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Ministro Marcos Pontes participa da cerimônia de cooperação técnica entre Cemaden/MCTI e Aliança Bioversity/CIAT
As instituições assinam termo de cooperação técnica para desenvolver plataforma de monitoramento geo-hidrometeorológico na Amazônia
Com a presença do ministro Marcos Pontes, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), foi realizada ontem (22) a cerimônia virtual da assinatura do Memorando de Entendimento (MoU) entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do MCTI- a Aliança Bioversity-CIAT e o Programa SERVIR-Amazonia, transmitida pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden.
A cooperação técnica entre o Cemaden/MCTI e as instituições internacionais visa promover estudos de viabilidade de desenvolvimento de serviços de informação para o monitoramento hidrometeorológico, modelagem de inundações e deslizamento de terra na Amazônia.
Na abertura, o ministro Marcos Pontes destacou a importância institucional do Cemaden para o Brasil, no trabalho de monitoramento de áreas de risco de desastres geo-hidrometeorológicos e, também, como importante unidade de pesquisa do MCTI, na análise de dados, inclusive, socioeconômicos das regiões críticas de risco. “Hoje, com a assinatura do Termo de Entendimento, vejo o Cemaden junto com outras organizações internacionais para o trabalho de parceria voltado à importante região amazônica”, afirma o ministro do MCTI, citando que nesses últimos tempos da pandemia, foi destacada a importância da ciência e da união, no compartilhamento de dados e do trabalho em conjunto, para obtenção de melhores resultados. “Isso se faz presente em todas as áreas, principalmente, nessa área da assinatura do termo de entendimento”.
O diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, afirmou que há algum tempo a instituição já vinha conversando com o SERVIR-Amazonia e a Aliança Bioversity-CIAT sobre o trabalho de parceria técnica. Destacou que é essencial que essa colaboração seja assentada em nível de igualdade de desenvolvimento científico. “Entendemos que o Cemaden - como instituto de ciência e tecnologia - possui capacidade humana para fazer um trabalho colaborativo com diferentes instituições científicas do mundo”, afirma Moraes, citando alguns exemplos, como essa assinatura de entendimento; dos acordos já existentes, como os serviços climáticos junto a UK Met Office, do Reino Unido; e, em breve a assinatura de acordo técnico junto a NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), dos Estados Unidos. “Todos esses acordos têm como pilar a capacidade humana que dispomos no âmbito do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações”, afirma o diretor do Cemaden.
Participantes da cerimônia
Além do ministro Marcos Pontes, do MCTI também participou da assinatura do termo de cooperação técnica o Chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais, Bernardo Milano. Do Cemaden, além do diretor Osvaldo Moraes participou da cerimônia o pesquisador Márcio Moraes, coordenador do projeto, que apresentou os trabalhos de modelagem e pesquisas hidrológicas realizados na região do Rio Madeira. Das instituições internacionais participaram: Jesús Quintana, diretor-geral para as Américas da Alianza Bioversity-CIAT; Ted Gehr, diretor da Missão da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID); a coordenadora científica Helen Baldwin e o coordenador da Equipe de Ciência Aplicada, Jim Nelson, ambos da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA-SERVIR Global); e Carlos Gasco – diretor do Programa SERVIR-Amazonia. A apresentação e o cerimonial foram conduzidos pelo coordenador de Engajamento de Usuários da SERVIR-Amazonia, José Fernandes.
Atividades a serem desenvolvidas na Amazônia
Por meio da parceria e cooperação técnica, os participantes expressam o propósito e compromisso de gerar uma plataforma de colaboração interinstitucional, que contenha mecanismos de coordenação, interação, cooperação e reciprocidade para promover um estudo de viabilidade de desenvolvimento de serviços de informação para o monitoramento hidrometeorológico, modelagem de inundações e deslizamento de terra.
Entre as atividades previstas na parceria, incluem-se: estudos e pesquisas, desenvolvimento de ferramentas, capacitação entre instituições e parceiros, fortalecimento de intercâmbio de informação para a prevenção de redução de impactos ambientais, sociais e econômicos - decorrentes de eventos extremos no bioma e bacia Amazônica - além de compartilhar pesquisas e aplicações no campo hidrometeorológico.
Na primeira etapa da cooperação científica, estão previstas as seguintes atividades: validação de previsões hidrológicas e correção de viés, usando vazão observada para a bacia do Rio Madeira; desenvolvimento de ferramentas para visualização de previsões para a bacia do Rio Madeira, incluindo as bacias hidrográficas transfronteiriças; elaboração de mapas de impacto de cheias na região da bacia do Rio Madeira; capacitação dentro do Cemaden das agências/usuários de interesse mais amplo.
O Memorando de Entendimento entre o Cemaden/MCTI e a Aliança Bioversity/CIAT terá vigência até 20 de dezembro de 2023.
A transmissão do evento teve o apoio da equipe técnica da Série de Debates, coordenada pelo pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini. A cerimônia completa da assinatura do Memorando de Entendimento está disponibilizada no Canal do YouTube da Série de Debates do Cemaden pelo link:
https://youtu.be/3RaPW3ap1fE
Fonte: Ascom/Cemaden
Nesta segunda-feira (22), será realizada a cerimônia de cooperação técnica entre Cemaden/MCTI e Aliança Bioversity/CIAT
A cooperação técnica entre o Cemaden/MCTI, Aliança Bioversity/CIAT e Programa SERVIR-Amazônia visa colaboração interinstitucional para desenvolver, em parceria, pesquisas e plataforma para monitoramento geo-hidrometeorológico da Amazônia.
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No próximo dia 22 de novembro de 2021, às 16 horas (horário Brasília) será realizada a cerimônia oficial de assinatura do Memorando de Entendimento entre o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Aliança Bioversity - CIAT e o Programa SERVIR-Amazônia, com transmissão pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden.
A cooperação técnica entre o Cemaden/MCTI e as instituições internacionais visa promover estudos de viabilidade de desenvolvimento de serviços de informação para o monitoramento hidrometeorológico, modelagem de inundações e deslizamento de terra na Amazônia.
Parceria e compromissos
Por meio da parceria e cooperação técnica, os participantes expressam o propósito e compromisso de gerar uma plataforma de colaboração interinstitucional, que contenha mecanismos de coordenação, interação, cooperação e reciprocidade para promover um estudo de viabilidade de desenvolvimento de serviços de informação para o monitoramento hidrometeorológico, modelagem de inundações e deslizamento de terra.
Entre as atividades previstas na parceria, incluem-se estudos e pesquisas, desenvolvimento de ferramentas, capacitação entre instituições e parceiros, fortalecimento de intercâmbio de informação para a prevenção de redução de impactos ambientais, sociais e econômicos decorrentes de eventos extremos no bioma e bacia Amazônica, além de compartilhar pesquisas e aplicações no campo hidrometeorológico.
Na primeira etapa da cooperação científica, estão previstas as seguintes atividades: validação de previsões hidrológicas e correção de viés, usando vazão observada para a bacia do Rio Madeira; desenvolvimento de ferramentas para visualização de previsões para a bacia do Rio Madeira, incluindo as bacias hidrográficas transfronteiriças; elaboração de mapas de impacto de cheias na região da bacia do Rio Madeira; capacitação dentro do Cemaden das agências/usuários de interesse mais amplo.
Participantes da cerimônia nesta segunda-feira (22)
Na cerimônia de assinatura do Memorando de Entendimento, estarão presentes:
Abertura e condução da cerimônia: José Fernandes – Coordenador de Engajamento de Usuários da SERVIR-Amazônia (integrante da SERVIR Global);
Ted Gehr – diretor da Missão da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID);
Helen Baldwin – coordenadora científica da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA- SERVIR Global);
Jim Nelson – coordenador da Equipe de Ciência Aplicada da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA- SERVIR Global);
Márcio Moraes – pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden); unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), coordenador do Projeto de Parceria;
Jesús Quintana – diretor-geral para as Américas da Alianza Bioversity - CIAT;
Osvaldo Moraes – diretor do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) unidade de pesquisa do MCTI; unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI);
Bernardo Milano - Chefe da Assessoria Especial de Assuntos Internacionais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI)
Encerramento: Carlos Gasco – diretor do Programa SERVIR-Amazônia
O Memorando de Entendimento entre o Cemaden/MCTI e a Aliança Bioversity/CIAT entra em vigor após a assinatura e terá vigência até 20 de dezembro de 2023.
Fonte: Ascom/Cemaden com Comunicação da Imaflora e SERVIR-Amazônia
Cemaden realiza pesquisa inédita de percepção sobre a crise climática com profissionais de proteção e defesa civil
Estudo quer identificar como aqueles que atuam com riscos e desastres percebem o debate climático
No momento das discussões climáticas que ocorrem nos próximos dias, durante a COP26 - 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU), pesquisadores(as) do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - iniciam o processo de coleta de dados sobre um estudo ainda inédito no Brasil. Como os profissionais dos órgãos de proteção e defesa civil percebem a crise climática?
Estudo recente da Organização Meteorológica Mundial, vinculada à ONU, apontou que nos últimos 50 anos o número de desastres causados pelas mudanças climáticas aumentou cinco vezes. O relatório divulgado em setembro deste ano registra ainda a morte de 2 milhões de pessoas, sobretudo em países em desenvolvimento, e mais de 3,5 trilhões de dólares em perdas econômicas.
