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Cemaden realiza evento de premiação aos participantes da Campanha #AprenderParaPrevenir 2023
Coordenada pelo Cemaden Educação, Programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais -unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o sétimo ciclo da Campanha #AprenderParaPrevenir concluiu com projetos e práticas significativas provocadas pelo tema “Clima de Desastres, tempo de agir”, realizando o evento de premiação na última quinta-feira (07), transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden Educação.
Neste ano, foram convidadas escolas, Defesas Civis, Instituições de Ensino Superior, coletivos e outras instituições a criarem ações de mobilização e a resposta da criatividade foi celebrada com sorteio de prêmios realizado ao vivo, com a participação de diversas instituições.
O evento contou com momentos especiais: além da premiação e apresentação dos destaques na campanha, também foi lançada a nova identidade visual do Programa Cemaden Educação.
Lançamento da nova identidade visual do Programa Cemaden Educação
Criado pelo Renan Lieto da Evolve Design for Science, o logotipo é um balão de fala que recorta o original do Cemaden em diálogo com a sociedade. A identidade visual da 7ª Campanha oi utilizada durante esses últimos meses.
“Com o apoio dos recursos do FNDCT - Fundo Nacional de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, neste ano, o Programa Cemaden Educação foi recriado e conquistou espaços na promoção de políticas públicas educacionais transformadoras para a sustentabilidade e resiliência diante da emergência climática”, afirma a coordenadora do Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber.
A pesquisadora destacou, também as condições de reconstruir relações interministeriais em Educação em Redução de Riscos de Desastres com Educação Ambiental Climática. “Criamos um novo site e temos uma identidade visual mais atraente e interativa. Recebemos um prêmio no Reino Unido por um de projeto de pesquisa de Ciência Cidadã. Retomamos a mobilização da Campanha #AprenderParaPrevenir, que culmina com êxito tantas conquistas, com a surpresa de receber e aprender com iniciativas de grande qualidade”, enfatiza a coordenadora do Programa Cemaden Educação.
Resultados da 7ª Campanha #AprenderParaPrevenir e a ampliação pelo apoio dos moderadores regionais
Este ano a Campanha recebeu 82 inscrições, sendo 44 de Escolas, 15 de Coletivos/Movimentos Sociais + Outros, 12 de Instituições de Ensino Superior e 11 de Defesas Civis. As práticas de mobilização vieram de todas as regiões do país, de 13 estados e do Distrito Federal.
“A Campanha de 2023 foi especial, pois foi uma retomada com muitas novidades.”, afirma a pesquisadora Patricia Matsuo, coordenadora da Campanha #AprenderParaPrevenir”, do Programa Cemaden Educação e complementa: “Além do estabelecimento de parceiros interministeriais e nacionais estratégicos, ampliou as categorias de públicos, integrou a inscrição no site e criou uma rede de Mobilizadores Regionais que divulgaram intensamente em seus espaços“.
Para valorizar todas essas práticas de mobilização o Programa Cemaden Educação incluiu dois tipos de prêmios criados com a colaboração de diversas instituições:
- Sorteio: que evita a competição e adota a valorização de cada uma das práticas inscritas.
- Prêmio de Práticas Inspiradoras: para aquelas que se destacaram pela criatividade, inovação, parcerias, continuidade e mobilização comunitária.
Sorteio dos kits educativos e estação pluviométrica
Foram sorteados, ao vivo, dezenas de kits educativos compostos por publicações e jogos doados por instituições parceiras e três estações pluviométricas doadas pela empresa Ativa Soluções.
Devido ao número de inscrições nas categorias Defesa Civil e Instituições de Ensino Superior, o sorteio foi apenas da Estação Pluviométrica. Todas as outras instituições serão contempladas com os kits educativos.
Também foram unificadas as categorias “Coletivos/Movimentos Sociais” com “Outros” pelo pequeno número de inscrições, mas a quantidade de prêmios continua a mesma (total de 10 kits e dois troféus).
