro de 2021. Serão emitidos os certificados de participação institucional no mês de dezembro de 2021.
As Informações e o guia da campanha e a temática “Desastres, aqui!? Como prevenir?”
Convite para participação do lançamento da campanha
O Programa Cemaden Educação está convidando escolas, estudantes, educadores e educadoras, defesas civis, coletivos, organizações governamentais e não governamentais, a participarem do evento de lançamento da 6ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021. O evento de lançamento será em 03 de agosto - terça-feira, às 16h transmissão pelo Canal do YouTube do Cemaden Educação pelo endereço:
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – (Cemaden), localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos SP, lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico, cujo objeto é a contratação de serviços de links de internet banda larga para os radares meteorológicos do Cemaden. A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 30/07/2021.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 04/2021 pode ser retirado a partir de 30/07/2021 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos - SP ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 30/07/2021 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 12/08/2021 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br .
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio do projeto RedeGeo, realizou trabalho de campo para instalação de plataformas de coleta de dados (PCD) geotécnicas na região do ABC Paulista. Foram instaladas 15 Plataformas de Coleta de Dados Geotécnicas (PCDs Geo), entre os dias 28 de junho e 23 de julho, em seis municípios do Grande ABC, para realizar o monitoramento do nível de chuva e umidade do solo, nas áreas de risco de deslizamentos em encostas urbanas.
As PCDs geotécnicas na região do Grande ABC foram instaladas da seguinte forma: seis equipamentos em Mauá; três em Santo André, três em São Bernardo do Campo; um equipamento em cada um dos municípios de Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Entre os critérios escolhidos para a distribuição das PCDs Geo estão: o histórico de ocorrências registradas, obtenção de autorizações para instalação, distribuição espacial da cobertura da rede de monitoramento, dentre outros aspectos técnicos relacionados à cobertura de sinal de telefonia celular e acessibilidade.
Os trabalhos de instalação estiveram sob responsabilidade dos pesquisadores e geólogos do Cemaden, Daniel Metodiev e de Márcio Andrade, um dos coordenadores do projeto RedeGeo.
O projeto RedeGeo é uma estratégia nacional de monitoramento, em tempo real, de fatores ambientais desencadeadores de desastres naturais, cuja meta é ampliar e manter a rede observacional geotécnica para aperfeiçoar a precisão dos alertas de movimento de massa.
Durante todas as etapas do processo de instalação das PCDs Geo – desde o levantamento inicial de pontos até a finalização da instalação dos equipamentos – o Cemaden contou com o apoio das Defesas Civis de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André e São Bernardo do Campo, municípios que compõem a região do Grande ABC. Esses municípios apresentam mapeamento de risco do Instituto Geológico do Estado de São Paulo (IG) com áreas classificadas com risco alto (R3) e muito alto (R4) para a movimentação de massa. Por meio do apoio das Defesas Civis Municipais e também da Defesa Civil do Estado de São Paulo, o Cemaden obteve as autorizações de cessão de uso do espaço, que permitiram a instalação das PCDs geotécnicas em espaços municipais e estaduais.
Importância do monitoramento geológico para a região do Grande ABC
A região do Grande ABC possui amplo histórico de ocorrências de movimentos de massa, concentrando grande parte também dos óbitos decorrentes desse tipo de evento. Dados do sistema de indicadores relacionados a desastres geodinâmicos, desenvolvido pelo IG e constantes do Relatório de Qualidade Ambiental 2020 (https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/cpla/2021/03/relatorio-de-qualidade-ambiental-2020/), mostram que a região do Alto Tietê, da qual os municípios do ABC são integrantes, respondeu no período de 1999 a 2018 por 10.644 ocorrências, representando 76% do total de acidentes geológicos do Estado de São Paulo. Santo André foi o município que apresentou o maior número de acidentes geológicos nesse período, respondendo por 26% do total de eventos desse tipo registrados no estado.
Projeto RedeGeo do Cemaden/MCTI
O projeto RedeGeo é uma estratégia nacional de monitoramento, em tempo real, de fatores ambientais desencadeadores de desastres naturais, cuja meta é ampliar e manter a rede observacional geotécnica para aperfeiçoar a precisão dos alertas de movimento de massa.