“Esperamos identificar as percepções dos profissionais da proteção e defesa civil para, a partir disso, fortalecer a articulação entre a agenda de redução de risco de desastres e as medidas de adaptação às mudanças climáticas“, afirma o pesquisador do Cemaden, Victor Marchezini.
A pesquisa de percepção a respeito das mudanças climáticas é direcionada a integrantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil e pode ser respondida em menos de dez minutos até o dia 4 de dezembro de 2021. Para participar, basta preencher este formulário: https://pt.research.net/r/PDC_mclim.
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisadores realizam workshop sobre fogo na Amazônia em diferentes momentos da ocupação humana na região
Qual é o papel histórico do fogo nas florestas da Amazônia e como ele pode nos auxiliar na conservação e manejo atual das florestas? A floresta Amazônica está preparada para enfrentar o atual regime de fogo? Quais seriam as opções para um futuro sem fogo na Amazônia? Quais as oportunidades atuais para subsidiar a prevenção de incêndios? Todas essas questões foram debatidas no Workshop Ciência e Prática sobre o Fogo na Amazônia, na programação que iniciou dia 8 de novembro de 2021 e se estende até amanhã (dia 11).
O evento está sendo realizado pela Universidade de Exeter (UK), equipe do Projeto MAP-Fire, do Centro Nacional de MonitoramentoeAlertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE/MCTI) e Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT- Nova Xavantina).
O objetivo é apresentar o estado da arte da ciência no conhecimento sobre o fogo e o seu uso pelas populações, em diferentes momentos da ocupação da Amazônia. Também traz reflexões sobre as mudanças ambientais atuais, sua relação com o risco e impactos dos incêndios florestais e pensar em estratégias de prevenção.
O workshop teve inscrições gratuitas, realizado através da plataforma Google Meet. O público-alvo do workshop foi estudantes, brigadistas (voluntários ou formalizados), bombeiros, gestores de áreas de conservação, defesa civil, educadores, acadêmicos de todas as áreas, comunidades tradicionais) e produtores rurais, ONGs e representantes de organizações e empresas de todos setores que identificam a emergência do tema e potenciais soluções associados a essa temática
”Amanhã, (11 de novembro), último dia do workshop, será realizada uma atividade para refletirmos sobre a utilização do produto do Cemaden/MetOffice de alerta de previsão do fogo em áreas protegidas da América do Sul.”, informa a pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson. "Este produto é uma ferramenta que provê informações necessárias para o planejamento de estratégias de prevenção, e assim podemos nos organizar melhor para reduzir as chances de incêndios florestais.", explica a pesquisadora do Cemaden.
O Workshop foi financiado pelo Natural Environment Research Council (UK), CAPES - Ciência Sem Fronteiras e conta com o apoio dos pesquisadores do projeto MAP-Fire (IAI, projeto número SGP-HW 016, @mapfire.project,) e Brigadas da Amazônia (WWF).
Para mais informações: Contato: mapfire.sa@gmail.com
Pesquisa
A pesquisa “ An alert system for Seasonal Fire probability forecast for South American Protected Areas ” (Um sistema de alerta para a previsão de probabilidade de incêndio sazonal para áreas protegidas sul americanas)- dos autores Liana O. Anderson , Chantelle Burton , João B.C. dos Reis , Ana Carolina M. Pessôa , Philip Bett , Nathália S. Carvalho , Celso H. L. Silva Junior , Karina Williams , Galia Selaya , Dolors Armenteras , Bibiana A. Bilbao , Haron Xaud. M , Roberto Rivera-Lombardi , Joice Ferreira , Luiz E. O.C. Aragão , Chris D. Jones , Andrew J. Wiltshire – pode ser acessada pelos links do artigo:
https://doi.org/10.1002/cli2.19
https://rmets.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/cli2.19
A programação do Workshop Ciência e Prática sobre o Fogo na Amazônia- Passado, Presente e Futuro pode ser visualizada no link abaixo:
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden irá instalar equipamentos geotécnicos em Petrópolis (RJ) para ampliar o monitoramento de risco de deslizamentos
No mês de setembro, pesquisadores da área geotécnica do Projeto RedeGeo do Cemaden desenvolveram estudos de campo e identificação de locais possíveis para instalação de cinco PCDs Geo (Plataformas de Coleta de Dados Geotécnicas). A instalação das PCDs Geo está prevista para a segunda quinzena deste mês de novembro (Foto: Pesquisadores do Cemaden e agentes da Defesa Civil de Petrópolis (RJ) no Bairro Alto da Independência - para análise de instalação da PCD Geo- Crédito: Daniel Metodiev/Cemaden)
Com o objetivo de ampliar o monitoramento da quantidade de chuvas e de umidade de solo, em tempo real, nas áreas de risco de deslizamentos em encostas urbanas, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações irá instalar, neste mês de novembro, cinco Plataformas de Coletas de Dados Geotécnicos (PCDs Geo) no município de Petrópolis (RJ).
Esses equipamentos geotécnicos (PCDs Geo), compostos por pluviômetro e sensores de umidade, permitem maior precisão no monitoramento de dados de chuva e umidade do solo, possibilitando precisão dos alertas de deslizamentos do Cemaden/MCTI e do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres ( CENAD/MDR), além de ampliar o apoio das Defesas Civis Estaduais e Municipais na prevenção de movimentos de massa, durante o Plano de Verão.
Trabalhos preparatórios e parcerias entre Cemaden e Defesa Civil Municipal
Entre os dias 27 e 29 de Setembro, os pesquisadores e geólogos do Cemaden, Daniel Metodiev e Márcio Andrade, desenvolveram estudos em campo no município de Petrópolis (RJ) para avaliação e identificação de locais possíveis de instalação de cinco PCDs Geo (Plataformas de Coleta de Dados Geotécnicas).
No âmbito do Projeto RedeGeo e dentro da parceria Cemaden (MCTI) e Secretaria de Defesa Civil Municipal de Petrópolis, o trabalho de identificação dos locais foi realizado junto com o geógrafo Luiz Henrique Alves e os geólogos Larissa Blaudt e Yuri Garin, todos técnicos da Defesa Civil. Essa parceria é fruto do compromisso firmado a partir do Acordo de Cooperação Técnica existente entre a Defesa Civil de Petrópolis e Cemaden/MCTI.
Desastres na região serrana do RJ
A região de Petrópolis é uma área crítica em desastres naturais, com constante e permanente processos de movimentos de massa (deslizamentos, corridas de lama e de detritos). Os maiores desastres registrados no município, em 1988 e 2011, tiveram grande impacto na cidade de Petrópolis, assim como em toda região serrana do Rio de Janeiro. O segundo desastre vitimou mais de 900 moradores, conforme dados oficiais, mas os indícios revelam muito mais vítimas, contando também as pessoas desaparecidas. “Esse desastre é uma das razões que a região serrana do Estado de Rio de Janeiro seja uma área sensível e complexa na prevenção de risco de deslizamentos.”, afirma o pesquisador e geólogo do Cemaden, Márcio Andrade. Explica que, por isso é necessária uma atualização frequente e ampliação da rede de monitoramento, principalmente, para o trabalho das Defesas Civis da região serrana de Rio de Janeiro.
Vistorias e identificação dos locais críticos e de adequação técnica para instalar as PCDs Geo
Junto à Defesa Civil de Petrópolis, foram realizadas vistorias para identificação de locais adequados para instalação das PCDs Geotécnicas. Os dados a serem obtidos de chuva e da umidade do solo permitirão uma correlação entre a quantidade de chuva do local e a parte dessa chuva que foi absorvida e retida no solo, causando saturação em profundidade, levando o solo a deflagração de deslizamentos. A PCD Geotécnica é composta por um pluviômetro automático e uma sonda geotécnica, que conta com seis sensores, em posição fixa a cada 0,5 m, os quais medem a umidade volumétrica do solo, através de um campo magnético.
A identificação dos possíveis locais de instalação foi realizada a partir do conhecimento local da Defesa Civil de Petrópolis, com base nos mapeamentos de áreas de risco R3 (nível alto) e R4 (nível muito alto) do Departamento de Recursos Minerais do Rio de Janeiro (DRM) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).
Além dos locais estarem em áreas ativas de deslizamentos, os requisitos para instalação exigiram que os terrenos tenham um solo que permita a escavação para instalação do tubo de acesso com três metros de profundidade, além dos o locais de fixação dos pluviômetros não apresentem obstáculos para captação da água da chuva (árvores, edificações, entre outros). Também é necessário ter bom sinal de telefonia móvel para transmissão dos dados; acessibilidade para realização da instalação e da manutenção preventiva e periódica, em condições mínimas de segurança para o equipamento e para as equipes de trabalho.
Os locais ficam posicionados em áreas com histórico de ocorrências de movimentos de massa em bairros como Quitandinha, Alto da Independência, Castelânea, Simeria, São Sebastião e Bingen. Alguns dos pontos como a Rampa de Voo Livre no bairro Simeria e o Residencial Gustavo Ernesto Baner no bairro São Sebastião estão muito próximos as cicatrizes de ocorrências históricas de movimento de massa de grande impacto social que ocorreram em 1988 e em 2011.