Premiação
- Categoria Escola
Kit Educativo |
Estação Pluviométrica (Ativa Soluções) |
10. E.E. Professora Maria José da Penha Frúgoli - São Sebastião/SP |
Escola Estadual Governador Milton Campos - São João Del Rei/MG |
- Categoria Defesa Civil
Kits Educativos |
Estação Pluviométrica (Ativa Soluções) |
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Secretaria Executiva de Proteção e defesa civil - Recife/PE |
- Categoria Instituto de Ensino Superior
Kits Educativos |
Estação Pluviométrica (Ativa Soluções) |
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IFF Campus Avançado Maricá - Maricá/RJ |
- Categorias unificadas Coletivos/Movimentos Sociais + Outros
Kits Educativos |
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PRÊMIO PRÁTICAS INSPIRADORAS
Este prêmio especial foi composto por:
- kit educativo com publicações e jogos na temática.
- Mini-estação meteorológica que mede pluviosidade, velocidade do vento, temperatura, umidade do ar, pressão atmosférica, radiação solar e luminosidade. Feita em impressão 3D, este equipamento foi doado pela empresa PETE.
- troféu em 3D criado pela Thabata Ganga da startup LIMBSE/UNIFESP, composto por 44 peças, 13 cores, um quebra-cabeça representando quatro quadrantes de desastres.
O processo de escolha foi realizado em duas etapas. Na primeira, a equipe do Cemaden Educação selecionou, previamente, três finalistas em cada categoria. Na segunda etapa, o Comitê de Análise composto por 15 profissionais que atuam na área de Redução de Riscos de Desastres (externos ao Cemaden) avaliaram as práticas segundo critérios pré-estabelecidos e divulgados no Guia da Campanha 2023. Vale destacar que a composição deste comitê levou em consideração a diversidade regional, segmentos da sociedade e geracional.
Conheça as instituições premiadas:
- Categoria Escola: Alunos do Ensino Médio do Colégio Unifebe como agentes de mudança: elaboração de protótipos para enfrentar os desafios dos desastres ambientais. Colégio Universitário Unifebe. Brusque/SC.
- Categoria Defesa Civil: Monitora Cuiabá. NUDEC Vale do Cuiabá. Petrópolis/RJ.
- Categoria Instituto de Ensino Superior: Projetos: ‘Que chuva é essa?’ ‘Meninas e Mulheres na RRD’ e ‘Que casa é essa?’ Universidade Veiga de Almeida – UVA. Rio de Janeiro/RJ.
- Categorias unificadas Coletivos/Movimentos Sociais + Outros
- Campanha “Pelo Direito de Respirar Ar Puro” Iniciativa Inter-Religiosa Pelas Florestas Tropicais. Brasília/DF.
- Formação para Professores: Educação para redução de riscos e desastres no Litoral Norte/SP. Diretoria de Ensino – Região Caraguatatuba. São Sebastião/SP
ENVIO DOS PRÊMIOS
Como estipulado no Guia da Campanha 2023, o envio dos prêmios será realizado a partir de Janeiro de 2024.
Destaca-se que os equipamentos meteorológicos doados pela Ativa Soluções e PETE serão encaminhados diretamente pelas empresas, que também oferecerão gratuitamente todas as orientações para instalação, configuração e monitoramento.
Conheça todas as práticas inscritas na campanha 2023
Todas as atividades e ações inscritas na Campanha #AprenderParaPrevenir de 2023 estão no site do Cemaden Educação.
A gravação da cerimônia de premiação está disponível no Youtube do Cemaden Educação.
Fonte: Ascom/Cemaden com equipe da campanha do Cemaden Educação
Cemaden recebe visita técnica de estudantes de Educação Ambiental da UNIVAP
Uma comitiva de 25 alunos da disciplina de Educação Ambiental, da Universidade Vale do Paraíba (Univap) realizou visita técnica, no último dia 28 de novembro, ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os alunos dos cursos de História, Pedagogia e Química, acompanhados pela professora Sandra Costa, assistiram inicialmente uma apresentação sobre a atuação do Cemaden em atividades de monitoramento e alertas, bem como as atividades de pesquisa e desenvolvimento.
