Últimas notícias
Cemaden analisa secas recentes no Brasil e apresenta diagnóstico e projeções como subsídio para a COP-16
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – divulgou, nesta segunda-feira (25), a Nota Técnica de “Análise das Secas no Brasil: Diagnóstico Projeções Futuras”, ressaltando que os efeitos da seca são cumulativos e podem perdurar por longos períodos, afetando a vegetação, os recursos hídricos e diversos setores da economia. A recuperação das áreas afetadas depende da intensidade, extensão e frequência do evento, podendo levar meses ou anos.
A intensificação das secas tem provocado crises hídricas de grande magnitude, com impactos abrangentes sobre a segurança energética, alimentar e hídrica em diversas regiões do Brasil.
A Nota Técnica (Nº 679/2024/SEI-CEMADEN) foi elaborada a pedido do Departamento de Combate à Desertificação (DCDE), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), como subsídio para as discussões na COP 16 - 16ª sessão da Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Resiliência às Secas (UNCCD) que ocorrerá, de 02 a 13 de dezembro de 2024, em Riade, na Arábia Saudita.
Série temporal e de extensão das secas
A série temporal do índice de seca, denominado SPEI (Standardized Precipitation Evapotranspiration Index (Vicente-Serrano et al.,2010), mostra que a partir da década de 90, as secas no Brasil se tornaram mais frequentes e intensas (valores mais negativos e consecutivos de SPEI). O SPEI é um índice que leva em consideração tanto a precipitação quanto a evapotranspiração potencial (estimada com base na temperatura do ar), proporcionando uma medida integrada da disponibilidade hídrica e das condições climáticas de uma região, sendo uma forma simples de contabilizar os desvios do balanço hídrico de uma determinada região. Conforme os dados (Figura A), o país enfrentou três grandes secas (picos negativos e consecutivos de SPEI, abaixo de -1,0): a primeira entre 1997 e 1998, a segunda entre 2015 e 2016, e a última em 2023 e 2024.
- Figura A. Evolução temporal das secas no Brasil considerando o Índice Padronizado de Precipitação e Evapotranspiração (SPEI) de dezembro de 1951 a outubro de 2024. As barras em azul indicam anos em que a precipitação foi maior do que a evapotranspiração (balanço hídrico positivo), indicando períodos mais úmidos, com maior disponibilidade de água, ao passo que as barras vermelhas indicam anos em que a evapotranspiração foi maior que a precipitação (balanço hídrico negativo), resultando em condições mais secas, com menor disponibilidade de água. (Fonte dos dados de SPEI: Vicente-Serrano et al., 2010, pós-processamento e análises: CEMADEN/MCTI ).
Vale ressaltar que a seca de 2015-2016 superou a de 1997-1998, mas a atual (2023-2024), mesmo com dados parciais (até outubro), já apresenta valores de SPEI mais negativos, indicando ser a mais intensa e extensa da série histórica. Isto é devido não somente ao déficit de chuvas, mas também ao aumento das temperaturas, com recordes registrados desde 2023 (Figura B).
- Figura B-Evolução temporal das anomalias de temperatura da superfície do hemisfério Sul, de janeiro a outubro de 2024. As barras em azul indicam anos em que a temperatura foi menor que a média do período 1901-2000.As barras vermelhas indicam anos em que a temperatura esteve acima do valor médio (Fonte dos dados: NOAA e gráfico CEMADEN/MCTI)
Em termos de extensão, a seca de 2023-2024 lidera, abrangendo cerca de 5 milhões de km², o que corresponde a aproximadamente 59% do território brasileiro (Figura C). Em segundo lugar, a seca de 2015-2016 afetou cerca de 4,6 milhões de km² (aproximadamente 54% do país). Já a seca de 1997-1998 atingiu cerca de 3,6 milhões de km², o equivalente a 42% do território nacional (CEMADEN).
- Figura C. Comparação das áreas afetadas por diferentes intensidades de secas no Brasil em 1998, 2015, 2020 e 2024 (Fonte: CEMADEN/MCTI)
Dados do CEMADEN (www.cemaden.gov.br) mostram que em 2024 mais da metade do Brasil sofreu os impactos diretos da crise climática, onde os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal estão enfrentando a pior seca dos últimos 70 anos. Até setembro de 2024, aproximadamente 1200 municípios no Brasil enfrentaram condições de seca severa. Em situação de seca extrema, foram afetados 263 municípios brasileiros. O déficit de chuvas observado desde a primavera de 2023 em uma área tão extensa do Brasil (abrangendo as regiões do norte ao sudeste do país), e a ocorrência de altas temperaturas, ondas de calor e baixa umidade relativa do ar, chegando a registrar valores próximos de 7% em parte da região Centro-Oeste, impulsionou o alastramento das queimadas.
- Figura D. Mapa de frequência anual de secas severas (ou categoria superior) em todo o Brasil considerando dados do Índice Integrado de Secas (IIS) para o período de 2012 a outubro de 2024 (Fonte: CEMADEN-MCTI).
A região do Pantanal tem experimentado secas severas e prolongadas desde 2019, com os anos de 2019-2022 marcados por eventos climáticos extremos, incluindo três episódios consecutivos de El Niño (Marengo et al., 2021; Leal Filho et al., 2021; Libonati et al., 2021, 2022; Cunha et al., 2023; Geirinhas et al., 2023), e atualmente, em 2023-2024, a região enfrenta outro evento crítico de seca. Esses eventos têm provocado um desastre ambiental de grandes proporções para a região, e os incêndios subsequentes consumiram centenas de milhares de hectares de vegetação (Libonati et al., 2022a). A seca prolongada, desde 2019, afetou severamente a hidrologia do Pantanal, comprometendo os ciclos sazonais de inundação e de vazante, que são essenciais para a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos.
No dia 18 de outubro de 2024 o rio Paraguai atingiu o menor nível histórico registrado na estação fluviométrica de Ladário, -69 centímetros, e representa uma marca histórica, ultrapassando o recorde mínimo anterior de -62 cm, registrado em 1964, estabelecendo o pior valor observado desde o início do monitoramento em 1990, como evidenciado na (Figura F). A situação crítica no rio Paraguai não se limitou à região de Ladário. À jusante, na estação fluviométrica de Porto Murtinho, outro recorde mínimo foi registrado em 2024, com o nível do rio atingindo apenas 53 cm em 24 de outubro (Figura F).
- Figura F. À esquerda: Séries de cotas diárias mínimas, máximas e médias registradas nas estações fluviométricas de Ladário (1900-2023) e de Porto Murtinho (1939-2023), às margens do rio Paraguai, com destaque para os anos críticos de 1964 e 2024; À direita: Série temporal do Índice de Seca Bivariado Precipitação-Cota (TSI) referente a escala temporal de 12 meses, para as bacias afluentes às estações fluviométricas de Ladário e Porto Murtinho. (Fonte: CEMADEN/MCTI).
A seca de 2023-2024
A Figura M ilustra os municípios que registraram mais meses com condição de seca no Brasil entre os meses de junho/2023 e outubro/2024. A recorrência de secas no período foi mais intensa nas regiões norte de SP, região do triângulo mineiro, norte do MT, oeste de AM e no Acre.
Sob a influência do El Niño e do aquecimento do Atlântico Tropical Norte, a partir do segundo semestre de 2023, a seca se intensificou e se alastrou por extensas regiões do Centro-Oeste, Norte e Sudeste.
Mais informações sobre as secas observadas nos anos de 2023 e 2024, bem como seus impactos, podem ser encontradas no seguinte link: https://www.gov.br/cemaden/pt-br/assuntos/monitoramento e no mapa interativo: https://mapasecas.cemaden.gov.br/
- Figura M. Mapa de duração da seca por município entre junho/2023 e outubro/2024 de acordo com o Índice Integrado de Secas (Fonte: CEMADEN-MCTI).
Os estudos sobre secas no Brasil vêm sendo elaborados desde 2013 pelo Cemaden/MCTI, por um grupo de pesquisadores multidisciplinar dedicado exclusivamente ao monitoramento e pesquisa, utilizando uma variedade de ferramentas e dados para analisar a evolução, os impactos e projeções desses fenômenos, com o objetivo de fornecer subsídios para a gestão de recursos hídricos e a tomada de decisões em diferentes setores.
A Nota Técnica “Análise das Secas no Brasil: Diagnóstico e Projeções Futuras”, na íntegra pode ser acessada em PDF no link abaixo:
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden debate sobre a Inovação gerada pela Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) pública
“Inovação e sua compreensão na perspectiva da Instituição de Ciência e Tecnologia pública” foi o tema apresentado pela professora Adriana Bin, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na última terça-feira (19), transmitido pela Sala Virtual do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
A palestra foi organizada pelo Comitê do Núcleo de Inovação Tecnológica do (NIT-Cemaden) direcionada aos servidores da instituição, que puderam participar com perguntas e debaterem sobre a temática. O evento foi conduzido pela analista em Ciência e Tecnologia do Cemaden e integrante do NIT, Marisa Mascarenhas.