Projeto RedeGeo do Cemaden
A Rede de Monitoramento Geotécnico (RedeGeo) é um projeto da Rede de Monitoramento Ambiental de Desastres Naturais (REMADEN) do Cemaden (MCTI), financiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do MCTI) e executado pela Funcate(Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais) e Cemaden/MCTI. A PCD Geo é um equipamento, exclusivamente, instalado em áreas localizadas em encostas antropizadas (áreas alteradas), suscetíveis de deslizamentos, com vasto histórico de ocorrências, bem como em encostas naturais com fortes indícios de processos ativos de movimentos de massa.
Desde o ano de 2019, já foram instaladas 87 PCDs Geo em áreas de risco com vasto histórico de ocorrências de movimento de massa no Brasil nas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste, nos municípios de Blumenau (SC); Olinda, Recife, Jaboatão do Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Camaragibe (Pernambuco); na Baixada Santista no Estado de São Paulo (Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão, Praia Grande); no Grande ABC paulista (Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Mauá); na região serrana de Campos do Jordão (SP) e Angra dos Reis (RJ) agora em novembro, em Petrópolis (RJ).
Fonte: Ascom/Cemaden com equipe RedeGeo
Foto: Pesquisadores do Cemaden e agentes da Defesa Civil de Petrópolis (RJ), realizando trabalho em campo nas comunidades das encostas íngremes do bairro Alto da Independência, para avaliação dos locais possíveis de instalação de PCDs Geo (Crédito: Daniel Metodiev/Cemaden).
Escolas e comunidades vulneráveis testam aplicativo para monitoramento de inundações e alagamentos
O projeto tem a participação do Programa Cemaden Educação em parceria com instituições nacionais e internacionais, aplicando a Educação para Redução de Riscos de Desastres, em tempos de mudanças climáticas ( Foto: Alunos de Jaboatão dos Guararapes coletando dados do pluviômetro construído com garrafa PET- fonte: Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes)
O Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) vem desenvolvendo - juntamente com instituições nacionais e internacionais - o Projeto WPD++ Ciência cidadã com aplicativo Dados à Prova d’Água: polinização nas comunidades. Trata-se do monitoramento de riscos de inundações e alagamentos, com dados registrados pelos pluviômetros feitos com garrafas PET.
A criação de redes observacionais com pluviômetros de garrafas PET integradas à testagem do aplicativo de celular (APP) acontece em Escolas e Defesas Civis, localizadas em municípios das cinco regiões do País. O período de testagem do APP é intensivo, entre setembro a dezembro de 2021.
Um grupo composto por 21 multiplicadores - professores e integrantes de Defesas Civis - de cinco estados (Santa Catarina, Acre, São Paulo, Mato Grosso e Pernambuco) estão formando integrantes de comunidades escolares vulneráveis a inundações, alagamentos, enchentes e enxurradas, aplicando a Educação para Redução de Riscos de Desastres, em uma perspectiva de ciência cidadã.
Cada polinizador(a) do projeto cria redes observacionais com estudantes e comunidades para monitorar as chuvas, confeccionando e instalando nas casas pluviômetros de baixo custo (como exemplo, a garrafa PET). Os dados de chuva em cada local, informações sobre inundação/alagamento e o nível dos rios são coletados e compartilhados com o Cemaden, por meio de um aplicativo para celular chamado ‘Dados à Prova d’Água’, o nome do projeto internacional.
Além do Cemaden (Programa Cemaden Educação), entre as instituições envolvidas no projeto estão: Fundação Getúlio Vargas (FGV), Universidades de Warwick e Glasgow (Reino Unido), com apoio financeiro do Global Challenges Research Fund, por meio do Global Research Translation Award (GRTA).
“Espera-se o projeto e com o uso do aplicativo móvel os estudantes e cidadãos que vivem em áreas propensas a inundações tenham uma maior compreensão socioambiental deste fenômeno, criem estratégias adaptativas”, afirma a coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber. Ela explica que o projeto contribui para gerar dados relevantes para a comunidades, criando arranjos de governança entre cidadãos, governos e especialistas em enchentes e, em última análise, maior resiliência
Desenvolvimento e testagem do aplicatível móvel:
O desenvolvimento do aplicativo para celular para monitoramento cidadão de prevenção de riscos hidrológicos faz parte do projeto intitulado ‘Dados à Prova d’Àgua: engajando stakeholders na governança sustentável de riscos de inundação para resiliência urbana. O projeto é coordenado pelas Universidades de Warwick e Glasgow (Reino Unido), a Fundação Getúlio Vargas (Brasil), Cemaden/ Programa Cemaden Educação (MCTI).
Projeto Dados à Prova d’Água
Localidades dos participantes do Projeto:
Região |
UF |
Município |
Norte |
Acre |
Rio Branco/ Cruzeiro do Sul |
Nordeste |
Pernambuco |
Jaboatão dos Guararapes |
Centro Oeste |
Mato Grosso |
Cuiabá |
Sudeste |
São Paulo |
São José dos Campos/ São Paulo |
Sul |
Santa Catarina |
Florianópolis/Criciúma/Xanxerê |
Pessoas envolvidas e dados estimados:
Ação |
Polinizadores bolsistas |
Locais polinizados |
Participantes/redes de 5 pluviômetros) |
Estimativa de dados a serem coletados (7 dias/10 semanas - out a dez) |
Polinização escolas |
16 professores* |
32 escolas |
160 participantes estudantes |
11.200 dados |
Polinização defesas civis |
05 agentes de defesas civis |
10 Nupdecs |
50 participantes comunitários |
3.500 dados |
Totais |
21 polinizadores |
42 locais |
210 participantes/ pluviômetros |
14.700 dados |
Programa Cemaden Educação
Implantado em 2014 pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden/MCTI) -o Programa Cemaden Educação atua junto às comunidades escolares, localizadas em municípios vulneráveis a desastres socioambientais.
O Cemaden Educação tem como objetivo contribuir para a geração de uma cultura da percepção de riscos de desastres, no amplo contexto da educação ambiental e da construção de sociedades sustentáveis e resilientes.
Cada escola participante se torna um Cemaden microlocal, um espaço para realizar pesquisas, monitorar o tempo e o clima, compartilhar conhecimentos, entender e emitir alertas de desastres. Além de fazer a gestão participativa de intervenções com suas comunidades.
No Projeto WPD++ o Cemaden Educação participa na pedagógica do processo educativo e de formação de multiplicadores. Vale destacar que as instituições participantes (escolas e defesas civis) do WPD++ fazem parte da Rede ERRD promovida pelo Programa.
Mais informações sobre o Projeto Dados à Prova d´Água:
http://educacao.cemaden.gov.br/
Fonte: Ascom/Cemaden com equipe do Cemaden Educação
Seminário do Projeto Elos tem últimos encontros nos dias 9 e 18 de novembro
Organizado pelo Cemaden/MCTI, o seminário recebe contribuições do público para aprimorar as propostas de fortalecimento da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil
Com mais de 700 inscritos em apenas um encontro, o Seminário do Projeto Elos está mobilizando os integrantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil para discutirem propostas que possam fortalecer a implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) nos municípios brasileiros com o apoio das Coordenadorias Estaduais de Proteção e Defesa Civil.
O Projeto Elos é desenvolvido pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), no âmbito da Cooperação Técnica Internacional BRA/12/017- Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil, por meio, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD. A implementação do Projeto Elos ocorre por meio da parceria com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Depois da realização de uma pesquisa com os órgãos municipais, a equipe do Projeto Elos do Cemaden compartilha proposições que podem sanar lacunas e aprimorar capacidades identificadas em todo território nacional.
O Seminário já apresentou propostas de Capacitação, Comunicação e Participação Social e Intersetorial, contando com amplo público e recebendo muitos comentários. Os encontros do Seminário ocorrem sempre das 10h às 11h30min (horário de Brasília), no canal do YouTube da Série de Debates do Cemaden.
No dia 9 de novembro o tema será Recursos Financeiros e no dia 18 de novembro haverá debate sobre Profissionalização da Proteção e Defesa Civil.
Inscrições gratuitas e informações
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas a partir deste formulário: https://forms.gle/31SrDyV1BUXZVCc1A. Haverá emissão de certificados para todos aqueles que preencherem as listas de presença, disponibilizadas no dia de cada encontro.
Mais informações podem ser encontradas no canal do Telegram do Projeto Elos: https://t.me/projetoelosdefesacivil ou solicitadas pelo WhatsApp: (51) 99792-4654.
Fonte: Ascom/Cemaden com Equipe de pesquisadores do Projeto Elos
Nesta segunda-feira (18), Cemaden realiza workshop sobre resultados do Programa Ciência na Escola na prevenção de deslizamentos
O III Workshop do projeto “Prevenção de deslizamentos se aprende na escola: ciência cidadã em redução de riscos de desastres” será realizado na segunda-feira, dia 18 de outubro, às 15h00 (horário de Brasília), coordenado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
O projeto integra o Programa Ciência na Escola, desenvolvido pelo Cemaden/MCTI, em conjunto com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp –Campus Santos), com as Defesas Civis Municipais de Santos e de Cubatão, além das escolas estaduais EE Deputado Emílio Justo (Vila Progresso, em Santos/SP) e EE Profa. Maria Helena Duarte Caetano (Cota 200, em Cubatão/SP).