A palestra foi proferida pela pesquisadora do Cemaden, Silvia Saito. Os alunos participaram ativamente com perguntas trazendo o debate sobre a responsabilização sobre os desastres. Segundo a professora da universidade, Sandra Costa, “no contexto da disciplina de Educação Ambiental falamos sobre o quanto a sociedade tem sido omissa em relação à ocupação da terra e de que forma esses desastres expressam a falta de sensibilidade da nossa parte, principalmente em relação a respeitar os limites do meio ambiente”.
Em seguida, os alunos conheceram o funcionamento da Sala de Situação, que foi apresentado pela tecnologista Graziela Scofield, que também explicou sobre o sistema de monitoramento geo-hidrológico, a emissão de alertas para os municípios monitorados pelo Cemaden.
Na avaliação da professora da Univap, “a visita foi excelente pois além da oportunidade de conhecer um local de pesquisa e produção do conhecimento no País, também de se verem em outras possibilidades de trabalho, além da sala de aula.”
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden fará a premiação dos participantes da 7ª Campanha #AprenderParaPrevenir
A premiação da 7ª Edição da Campanha #AprenderParaPrevenir será no próximo dia 7 de dezembro, às 15 horas, no Auditório do Cemaden e transmitido pelo YouTube do Cemaden Educação. Participaram escolas, Defesas Civis, Instituições de Ensino Superior, coletivos e instituições com ações e mobilização dentro da temática “Clima de desastres: tempo de agir!”
Coordenada pela equipe do Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - a Campanha #AprenderParaPrevenir vem sendo realizada desde 2016, em referência ao Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro). A iniciativa busca mobilizar comunidades na construção de conhecimentos e intervenções de Educação em Redução de Riscos de Desastres.
No dia da premiação, serão divulgados os resultados gerais da 7ª edição da campanha e o lançamento da nova identidade visual do Programa Cemaden Educação. Também ocorrerá o sorteio e a premiação de kits compostos com publicações e jogos educativos, troféu em 3D desenvolvido pela startup LIMBSE e de equipamentos meteorológicos doados pelas empresas Ativa Soluções e PETE.
Parcerias fortalecem a Campanha AprenderParaPrevenir 2023
A campanha deste ano conta com a parceria dos Ministérios da Educação; Meio Ambiente e Mudança do Clima/Diretoria de Educação Ambiental; Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico; Integração e Desenvolvimento Regional/Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil; e Cidades/Caravana das Periferias. Das instituições: Cruz Vermelha Brasileira; do Movimento Escolas pelo Clima e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas/ Divulgação do Conhecimento, Comunicação de Risco e Educação para a Sustentabilidade.
Com a ampliação das parcerias, a Campanha #AprenderParaPrevenir do Cemaden pôde aprofundar a interlocução com a sociedade, ampliando as ações de educação, ciência, cidadania, sustentabilidade e resiliência para a redução dos riscos de desastres. O Programa Cemaden Educação utiliza estratégias educacionais participativas na construção de conhecimentos e intervenções transformadoras.
A transmissão da premiação da Campanha #AprenderParaPrevenir será pelo Canal YouTube do Cemaden Educação, pelo link:
https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Links do Programa Cemaden Educação
Site: https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/a-campanha/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
Jose Marengo é classificado como cientista mais citado na última década
O climatologista Jose Marengo, coordenador-geral de Pesquisa e Modelagem, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - foi novamente classificado, neste ano, como um dos pesquisadores mais influentes do mundo na área de Geociências, na última década.
A divulgação foi feita pela consultoria internacional Clarivate Analytics, classificando Marengo como um dos pesquisadores altamente citados, demonstrando influência significativa e ampla no campo de pesquisa em Geociências. Essa classificação deu-se em 2019, 2021, 2022 e agora em 2023. Neste ano, foram consideradas 10.156 citações, em 90 publicações e 6.289 citações de artigos na área de Geociências.
Carreira do cientista José Marengo
Pesquisador 1-A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Jose Antonio Marengo Orsini possui graduação em Física e Meteorologia pela Universidad Nacional Agraria (1981), mestrado em Ingenieria de Recursos de Agua y Tierra – Universidad Nacional Agraria (1987) em Lima, Peru e doutorado em Meteorologia – University of Wisconsin – Madison (1991) em EUA. Fez pós-doutorado na NASA-GISS e Columbia University em Nova York e na Florida State University (EUA) em modelagem climática. Foi coordenador científico da previsão climática do CPTEC-INPE.