A palestrante, professora Adriana Bin, é doutora em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp, com pós-doutorado no Manchester Institute of Innovation Research (MIoIR) da University of Manchester. Além das atividades de docência na graduação e na pós-graduação da Unicamp, é coordenadora associada do Laboratório de Estudos sobre Organização da Pesquisa e da Inovação (Lab-GEOPI). Atua, também em projetos de pesquisa e extensão nas áreas de planejamento e gestão, avaliação e prospecção em ciência, tecnologia e inovação,
Abordando, inicialmente, os conceitos de Inovação, destaca que nem sempre uma boa ideia (ou mesmo uma tecnologia promissora) torna-se inovação. “Inovação é quando houver um uso e consequente geração de valor”, afirma a palestrante e enfatiza: “Esse valor não é estritamente econômico, mas pode ter referência à sustentabilidade, inclusão, benefícios sociais, empregos, entre outros.”
Inovação: conceitos dentro da legislação e da ótica governamental
Com base na definição da Lei da Inovação (Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 que altera a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004), a professora da Unicamp explicou que entende-se como Inovação a introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social, que resulte em novos produtos, serviços ou processos. Também se entende que a Inovação compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente, que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho.
Adriana Bin fez um importante destaque sob a ótica da inovação governamental: “Ao fazer algo diferente, o inovador produz serviços e bens para consumo individual ou coletivo, principalmente de forma não comercial. A motivação é essencialmente social”, afirma a palestrante.
Processos de inovação: estímulos e etapas
Foram abordados os múltiplos estímulos para a geração da Inovação, como a ciência, tecnologia e demanda. Para isso, são envolvidas múltiplas interações entre etapas (nem sempre lineares) e ocorrem a partir do relacionamento entre múltiplos atores. “As atividades de inovação são etapas científicas, tecnológicas, organizacionais, financeiras e comerciais” explica a palestrante. “Essas etapas conduzem - ou visam conduzir - à implementação de inovações, podendo ou não incluir atividades internas de Pesquisa e Desenvolvimento.
E como as ICTs públicas podem gerar (ou contribuir para) a inovação?
A palestrante Adriana Bin apresentou a definição da Lei da Inovação (Lei nº 13.243, de 11 de janeiro de 2016 que altera a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004) Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT). Entre outras descrições de ICTs a lei determina “que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos”.
Finalizou analisando as potencialidades e características da missão institucional do Cemaden, com base no planejamento e compreensão dos efeitos da inovação. “É importante identificar tendências e conhecer as forças que moldam o futuro. Além disso, é importante mensurar os resultados e impactos dessa inovação”, resume a palestrante.
NIT Cemaden
O Núcleo de Inovação Tecnológica do Cemaden foi criado em Portaria n° 4028/2016/SEI-MCTIC, de 27 de setembro de 2016, com o Regimento aprovado em 16 de abril de 2018. Os membros do comitê do NIT do Cemaden têm promovido vários encontros e palestras com especialistas da área de Ciência, Inovação e Tecnologia, direcionadas aos servidores da instituição.
Entre os objetivos e competências do NIT/Cemaden estão a elaboração da política de inovação da instituição, além de promover e fortalecer a interação entre a capacidade científica e tecnológica do Centro, com as atividades de pesquisa, transferência de tecnologia e inovação em prol das necessidades da sociedade.
Fonte: Ascom/Cemaden
Encontro Internacional discutirá o uso de IA para redução de risco de inundações
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, realizará, no dia 2 de dezembro, das 13h às 16h, o Encontro Internacional da Comunidade Brasileira de Pesquisa, sobre o tema: IA para redução de risco de inundações.
O objetivo é compartilhar o conhecimento de pesquisadores brasileiros de diversas instituições internacionais na aplicação de inteligência artificial e matemática aplicada para a redução do risco de inundações/alagamentos.
O evento será integralmente remoto, gratuito e em português.
Segue o link para inscrição (vagas limitadas): https://forms.gle/TziDwR17YWxUobYK7.
Para mais informações acesse a página do evento: https://sites.google.com/view/projectifast/ai-for-flood-risk-reduction?authuser=0
Pesquisadoras do Cemaden desenvolvem método integrativo para estimar populações expostas em áreas de riscos de desastres
Até 2050, praticamente dois terços da população mundial viverá em áreas urbanas. O aumento da intensidade e frequência de eventos extremos, gerado a partir dos impactos das mudanças climáticas, vem transformando as cidades em áreas vulneráveis, principalmente devido à expansão urbana desordenada, com ocupações inadequadas, loteamentos clandestinos e assentamentos precários em áreas impróprias, suscetíveis a riscos geológicos e hidrológicos.
Para prevenir e minimizar os riscos de desastres associados a eventos climáticos extremos, é fundamental o avanço do conhecimento para apoiar a implementação de ações e políticas públicas voltadas à resiliência urbana dos municípios brasileiros e o planejamento das cidades.
Nesse contexto, as pesquisadoras Fabiana Lourenço e Silva Ferreira, Rita Marcia da Silva Pinto Vieira, Daniela Ferreira Ribeiro e Silvia Midori Saito, do Centro Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e Brenda Chaves Coelho Leite, professora da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP), desenvolveram uma metodologia para estimar a porcentagem da população exposta em áreas de riscos de desastres, a partir da identificação das áreas urbanizadas localizadas em regiões com alta suscetibilidade a inundações e deslizamentos, nas quais a população pode estar exposta aos efeitos de eventos extremos. Para isso, utilizaram uma abordagem estratégica, que integra informações provenientes de diversas bases de dados em escalas espaciais distintas.
Os resultados acabam de ser publicados em capítulo do livro “Cidades e a emergência climática: pesquisas e respostas”, lançado pela editora Annablume. O livro é resultado da interação de grupos de pesquisa do Centro de Síntese Cidades Globais, do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA UPS) e teve apoio da Associação de Engenheiros da SABESP (AEASABESP). A organização é de Laura S. Valente de Macedo, Maria Cecilia Lucchese e Marta Arantes Godoy.
O trabalho intitulado “Estimativa da população exposta a risco de ameaças naturais em municípios brasileiros: um método integrativo para a redução de riscos” utilizou como área de estudo o município de Caraguatatuba, localizado na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. A região apresenta um histórico de desastres, cujo mais catastrófico ocorreu em 1967, desencadeado por um considerável volume de chuvas que assolou o município durante um intervalo de 48 horas. Segundo o IBGE, Caraguatatuba apresentou um crescimento populacional de 33,75% em relação ao Censo de 2010, passando de 100.840 habitantes em 2010 para 134.875 em 2022. O município caracteriza-se por apresentar 39,42% de seu território urbanizado, com 9,4% de suas vias públicas urbanizadas, sendo que 69% dessas vias possuem arborização e 88%, rede de esgoto sanitário.
O percentual estimado de população exposta no município estudado, definido a partir do mapeamento de áreas urbanizadas, coincidentes com as áreas mapeadas com alta suscetibilidade a deslizamentos e inundações, no município de Caraguatatuba, foi de 6,63%, enquanto o percentual de população estimada em áreas de risco foi de 2,98%. Esses resultados permitem estimar, com base nos dados do Censo de 2010, que o percentual de pessoas expostas em áreas de risco e em áreas com alta suscetibilidade a deslizamentos e inundações é de 9,61% ou 9.687 pessoas.
O método de cálculo proposto pelas autoras simplifica a realidade e utiliza dados públicos e sem restrições. O mapeamento de áreas urbanizadas, em áreas com alta suscetibilidade a inundações e deslizamentos pode auxiliar na identificação áreas com potencial para se tornarem futuras áreas de risco dentro do município e contribuir para o mapeamento de novas áreas de risco, deflagradas a partir de processos de expansão urbana.
As pesquisadoras sugerem a aplicação do método proposto em diferentes municípios, em trabalhos futuros, visando avaliar a adaptabilidade e a eficácia do método em contextos diversos. Além disso, recomendam a integração das informações geradas com bancos de dados de ocorrências de desastres, com o objetivo de enriquecer e validar as conclusões obtidas. Outra vertente promissora envolve a inclusão de dados sobre cobertura e uso do solo. Essa expansão das informações contribuirá para a validação e complementação dos dados referentes às áreas de risco nos municípios, possibilitando também uma compreensão mais holística e aprofundada dos contextos de risco, enriquecendo a análise e ampliando as possibilidades de intervenções preventivas e de mitigação.
Cemaden Educação marca presença no evento da ONU com o pré-lançamento do game “Na Trilha do Risco”
“Na Trilha do Risco”, o jogo criado pelo Programa Cemaden Educação inspirou uma versão digital em game que participou em pré-lançamento do Games for Change e SDG Summit, que ocorreram em 29 de outubro na sede das Nações Unidas, em Nova York.
O projeto – uma parceria do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com o Prof. Gilson Schwartz, presidente do Games for Change América Latina e professor da Escola de Comunicação e Artes da USP, foi desenvolvido por Alex Leal, da Lizards Games. A iniciativa contou com financiamento (inicial) do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia/CNPq.
“Na Trilha do Risco” - jogo e game - busca provocar os jogadores a pensar e agir sobre os impactos da emergência climática, os riscos socioambientais e as ações de prevenção e mitigação de riscos de desastres em diversas regiões do Brasil e seus biomas. Ele apresenta possibilidades de soluções sustentáveis baseadas na natureza, como plantar árvores, e também algumas ideias mágicas para despertar a curiosidade e a imaginação.