Projeto do Cemaden no Programa Ciência na Escola
O Programa Ciência na Escola é destinado ao aprimoramento do ensino de ciências na educação por parte do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Ministério da Educação (MEC), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
No Projeto Ciência na Escola, desenvolvido pelo Cemaden, estão inseridos professores e estudantes bolsistas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp – Campus de Santos), professores e alunos bolsistas do ensino médio de escolas estaduais, além das Defesas Civis e Secretarias de Educação municipais de Cubatão e de Santos, municípios paulistas da Baixada Santista.
As bolsas têm o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/MCTI), no projeto aprovado no final de 2019, pela Chamada MCTIC/CNPq Nº 05/2019 – Programa Ciência na Escola – Linha 2 – Ações de intervenção em escolas de educação básica com foco em ensino de ciências.
Para participar do evento
No evento virtual, serão apresentados os principais resultados obtidos até o momento e os desafios enfrentados pelos pesquisadores envolvidos, além do balanço de dois anos de atividades.
Para participar, acesse este link, também disponível no cartaz do evento, disponível para download logo abaixo.
Fonte: Ascom/Cemaden
Série de Debates do Cemaden discute como enfrentar as mudanças climáticas e a intensificação de desastres
Debate apresenta as evidências das mudanças climáticas e a relação com os eventos extremos, discutindo as ações para mitigação, adaptação e resiliência.
As mudanças climáticas, intensificação de desastres e formas de enfrentamento foram discutidos, ontem (14), na Série de Debates “Ciência, Riscos e Desastres”, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), transmitido pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden. Para as discussões foram convidados o coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, climatologista José Marengo e a professora da Universidade Federal da Bahia, Andréa Ventura, coordenadora do Grupo de Pesquisa e Governança para Sustentabilidade e Gestão de Baixo Carbono.
O climatologista José Marengo destacou, conforme o Relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que as atividades humanas estão afetando o clima e isso faz com que os eventos extremos - como ondas de calor, chuvas intensas e secas - sejam mais frequentes e severos. “Como resultado, o aumento do risco de crises hídricas, incêndios e desastres naturais, além dos impactos setoriais afetando segurança hídrica, alimentar, energia, saúde e social”, aponta Marengo. Lembra que as mudanças na frequência e intensificação dos eventos extremos aumentam com cada incremento do aquecimento global.
“As mudanças seriam maiores com o aquecimento de 2º C em comparação com o 1,5º C. E, ainda, pode ser agravada a situação com as mudanças do uso e cobertura do solo”, destaca Marengo. Apresenta as pesquisas que apontam o aumento gradativo da frequência dos extremos de chuvas e o aumento do número de dias com chuvas acima de 80 e 100 mm, bem como a relação do aquecimento com o aumento de risco de deslizamentos e inundações. Lembrou, também, do Relatório da Organização Mundial de Meteorologia que mostra o aumento de cinco vez o número de desastres (inundações, deslizamentos, entre outros), nos últimos 50 anos. Enfatizou sobre urgentes ações de políticas públicas regionais e mundiais, bem como o envolvimento interdisciplinar das áreas de conhecimento para estudos e ações sustentáveis.
Para a pesquisadora Andréa Ventura, há uma complexidade das mudanças climáticas, que afetam, especialmente, as pessoas já vulneráveis socialmente, destacando, também, a importância da interdisciplinaridade. “É preciso lembrar sobre a responsabilidade de todos os atores sociais, como governantes, setor empresarial, cientistas, mídia e todos nós como indivíduos”, enfatiza a pesquisadora, citando os acordos mundiais, como o Tratado de Quioto e de Paris, que dão as diretrizes sobre emissões de gases e redução do aquecimento global.
“Precisamos tratar a mitigação e a adaptação das mudanças climáticas com igual proporção”, afirma Ventura, dando exemplos e ações sustentáveis para a busca de energias renováveis e econômicas, uso racional e eficiente da água, produção de alimentos entre outros. “O uso da tecnologia, capacitação e colaboração entre países, além dos recursos e aplicação vão além da mitigação e adaptação. Novos conceitos devem ser inseridos usando a sinergia”, destaca Andréa Ventura, abordando sobre a resiliência e sua construção de capacidades para enfrentar as mudanças climáticas.
A apresentação das pesquisas e as discussões na íntegra sobre “Mudanças climáticas, intensificação de desastres e formas de enfrentamento” estão disponibilizadas no Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden, acessadas pelo link:
https://www.youtube.com/watch?v=a6JUv9nqhB4
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden instala equipamentos nas áreas de risco de deslizamentos em Angra dos Reis (RJ)
Pesquisadores da área de geodinâmica do Projeto RedeGeo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - realizaram o trabalho de instalação de cinco Plataformas de Coleta de Dados Geotécnicas (PCDs Geo) no município de Angra dos Reis (RJ), nas áreas de risco de movimentos de massa, com vasto histórico e registro de ocorrências.
As PCDs Geo são equipamentos compostos por pluviômetros acoplados a sensores geotécnicos, que possibilitam o estabelecimento de correlação entre a quantidade de chuva e a umidade do solo, criando, assim, limiares críticos de chuva deflagradora e parâmetros operacionais de saturação do solo. Isso permitirá identificar o momento em que o solo poderia ficar instável, com risco de deslizamentos e movimentos de massa. Essa ferramenta facilitará as Salas de Operação do Cenad, do próprio Cemaden e da Defesa Civil de Angra dos Reis para atuação mais segura na prevenção durante o Plano de Verão, quando a Defesa Civil entra em estado de atenção e monitoramento 24 horas.
Instalação das PCDs Geo nas áreas de risco
O trabalho de instalação das PCDs Geo do Cemaden em Angra dos Reis foi realizado, na segunda quinzena de setembro, pelos pesquisadores do Cemaden da área de geodinâmica, Daniel Metodiev e Márcio Andrade, em parceria com a Defesa Civil de Angra dos Reis, com apoio do secretário municipal, Cel. Jairo Souza Lima.
Com a colaboração dos técnicos da Defesa Civil de Angra dos Reis, Leandro da Silva e Alexandre Azevedo, foram instaladas 5 (cinco) PCDs Geo nas áreas de risco de movimentos de massa com vasto histórico e registro de ocorrências, localizados no Morro da Carioca, Marinas, Mombaça, Vila Naval e Fazenda Tanguá.
No mês de agosto deste ano, foram vistoriados 13 locais, priorizando a instalação nas áreas escolhidas a partir de critérios como: representatividade do local a ser monitorado em relação ao histórico de ocorrências registradas, obtenção de autorizações para instalação, distribuição espacial da cobertura da rede de monitoramento, dentre outros aspectos técnicos, relacionados à cobertura de sinal de telefonia celular e acessibilidade. No Morro da Carioca, por exemplo, foi instalada a PCD Geo na lateral esquerda da cicatriz do deslizamento ocorrido na passagem do ano 2010 para 2011, que levou a óbito mais de 20 moradores dessa comunidade.
Projeto RedeGeo do Cemaden
Por meio do Projeto RedeGeo do Cemaden, já foi possível a instalação dos equipamentos (PCDs Geo) nas áreas do País com grande incidência de ocorrências de movimento de massa, como Blumenau (SC), Baixada Santista e Campos do Jordão (SP), Região Metropolitana do Recife (PE), Salvador (BA) e ABC Paulista (SP).
Com a instalação dessas últimas PCDs Geo em Angra dos Reis (RJ) o Projeto Rede Geo conta no total com uma rede de 85 equipamentos desse tipo espalhados nas áreas de risco de movimentos de massa de 20 municípios do País.
Fonte: Ascom/Cemaden
Jovem pesquisadora do Cemaden recebe prêmio pela contribuição à pesquisa em mudanças climáticas
A pesquisadora Fabiani Denise Bender, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - é uma das homenageadas da 65ª edição do Prêmio Fundação Bunge.
O prêmio é concedido, anualmente, a personalidades de destaque em diversos ramos das Ciências, das Letras e das Artes nacionais. Fabiani Bender foi contemplada na categoria Juventude, na área de Ciências Agrárias, que neste ano tem como tema “Impacto das Mudanças Climáticas na Produção de Alimentos”. Nesta mesma área, na categoria Vida e Obra, o indicado é o pesquisador Eduardo Delgado Assad da Embrapa Informática Agropecuária e professor de mestrado da FGV/FGVAgro. O anúncio dos contemplados foi realizado no dia 30 de setembro e a cerimônia de premiação deverá ocorrer em novembro.
Prêmio Fundação Bunge
O Prêmio, um dos mais tradicionais e respeitado pelo meio acadêmico, foi criado em 1955 pela Fundação Bunge para incentivar o conhecimento científico em diversas áreas, homenagear o poder transformador dos indivíduos na sociedade e estimular novos talentos. Os candidatos são indicados por representantes das principais universidades e entidades científicas do País. Os vencedores são escolhidos por comissões técnicas, compostas por especialistas nas áreas de premiação.
Para Bender, ver o reconhecimento em seu campo de atuação é uma grande satisfação. “Essa premiação sem dúvida, é fruto da oportunidade de trabalhar junto à grandes referências científicas nacionais e internacionais nas áreas de agrometeorologia e de mudanças climáticas, das universidades e de outras instituições de pesquisa.”