Por meio desse projeto, já foi possível a instrumentação de áreas do País com grande incidência de ocorrências de movimento de massa, como Blumenau (SC), Baixada Santista (SP), região metropolitana do Recife (PE) e Salvador (BA), num total de 21 municípios brasileiros beneficiados nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Essa etapa de instrumentação envolve a identificação de locais representativos para monitoramento, nos quais são instaladas plataformas de coleta de dados (PCDs) geotécnicas, que possibilitam o estabelecimento de correlação entre a quantidade de chuva e a umidade do solo, uma vez que esses equipamentos são compostos por pluviômetro automático e por sensores geotécnicos.
Sobre o acesso aos dados
Os dados das PCDs geotécnicas já instaladas podem ser acessados em tempo, praticamente, real por meio do Mapa Interativo do Cemaden, acessível por meio do link: http://www2.cemaden.gov.br/mapainterativo/ .
Fonte: Ascom/Cemaden
Imagem em destaque:Instalação de Plataforma de Coleta de Dados (PCD Geo) na EE Jardim Zaíra VIII, Bairro Jardim Zaíra em Mauá (Foto: Daniel Metodiev/Cemaden).
Um sensor que mede a qualidade do ar foi instalado na Escola Estadual Diácono Hamilton Bontorin de Souza, na zona norte de São José dos Campos, SP, como parte do projeto “Tecnologias educacionais inovadoras para abordagem interdisciplinar na redução de risco de desastres socioambientais”. O projeto é desenvolvido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – em parceria com professores da Escola Estadual Diácono Hamilton Bontorin de Souza e da Universidade do Vale do Paraíba (Univap), no âmbito do Programa Ciência na Escola/CNPq/MCTI.
“Um dos objetivos do projeto é estimular o uso de dados ambientais no ensino interdisciplinar de Geografia, Matemática e Ciências”, explica Silvia Saito, pesquisadora do Cemaden e coordenadora do projeto. “Além dos dados de qualidade do ar e temperatura desse sensor, também estão previstas atividades com uso de dados de precipitação e focos de calor de outras bases”, complementa a pesquisadora.
Seguindo a abordagem de ciência cidadã, os alunos realizarão o registro e análise dos dados, bem como a produção de boletins. O material produzido será utilizado nas demais atividades do projeto, que incluem a produção de jogos e maquete.
Os dados desse sensor estão disponíveis em tempo real na plataforma Purple Air, uma rede mundial de coleta de dados, que usa o princípio de “internet das coisas”, ou seja, objetos que comunicam entre si por estarem conectados à internet.
Segundo a pesquisadora Liana Anderson, integrante da equipe do projeto, “Os estudantes poderão estudar os fatores que impactam a qualidade do ar, comparando os dados coletados, localmente, com aqueles de outras cidades, por exemplo do Acre, que também contam com esses sensores”. Além dos dados de qualidade do ar, pode-se observar os dados de temperatura e umidade detectados pelo sensor da escola.
O projeto prevê atividades voltadas para alunos do ensino fundamental e médio, que serão desenvolvidas até 2022. Para Jobair Rangel, professor de Geografia da Escola Estadual Diácono Hamilton Bontorin de Souza, “o equipamento instalado na escola pode despertar o interesse dos alunos, ao verificarem como a poluição ou as queimadas podem influenciar na qualidade do ar”.
Imagem em destaque: Alunos do ensino fundamental e médio participam do projeto, realizando o registro, análise de dados e produção de boletins, como parte do ensino interdisciplinar de Geografia, Matemática e Ciências.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) manifesta pesar pelo falecimento do ex-ministro Marco Raupp, solidarizando-se com os familiares e amigos, expressando condolências pela perda e prestando homenagens ao relevante cidadão por suas contribuições para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovações ao país.
Graduado em Física pela UFRGS, Doutor em Matemática pela Universidade de Chicago e livre-docente pela USP, Marco Raupp foi diretor de Unidades de Pesquisas do MCTI (do Laboratório Nacional de Computação Científica-LNCC e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais-INPE), presidente da Agência Espacial Brasileira, Ministro de Estado do MCTI, de janeiro de 2021 a março de 2014, e diretor-Geral do Parque Tecnológico de São José dos Campos. Nesta última função, participou da criação e implantação (2006-2008) do Parque Tecnológico e foi seu primeiro diretor- geral (2009-2011), cargo que voltou a ocupar de outubro de 2014 a junho de 2021.