O jogo, “que começou como um grande tabuleiro de chão, agora ganha vida digital, para ampliar e aprimorar o conhecimento sobre os riscos da emergência climática no nosso cotidiano”, explica a pesquisadora Rachel Trajber, coordenadora do Programa Cemaden Educação. “A ideia é promover a mobilização dos jovens para lidarem com as situações de riscos climáticos a que estamos cada dia mais expostos e que anunciam desastres, especialmente para as pessoas e comunidades mais vulneráveis”. Por meio de múltiplas linguagens ampliamos o conhecimento sobre um assunto emergencial que pode contribuir para transformar o planeta. Tudo isso abordado de forma lúdica. A versão 1.0 do game será disponibilizada para download gratuito em desktop pelo Cemaden Educação.
Para o Prof. Gilson Schwartz, o game “Na Trilha do Risco” pode contribuir para o conhecimento das crianças, adolescentes e jovens sobre o tema da emergência climática. “Vemos comportamentos de adolescentes influenciados por jogos, mas nem sempre eles estão preparados para enfrentar desafios ligados à crise socioambiental, que é global”, afirma. “O Brasil se fez presente no evento sobre esse tema realizado pela ONU. Um orgulho e, ao mesmo tempo, um desafio para nós.”
Acompanhe as novidades do Programa nas redes sociais https://linktr.ee/cemaden.educacao.
Participante do programa Futuras Cientistas do Cemaden recebe prêmio da CAPES
A estudante Eduarda Ramos da Silva Santos, de São José dos Campos, foi agraciada com o prêmio CAPES Futuras Cientistas 2024. A relação de estudantes, professoras e tutoras premiadas foi divulgada no dia 24 de outubro.
Atualmente cursando Ciência de Dados na Universidade de São Paulo, Eduarda participou da edição 2023 do programa Futuras Cientistas no Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Naquele ano, oito estudantes do ensino médio do Programa Futuras Cientistas da região Sudeste participaram das atividades organizadas pelo Cemaden, durante cinco semanas de imersão científica. O plano de trabalho proposto teve como tema “Toda menina pode se tornar uma cientista que contribui com a redução de desastres relacionados ao clima”.
“O prêmio é um reconhecimento nacional que vai abrir muitas portas para a Eduarda”, afirmou pesquisadora Viviana Aguilar Muñoz, coordenadora do Programa Jovens Cientistas no Cemaden. “Sinto orgulho por ela e pelo nosso trabalho com as futuras cientistas.”
Cemaden lança licitação para contratação de solução de TIC visando a aquisição de componentes de TIC (peças)
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado no Parque de Inovação Tecnológica da cidade de São José dos Campos SP, lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico, que visa a contratação de solução de TIC. O edital visa, também, a aquisição de componentes de TIC (peças), tendo em vista a manutenção das atividades do parque computacional pela equipe de Infraestrutura e Suporte de TIC, em especial, a manutenção de equipamentos do datacenter do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - Cemaden/MCTI. A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 24/10/2024.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 90003/2024 pode ser retirado a partir de 24/10/2024 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos (SP) ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 24/10/2024 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 06/11/2024 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Na SNCT, Cemaden cumpre o objetivo de compartilhar conhecimentos, saberes e diálogos junto à sociedade
Reunindo um total estimado em 700 participantes (presencial e on-line), a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada do dia 14 a 18 de outubro, foi promovida pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- oferecendo uma programação de palestras, oficinas e exposição.
Com temática “Biomas: Diversidade, Saberes e Tecnologias Sociais”, a SNCT 2024 reuniu no Cemaden um público diversificado, integrado por estudantes e professores dos Ensinos Fundamental, Médio e Superior, Defesas Civis, Corpo de Bombeiros, pesquisadores, instituições variadas e interessados na temática.
As abordagens nas palestras, oficinas e exposição - dentro da tema da SNCT - envolveram assuntos relacionados ao monitoramento dos riscos e previsão de impactos, mudanças e emergências climáticas, educação e ciência cidadã, além do compartilhamento de experiências entre as instituições, aplicados à prevenção e redução do risco de desastres socioambientais.
Eventos com transmissão on-line
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia foi um evento presencial, na sede do Cemaden, mas que também contou com quatro apresentações em transmissão on-line: a primeira, A 71ª Reunião Mensal de Avaliação e Previsão de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geoclimático, em Atividades Estratégicas para o Brasil, coordenada pelo climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, com apresentações das previsões e cenários dos pesquisadores do Cemaden, INPE e INMET. Essa reunião presencial com transmissão on-line está disponibilizada no YouTube Reunião de Impactos (Outubro 2024), com quase 400 visualizações, em seis dias.
Outra palestra presencial e on-line intitulada “Precipitação nos biomas brasileiros: climatologia e impactos dos fenômenos El Niño e La Niña” foi apresentada por Sâmia Regina Garcia Calheiros, docente da Unifesp- São José dos Campos.
No encerramento da SNCT (dia 18), ocorreram outras duas palestras (presencial e com transmissão on-line): 21ª SNCT: Palestra - Saberes do Cemaden: diversificação de pesquisas, apresentada pela pesquisadora do Cemaden, Ana Paula Cunha, especialista em seca e coordenadora substituta de Relações Institucionais do Cemaden, que fez uma apresentação geral sobre as Pesquisas no Cemaden e depois explanou as características, causas, efeitos e impactos das Secas no Brasil. A segunda palestra on-line e presencial, nesse dia, abordou o tema “Rede Observacional Ambiental do Cemaden e sua Missão”, apresentado pelo pesquisador bolsista de geoprocessamento do Cemaden, Demerval A. Gonçalves.
Três eixos de temáticas foram agrupados para as inscrições de participação presencial, conforme o interesse ao tema:
Eixo 1- (14 e 15/10): Sistema de Proteção e Defesa Civil: disseminação de saberes, práticas, competências, informações, interlocuções e estreitamentos institucionais, monitoramento e prevenção de desastres. Palestras e debates:
“Sistema Estadual de Atendimento às Emergências, Legislação e Doutrina”, pelo Major Reis, Comandante do Corpo de Bombeiros do Vale do Paraíba e Coordenador da Defesa Civil do Vale do Paraíba;
“Defesa Civil: protagonismo com o passar dos anos frente às realidades e mudanças climáticas”, apresentadas pelo Cel. Res. PMESP João Osório Gimenez Germano, coordenador da Defesa Civil de Jundiaí e coordenador regional da Regional de Defesa Civil do Interior V (REPDEC I-V)
“Biomas, saberes, tecnologias, estatísticas e desafios da Defesa Civil de São José dos Campos” -José Benedito da Silva, coordenador da Defesa Civil de São José dos Campos
“A aplicabilidade das tecnologias de monitoramento do Centro de Segurança Integrada de São José dos Campos” – por Shirley Souza Santos, CSI
“A importância do órgão de proteção e defesa civil no contexto da gestão integrada de risco”, apresentada pelo Major Wellington Silva de Oliveira, Coordenador Técnico da Defesa Civil de Maricá/RJ
“Por que está tudo queimando”? -Liana Anderson, pesquisadora do Cemaden na área de fogo, vegetação e desastres.
“Conservação da natureza e incêndios”, apresentada pela pesquisadora Klécia Massi, docente da Unesp de São José dos Campos.
“Análise dos impactos de desastres nos municípios brasileiros: reflexões sobre a vulnerabilidade dos biomas” -Rafael Alexandre Ferreira Luiz, tecnologista C&T - especialista em Desastres Naturais, Cemaden
“Reunião de Impactos do Cemaden (presencial e on-line) – coordenado por José Marengo, Coordenador-Geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden.
“Rede Observacional Ambiental do Cemaden e sua Missão”, apresentada pelo pesquisador bolsista de geoprocessamento do Cemaden, Demerval A. Gonçalves.
Eixo 2 -(16 e 18/10): Palestras e oficinas
Apresentação do “Programa de Pós-Graduação em desastres naturais”: da Universidade Estadual Paulista de São José dos Campos, em parceria com o Cemaden (Unesp/Cemaden), feita por Luana Albertani Pampuch, docente da Unesp de São José dos Campos -Graduação e Programa de Pós-graduação em Desastres da Unesp/Cemaden.
A Oficina “Do Vetor à Raster: integração de dados geoespaciais”, coordenada por Lidiane Costa, pesquisadora bolsista do Cemaden e doutoranda do PPG Unesp/Cemaden.
“Projeto Cigarras: tecnologias de monitoramento” palestra apresentada pelos tecnologistas e pesquisadores: André Ivo, chefe substituto da Divisão de Monitoramento e Alertas, e por Rogério Ishibashi-chefe substituto da Divisão de Produtos Integrados do Cemaden.
“21ª SNCT - Saberes do Cemaden: diversificação de pesquisas”, palestra apresentada pela pesquisadora do Cemaden, Ana Paula Cunha, especialista em seca e coordenadora substituta da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden.
“Precipitação nos biomas brasileiros: climatologia e impactos dos fenômenos El Niño e La Niña- apresentada pela pesquisadora SâmiaRegina Garcia Calheiros, docente da Unifesp - São José dos Campos
Exposição: visita ao campo observacional das Plataformas de Coleta de Dados do Cemaden- com explicações sobre monitoramento e a Rede Observacional do Cemaden por Demerval A. Gonçalves, pesquisador bolsista de Geoprocessamento do Cemaden.
Eixo 3- (17/10): Palestras e Oficinas:
O Programa Cemaden Educação abordou temáticas de ensino-aprendizagem, ciência cidadã, popularização da ciência nas escolas, nas comunidades e nas famílias, com foco na Campanha #AprenderParaPrevenir e Jornadas Pedagógicas para redução de riscos de desastres. As palestras, conversas e oficinas foram coordenadas pela equipe de pesquisadores do Programa Cemaden Educação.