Trajetória acadêmica
A pesquisadora do Cemaden, Fabiani Denise Bender é Bacharel em Meteorologia pela Universidade Federal de Santa Maria (2010). É mestre em Ciências Atmosféricas pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo - IAG/USP (2012); Doutora (2017) e Pós-Doutora (2019) em Ciência, pelo programa de Engenharia de Sistemas Agrícolas, pela ESALQ/USP, Piracicaba, SP. Atua hoje no Cemaden, no programa de mudanças climáticas, onde contribui na consolidação de trabalhos de pesquisa e de desenvolvimento tecnológico, na avaliação de impactos em atividades estratégicas para o Brasil.
Participa de pesquisa voltada para a avaliação dos impactos do clima e das mudanças climáticas na produtividade de diferentes culturas agrícolas, e estratégias de manejo para minimização de seus impactos. Tem experiência nas áreas de agrometeorologia e climatologia com enfoque no uso de modelos de simulação de culturas, e aplicações em diferentes cenários climáticos na avaliação do risco climático. Considerando a complexa interpelação solo-planta-atmosfera, a abordagem de ensemble (critério científico para reduzir incertezas em cenários de clima futuro). Além da aplicação de modelos de simulação de culturas amplamente utilizados, as projeções de clima futuro são baseadas em cenários de emissão definidos pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), resultando em produção científica de impacto, publicada em periódicos nacionais e internacionais conceituados.
Mudanças climáticas
Em 2021, a Fundação Bunge elegeu as mudanças climáticas como tema para a premiação, destacando o papel da ciência em prever cenários, antecipar dificuldades e oferecer soluções para a superação dos desafios impostos para a humanidade, sobretudo em relação à produção de alimentos.
“Considerando o Sexto relatório de Avaliação – AR6, do IPCC, o aumento dos eventos climáticos extremos já está impactando, significativamente, nossa sociedade. E o aquecimento global está redefinindo a agricultura. Por se tratar de uma questão de segurança alimentar, visando a sustentabilidade, os caminhos possíveis para lidar com as mudanças climáticas são a mitigação e adaptação”, afirma Bender.
Fonte: Ascom/Cemaden
Relatório sobre a Seca Extrema 2019-2021 na Bacia do Rio La Plata
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), em parceria com o Joint Research Centre da União Europeia (JRC-EC), com o Sistema de Monitoramento de Secas para o Sul da América do Sul (SISSA) e a Organização Meteorológica Mundial (WMO) apresentam, no Dia Internacional para a Redução de Riscos de Desastres, o Relatório sobre a Seca Extrema 2019-2021, na Bacia do Rio La Plata.
Obtenha a íntegra do relatório no link abaixo.
Seminário do Projeto Elos receberá sugestões dos órgãos de Proteção e Defesa Civil de todo Brasil
Durante cinco encontros virtuais (neste mês de outubro até novembro), propostas de fortalecimento da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil podem ser avaliadas por integrantes das defesas civis
Um espaço de trocas de experiências e informações, mas principalmente, de escuta dos elos mais importantes do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil. É esse o propósito do Seminário do Projeto Elos, que durante cinco encontros virtuais apresentará propostas de fortalecimento da implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC) e abrirá canais para coletar sugestões e comentários que possam melhorá-las.
O evento está sendo organizado pela equipe de pesquisadores do Projeto Elos do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O Seminário do Projeto Elos ocorrerá, semanalmente, a partir do dia 19 de outubro até o dia 18 de novembro de 2021, transmitido sempre no horário das 10h às 11h30 (horário de Brasília), pelo canal do YouTube da Série de Debates do Cemaden, que pode ser acessado pelo link:
https://www.youtube.com/channel/UCli7dG6pJ6wPkJs53x3FK-w
Projeto Elos
O Projeto Elos é uma iniciativa da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec) do Ministério de Desenvolvimento Regional, no âmbito da Cooperação Técnica Internacional BRA/12/017- Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil, por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A implementação se dá por meio do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, que vem desenvolvendo a pesquisa para o diagnóstico das capacidades e necessidades das defesas civis municipais.
Após vários meses de realização de diagnóstico a respeito das capacidades e necessidades das defesas civis municipais, é momento de compartilhar os resultados e avançar nas proposições, informa o pesquisador do Cemaden e coordenador do Projeto Elos, Victor Marchezini. “Esperamos que as defesas civis municipais e estaduais, Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil, universidades e institutos de pesquisa, órgãos públicos em geral, ONGs, setor privado e demais interessados(as) contribuam com as propostas de fortalecimento da implementação da PNPDEC”, destaca Marchezini.
Programação do Seminário do Projeto Elos
O Seminário do Projeto Elos ocorre sempre das 10h às 11h30min (horário de Brasília), no canal do YouTube da Série de Debates do Cemaden ( https://www.youtube.com/channel/UCli7dG6pJ6wPkJs53x3FK-w ), nos seguintes dias:
19 de outubro, com foco na Capacitação;
21 de outubro, com foco na Comunicação;
28 de outubro, com foco em Participação Social e Intersetorial;
9 de novembro, com foco em Recursos Financeiros; e
18 de novembro, com foco na Profissionalização.
Inscrições e informações
As inscrições são gratuitas e podem ser feitas a partir deste formulário ( https://forms.gle/1UBXvwjuBv9JZ1Nb8 ). Haverá emissão de certificados para todos aqueles que preencherem as listas de presença, disponibilizadas no dia do encontro virtual.
Informações sobre o Seminário do Projeto Elos podem ser solicitadas pelo e-mail: projeto.elos@cemaden.gov.br ou pelo WhatsApp: (51) 99792-4654.
É possível, ainda, acompanhar as atualizações sobre o Seminário no canal do Telegram: https://t.me/projetoelosdefesacivil .
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden lança licitação para contratação de seguro automotivo
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado no Parque Tecnológico da cidade de São José dos Campos (SP), lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico, cujo objeto é a contratação de serviços de seguro automotivo total com cobertura contra acidentes, danos causados pela natureza e assistência 24 (vinte e quatro) horas, para 19 (dezenove) veículos oficiais do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - Cemaden. A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 28/09/2021.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 09/2021 pode ser retirado a partir de 28/09/2021 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos (SP) ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 28/09/2021 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 08/10/2021 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Relatório lançado na Assembleia da ONU avalia as ameaças aos ecossistemas e dos povos da Amazônia
Lançado o Sumário Executivo de Relatório de Referência sobre a Amazônia, com uma avaliação científica abrangente de referência da situação da Bacia Amazônica, feita com mais de 200 renomados cientistas da Amazônia e parceiros globais. O relatório incluiu diálogos com Povos Indígenas e comunidades locais oferece soluções e trajetórias em direção a um desenvolvimento sustentável para prevenir eventos catastróficos.
A situação na Amazônia é extremamente preocupante, já que a região está se aproximando de um potencial e perigoso ponto de inflexão (não retorno) devido ao desmatamento, degradação e mudanças climáticas. Essa situação crítica foi apontada como alerta no Sumário Executivo de Relatório de Referência sobre a Amazônia (Science Panel for the Amazon Amazon Assessment Report 2021 Executive Summary), lançado no último dia 20 de setembro pelo Painel Científico para a Amazônia (SPA), durante a 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque (EUA).
O Relatório foi elaborado com a participação de mais de 200 renomados cientistas da Amazônia e parceiros globais, entre eles, o climatologista José Marengo, coordenador-geral de Operações e Modelagens do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Como uma avaliação científica única da situação da Bacia Amazônica, as recomendações do Relatório oferecem caminhos ao desenvolvimento sustentável para formuladores de políticas e governos e um apelo enfático por ações imediatas.
Apesar da situação crítica, é demonstrada a relevância de diversas providências de restauração dos ecossistemas terrestres e aquáticos, conservação da biodiversidade, monitoramento do desmatamento e sistemas de alerta de incêndio.
O Relatório indica que manter a resiliência da Amazônia requer uma ação global para interromper as emissões de gases de efeito estufa. Destaca, também, o potencial significativo de avanço nas trajetórias de desenvolvimento sustentável com base em uma combinação de pesquisa científica, conhecimento dos Povos Indígenas e Comunidades Locais e ênfase no poder de parcerias colaborativas regionais mais fortes.
O relatório do SPA e a Amazônia no contexto global
O Relatório do Painel Científico para a Amazônia (SPA) foi desenvolvido por mais de 200 cientistas, dos quais dois terços são de países amazônicos, incluindo cientistas Indígenas. Inspirado no Pacto de Letícia pela Amazônia, o Relatório é o mais aprofundado, abrangente e integrador sobre a Amazônia.
O SPA também visa ter relatórios sistemáticos e consistentes no futuro. A Bacia Amazônica engloba a maior floresta tropical do mundo e é uma região de imensa riqueza e diversidade natural e cultural, mas está enfrentando mudanças sem precedentes.
A Bacia Amazônica possui uma notável parcela da biodiversidade global, única e insubstituível. Essa extraordinária diversidade confere estabilidade e resiliência aos ecossistemas terrestres e aquáticos, que são produtos de uma dinâmica complexa que coevoluiu há milhões de anos.