Como diretor-geral do INPE, de 1985 a 1989, criou o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Também foi responsável pelo acordo de cooperação entre Brasil e China, em 1988, para o desenvolvimento dos satélites CBERS-1 e CBERS-2, pioneiro entre as parcerias espaciais somente de países do hemisfério Sul.
Foi presidente e conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Presidente do Conselho de Administração do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Membro titular da Academia Internacional de Astronáutica (IAA) e do Conselho Superior da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Integrou o Conselho Administrativo da Alcântara Cyclone Space (ACS). Foi membro titular do Conselho Nacional da Ciência e Tecnologia (CCT), membro do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Tecnologia de Luz Síncrotron (ABTLuS).
Recebeu vários títulos, entre eles, o título da Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República; Grande Oficial da Ordem do Mérito Aeronáutico, Força Aérea Brasileira/FAB; Grande Oficial da Ordem do Mérito Naval, Marinha do Brasil/Brasília; Medalha de Pacificador, Exército Brasileiro/EB; Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, Ministério das Relações Exteriores/MRE; Medalha da Inconfidência, Governo do Estado de Minas Gerais/Ouro Preto e título de Cidadão Petrolitano.
Durante sua função como ministro do MCTI, contribuiu significativamente para a implementação do Cemaden, bem como para a transferência da sede do Centro, de Cachoeira Paulista, para o Parque Tecnológico de São José dos Campos, em 2014. A partir da sua visão estratégica, o estabelecimento do Cemaden em São José dos Campos permitiu a expansão das atividades de pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos, focando desastres deflagrados por processos geo-hidro-meteorológicos, estas ampliadas a partir da admissão de servidores públicos federais, absorvidos por concursos públicos também realizados em 2014. Como homem público, dedicou-se com afinco para avanços da ciência, tecnologias e inovações no Brasil, bem como foi participativo em vários eventos e atividades desenvolvidas na história institucional do Cemaden.
A importância da pesquisa científica e das diferentes formas de conhecimento locais, tradicionais e experiências de vida está inserida na primeira prioridade de ação do Marco de Sendai para Redução do Risco de Desastres (RRD) – que é a de conhecer o risco de desastre – é o foco abordado pelo pesquisador e sociólogo Victor Marchezini, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), no artigo publicado neste mês (julho 2021), na Revista Saúde em Debate, disponível no portal Scielo (Scientific Electronic Library Online).
O pesquisador do Cemaden mostra a forte base institucional para assegurar a Redução de Risco de Desastres (RRD), abordada pelo Marco de Hyogo (2005-2015) e no Marco de Sendai (2015-2030, a ser implementada como prioridade em nível nacional e local. O tratado internacional em vigor, desde 2015, inseriu a relevância do setor de saúde também nas outras três prioridades de ação: fortalecer a governança do risco de desastre, investir em RRD e melhorar a preparação para resposta e recuperação perante desastres. Com relação aos investimentos, o referido marco faz a recomendação para a promoção da resiliência dos sistemas nacionais de saúde, integrando os princípios da Gestão de Risco de Desastres (GRD) nos diferentes níveis de atendimento, especialmente na escala local.
“A interação das áreas de gestão e redução de desastres e do setor de saúde pode ser possível a partir da pesquisa transdisciplinar.”, enfatiza o pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini, explicando que a pesquisa transdisciplinar implica o envolvimento de não acadêmicos na construção e/ou desenvolvimento da pesquisa científica, orientado por quatro elementos: conceitos, tema, métodos e dados. “Esses quatro elementos podem ajudar a estabelecer diálogos entre acadêmicos e não acadêmicos, com o objetivo de coproduzir conhecimento e soluções em gestão e redução de desastres no campo da saúde coletiva”, destaca o pesquisador.
Marchezini argumenta que “A ciência também é convidada não só a identificar os riscos, mas também a colaborar para encontrar caminhos e formular propostas de soluções em gestão de risco de desastres, junto a comunidades e organizações nacionais, regionais e locais.”
O artigo completo intitulado “Pesquisa transdisciplinar como suporte ao planejamento de ações de gestão de risco de desastres” pode ser acessado gratuitamente nos links nos idiomas:
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) lamenta a perda de seu parceiro, amigo e inspirador, Dr. Marco Antônio Raupp. O Dr. Raupp, além de ser uma referência em Ciência para o Brasil, foi uma fonte de orientação para o CEMADEN.