Parceria do Cemaden com Defesas Civis na gestão de riscos de desastres
A participação de diversas Defesas Civis do interior do Estado de São Paulo contou com o apoio das articulações do coordenador regional adjunto da Regional de Proteção e Defesa Civil (REPDEC Interior V), Cel. João Osório Gimenez Germano, também coordenador da Defesa Civil de Jundiaí, que organizou a comitiva de membros das Defesas Civis da região. Além de Jundiaí, a regional engloba as Defesas Civis de mais seis cidades paulistas: Cabreúva, Itupeva, Louveira, Jarinu, Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista.
Como palestrante no primeiro dia da SNCT no Cemaden, Cel. Gimenez compartilhou experiências na Defesa Civil. “O evento foi essencial para estreitar as relações das Defesas Civis com o Cemaden – uma das instituições mais importantes do Brasil, pelo sistema monitoramento e alerta de desastres”, afirma Cel. Gimenez. Destaca que a qualidade de informações e dados que recebem do centro, em tempo real, permitem previsibilidade do risco para a prevenção e também pronta resposta aos impactos. “Na oportunidade de compartilhamento das experiências e da Ciência durante a SNCT, fortalecemos o sistema de gestão de desastres, tornando as cidades mais resilientes aos impactos.”
O coordenador Cel. Gimenez falou sobre as ações realizadas para as melhorias do trabalho da Defesa Civil na Região Metropolitana de Jundiaí. Entre elas: atualização do mapeamento de áreas de risco; elaboração de diretivas para padronizar estrutura e ações na região; adoção e implementação do sistema SICOE; criação do grande Plano de Contingência, integrando as parcerias entre os municípios; elaboração do Plano de Emergência e Evacuação nas escolas e unidades de Saúde. Com a conclusão do Centro Integrado de Emergência e Segurança de Jundiaí, a Defesa Civil terá sua sede própria, com uma Estação Meteorológica. Também está prevista a expansão do quadro de especialistas na equipe da Defesa Civil, prevendo a inclusão de profissionais da área de Meteorologia e Geologia.
Considerações do público diversificado sobre a participação na SNCT do Cemaden:
“O evento como a SNCT é importante e dá a oportunidade de reflexão sobre as tecnologias que possam aproximar os órgãos de proteção e defesas civis municipais, no contexto de gestão integrada de riscos. A construção de pensamento colaborativo e participativo fortalece a resiliência, no contexto global das mudanças climáticas” (Wellington Silva de Oliveira, coordenador técnico da Defesa Civil de Maricá – RJ)
“Estamos participando da SNCT no Cemaden, para aprimorar e difundir os conhecimentos adquiridos à população.” (Luiz Guilherme Pires, estudante universitário, do 5º ano do Curso de Gestão Ambiental -USP-Leste).
“A promoção do conhecimento pela ciência e tecnologia oferece a oportunidade de mostrar alternativas de como fazer a diferença na comunidade local. O conhecimento científico e o compartilhamento de experiências de outras localidades e regiões agregam muito, fortalecendo as tomadas de decisões.” (Alison Breno de Oliveira - agente Operacional de Defesa Civil de Taubaté-SP).
“É importante conhecer os equipamentos, aplicativos e dados científicos para agregar ao trabalho da Defesa Civil junto à população” (supervisor da Defesa Civil de São José dos Campos -SP, Orlando Santos).
“Gostei muito do jogo ‘Trilha dos Riscos’, onde aprendi mais sobre Biomas e Regiões do Brasil.” (Luisa Maciel, 10 anos, 4º Ano do Ensino Fundamental, São José dos Campos-SP).
“Foi importante obter o conhecimento sobre as diferenças dos termos ‘desastres naturais’ e ‘desastres socioambientais’, além de atualizar os conhecimentos relacionados à situação de emergência climática.” (Pedro Henrique de Brito, do 2º Ano do Ensino Médio, do Curso de Tecnologia e Desenvolvimento de Sistemas, da Etec de Sorocaba-SP).
“O tema abordado na SNCT, deste ano, é extremamente relevante, uma vez que observamos as mudanças climáticas influenciando na ocorrência de desastres, em todo o planeta, com maior intensidade e frequência. Os conhecimentos científicos podem conscientizar a população na mudança das atitudes e nas ações voltadas à preservação ambiental. (Christianne Aparecida Nogueira Costa, agente de Defesa Civil de Taubaté -SP).
“A vinda dos alunos ao Cemaden deu mais motivação aos estudos. A visita e participação nas atividades da SNCT ficará, com certeza, marcadas na memória de cada aluno” (professora Marcela Silveira, do Ensino Fundamental do Colégio Saloni, São José dos Campos-SP)
Organização e parcerias para a realização SNCT 2024 no Cemaden
No Cemaden, a organizadora da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT-2024), Selma Santos Chiavelli, analista em Ciência & Tecnologia da Coordenação de Relações Institucionais do Cemaden, contou com as parcerias internas e de instituições externas para a elaboração da programação, da disseminação e realização do evento.
Das instituições externas que participaram e apoiaram a SNCT do Cemaden foram: Coordenações Regionais das Defesas Civis do Vale do Paraíba (SP) e da Metropolitana de Jundiaí (SP), da Unesp, Unifesp e do Parque de Inovação Tecnológica (PIT), estes três últimos de São José dos Campos (SP).
"Nesta edição da SNCT, realizada no município de São José dos Campos, buscamos explorar a temática com os eixos: Sistema de Proteção e Defesa Civil, Universidade e Programas de Pós-Graduação Unesp/ Cemaden e do Programa Cemaden Educação”, afirma a analista em C&T do Cemaden, Selma Santos, explicando o motivo da variação de abordagens de conteúdos na programação e a presença de inúmeras instituições no evento. “Entre os objetivos, está o de facilitar a criação de redes colaborativas de Ciência Cidadã e Gestão de Desastres, envolvendo instituições públicas, privadas e sociedade em geral.”
Sobre a SNCT 2024- Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do MCTI
Instituída em 2004, por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é realizada anualmente pelo MCTI, em parceria com unidades de pesquisa, agências de fomento e entidades vinculadas, comunidade científica, universidades, instituições de ensino de pesquisa, escolas, museus e jardins botânicos, secretarias estaduais e municipais, empresas de base tecnológica e entidades da sociedade civil.
Com a temática "Biomas do Brasil: Diversidade, Saberes e Tecnologias Sociais”, a 21ª SNCT de 2024 teve encontros locais, nos 27 estados, durante o mês de outubro. No período de 5 a 10 de novembro próximo, ocorre o evento nacional, reunindo as instituições com estande de exposições, em Brasília. A SNCT visa aumentar a popularização da Ciência do País.
Fonte: Ascom/Cemaden
- Pesquisador do Cemaden Educação na palestra sobre Tecnologias Sociais, Biomas e Desastres, para público diversificado na SNCT do Cemaden
- Alunos do Ensino Fundamental participam das Oficinas do Cemaden Educação com jogos sérios e educativos sobre Biomas e riscos de desastres .
- SNCT 2024- Palestra do Major Reis, Comandante do Corpo de Bombeiros e Coordenador da Defesa Civil do Vale do Paraíba
- SNCT 2024- Equipe Cemaden Educação ensina como fazer um pluviômetro de garrafa PET (Pluvi-PET) para monitorar chuvas
- SNCT 2024- Oficina sobre ferramentas de integração de dados geoespaciais, coordenada por pesquisadora do Cemaden.
- Alunos do Ensino Fundamental paticipam da Oficina do Cemaden Educação com jogos educativos sobre Biomas, diversidade e prevenção de risco de desastres, durante a SNCT 2024.
- SNCT 2024- Reunião de Impactos, dentro da programação da SNCT do Cemaden, com transmissão on-line.
- Da esquerda para a direita: Major Wellington (DC Maricá-RJ), Cel.Gimenez (DC Jundiaí-SP, Alison e Christianne (DC de Taubaté-SP) e Marcelo (DC de Jundiaí)e Selma Santos, do Cemaden/MCTI.
- SNCT 2024- Engenheiros e especialistas, Alison e Christiane, da Defesa Civil de Taubaté (SP),participam de toda a programação da SNCT no Cemaden.
- SNCT 2024 - Na Oficina do Cemaden Educação, estudantes do Ensino Médio participam dos jogos sérios e educativos sobre redução de risco de desastres, durante a SNCT no Cemaden
- SNCT-2024 - Pesquisadora do Cemaden Educação orienta os estudantes do Ensino Médio no jogo de tabuleiro, durante a Oficina da programação da SNCT no Cemaden.
- SNCT 2024 - Estudantes do Ensino Médio conhecem a dinâmica do Jogo Trilha do Risco para educação na prevenção de risco de desastres, durante a SNCT , no Cemaden
Biomas e tecnologias sociais para redução de risco de desastres foram abordados na SNCT do Cemaden
Um público diversificado - integrado por estudantes e professores dos Ensinos Fundamental, Médio e Superior, Defesas Civis, pesquisadores e interessados na temática - participou, nesta quinta-feira (17), das atividades desenvolvidas pela equipe do Programa Cemaden Educação, dentro da Programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
Promovida pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a SNCT desse dia contou com palestras, conversas e oficinas na temática da SNCT 2024 "Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais", que ocorreram no Auditório do Cemaden e no Salão de Eventos do Parque de Inovação Tecnológica (PIT), em São José dos Campos (SP).