O bioma Amazônia é um dos elementos cruciais do sistema climático terrestre, desempenhando um papel decisivo nos ciclos globais de água e regulação da variabilidade climática. Uma quantidade significativa de umidade flui para o sul através de “rios aéreos” e se constitui em uma importante fonte de água para os ecossistemas, além da Bacia Amazônica. A região também é responsável pela maior descarga fluvial do planeta, respondendo por cerca de 16 a 22% do total de rios que chegam aos oceanos no mundo.
A Amazônia é também um significativo sumidouro de carbono, armazenando aproximadamente 150 a 200 bilhões de toneladas de carbono em seus solos e vegetação.
A Amazônia abriga cerca de 47 milhões de pessoas, incluindo cerca de 2,2 milhões de Indígenas, distribuídos em mais de 400 grupos que falam mais de 300 línguas. Populações Indígenas e Comunidades Locais (PICLs) desempenham um papel fundamental na conservação e na gestão sustentável da diversidade agrícola e biológica da Amazônia, bem como dos ecossistemas. No entanto, os povos amazônicos, suas culturas e conhecimentos estão sob ameaça devido às múltiplas pressões e ao enfraquecimento da proteção de seus direitos.
O mosaico de ecossistemas amazônicos se estende desde os altos Andes até a planície amazônica e abriga a biodiversidade mais extraordinária da Terra, com mais de 10% das espécies vegetais e animais em todo o mundo”.
Amazônia à beira de um ponto de inflexão
Devido ao desmatamento, degradação e mudanças climáticas, a situação na Amazônia é extremamente preocupante, já que a região está se aproximando de um potencial e perigoso ponto de inflexão (não retorno).
Aproximadamente 17% das florestas amazônicas foram convertidas para outros usos da terra e pelo menos outros 17% foram degradados. Os especialistas estimam que 366.300 km² de florestas foram degradados entre 1995 e 2017. Todos os anos, milhares de hectares de floresta (a maioria degradadas) queimam em toda a Bacia Amazônica, à medida que os incêndios escapam de pastagens próximas ou áreas recentemente desmatadas.
O SPA alerta os tomadores de decisão a agirem agora e recomendam uma moratória imediata do desmatamento em áreas que já estão atingindo o ponto de inflexão, e zero desmatamento e degradação da floresta em toda a região amazônica até 2030.
Construindo resiliência
O SPA demonstra a relevância da restauração de ecossistemas terrestres e aquáticos, da conservação da biodiversidade em áreas naturais e manejadas, e da diversidade cultural, bem como do monitoramento do desmatamento, degradação e estabelecimento de sistemas de alerta precoce de incêndio.
Manter a resiliência da Amazônia também requer uma ação global para interromper as emissões de gases de efeito estufa. Embora a mudança no uso da terra seja a ameaça mais visível para os ecossistemas amazônicos, a mudança climática está emergindo como uma das ameaças mais insidiosas para o futuro da região.
Soluções e um caminho a seguir: uma Amazônia viva
Apesar da situação crítica da Bacia Amazônica, o SPA também destaca o potencial significativo de avanço nas trajetórias de desenvolvimento sustentável com base em uma combinação de pesquisa científica, conhecimento dos Povos Indígenas e Comunidades Locais e ênfase no poder de parcerias colaborativas regionais mais fortes.
Avançar nas vias de desenvolvimento sustentável e alcançar desmatamento e degradação zero na Amazônia até 2030 depende dos esforços combinados e colaborativos dos formuladores de políticas para a Amazônia em nível nacional e subnacional, dos setores financeiro e privado, da sociedade civil e da comunidade internacional. “Nossa mensagem aos líderes políticos é que não há tempo a perder”, disse Carlos Nobre, copresidente do SPA. “O atual modelo de desenvolvimento está alimentando o desmatamento e a perda da biodiversidade, levando a mudanças devastadoras e irreversíveis. Para que a Amazônia sobreviva, devemos mostrar como ela pode ser transformada para gerar benefícios econômicos e ambientais que seriam o resultado de colaborações entre cientistas, detentores do conhecimento Indígena e seus líderes e governos”.
O Sumário Executivo de Relatório de Referência sobre a Amazônia (Science Panel for the Amazon Amazon Assessment Report 2021 Executive Summary) está disponibilizado no link :
https://www.theamazonwewant.org/scientific-literature/
Fonte: Ascom/Cemaden com Ascom/ UNSDSN
Pesquisa internacional mostra o papel dos dados e cidadãos em processos de transformação para a sustentabilidade e resiliência a desastres
Publicado, recentemente, na Revista Científica Current Opinions in Environmental Sustainability, o artigo “The role of data in transformations to sustainability: a critical research agenda” (Os papéis dos dados na transformação para a sustentabilidade: uma agenda crítica de pesquisa) faz parte do projeto internacional de pesquisa “Dados à prova d’água” (Waterproofing Data) e tem a participação de pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Os estudos foram liderados pelo professor João Porto de Albuquerque, da Universidade de Warwick (Reino Unido), com a participação do Cemaden, ao lado da Fundação Getúlio Vargas e da Universidade de Heidelberg (Alemanha). No Cemaden participaram do estudo: as pesquisadoras Liana Anderson (especialista em gestão de risco de incêndios) e Rachel Trajber (antropóloga), e os pesquisadores Giovanni Dolif (meteorologista), Victor Marchezini (sociólogo) e Conrado Rudorff (hidrólogo).
O artigo apresenta uma perspectiva ampliada do papel das tecnologias digitais e inovações de dados, como “big data” e dados gerados por cidadãos, para apoiar transformações para sustentabilidade.
Os(as) pesquisadores(as) revisaram a literatura recente e identificaram que a suposição mais frequente nessa área está ligada à capacidade dos dados para apoiar a tomada de decisão. No entanto, foram identificados poucos trabalhos com uma investigação crítica das vias concretas para que dados apoiem transformações. Para suprir essa lacuna, o artigo apresenta um arcabouço conceitual que identifica diferentes escalas e potenciais vias de transformação com as quais a produção, circulação e uso de dados podem possibilitar transformações para a sustentabilidade. Esse arcabouço conceitual amplia a perspectiva sobre o papel e as funções dos dados, e é utilizado para delinear uma agenda crítica de pesquisa para futuros trabalhos que considerem os contextos e práticas socioculturais para o desenvolvimento sustentável.
Engajamento de cidadãos e instituições governamentais
Para o professor João Porto de Albuquerque, líder do artigo e do projeto, o artigo traz uma contribuição importante aos estudos do papel de dados para as urgentes e importantes transformações em direção à sustentabilidade e resiliência.
“Como o recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) claramente argumentou, a probabilidade de eventos climáticos extremos está aumentando, o que foi tristemente evidenciado esse ano de 2021 por inundações catastróficas históricas no estado do Acre em fevereiro, na Alemanha e China em julho, até ondas de calor e incêndios de grandes proporções na Grécia em julho.”, afirma o pesquisador Albuquerque e destaca: “É, portanto, urgente repensar em formas de engajar cidadãos, defesa civil, e instituições governamentais na produção, circulação e uso de dados. Este artigo traz um arcabouço conceitual capaz de orientar iniciativas nessa direção.”
Liana Anderson, pesquisadora do Cemaden e uma das coautoras do estudo, considera que no Brasil há um grande volume de dados técnico-científicos disponíveis para a sociedade. No entanto, “explorar como estes dados são utilizados, que tipos de traduções do conhecimento técnico é necessário para garantir sua permeabilidade na sociedade e mesmo a adequação de linguagem são desafios que temos que avançar. Temos a sociedade coletando diversos tipos de dados com aplicativos em seus celulares que podem ser estratégicos para validar informações ou mesmo fornecer informações para as instituições. O avanço da integração entre os diálogos nestas duas frentes possibilitarão transformações socioculturais na governança para redução do risco de desastres”, afirma a cientista do Cemaden.
Para Maria Alexandra Cunha, da Fundação Getúlio Vargas, “o arcabouço conceitual enfatiza aspectos da transformação viabilizada por dados, vai além da discussão de políticas públicas baseadas em dados que é muitas vezes focada apenas no uso de dados pelos gestores públicos”.
Fluxos de comunicação, tipos de dados, atores e escalas
O artigo propõe um arcabouço conceitual com três níveis/escalas (Figura 1): comunidades no nível micro, governos locais/municipais no nível meso, e centros de expertise nacionais e internacionais no nível macro. O artigo ressalta o papel tanto de dados “de cima” (por exemplo, “big data” e outras formas de dados oficiais) como os dados “de baixo” (por exemplo, dados gerados por cidadãos). Além disso, também fica ressaltada a importância de criar fluxos de comunicação entre esses diferentes tipos de dados, atores e escalas.
O arcabouço conceitual inclui ainda três vias de transformação viabilizadas por dados: 1- Uso de dados: a interpretação dos dados provê evidência para tomada de decisão em direção a transformações, possibilitando ainda monitorar e acompanhar o progresso; 2-Circulação de dados: os fluxos de dados entre diferentes atores e escalas pode transformar arranjos de governança, possibilitando o reconhecimento e coordenação, facilitando mudanças e abrindo novos canais de comunicação; 3-Geração de dados: a criação de dados pode ser em si uma atividade transformadora, como um catalizador para aprendizado social, desenvolvimento de consciência crítica e mudança de perspectivas e padrões de ação.