Evento virtual ocorreu em junho, mas a programação segue disponível para os inscritos até 29 de julho. O seminário apresentou propostas, experiências e debates das iniciativas para aprimorar as políticas públicas voltadas ao fortalecimento da gestão de riscos de desastres no Brasil.
O Seminário de Boas Práticas em Proteção e Defesa Civil, realizado no formato virtual nos dias 22, 23 e 24 de junho, ainda pode ser acessado pelos mais de 1.400 participantes, que representaram todos os estados do Brasil. As gravações dos painéis de apresentação, debates, pôsteres eletrônicos e demais materiais que estavam nos estandes temáticos permanecem disponíveis na plataforma até o dia 29 de julho de 2021. Para revisitar qualquer parte da programação, os inscritos devem usar login e senha.
Organizado pela equipe de pesquisadores Projeto Elos, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o evento contou com debates, exposição de projetos e pôsteres. Durante os três dias de atividades foram apresentadas e debatidas 32 iniciativas de todas as regiões brasileiras e expostos 174 pôsteres, que permitiram construir um panorama das ações na área de proteção e defesa civil que estão sendo desenvolvidas com êxito no país.
A abertura do Seminário de Boas Práticas em Proteção e Defesa Civil contou com a participação do diretor do Cemaden, Osvaldo Luiz Leal de Moraes; da representante assistente para Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Maristela Baioni e do Secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC), Alexandre Lucas Alves.
O coordenador do Projeto Elos, Victor Marchezini, avalia que o evento superou as expectativas: “Tivemos uma ampla participação, com representantes de núcleos comunitários de proteção e defesa civil, defesas civis municipais, coordenadorias regionais e estaduais, representantes de outros órgãos públicos dos três níveis de governo, universidades, institutos de pesquisa, organizações não-governamentais, setor privado, dentre outros atores”, informa Marchezini e complementa: “ Essa diversidade de atores das cinco regiões do país também esteve representada nos(as) palestrantes, assim como nas temáticas abordadas como estruturação e profissionalização das defesas civis, financiamento, capacitação, comunicação, intersetorialidade e participação”, avalia o pesquisador do Cemaden.
Representantes da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) acompanharam todos os painéis e elogiaram a qualidade das experiências apresentadas durante o evento. Já o público participou de forma intensa por meio do chat e mural do evento, reforçando a importância de encontros como esse para a troca de conhecimentos.
O Seminário de Boas Práticas em Proteção e Defesa Civil foi promovido pela SEDEC, do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), no âmbito do Projeto Elos, cujo objetivo é realizar o diagnóstico das necessidades e capacidades dos órgãos municipais de Proteção e Defesa Civil, os elos mais importantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec).
O Projeto Elos é desenvolvido pela SEDEC no âmbito da Cooperação Técnica Internacional “Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil”, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A implementação e pesquisa científica é feita em parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Um estudo sobre as secas e os impactos ocorridos na Região Sul do Brasil, entre e 1998 a 2020 - elaborado por diversos pesquisadores de áreas científicas interdisciplinares do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – apontou que o evento de seca, ocorrido entre os anos de 2019 a 2020 (o estudo considerou dados parciais até 2020), impactou o maior percentual de áreas agroprodutivas nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além dos recursos hídricos da região.
Com o título “Secas e os impactos na Região Sul do Brasil”, o artigo foi publicado na Revista Brasileira de Climatologia, Volume 28 - na edição de janeiro a junho de 2021. Os estudos foram liderados pela pesquisadora Valesca Rodriguez Fernandes, com a participação de pesquisadores de variadas áreas científicas e interdisciplinares do Cemaden.
O estudo avalia os eventos de secas ocorridas no período de 1998 a maio de 2020, utilizando índices de secas calculados a partir de dados de precipitação, vazão e dados derivados de satélite. Os resultados mostraram que as características tais como duração, severidade e intensidade da seca apresentaram um padrão distinto nos três estados da região Sul.
A avaliação das secas na Região Sul aponta que a situação de deficiência hídrica que afetou os estados impactou tanto as áreas agroprodutivas como os recursos hídricos da região. O evento de 2019/2020, pode estar associado à fase negativa da Oscilação Decadal do Pacífico (ODP) e condições de neutralidade no Pacífico Equatorial, entre outras causas meteorológicas e climatológicas que foram analisadas.