Os participantes conheceram e conversaram sobre os riscos de desastres, as Jornadas Pedagógicas do Cemaden Educação e as ações para Redução do Risco de Desastres (RDD). No período da manhã e à tarde, foi estimado um total de 150 participantes.
Nas atividades desenvolvidas, foram apresentados modelos de ações pela comunidade, informações científicas e educativas, bem como a utilização de ferramentas tecnológicas e sociais para a Redução do Risco de Desastres (RRD). Entre as tecnologias sociais: o monitoramento das chuvas, a metodologia de produção (em forma artesanal) do Pluvipet (pluviômetro feito com garrafas de material PET) e o Aplicativo “À Prova d’Água”.
No período da tarde, os alunos do ensino fundamental participaram dos Jogos “Trilha dos Riscos”, do “Tabuleiro Vale dos Riscos” e “Jogos dos Desastres”, todos jogos sérios e educativos, para conhecer os riscos de desastres e os Biomas do Brasil.
Multiplicadores de ações para redução do risco de desastres nas comunidades
Por meio da participação e parceria em ações, palestras e oficinas das Jornadas Pedagógicas e das Campanhas #AprenderParaPrevenir - promovidas pelo Programa Cemaden Educação – muitos interessados ficaram incentivados a ingressar ou criar projetos, voltados ao monitoramento e redução do risco de desastres (RDD), compartilhando junto às escolas e comunidades.
É o caso do estudante Luiz Guilherme Ferreira Pires, 22 anos, cursando o último ano (5º ano) do Curso de Gestão Ambiental, da Universidade de São Paulo (USP-Leste) que participa do projeto aprovado em edital, denominado Projeto Adapta Keraciaba. O objetivo é mobilizar e engajar a população da região próxima à USP- Leste - Jardim Keralux e Vila Guaraciaba, Região Leste da capital de São Paulo - para Redução de Riscos de Desastres e Adaptação Climática.
O estudante da USP conta que, em visita técnica ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), passou a conhecer a existência do sistema e métodos de monitoramento e alerta de desastres naturais, além das ações para redução de riscos de desastres, desenvolvidos pelo Cemaden/MCTI, em São José dos Campos (SP). “Com os conhecimentos das ações educativas do Programa Cemaden Educação, fiquei incentivado com os colegas a criar o projeto”, afirma Pires. “Estamos participando da SNCT no Cemaden, para aprimorar e difundir os conhecimentos adquiridos à população.”
O projeto já teve uma premiação no concurso de vídeos “Vozes da Comunidade-Preparando-se para um Futuro Resiliente nas Américas e no Caribe” e também o Prêmio Mérito, da Campanha #AprenderParaPrevenir, do Cemaden Educação.
Outra integrante do Projeto Adapta Keraciaba, Yasmim Araujo Lopes, também do 5º Ano do Curso de Gestão Ambiental (USP-Leste), já tinha participado no passado, de atividades da Oficina de Cartografia Social e monitoramento das chuvas de Verão, promovidas pelo Cemaden Educação. “É fundamental essa troca de informações. As Jornadas Pedagógicas e as ações educativas e de ciência cidadã, propostas pelo Cemaden Educação, fornecem subsídios para a intermediação junto às comunidades”, destaca a estudante universitária.
Outro caso de engajamento em projetos de Educação para Redução de Risco de Desastres (ERDD) foi o do supervisor da Defesa Civil de São José dos Campos (SP), Orlando Santos. Como palestrante e em conversa com os estudantes das escolas e participantes da SNCT, no Cemaden, Santos compartilhou suas experiências desenvolvidas na área científica e tecnologia social. Foi o único membro da Defesa Civil, em 2021, a participar e tornar-se parceiro junto aos pesquisadores no Projeto “À Prova d’Água” e do aplicativo desenvolvido para o monitoramento da chuva. “É importante conhecer os equipamentos, aplicativos e dados científicos para agregar ao trabalho da Defesa Civil junto à população”, afirma Santos e enfatiza: “O Cemaden Educação tem um trabalho de excelência e qualificação para aplicar em nosso dia-a-dia, voltado à educação para prevenção e redução de riscos de desastres junto às comunidades e escolas”.
Impressões sobre a SNCT no Cemaden e atividades do Cemaden Educação
As atividades desenvolvidas pelo Programa Cemaden Educação na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Auditório do Cemaden - bem como os jogos educativos e oficinas realizados no Salão de Eventos do Parque de Inovação Tecnológica (PIT) - trouxeram experiências marcantes para cada um dos participantes. Alguns registros dessas impressões:
“Gostei do ambiente do Cemaden e do Parque (PIT). Também gostei da maneira da explicação para fazer e usar o PluviPet.”, avalia Francisco de Lima Ronda Gaspari, de 10 anos, aluno do 4º Ano do Ensino Fundamental, do Colégio Saloni, de São José dos Campos. “Dos Jogos de Desastres, adorei conhecer as profissões que ajudam nos trabalhos relacionados aos desastres”, completa.
“Vou fazer em casa o pluviômetro de garrafa PET para monitorar chuvas e avisar amigos e familiares sobre os riscos de desastres”, informa Luisa Maciel, 10 anos, cursando também o 4º Ano, do Ensino Fundamental do Colégio Saloni e completa: “Gostei da ‘Trilha dos Riscos’, onde aprendi mais sobre Biomas e Regiões do Brasil.”
“Importante o trabalho educativo sobre Biomas”, destaca a professora Marcela Silveira, que leciona Matemática, Ciências e Geografia, no 4º Ano do Ensino Fundamental do Colégio Saloni. “No mês passado, desenvolvemos atividades desse tema em sala de aula, ocasião em que os alunos fizeram até maquetes”, informa a educadora. “Trazer os alunos para a SNCT no Cemaden complementou os conteúdos, reforçando as atividades pedagógicas desenvolvidas sobre Biomas”.
“Na fila de entrada ao ônibus para virmos ao Cemaden, os alunos já estavam ansiosos e animados, lembrando sobre o que tinham estudado, revisando os conhecimentos sobre Biomas”, relata a professora Marcela Silveira, da mesma disciplina e escola da educadora Marcela. “A vinda ao Cemaden deu mais motivação aos estudos. A visita e participação nas atividades da SNCT ficarão, com certeza, marcadas na memória de cada aluno”.
“Foi importante ter conhecimento sobre as diferenças dos termos ‘desastres naturais’ e ‘desastres socioambientais’, além de atualizar o conhecimento da situação de emergência climática”, destaca Pedro Henrique Lacerda de Brito, aluno do 2º Ano, do Curso de Tecnologia e Desenvolvimento de Sistemas, da Escola de Ensino Técnico, Integrado, Médio e Especialização Técnica Fernando Prestes (Etec de Sorocaba-SP). “Considero relevante ampliar essas discussões nas escolas, com abordagens da situação atual dos eventos extremos e emergência climática”, analisa Brito. Considerou importante a visita ao Cemaden, para adquirir subsídios científicos, com a finalidade de aplicar na elaboração de um projeto idealizado na área de reflorestamento.
Programa Cemaden Educação
O Programa Cemaden Educação atua há 10 anos nas propostas e desenvolvimentos de atividades com escolas e comunidades, para a percepção e conhecimentos sobre prevenção e redução dos riscos de desastres.
Para mais informação:
Site : https://educacao.cemaden.gov.br/
Campanha #AprenderParaPrevenir 2024 (envio dos trabalhos até 31 de outubro de 2024)
https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/edicao-2024-2/
Fonte: Ascom/Cemaden
- Auditório do Cemaden: palestrante e equipe do Cemaden Educação, durante a SNCT 2024, conversam com o público diversificado
- Auditório do Cemaden durante a SNCT 2024, com público diversificado, participam das discussões sobre desastres, Biomas, tecnologias sociais para redução do risco de desastres.
- Equipe do Cemaden Educação ensina como produzir o PluviPET, pluviômetro produzido com garrafa PET, para monitoramento de chuvas acumuladas.
- Aluna do 4º Ano do Ensino Fundamental, aprendendo a produzir um Pluvi-PET para monitorar o nível de chuvas.
- Orlando Santos, supervisor da Defesa Civil de São José dos Campos, conversa com público da SNCT no Cemaden, compartilhando o trabalho da Defesa Civil e suas experiências nas parcerias com projetos científicos.
- Alunos do Ensino Fundamental com os jogos educativos sobre redução do risco de desastres, durante a oficina do Cemaden Educação na SNCT do Cemaden.
- Alunos do Ensino Fundamental participam do jogo educativo "Trilha dos Riscos" coordenado pela equipa do Cemaden Educação na SNCT do Cemaden
- Alunos do Ensino Fundamental aprendem sobre redução de risco de desastres com o jogo educativo "Tabuleiro de Riscos", durante a SNCT do Cemaden
- Salão de Eventos preparado para a Oficina do Programa Cemaden Educação com os Jogos Educativos para redução do risco de desastres.
- Banner sobre o Cemaden Educação exposto no Salão de Eventos do Parque de Inovação Tecnológica, onde ocorreu a Oficina do Cemaden Educação para os alunos do Ensino Fundamental.