O artigo propõe, ao final, uma agenda crítica de pesquisa em relação às vias de transformação pela geração, circulação e uso dos dados. Essa agenda está sendo utilizada como base pelo projeto “Dados à prova d’água” para investigar transformações apoiadas por dados gerados por cidadãos para resiliência a inundações nas cidades de São Paulo (SP) e Rio Branco (AC).
Para a antropóloga Rachel Trajber, uma das coautoras e também coordenadora do Programa Cemaden Educação, que tem apoiado o projeto com as metodologias participativas desenvolvidas ao longo dos últimos anos, afirma que “É preciso pensar nos diferentes contextos socioculturais e ambientais de geração, circulação social e uso de dados, assim como o potencial transformador de processos participativos multiescalares na direção da sustentabilidade e da resiliência a desastres”.
Apresentação do Projeto “Dados à Prova d’água” na Série de Debates “Ciência, Riscos e Desastres”
No último dia 19 de agosto, os resultados preliminares do Projeto “Dados à Prova d’ água” foram compartilhados na Série de Debates “Ciência, Riscos e Desastres”, promovida pelo Cemaden.
A abertura do evento contou com a presença do diretor do Cemaden, Osvaldo Moraes, que salientou para a importância dos dados para a produção do conhecimento científico que dê subsídios às políticas públicas. Em seguida, o professor João Porto Albuquerque proferiu a palestra “Dados à prova d’água: engajamento de comunidades e instituições na resiliência a inundações”.
Victor Marchezini, pesquisador do Cemaden e coordenador do Projeto ELOS, ressaltou o potencial que as metodologias compartilhadas pelo Projeto Dados à Prova d’água têm para articular e fortalecer as capacidades de defesas civis municipais, universidades e comunidades na prevenção de desastres associados a inundações.
“Aprendi muito com a Carolin Klonner, pesquisadora da Universidade de Heidelberg, da Alemanha, que é uma das coautoras do estudo, sobre o potencial de ferramentas de mapeamento colaborativo, como a plataforma gratuita open street maps. A ferramenta pode ser útil para conhecer os riscos socioambientais no território, um processo que é muito dinâmico ao longo do ano.”, afirma Marchezini, explicando que esses dados colaborativos têm um grande potencial e é importante que as instituições desenvolvam uma cultura institucional para saber como utilizá-los. “Esses dados têm sido úteis para a construção de sistemas de alerta de baixo custo”, afirma o sociólogo, que também é um dos coautores do artigo publicado.”, enfatiza o pesquisador do Cemaden.
Para acessar o artigo gratuitamente: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1877343521000816
A palestra na íntegra está disponível no Canal Série de Debates Cemaden: https://www.youtube.com/watch?v=a7zbYBCrZLQ&t=593s
Fonte: Ascom/Cemaden
Pesquisadores do Cemaden debatem sobre a comunicação científica entre cientistas e para a sociedade
As estratégias de comunicação adotadas pelos cientistas para o intercâmbio de conhecimentos científicos interdisciplinares e a participação da sociedade nesses conhecimentos para a redução e prevenção de desastres foram os focos dos debates de pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), na última live do Encontros da Ciência e Comunicação, dentro da Programação dos 10 Anos Cemaden, transmitida pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden.
“Para fazer Ciência e entendê-la, temos que ter a forma de comunicar essa Ciência”, afirma o climatologista José Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, na abertura do evento. Destacou que a comunicação da Ciência dos Desastres envolve diferentes áreas de conhecimento, explicando a importância da comunicação entre cientistas e a sociedade. “O tema ‘desastres’ envolve cientistas de diferentes áreas de conhecimento, a sociedade e os tomadores de decisões para as políticas públicas de redução e prevenção de desastres.”. Abordou sobre a missão do Cemaden/MCTI em divulgar informações científicas, na parte de pesquisas e dos alertas de riscos de desastres hidro-geo-meteorológicos para as Defesas Civis e aos tomadores de decisão.
Estratégias de comunicação científica
“Pensar como estruturar a informação científica e o que se pretende comunicar à sociedade, é uma tentativa de interação e participação das pessoas ao conhecimento”, afirma a pesquisadora do Cemaden, bióloga Liana Anderson, que atua na temática voltada ao monitoramento de florestas e gestão dos riscos e impactos, associados a incêndios florestais e extremos climáticos nos ecossistemas e nas comunidades. Como docente da pós-graduação em Sensoriamento Remoto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), afirma que procura trabalhar variadas formas e estratégias de comunicação, desenvolvendo atividades junto aos estudantes. “A Ciência é uma forma de trazer respostas e orientações aos tomadores de decisões”, afirma a pesquisadora, descrevendo as variadas formas de comunicação para o acesso às informações científicas. Também, falou sobre o processo de incentivar as diversas áreas de conhecimentos a interagirem no trabalho interdisciplinar na área de desastres.
Intercâmbio de conhecimentos e desafios dos eventos virtuais
Os vários projetos e programas do Cemaden - voltados à interação da sociedade para os conhecimentos científicos sobre a redução do risco de desastres - bem como a importância dos Projetos de Extensão manterem mais contato com a população, foram alguns dos pontos abordados pelo pesquisador do Cemaden, sociólogo Victor Marchezini. “No Cemaden, temos vários modelos de projetos e programas, além dos desafios para a interação e comunicação com a sociedade, instituições e comunidades escolares, entre eles: a própria Série de Debates, o Cemaden Educação, a Ciência na Escola, o MAP-Fire, o Projeto Elos e a utilização de diferentes redes sociais”, afirma o pesquisador. Destacou, também, a importância de inclusão nos projetos científicos da participação de instituições e universidades de outras regiões do País. Fez a abordagem sobre as inovações nos eventos virtuais e a necessidade de envolvimento das novas gerações para a continuidade dos debates nas redes sociais.
Educação e escola: da ciência clássica para a ciência cidadã
“A cultura da Ciência é o meio por onde todo e qualquer cidadão pode tomar decisão.”, afirma o pesquisador do Cemaden, geólogo Márcio Andrade, enfatizando que essa cultura tem origem e desenvolvimento na educação básica. “O trabalho na comunidade tem a porta de entrada pela escola. Temos aí um grande laboratório que expressa o estágio da cidadania”, explana o pesquisador sobre as experiências de se levar a Ciência em coprodução com a sociedade, ouvindo e fazendo as pessoas participarem, no desenvolvimento da ciência cidadã. Leva ao debate o resgate dos diálogos, métodos e conceitos da visão holística da Ciência e do acesso das inovações e tecnologias para todos. Usando essas tecnologias, cita, como exemplo, a visitação dos museus virtuais como um dos incentivos e estratégia de acesso aos conhecimentos científicos.
Programação: Encontros da Ciência e Comunicação
A última live do Encontros da Ciência e Comunicação, abordando a temática “Comunicação científica : do cientista até a população” teve como moderadora a pesquisadora do Projeto Elos do Cemaden, jornalista Eloísa Beling Loose e está disponível íntegra no Canal YouTube da Série de Debates, no link:
https://www.youtube.com/watch?v=IrxxpquBoto
Mais informações sobre o evento “ Encontros da Ciência e Comunicação” e da Programação dos 10 Anos Cemaden estão disponibilizadas no portal do Cemaden, pelo link:
https://www.gov.br/cemaden/pt-br/conteudo/10-anos-cemaden/programacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Web-Oficina #AprenderParaPrevenir 2021 orienta como criar vídeos sobre prevenção de riscos e desastres
Na próxima quarta-feira, dia 15 de setembro, das 10 às 12 horas, será realizado uma oficina virtual para criação de vídeos sobre prevenção de riscos e desastres, transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
A Web-Oficina vai oferecer orientações práticas para a criação de conteúdos e a produção de vídeos com celular sobre a temática “Desastres aqui?! Como prevenir?”, da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021, que neste ano traz o desafio de criação de vídeos de até um (1) minuto para serem postados e compartilhados nas redes sociais.
A transmissão e interação ao vivo da Web-Oficina pelo canal YouTube Cemaden Educação pode ser acessada pelo link :
https://www.youtube.com/c/CemadenEduca%C3%A7%C3%A3o
A campanha incentiva ações de mobilização e conscientização para redução dos riscos, envolvendo professores (as), estudantes, Defesas Civis, voluntários, coletivos, instituições públicas e da sociedade civil:
Para inspirar a criatividade, a programação inclui a realização de três oficinas ministradas por profissionais da área de comunicação e vídeo: “Desastre socioambiental, fique alerta!” , de Wil Namen e Cia Bola de Meia (Programa Wash: https://wash.net.br/); “Gravar para relembrar: histórias de desastres”, de Juliana Brombim (Projeto Dados à Prova D’Água https://eaesp.fgv.br/centros/centro-estudos-administracao-publica-e-governo/projetos/dados-prova-dagua); “Dicas para criação de vídeos para a campanha”, de André Rodrigues, do Cemaden Educação (http://educacao.cemaden.gov.br/aprenderparaprevenir2021)
Campanha #AprenderParaPrevenir – inscrições e forma de participação
Já estão abertas as inscrições da Campanha #AprenderParaPrevenir 2021, inscrevendo vídeos curtos, de forma individual e/ou institucional. As inscrições vão até o dia 30 de outubro de 2021, mês em que marca o Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro).