O ato cerimonial dos “10 Anos Cemaden” – no dia da criação do Cemaden (1º de julho) – contou com homenagens aos servidores e instituições, inaugurações das novas instalações, do Radar Meteorológico e lançamento da pedra fundamental da futura sede permanente do Cemaden .
O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes, esteve, presencialmente, nesta quinta-feira (01 de julho) na cerimônia de aniversário dos 10 Anos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em São José dos Campos (SP), inaugurando as novas instalações, o Radar Meteorológico e o lançamento da pedra fundamental da futura sede permanente do Cemaden, no Parque Tecnológico, na área doada pela prefeitura municipal ao governo federal. Na cerimônia, também foram feitas homenagens aos servidores, apresentado o vídeo sobre a história e linha do tempo do Cemaden. A cerimônia teve transmissão simultânea ao público e convidados, disponibilizada nos sites e redes das instituições do MCTI.
Na cerimônia, o ministro afirmou que o Cemaden/MCTI cumpre o papel de salvar vidas, destacando, também, a relevância da atuação em um cenário de mudanças climáticas no planeta, com diversos efeitos. “Esse trabalho do Cemaden no monitoramento e alertas de desastres é feito de forma única, com qualidade, técnica e ciência.” Também enfatizou que a Ciência, Tecnologia e Inovação, juntamente com a Educação, formam a base de sustentação de todos os países desenvolvidos e que o Brasil tem suas capacidades e recursos naturais, na produção de conhecimentos, riqueza e desenvolvimento para a transformação da qualidade de vida.
O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, afirmou que trabalho de monitoramento e emissão de alertas tem uma metodologia inovadora, não existente em outros países com instituições similares. Destacou, entre essas inovações de monitoramento e cita três diferenciais: “Primeiro, o do mapeamento das áreas de risco pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM); segundo, a rede observacional própria do Cemaden para observação e monitoramento das áreas de risco, e, em terceiro, a equipe multidisciplinar na área de monitoramento e pesquisas.” Ressaltou o papel relevante dos recursos humanos e da equipe multidisciplinar da instituição, que nos últimos 10 anos emitiu cerca de 15 mil alertas de desastres. Informou que média de pessoas que morreram por desastres naturais no Brasil, nos últimos 10 anos diminuiu, em mais de 50%. “Isso é resultado de um trabalho articulado com diversas instituições.”, afirmou o diretor do Cemaden.
O prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth, enfatizou os serviços prestados pelo Cemaden na região e no Brasil. “ O Cemaden aplica a Ciência, Tecnologia e Inovação à prevenção de desastres naturais, principalmente, às comunidades mais vulneráveis. Sentimos orgulho em fazer parte dessa grande rede de salvar vidas”, afirma o prefeito, lembrando, também, do trabalho de parceria entre Cemaden e a Prefeitura no comitê de enfrentamento da Covid, no trabalho de mapeamento da pandemia no município. Parabenizou as articulações empreendedoras das parcerias para a implantação do Radar Meteorológico no Parque Tecnológico no município, como exemplo de empreendedorismo para a cidade e para o País.
Radar
O Radar Meteorológico Banda S em Estado Sólido foi desenvolvido pela empresa IACIT Soluções Tecnológicas S.A, em parceria com o Cemaden/MCTI. Com área de cobertura de 400 quilômetros de raio, o radar vai fornecer informações precisas sobre eventos meteorológicos severos, que são relevantes para subsidiar o monitoramento das regiões do Vale do Paraíba, Litoral Norte, regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas e algumas cidades do Sul fluminense e mineiro.
Os dados gerados pelo Radar Meteorológico 0200, agregados a informações providas por pluviômetros, estações hidrológicas e sensores geotécnicos, além de outros instrumentos instalados em áreas de risco, permitem que o Cemaden/MCTI aumente sua capacidade de prevenção de desastres e emita alertas antecipados para subsidiar municípios atingidos, que são encaminhados para a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec/MDR).
Homenagens
A cerimônia de inauguração contou com a apresentação de um vídeo sobre a história do Cemaden/MCTI. Além disso, placas de homenagem foram entregues a representantes de instituições parceiras e também a duas servidoras com 10 anos de serviços prestados ao centro: a diretora substituta e coordenadora de Relações Institucionais da unidade de pesquisa, Regina Alvalá, e a servidora Graziela Balda Scofield, representando os servidores do Cemaden.