- Foto SNCT 2024 - Coordenadora do Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber, dá boas-vindas aos estudantes dos Ensinos Médio e Superior, em conversa sobre as Jornadas Pedagógicas, durante a SNCT no Cemaden.
- Estudantes do Ensino Médio participam da Oficina do Cemaden, nos jogos interativos e educativos sobre redução do risco de desastres, durante a SNCT no Cemaden.
- SNCT 2024 - Estudantes do Ensino Médio conhecem a dinâmica do Jogo Trilha do Risco para educação na prevenção de risco de desastres, durante a Oficina do Cemaden Educação, na SNCT 2024- Cemaden
- SNCT-2024 - Pesquisadora orienta os estudantes do Ensino Médio no jogo de tabuleiro, durante a Oficina do Cemaden Educação, na SNCT- Cemaden
- SNCT 2024 - Na Oficina do Cemaden Educação, estudantes do Ensino Médio participam dos jogos sérios e educativos sobre redução de risco de desastres, durante a SNCT-no Cemaden
Cemaden lança um Canal exclusivo para atendimento das Defesas Civis: o FalaDC
As Defesas Civis de todo território nacional agora podem contar com um Canal e sistema de atendimento exclusivo do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Esse sistema é o FalaDC.
Em funcionamento deste o dia 7 de outubro deste ano, pelo sistema FalaDC as Defesas Civis podem fazer diversas solicitações: desde pedidos de manutenção da rede observacional, realocação de equipamentos, problemas de acesso aos dados e Mapa Interativo do Cemaden, dentre outros.
O FalaDC foi pensado para melhorar o atendimento às Defesas Civis, substituindo o canal anterior, o FalaBR. O sistema FalaDC possibilita melhor atendimento geral, facilitando o acesso ao histórico das demandas anteriores e trocas de informações.
O FalaBR continuará sendo o canal para envio de demandas ao Cemaden por parte de cidadãos, acadêmicos e instituições diversas, que pontualmente procuram o Cemaden.
Para as Defesas Civis, nossos parceiros na rede de gestão de riscos de desastres naturais, acreditamos que essa plataforma de atendimento exclusivo - o FalaDC - trará muito mais qualidade no atendimento.
Para acessar o FalaDC no site do Cemaden, as Defesa Civis devem utilizar o link: https://faladc.cemaden.gov.br/
Fonte: Ascom/Cemaden
Lançada licitação para prestação de serviços de impressão – outsourcing de impressão do Cemaden
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado no Parque de Inovação Tecnológica (PIT) da cidade de São José dos Campos SP, lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico.
A licitação visa a contratação de empresa especializada para prestação de serviços de impressão, cópia, digitalização, caracterizado como outsourcing de impressão, com fornecimento de impressoras multifuncionais e suporte para atender as necessidades operacionais do Cemaden. A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 17/10/2024.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 90007/2024 pode ser retirado a partir de 17/10/2024 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos (SP) ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 17/10/2024 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 05/11/2024 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br .
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Cemaden amplia a divulgação na SNCT da Reunião de Impactos e apresenta a situação, tendências e impactos do clima
A 71ª Reunião Mensal de Avaliação e Previsão de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geoclimático, em Atividades Estratégicas para o Brasil - organizada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - entrou na Programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2024), nesta terça-feira (15), transmitida pelo Canal YouTube.
A abertura da reunião foi feita pelo climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, que iniciou a apresentação da situação e avaliação do clima, bem como as previsões e tendências dos impactos climáticos para os setores produtivos e estratégicos do País.
“Sem previsões de chuvas significativas, a tendência é que a estiagem se agrave ainda mais.” alerta o climatologista Jose Marengo, do Cemaden/MCTI. Estiagem é a denominação dada para a redução, atraso ou ausência de chuvas nos períodos chuvosos para uma determinada temporada.
No situação atual de uma das secas mais grave da história do País, os rios da Amazônia e do Pantanal estão em situação crítica com o baixo nível histórico. Em Ladário (MS)- estação de referência com dados históricos e registros de 124 anos, a cota do nível atual é de menos 41cm (apenas 20 cm acima da média histórica de -61 cm, registrada em 1964).
Marengo explicou, que em outubro deveria iniciar a estação chuvosa no Centro-Oeste, Sudeste e Sul da Amazônia. “No ano passado (2023), houve uma situação similar: as chuvas deveriam começar em outubro, o solo estava muito seco e a estação chuvosa foi iniciada apenas em janeiro deste ano (2024).
Efeitos do La Niña
“Na previsão, esperava-se que o fenômeno ‘La Niña’ se configurasse a partir de maio e junho de 2024, o que poderia trazer, de certa forma, alívio para a região de seca”, informa o Jose Marengo. “Mas o resfriamento do mar (fenômeno do La Niña) apresentou valores de temperatura na superfície do mar com pequeno resfriamento.”, destaca o climatologista do Cemaden.
“A posição oficial de alguns centros e instituições meteorológicas indicam que La Niña pode ocorrer no final do ano, com o auge no próximo ano. Mas os indicadores mostram uma La Niña bastante fraca”, informa Marengo: “Sabemos a possibilidade de ocorrer La Niña, em mais de 70% a 80%, no período de outubro a dezembro”, afirma o climatologista e alerta: “Mas não sabemos qual será a intensidade. Conforme essa intensidade, a região que mais será impactada não será a Amazônia e Nordeste, mas a Região Sul”.
Lembrou que a ocorrência do La Niña foi em 2020-2022, período em que foram anos de seca grave e intensa no Sul do País. “Nossa preocupação com o Sul é que se passe do extremo chuvoso para a extrema seca, quando o La Niña se configurar no próximo ano (2025).
Objetivos da Reunião Mensal de Avaliação e Previsão de Impactos
As Reuniões Mensais de Avaliação e Previsão de Impactos de Extremos de Origem Hidro-Geoclimático, em Atividades Estratégicas para o Brasil são organizadas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O principal objetivo das reuniões é contribuir com os setores produtivos, agropecuários, energia, transportes, infraestruturas, saúde entre outros, permitindo, ainda, subsidiar tomadas de decisões estratégicas por parte dos órgãos relacionados à gestão de riscos e desastres, bem como fornecer contribuição para a administração de reservatórios de água para abastecimento e geração de energia.
Dados disponibilizados ao público da Reunião e do Boletim de Impactos
As apresentações dos dados científicos, avaliação, situação e tendências climáticas, hidrológicas e geológicas - mostradas pelos pesquisadores e Sala de Situação do Cemaden, além dos pesquisadores de outras instituições (INMET, INPE e Funceme) - estão disponibilizadas no Canal do YouTube do Cemaden, no qual os interessados podem se inscrever para receber as notificações e datas das reuniões:
Reunião de Impactos – Canal YouTube
https://www.youtube.com/@reuniaodeimpactoscemaden
Boletim Mensal de Impactos - site do Cemaden:
https://www.gov.br/cemaden/pt-br/assuntos/monitoramento/boletim-de-impactos
A programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do Cemaden (de 14 a 18 de outubro) está anexa, no rodapé do texto.
Fonte: Ascom/Cemaden
Apresentação pública dos(as) candidatos(as) ao cargo de Diretor(a) do CEMADEN
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais – CEMADEN/MCTI informa que as apresentações públicas dos(as) candidatos(as) inscritos(as) no processo de escolha de Diretor(a) ocorrerão no dia 07 de novembro de 2024, a partir das 10:00 horas, no Auditório do CEMADEN.
Cemaden abre a SNCT discutindo emergências e influências climáticas nos Biomas
Com a temática "Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais", a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia teve a abertura nesta segunda-feira(14) no Auditório do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), contando com a presença de membros de Defesas Civis de variados estados, do Corpo de Bombeiros, representantes do Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos, pesquisadores, estudantes de pós-graduação em Desastres, e interessados na temática de clima e prevenção de risco de desastres socioambientais.
A abertura foi feita pela coordenadora substituta de Relações Institucionais, Ana Paula Cunha (representando a Direção do Cemaden), que abordou a missão e contribuição do Cemaden no monitoramento e pesquisas para prevenção de riscos de desastres e a temática da SNCT. Destacou a importância das parcerias institucionais na rede de monitoramento, pesquisas e gestão de desastres. Ressaltou que, neste ano, a SNCT no Cemaden priorizou o convite aos parceiros das Defesas Civis, da Unesp e das escolas do ensino fundamental e médio que participam do Programa do Cemaden Educação.
Representando o Parque de Inovação Tecnológica (PIT) - que vem dando apoio na realização da SNCT no Cemaden - a abertura do evento contou com participação de Marcelo Nunes, vice-presidente de Negócios do PIT.
Programação do primeiro dia da SNCT no Cemaden
Ainda pela manhã, a palestra intitulada: “Sistema Estadual de Atendimento às Emergências, Legislação e Doutrina”, foi apresentada pelo Major Paulo Roberto Reis Teixeira de Souza (Major Reis), Comandante do Corpo de Bombeiros do Vale do Paraíba e Coordenador da Defesa Civil do Vale do Paraíba.
No período da tarde, na programação da SNCT no Cemaden, foram realizadas as seguintes palestras abertas para debates ao público inscrito:
“Biomas do Brasil: influências temporais e climáticas”, apresentado pela pesquisadora Klécia Massi, docente da Universidade do Estado de São Paulo (Unesp de São José dos Campos) – do Programa de Pós-graduação em Desastres Naturais (Unesp/Cemaden).