Para saber mais sobre a Campanha, estão disponibilizadas as informações no site do Cemaden Educação :
http://educacao.cemaden.gov.br/
Também as informações estão no vídeo da temática da campanha “Desastres aqui?! Como prevenir?” disponibilizado pelo link:
https://youtu.be/GB8sv8xPQmQ?list=PLHtaKTOPDIDK5eGP5VbXcSgu9ujnjTtQX
Fonte: Ascom/Cemaden
A gestão e a prevenção de risco de desastres envolvendo “Educação, Comunicação e Participação” foram discutidas em evento do Cemaden
A terceira live do “Encontros da Ciência e Comunicação”, realizada no último dia 09 de setembro, envolveu pesquisadores, docentes e comunicadores para discutir e refletir sobre os desafios da pesquisa e da atuação junto à sociedade, trazendo experiências participativas de vários segmentos da sociedade para a gestão e a prevenção de risco de desastres socioambientais e biológicos.
O evento promovido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - faz parte da Programação 10 Anos Cemaden e foi transmitido pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden, com a participação simultânea do público, encaminhando considerações, questionamentos e sugestões pelo Chat.
“A temática é muito oportuna e pertinente, no sentido que se incorpora na abordagem da gestão de risco e resposta a desastres.”, afirma a diretora-substituta e coordenadora de Relações Institucionais do Cemaden, Regina Alvalá, que fez a abertura dessa live. “No contexto de desastres, às vezes temos a percepção de que sua gestão deva ser abordada apenas à luz dos avanços e conhecimentos científicos. Mas tanto quanto essas denominadas Ciências duras, também devem ser considerados as abordagens e os aspectos das vulnerabilidades envolvendo a ‘Educação, Comunicação e Participação’, enfatiza Alvalá.
“Principalmente, nestes momentos difíceis e desafiadores - desde a pandemia até os efeitos das mudanças climáticas - percebemos a necessidade da população, dos cidadãos estarem juntos na gestão, e, principalmente, na fase de prevenção de risco de desastres.”, reforça a moderadora da live, a pesquisadora do Cemaden Educação, geógrafa e jornalista Débora Olivato.
Experiências e ações em educação, comunicação e participação
“Os conhecimentos científicos precisam ser compreendidos por toda a sociedade. Nesse momento, entra a comunicação para a prática e proteção de vida”, afirma a pesquisadora Sâmia Nascimento Sulaiman, docente Centro de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e pesquisadora do Laboratório de Gestão de Risco (LabGRis) da Universidade Federal do ABC (UFABC). Mostrou algumas experiências de trabalhos de projetos de extensão acadêmica, com estratégias e material de comunicação para as comunidades, integrando os moradores as áreas de risco nas discussões e propostas. “Temos que criar mais espaços de diálogos e discussões, com soluções compartilhadas entre os moradores de áreas de risco e as instituições públicas.”, afirma a pesquisadora, ressaltando que a pesquisa deve pensar em um sistema de rede de apoio, a fim de dar continuidade aos projetos intersetoriais e ações integradas, de forma a superar e potencializar os processos educativos.
Apresentando alguns projetos e iniciativas envolvendo escolas, moradores das áreas de risco, instituições públicas e universidades, o pesquisador Allan Yu Iwama - do Observatório de Territórios Sustentáveis e Saudáveis da Bocaina, pela Fiocruz, e professor visitante pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – destaca a importância do trabalho colaborativo e a criação de rede de educação para redução de risco e desastres. Deu exemplos dos projetos desenvolvidos nas áreas de risco na região do Litoral Norte Paulista (Ilha Bela, Caraguatatuba e Ubatuba), junto ao Cemaden Educação. Também relatou a inclusão da Universidade de São Paulo na ampliação dessa rede, no fortalecimento de material pedagógico, vídeos e estratégias de comunicação com linguagem acessível. Citou, também, outros projetos como o CoAdapta, em escola de Ubatuba, com oficinas, trabalhos práticos, cursos, com base no conhecimento local. “Os desafios estão na continuidade dos projetos, de forma a dar sustentabilidade a esses projetos”, afirma Iwama.
“Incentivar e promover a participação da população, das comunidades e das escolas na área de Redução de Risco e Desastres (RRD) é um tema emergente emergencial”, afirma a pesquisadora do Cemaden, antropóloga Rachel Trajber, coordenadora do Programa Cemaden Educação. Explica a importância da inclusão dessa temática no currículo das escolas, que atualmente, está como disciplina opcional. “É necessário ter uma postura crítica e de percepção de riscos socioambientais. A relação escola-comunidade é fortalecida e se torna transformadora da realidade local”, afirma a pesquisadora. Explanou sobre o Programa Cemaden Educação, que desde 2014 representa um micro-Cemaden local, desenvolvendo a ciência cidadã, onde a própria escola produz os conhecimentos e faz o monitoramento local. Apresentou a campanha #AprenderParaPrevenir, em sua 6ª edição, envolvendo pessoas, escolas, Defesas Civis, universidades, instituições governamentais e Organizações não-governamentais. “A mobilização dessa campanha amplia a reflexão e a participação das pessoas na prevenção de risco de desastres, promovendo a transformação e intervenções locais”, afirma Trajber.
A temática "Educação, Comunicação e Participação: desafios para a prevenção de riscos e desastres", do evento Encontros da Ciência e Comunicação, teve a apresentação com a pesquisadora do Projeto Elos do Cemaden, jornalista Eloísa Beling Loose. As discussões na íntegra estão disponibilizadas no Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden, com acesso pelo link:
Encontros da Ciência e Comunicação
Dentro da Programação 10 Anos Cemaden, o “Encontros da Ciência e Comunicação” abriu discussões temáticas entre pesquisadores, jornalistas, professores universitários e profissionais da área de gestão de desastres. O evento foi programado para ser realizado em quatro lives, divididas em três eixos de abordagens sobre Ciência e Comunicação: Comunicação Científica e Imprensa (realizada no dia 31 de agosto), Comunicação com a População (dias 01 e 09 de setembro) e o último, Comunicação científica: do cientista até a população, no próximo dia 15 de setembro, às 14 horas. Todos os debates estão disponibilizados pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden,
Mais informações sobre a Programação 10 Anos Cemaden e do evento Encontros da Ciência e Comunicação estão disponibilizadas no site do Cemaden, pelo endereço:
https://www.gov.br/cemaden/pt-br/conteudo/10-anos-cemaden/programacao
Fonte : Ascom/Cemaden
Será nesta quarta-feira (15), o último debate do evento Encontros da Ciência e Comunicação, promovido pelo Cemaden
As estratégias de comunicação adotadas pelos cientistas - no intercâmbio de conhecimentos científicos interdisciplinares na temática prevenção e redução de risco de desastres - e como difundir essas informações científicas à sociedade são as abordagens do último debate do evento Encontros da Ciência e Comunicação, na próxima quarta-feira, 15 de setembro, às 14 horas, transmitido pelo Canal YouTube da Série de Debates do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). O evento faz parte da Programação dos 10 Anos Cemaden.
Para discutir a importância de maior diálogo entre cientistas e a sociedade, além de apresentar os desafios e as experiências exitosas da comunicação científica sobre prevenção e redução dos riscos de desastres, participarão dos debates os (as) pesquisadores(as) do Cemaden: a bióloga Liana Anderson - pesquisadora da área de monitoramento de florestas e gestão dos riscos e impactos, associados a incêndios florestais e extremos climáticos nos ecossistemas e nas comunidades; o geólogo Márcio de Andrade, da área de pesquisa de modelagem e monitoramento das variáveis geotécnicas e climáticas, voltados para a estabilidade de encosta e sistema de alertas de movimentos de massa, limiares para processos geodinâmicos, e educação de risco; e o sociólogo Victor Marchezini, pesquisador na área das dimensões sociais e político-institucionais das diferentes fases da gestão de riscos e desastres (prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação).
A mediação dos debates será feita pela pesquisadora e jornalista Eloisa Beling Loose, do Projeto Elos do Cemaden e a apresentação do evento pelo tecnologista e pesquisador, Túlius Nery, da área de monitoramento geológico e geodinâmico da Sala de Situação do Cemaden. O coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, climatologista José Marengo fará a abertura desse último debate do evento Encontros da Ciência e Comunicação. A transmissão pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden conta com a participação simultânea do público, que poderá participar dos debates enviando perguntas pelo Chat.
Encontros da Ciência e Comunicação
Dentro da Programação 10 Anos Cemaden, o "Encontros da Ciência e Comunicação" abriu discussões temáticas entre pesquisadores, jornalistas, professores universitários e profissionais da área de gestão de desastres. O evento foi programado para ser realizado em quatro lives, divididas em três eixos de abordagens sobre Ciência e Comunicação: Comunicação Científica e Imprensa (realizada no dia 31 de agosto), Comunicação com a População (nos dias 01 e 09 de setembro) e o último, Comunicação científica : do cientista até a população, no próximo dia 15 de setembro, às 14 horas. Todos os debates estão disponibilizados pelo Canal YouTube da Série de Debates do Cemaden,
Mais informações sobre a Programação 10 Anos Cemaden e do evento Encontros da Ciência e Comunicação estão disponibilizadas no site do Cemaden, pelo endereço:
https://www.gov.br/cemaden/pt-br/conteudo/10-anos-cemaden/programacao
Fonte : Ascom/Cemaden