A cerimônia também contou com a participação do diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos, Marcelo Nunes da Silva; do secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, Paulo Alvim; e da secretária de Articulação e Promoção da Ciência do MCTI, Christiane Corrêa, do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Clezio Marcos de Nardin; do diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres – CENAD, Armin Braun, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR); do secretário-chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado de São Paulo, Cel. Walter Nyakas Júnior e do diretor da IACIT -Soluções Tecnológicas, Luiz Teixeira.
História
O Cemaden/MCTI completa 10 anos de criação com a missão de desenvolver e disseminar conhecimentos cientifico-tecnológicos e realizar o monitoramento e a emissão de alertas de desastres geo-hidrológicos. Em 2011, o Brasil não contava, ainda, com uma rede específica de sensores para o monitoramento de áreas vulneráveis a desastres.
O MCTI e o Cemaden, além de um significativo número de parceiros, definiram, adquiriram e viabilizaram a implementação, em tempo recorde de três anos, de uma rede nacional composta por mais de 5 mil sensores, incluindo diversos equipamentos, como radares meteorológicos, pluviômetros telemétricos, estações hidrológicas, sensores geotécnicos, estações agrometeorológicas e plataformas para monitoramento de chuvas e água no solo. O esforço incluiu ainda o estabelecimento de vários acordos de parcerias com instituições federais, estaduais e municipais, o que permitiu também criar uma base de dados única.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – Cemaden, localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos SP, lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico cujo objeto é a contratação de serviços de suporte técnico de microinformática ao usuário final, em 1º, 2º e 3º níveis, incluindo a sustentação dos ativos e dos softwares relacionados às atividades meio e finalísticas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 30/06/2021.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 05/2021 pode ser retirado a partir de 30/06/2021 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugenio de Melo – São José dos Campos – SP ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 30/06/2021 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br. A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 12/07/2021 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br .
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - CEMADEN, localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos SP, lançou o Edital de Credenciamento nº 01/2021, cujo objeto é o credenciamento de empresas interessadas em fornecer serviço de telemetria para a operação da rede observacional. A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 24.06.21.
O Edital de Credenciamento nº 01/2021 pode ser retirado desde o dia 24/06/2021 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500 Cemaden, Distrito de Eugenio de Melo - São Jose dos Campos - SP ou https://www.gov.br/cemaden/pt-br.O envio das propostas e documentos de habilitação deverá ser feito a partir de 24/06/2021 às 08h00 no endereço do Cemaden.
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
No próximo dia 1º de julho, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) – completa 10 anos de criação, com a missão principal de desenvolver e disseminar conhecimentos cientifico-tecnológicos e realizar o monitoramento e a emissão de alertas de desastres geo-hidrológicos. A partir dessa data, estão programados eventos como inaugurações, encontros virtuais e seminários, marcando a criação e os avanços das atividades desenvolvidas pelo Cemaden.
No dia 1º de julho será inaugurada a nova Sala de Situação e o Auditório do Cemaden/MCTI, na área ampliada da sede da instituição, no Parque Tecnológico de São José dos Campos, a qual foi estabelecida em setembro de 2019. Também, nesse dia, será inaugurado o Radar RMT 200, desenvolvido pela empresa IACIT Soluções Tecnológicas S.A, em parceria com o Cemaden. O Radar está instalado na área doada pela Prefeitura de São José dos Campos para a futura sede definitiva do Cemaden, onde ocorrerá o lançamento da Pedra Fundamental.
Ainda na Programação dos 10 Anos Cemaden/MCTI, a partir do dia 31 de agosto haverá uma série de quatro
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no “Encontros da Ciência e Comunicação”, que se estenderá no mês de setembro. Nesse mesmo período, também serão realizados Seminários Internos de Avaliação dos Alertas e a preparação para a realização do “II Seminário Nacional de Avaliação de Alertas do Cemaden”.
Tecnologia do Radar desenvolvida pela Empresa IACIT
Com área de cobertura de 400 quilômetros de raio, o Radar Meteorológico RMT 0200, da IACIT, que será inaugurado no próximo dia 1º de julho, proverá ao Cemaden informações precisas sobre eventos meteorológicos severos, as quais são relevantes para subsidiar o monitoramento das regiões do Vale do Paraíba, Litoral Norte, regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas e algumas cidades do sul fluminense e mineiro.