“Defesa Civil: protagonismo com o passar dos anos frente às realidades e mudanças climáticas”, apresentadas pelo Cel. Res. PMESP João Osório Gimenez Germano, coordenador da Defesa Civil de Jundiaí e coordenador da Coordenadoria Regional de Proteção e Defesa Civil (REPDEC IV).
“Por que está tudo queimando?” foi apresentada pela pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson, especialista na área de fogo, vegetação e desastres.
“Entramos em uma era em que muitos dos grandes e severos eventos climáticos pelos quais vivenciamos eram considerados raros ou improváveis.”, destaca a pesquisadora Liana Anderson e complementa: “As mudanças climáticas induzidas pelo homem já alteraram nossa rota, colocando-nos cada vez mais próximos de grandes prejuízos ambientais, sociais e econômicos.” Explica, também, que temos muitas soluções para diferentes eixos de ações e ressalta: “Mas é prioritário investir em Ciência e tornar os produtos que temos hoje como provas de conceito, algo de grande escala, a fim de entregar para a sociedade o que ela espera de nós, pesquisadores.”
Eixos temáticos da SNCT no Cemaden e inscrições abertas:
Para a melhor adequação de interesse dos públicos, a SNCT do Cemaden foi dividida em três eixos na Programação:
Eixo 1- (14 e 15/10): Sistema de Proteção e Defesa Civil: com priorização do público do SPDC e disseminação de saberes, práticas, competências, informações, interlocuções e estreitamentos institucionais (destaque para a Reunião de Impactos- presencial e transmissão on-line, na terça-feira, dia 15, às 14h20, conduzida pelo coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, climatologista Jose Marengo).
Eixo 2 -(16 e 18/10): Programa de Pós-Graduação em desastres naturais: com priorização das atividades desenvolvidas no Programa de Pós- Graduação em Desastres Naturais da Unesp/Cemaden e aplicação de conhecimentos em cenários reais- dados geoespaciais (Destaque para a Oficina Raster).
Eixo 3- (17/10): Cemaden Educação: com priorização do ensino-aprendizagem, ciência cidadã, popularização da ciência nas escolas, nas comunidades e nas famílias, desenvolvimento de palestras e oficinas, com foco na Campanha #AprenderParaPrevenir e Jornadas Pedagógicas para redução de riscos de desastres.
Inscrições na SNCT do Cemaden
Ainda há vagas para inscrições e participação na programação presencial no Cemaden:
Formulário dia 15/10- Eixo 1
Formulário dia 16/10- Eixo 2
Formulário dia 18/10 – Eixo 2
Sede do Cemaden/MCTI
O Cemaden está localizado na Estrada Dr. Altino Bondensan, 500 - Distrito de Eugênio de Melo, no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PIT), antigo Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
Anexa, abaixo, a programação do SNCT no Cemaden.
Fonte Ascom/Cemaden
- A abertura da SNCT no Cemaden contou com participação de Marcelo Nunes, vice-presidente de Negócios do Parque de Inovação Tecnológica (PIT- São José dos Campos)
Confira a programação completa da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Cemaden
"Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais" é o tema a ser explorado por meio de atividades direcionadas a variados públicos, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que ocorrerá, de 14 a 18 de outubro de 2024, presencial e on-line, na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O objetivo da SNCT é compartilhar conhecimentos, disseminar informações, promover diálogos, intercambiar saberes e práticas provenientes de diversas fontes para um aprendizado coletivo. Outro propósito é a de estreitar relacionamentos e networks, facilitando a criação de redes colaborativas entre os envolvidos.
O tema "Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais", será apresentado e debatido nas atividades, para diversos públicos, incluindo integrantes do Sistema de Proteção e Defesa Civil, estudantes de Pós- Graduação, Ensino superior, médio, fundamental, além de instituições públicas e privadas e demais grupos de interesse.
Duas programações com transmissão on-line ( tarde do dia 15 e manhã dia 18)
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Cemaden será um evento presencial, que também contará com duas programações remotas: a Reunião de Impactos (que ocorrerá no formato presencial e transmissão on-line, na terça-feira- dia 15, das 14h30 às 16:00h) e o Webinário “Precipitação nos Biomas Brasileiros: Climatologia e impactos dos fenômenos El Niño e La Niña” (sexta-feira, dia 18, da 9h30 às 10h30).
Oficina Integração de Dados Geoespaciais - Atividade do Eixo 2 – ( manhã do dia 16)
Na manhã do dia 16/10, a oficina “Do Vetor ao Raster: Integração de Dados Geoespaciais é destinada a utilização de uma ferramenta simples e de fácil aplicação, para o interessado em aprimorar suas habilidades em integração e análise de dados geoespaciais. Será apresentada a função zonal, que possibilita a integração de dados geoespaciais de diferentes fontes e formatos (vetoriais: ponto, linha, polígono; e raster) por meio de operadores matemático e estatístico. A função zonal permite combinar e analisar informações diversas, facilitando análises espaciais e estatísticas, além de possibilitar a elaboração de mapas temáticos. A ferramenta pode ser aplicada em áreas como meio ambiente e impacto ou gestão de desastres.
Eixos temáticos da SNCT no Cemaden
Para a melhor adequação de interesse dos públicos, a SNCT do Cemaden foi dividida em três eixos:
Eixo 1- (14 e 15/10): Sistema de Proteção e Defesa Civil: com priorização do público do SPDC e disseminação de saberes, práticas, competências, informações, interlocuções e estreitamentos institucionais (Destaque para a Reunião de Impactos- presencial e transmissão on-line).
Eixo 2 -(16 e 18/10): Programa de Pós-Graduação em desastres naturais: com priorização das atividades desenvolvidas no Programa de Pós- Graduação em Desastres Naturais da Unesp/Cemaden e aplicação de conhecimentos em cenários reais (Destaque para a Oficina Raster-dados geoespaciais).
Eixo 3- (17/10): Cemaden Educação: com priorização do ensino-aprendizagem, ciência cidadã, popularização da ciência nas escolas, nas comunidades e nas famílias, desenvolvimento de palestras e oficinas, com foco na Campanha #AprenderParaPrevenir e Jornadas Pedagógicas para redução de riscos de desastres.
Inscrições na SNCT do Cemaden
Formulário dia 14/10- Eixo 1
Formulário dia 15/10- Eixo 1
Formulário dia 16/10- Eixo 2
Formulário dia 18/10 – Eixo 2
Sede do Cemaden/MCTI
O Cemaden está localizado na Estrada Dr. Altino Bondensan, 500 - Distrito de Eugênio de Melo, no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos PIT, antigo Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
Cemaden apresenta experiências de monitoramento de seca na Conferência sobre Resiliência à Seca, em Genebra
A Conferência sobre Resiliência da Seca +10, realizada em Genebra (Suíça), de 30 de setembro a 2 de outubro, reunindo instituições e representantes de diversos países, contou com a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que apresentou as experiências no monitoramento de secas e avaliação de impactos no Brasil.
Desde 2012, em resposta à crise, a pedido da Presidência da República, o Cemaden/MCTI assumiu a responsabilidade de monitorar os impactos da seca na Região Nordeste do Brasil. Em razão da ocorrência de secas em outras regiões do País, desde 2017, o monitoramento tem sido realizado para todo território brasileiro.”
O foco principal da reunião dos países foi a de revisar os progressos e lições aprendidas nos últimos 10 anos sobre seca e desertificação, desde a última reunião, ocorrida em 2013. O objetivo do evento foi definir, em conjunto, um caminho para a resiliência da seca no mundo.
A conferência internacional foi promovida pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), a Secretaria da Convenção das Nações Unidas de Luta contra a Desertificação (CLD) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em colaboração com uma série de organismos das Nações Unidas, organizações internacionais e regionais e instituições nacionais dos países de todos os continentes.
Seca e a aplicação do monitoramento no Brasil
A pesquisadora especialista em seca, Ana Paula Cunha, também coordenadora substituta de Relações Institucionais do Cemaden, apresentou o estudo dos eventos de seca extrema no Brasil, de 1950 a 2024, destacando que o Brasil enfrenta a pior seca de sua história, desde 1950. A seca vem impactando, severamente, os ecossistemas vitais como a Floresta Amazônica e o Pantanal.
A metodologia do monitoramento da seca foi mostrada pela pesquisadora do Cemaden. O monitoramento utiliza o Índice Integrado da Seca (IIS), que analisa os dados do volume das chuvas, umidade do solo e vegetação. “O IIS é atualizado, regularmente, oferecendo monitoramento da seca, quase em tempo real, em todo o Brasil.”, afirma Ana Cunha e destaca: “Tem sido utilizado nos relatórios de Clima da Organização Mundial de Meteorologia (OMM).”
Ressaltou, também, o monitoramento e os dados da seca realizados pelo Cemaden aplicados nas políticas públicas do Brasil. Entre elas, o Programa Garantia Safra do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e os dados da situação de seca para reconhecimento de emergências nos municípios afetados. Além disso, regularmente, os dados de seca do monitoramento do Cemaden são apresentados nas reuniões interministeriais do governo brasileiro, oferecendo subsídios para a tomada de decisões governamentais e no apoio para a elaboração e ações e das políticas públicas.