“Só com um radar consegue-se prever aquelas tempestades de verão que são intensas e localizadas. As imagens de satélite e os modelos meteorológicos podem indicar condições para este tipo de tempestade, mas não quando e onde ela vai ocorrer. Um radar como o da IACIT mostrará o sistema em formação, e nos permitirá acompanhar o crescimento e o comportamento dessa massa em tempo real”, afirma o diretor do Cemaden, Osvaldo Luiz Leal de Moraes.
O RMT 0200 é um radar meteorológico Banda S de dupla polarização em estado sólido. Ele consegue fornecer, por exemplo, dados sobre a formação das chamadas Cumulonimbus (CB), aquelas nuvens densas que crescem rapidamente e provocam tempestades volumosas. O radar monitora o tamanho das gotas de água e dos cristais de granizo existentes nessas nuvens. Com essas informações, é possível prever o volume, a localização e o momento em que ocorrerá a precipitação.
Os dados gerados pelo RMT 0200, agregados a informações providas por pluviômetros, estações hidrológicas e sensores geotécnicos, além de outros instrumentos instalados em áreas de risco, permitem que o Cemaden aumente sua capacidade de prevenção de desastres e emita alertas antecipados para subsidiar municípios atingidos, os quais são encaminhados para a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec/MDR).
A partir de julho, o radar da empresa IACIT Soluções Tecnológicas S.A. passará a integrar uma rede que hoje conta com 37 radares meteorológicos distribuídos em todo o Brasil, os quais pertencem a diferentes instituições públicas e privadas. Todos são integrados no Cemaden, colaborando com a prevenção de desastres.
O número de radares é insuficiente para a cobertura adequada dos 959 municípios monitorados pela instituição em todo o Brasil, conforme ressalta o diretor do Cemaden. Do total hoje integrado no Centro, nove pertencem ao Cemaden e estão instalados em Natal (RN), Petrolina (PE), Salvador (BA), Jaraguari (MS), São Francisco (MG), Maceió (AL), Santa Teresa (ES), Três Marias (MG), e Almenara (MG).
Criação do Cemaden/MCTI, em 2011, após o megadesastre ocorrido na Região Serrana do RJ
No contexto de aumento contínuo de desastres de origem geo-hidrometeorológico, no Brasil e no mundo, em janeiro de 2011 ocorreu o pior desastre já registrado no País, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Esse megadesastre culminou na morte de mais de 900 pessoas, 300 desaparecidos e dezenas de milhares de desalojados e desabrigados. Além das perdas humanas, houve consequentes perdas materiais e econômicas, com prejuízos bilionários.
Em razão deste megadesastre, o governo federal criou, em 2011, uma política nacional para a gestão de riscos e respostas a desastres. No âmbito da nova cultura preventiva e proativa, coube ao então Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação a responsabilidade pelo eixo monitoramento e alerta. Assim, em 1º de julho de 2011, por meio do Decreto MCTI nº 7.513, foi criado o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), com a missão principal de desenvolver e disseminar conhecimentos científico-tecnológicos e realizar o monitoramento e a emissão de alertas para subsidiar a gestão de riscos e impactos de desastres naturais.
Iniciando as atividades em 2 de dezembro de 2011, em Cachoeira Paulista (SP) – em instalações cedidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) – o Cemaden passou a monitorar, de forma ininterrupta, 24 horas por dia, sete dias por semana, um primeiro conjunto de municípios para os quais de dispunha das áreas de riscos mapeadas, estes singularizados pelo histórico de desastres com mortes. As equipes de especialistas em diferentes áreas de conhecimento foram contratadas de forma temporária em 2011.
Linha do Tempo: Cemaden/MCTI
Em 2011, o País não contava, ainda, com uma rede específica de sensores para o monitoramento de áreas vulneráveis a desastres. Assim, o MCTI e o Cemaden – além de um significativo número de parceiros – definiram, adquiriram e viabilizaram a implementação, em tempo recorde de três anos, de uma rede nacional composta por mais de cinco mil sensores, incluindo diversos equipamentos, como radares meteorológicos, pluviômetros telemétricos, estações hidrológicas, sensores geotécnicos, estações agrometeorológicas e plataformas para monitoramento de chuvas e água no solo. O esforço incluiu ainda o estabelecimento de vários acordos de parcerias com instituições federais, estaduais e municipais, o que permitiu também criar uma base de dados única.