Os dados do monitoramento de seca no Brasil estão disponibilizados no site do Cemaden/MCTI, pelos links:
https://www.gov.br/cemaden/pt-br/assuntos/monitoramento/monitoramento-de-seca-para-o-brasil
https://mapasecas.cemaden.gov.br/#iis3
https://www.instagram.com/cemaden.secas?igsh=OTNjMTdqemtjcWM1
As temáticas, apresentações e informações da Conferência sobre Resiliência de Seca+10 estão disponibilizadas pelo link:
https://www.droughtmanagement.info/hmndp10/programme/overview/
Fonte: Ascom/Cemaden
- Participantes de países de todos os continentes na Conferência sobre Resiliência à Seca 10+, no Auditório da OMM, em Genebra Suíca, contou com a participação do Cemaden.
- Auditório da OMM em Genebra (Suíça)onde foi realizada a Conferência sobre Resiliência à Seca 10+, nos dias 07 de setembro a 2 de outubro de 2024 (Foto OMM)
- Conferência sobre Resiliência à Seca no auditório da OMM, em Genebra (Suíça) contou com a participação do Cemaden.
Alteração no Cronograma de Atividades do Processo de Busca para o cargo de Diretor(a) do CEMADEN
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) torna pública a alteração no cronograma das etapas relativas ao processo de busca e indicação de candidatos no âmbito dos trabalhos da Comissão de Busca do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), conforme Edital nº 46/2024, publicado no Diário Oficial da União de 15 de julho de 2024, Seção 3, Página 7, prorrogado pelo Edital nº 61/2024, publicado no Diário Oficial da União de 22 de agosto de 2024, Seção 3, Página 6. A data para a realização das exposições orais (N3) e entrevistas individuais (N4) com os(as) candidatos(as), passa a ser 07 de novembro de 2024.
Lançada licitação para contratação de serviços de motorista para conduzir a frota de veículos do Cemaden
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), localizado no Parque de Inovação Tecnológica, da cidade de São José dos Campos (SP), lançou edital de licitação na modalidade pregão eletrônico, que visa a contratação de serviços de Motorista para conduzir a frota de veículos do Cemaden. A publicação consta no Diário Oficial da União do dia 09/10/2024.
O Edital do Pregão Eletrônico nº 90004/2024 pode ser retirado a partir de 09/10/2024 de 08h00 às 12h00 e de 13h00 às 17h00, no seguinte endereço: Estrada Dr. Altino Bondesan, 500, Distrito de Eugênio de Melo - São José dos Campos (SP) ou https://www.gov.br/compras/pt-br.
O envio das propostas deverá ser feito a partir de 09/10/2024 às 08h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
A data de abertura das propostas ocorrerá no dia 25/10/2024 às 09h00 no site https://www.gov.br/compras/pt-br.
Mais informações: (12) 3205-0111 ou licitacao@cemaden.gov.br.
Na próxima semana, Cemaden desenvolve atividades da SNCT abertas ao público com o tema Biomas do Brasil
"Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais" é o tema a ser explorado por meio de atividades direcionadas a variados públicos, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que ocorrerá, de 14 a 18 de outubro de 2024, presencial e on-line, na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O objetivo da SNCT é compartilhar conhecimentos, disseminar informações, promover diálogos, intercambiar saberes e práticas provenientes de diversas fontes para um aprendizado coletivo. Outro propósito é a de estreitar relacionamentos e networks, facilitando a criação de redes colaborativas entre os envolvidos.
O tema "Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais", será apresentado e debatido nas atividades, para diversos públicos, incluindo integrantes do Sistema de Proteção e Defesa Civil, estudantes de Pós- Graduação, Ensino superior, médio, fundamental, além de instituições públicas e privadas e demais grupos de interesse.
Duas programações com transmissão on-line ( tarde do dia 15 e manhã dia 18)
A Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Cemaden será um evento presencial, que também contará com duas programações remotas: a Reunião de Impactos (que ocorrerá no formato presencial e transmissão on-line, na terça-feira- dia 15, das 14h30 às 16:00h) e o Webinário “Precipitação nos Biomas Brasileiros: Climatologia e impactos dos fenômenos El Niño e La Niña” (sexta-feira, dia 18, da 9h30 às 10h30).
Oficina Integração de Dados Geoespaciais - Atividade do Eixo 2 – ( manhã do dia 16)
Na manhã do dia 16/10, a oficina “Do Vetor ao Raster: Integração de Dados Geoespaciais é destinada a utilização de uma ferramenta simples e de fácil aplicação, para o interessado em aprimorar suas habilidades em integração e análise de dados geoespaciais. Será apresentada a função zonal, que possibilita a integração de dados geoespaciais de diferentes fontes e formatos (vetoriais: ponto, linha, polígono; e raster) por meio de operadores matemático e estatístico. A função zonal permite combinar e analisar informações diversas, facilitando análises espaciais e estatísticas, além de possibilitar a elaboração de mapas temáticos. A ferramenta pode ser aplicada em áreas como meio ambiente e impacto ou gestão de desastres.
Eixos temáticos da SNCT no Cemaden
Para a melhor adequação de interesse dos públicos, a SNCT do Cemaden foi dividida em três eixos:
Eixo 1- (14 e 15/10): Sistema de Proteção e Defesa Civil: com priorização do público do SPDC e disseminação de saberes, práticas, competências, informações, interlocuções e estreitamentos institucionais (Destaque para a Reunião de Impactos- presencial e transmissão on-line).
Eixo 2 -(16 e 18/10): Programa de Pós-Graduação em desastres naturais: com priorização das atividades desenvolvidas no Programa de Pós- Graduação em Desastres Naturais da Unesp/Cemaden e aplicação de conhecimentos em cenários reais (Destaque para a Oficina Raster-dados geoespaciais).
Eixo 3- (17/10): Cemaden Educação: com priorização do ensino-aprendizagem, ciência cidadã, popularização da ciência nas escolas, nas comunidades e nas famílias, desenvolvimento de palestras e oficinas, com foco na Campanha #AprenderParaPrevenir e Jornadas Pedagógicas para redução de riscos de desastres.
Inscrições na SNCT do Cemaden
Formulário dia 14/10- Eixo 1
Formulário dia 15/10- Eixo 1
Formulário dia 16/10- Eixo 2
Formulário dia 18/10 – Eixo 2
Sede do Cemaden/MCTI
O Cemaden está localizado na Estrada Dr. Altino Bondensan, 500 - Distrito de Eugênio de Melo, no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos PIT, antigo Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
Programação da SNCT 2024 no Cemaden (Flyer abaixo)
Fonte Ascom/Cemaden
Número de municípios em situação de seca extrema deve subir 35,64% em outubro
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), divulgou esta semana o Índice Integrado de Seca (IIS-3) para o mês de setembro, com previsão para outubro. De acordo com o levantamento, 216 municípios se encontravam em situação de seca extrema no mês passado. A previsão é que esse número aumente para 293 em outubro – um acréscimo de 35,64%.
As categorias de seca variam de fraca a excepcional, com base na intensidade e duração dos déficits de chuva, umidade do solo e saúde da vegetação. Quanto mais prolongada a seca, maiores os impactos acumulados.
O Índice Integrado de Secas (IIS) para setembro indica que 1.133 municípios apresentaram condição de seca severa, com projeção de aumento para 1.177 em outubro. A seca extrema afeta 153 municípios no Sudeste, 30 no Centro-Oeste, 27 no Norte e 6 no Nordeste. Apesar do menor número de municípios, a Região Norte lidera em termos de área afetada.
De acordo com o monitoramento do CEMADEN, diversos municípios nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste já enfrentam a seca há mais de um ano, com destaque para:
Amazonas: Barcelos (16 meses), Santa Isabel do Rio Negro (16 meses), Codajás (15 meses), Maraã (15 meses), Guajará (14 meses), Fonte Boa (15 meses), Uarini (15 meses), Ipixuna (14 meses).
Outros estados: Rorainópolis - RR (14 meses), Eldorado do Carajás - PA (16 meses), Capixaba - AC (14 meses), Plácido de Castro - AC (14 meses), Castanheira - MT (12 meses), Rondolândia - MT (12 meses), Cabixi - RO (13 meses), Corumbiara - MT (13 meses), Chupinguaia - MT (13 meses), Mâncio Lima - AC (13 meses), Porto Walter - AC (14 meses), Rodrigues Alves - AC (14 meses), Capim Branco - MG (12 meses), Ipiaçu - MG (12 meses), Apiacás - MT (12 meses), Colniza - MT (12 meses).
A pesquisadora Ana Paula Cunha, do Cemaden, chama atenção para a criticidade da seca em termos de duração. Do Norte ao Sudeste, a seca teve início ainda no segundo semestre de 2023. Nessas regiões, o ciclo hidrológico anual foi caracterizado por chuvas abaixo da média. “A situação foi intensificada em decorrência de um período prolongado sem nenhum registro de chuvas”, explica. Em algumas regiões, já são mais de cinco meses consecutivos sem chuva.
Apesar de a seca ter sido associada com a evolução do fenômeno El Niño, principalmente no segundo semestre de 2023, destaca-se que ainda são observadas anomalias de temperatura significativas no Oceano Atlântico Norte, o que pode ter significativa influência nos regimes de chuva no país. Essa influência tem acontecido no sentido de diminuir as chuvas na maior parte do Brasil, como temos observado nos últimos 12 meses.
Acesse a lista completa de municípios e suas classificações
Acesse a lista de municípios e respectivos dias consecutivos sem chuva