Desde 2012, quando uma longa seca iniciou na região semiárida do Brasil, o Cemaden passou a apoiar diretamente o governo federal, contribuindo com informações técnicas sobre os diferentes impactos da escassez hídrica em diversos setores, com a finalidade de subsidiar ações para mitigar seus impactos e otimizar os recursos destinados à ajuda para os estados e municípios afetados.
A partir de 2014, quando teve início uma das piores crises hídricas no Brasil, o Cemaden passou a monitorar e prover previsões de riscos hidrometeorológicos para as principais bacias hidrográficas, além de projeções, de longo prazo, das vazões e dos níveis dos reservatórios. As informações são relevantes para subsidiar tomadas de decisão quanto aos usos dos recursos hídricos para abastecimento humano e para a geração de energia hidrelétrica, entre outros usos.
Ainda em 2014, após a realização de três concursos públicos, o Cemaden passou a contar com um corpo permanente de profissionais de diferentes áreas do conhecimento e qualificação acadêmica.
Em 2015, as atividades passaram a ser desenvolvidas em uma área maior, em sede instalada no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
Cemaden: unidade de pesquisa do MCTI em 2016
Em 18 de outubro de 2016, o Cemaden passou a ser unidade de pesquisa do MCTI, por meio do Decreto nº 8.877, o que demandou a elaboração de um novo planejamento estratégico.
Como unidade de pesquisa do MCTI, o Cemaden ampliou o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias, inclusive incluindo uma política de interação com a sociedade, considerando estratégias de educação, comunicação e mobilização para gestão de riscos e redução de vulnerabilidade a desastres.
Em setembro de 2019, foram ampliadas as instalações do Cemaden no Parque Tecnológico de São José dos Campos, passando a ocupar uma área de 3.500 m². Nesse mesmo ano, o Cemaden recebeu a doação de uma área de 60 mil m² para a construção do complexo definitivo da futura sede. Nessa área, está instalado o Radar Meteorológico de última geração, desenvolvido pela empresa IACIT, resultado de mais uma parceria do Cemaden com a iniciativa privada.
Ainda em 2019, outro marco significativo foi a criação do Programa
Stricto Sensu
de Pós-Graduação em Desastres Naturais, em parceria do Cemaden com o Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (UNESP)– Campus de São José dos Campos.
Ao longo dos últimos 10 anos, o Cemaden vem contribuindo para o fortalecimento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil. Prova disso é que, em janeiro de 2020, um desastre de magnitude similar ao da Região Serrana do Rio de Janeiro ocorrido no estado de Minas Gerais, culminou em perdas de vidas 20 vezes menor.
Atualmente, o Cemaden monitora 959 municípios brasileiros cujas áreas de risco de desastres geo-hidrológicos foram mapeadas, majoritariamente, pelo Serviço Geológico Brasileiro (CPRM/MME). São cerca de 50 mil áreas suscetíveis a deslizamentos, inundações e enxurradas, em todo o Brasil, abrangendo uma população de mais de 10 milhões de pessoas, a maioria em situação de vulnerabilidade social.
Fonte: Ascom/Cemaden com informações do Radar providos pela IACIT-
Soluções Tecnológicas S.A
Imagem em destaque:
Radar desenvolvido pela IACIT, em parceria com o Cemaden, instalado no Parque Tecnológico, na área doada pela Prefeitura de São José dos Campos ao Cemaden/MCTI (Foto: Lucas Lacaz)
A 8ª edição anual do RM Vale TI 2021 – Feira e Congresso de Tecnologia e Inovação – um dos principais eventos de Tecnologia da Informação e Comunicação do Brasil, tem início nesta terça-feira, dia 22 e se estende até o dia 25 de junho.
O evento virtual é coordenado pelo Parque Tecnológico de São José dos Campos – local onde está sediado o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O MCTI é um dos apoiadores do evento.
A RM Vale TI 2021 trará palestrantes e uma série de Talks com especialistas compartilhando as melhores soluções tecnológicas para áreas estratégica das empresas, também sobre o tema Tecnologia dos Negócios. O evento também contará com a tradicional Rodada de Negócios, 100% online, com reuniões reservadas entre empresas que buscam soluções e as que fornecem Tecnologias de Negócios.
Os interessados podem fazer inscrições pelo link :