Atualmente, Marengo é pesquisador titular e coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento no Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações (MCTI) – onde trabalha com estudos sobre eventos extremos, desastres naturais e redução de risco aos desastres. É professor na pós-graduação do INPE. É membro de vários painéis internacionais das Nações Unidas (IPCC, WMO) e de grupos de trabalho, no Brasil e no exterior, sobre mudanças de clima e mudanças globais. Atua como consultor na área de estudos ambientais de mudanças globais, impactos, vulnerabilidade e adaptação as mudanças climáticas e emite pareceres em diversas revistas científicas e agências financiadoras nacionais e internacionais. Autor de mais de 250 artigos, capítulos de livros, livros, relatórios técnicos e trabalhos de congressos. Participa atualmente de vários projetos de pesquisa, com instituições brasileiras, inglesas, francesas e americanas. Têm intensificado atividades de docência e orientação de pesquisa, além de ser membro ativo em vários conselhos participativos de clima e hidrologia, mudanças climáticas e globais.
É membro do Comitê Científico do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, dos Relatórios do IPCC. Em academias científicas, é Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e também da Academia Mundial de Ciências (The World Academy of Sciences – TWAS). Foi membro do Comitê Assessor de Ciências Ambientais do CNPq. É editor associado do International Journal of Climatology e dos Anais da Academia Brasileira de Ciências, e professor nos programas de Meteorologia e Ciencia do Sistema Terrestre do INPE e de Desastres Naturais da UNESP.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden realiza manutenção de estações geotécnicas na Região Metropolitana de Recife
No mês de novembro, pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - visitaram as estações geotécnicas instaladas nas áreas de morro, suscetíveis a deslizamentos, na Região Metropolitana do Recife (PE), com o objetivo de realizar a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos.
Os trabalhos foram realizados pelos pesquisadores e geólogos do Cemaden, Márcio Andrade e Daniel Metodiev, em parceria com a Agência Pernambucana de Água e Clima (Apac) e com a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Defesas Civis Municipais. Durante duas semanas, foram realizadas a manutenção de 15 estações geotécnicas com pluviômetros, na Região Metropolitana de Recife.
Os equipamentos são responsáveis pelo monitoramento de chuvas e umidade volumétrica do solo em até três metros de profundidade. Esses dados são atualizados a cada 10 minutos e disponibilizados no site do Cemaden.
Projeto RedeGeo do Cemaden
A Rede de Monitoramento Geotécnico (RedeGeo) é um projeto da Rede de Monitoramento Ambiental de Desastres Naturais (Remaden) do Cemaden (MCTI), financiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos do MCTI) e executado pela Funcate (Fundação de Ciência, Aplicações e Tecnologias Espaciais) e Cemaden/MCTI.
A PCD Geo é um equipamento, exclusivamente, instalado em áreas localizadas em encostas antropizadas (áreas alteradas), suscetíveis de deslizamentos, com vasto histórico de ocorrências, bem como em encostas naturais com fortes indícios de processos ativos de movimentos de massa.
Desde o ano de 2019, já foram instaladas 101 PCDs Geo em áreas de risco com vasto histórico de ocorrências de movimento de massa no Brasil nas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste, nos municípios de Blumenau (SC); Olinda, Recife, Jaboatão do Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Camaragibe (Pernambuco); na Baixada Santista no Estado de São Paulo (Santos, São Vicente, Guarujá, Cubatão, Praia Grande); no Grande ABC paulista (Diadema, São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Mauá); na região serrana de Campos do Jordão (SP), Angra dos Reis (RJ) e Petrópolis (RJ).
Fonte: Ascom/Cemaden
Na sede da Academia Brasileira de Ciências, Cemaden discute a crise climática, desastres e o El Niño 2023-2024
Promovida pela Academia Brasileira de Ciências (ABC), pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) a mesa-redonda “Crise climática e desastres como consequência do El Niño 2023-2024: impactos observados e esperados no Brasil” foi realizada na sede da ABC, no Rio de Janeiro, no último dia 16 de novembro.
O evento teve a parceria do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas Fase 2 (INCT MC2).
A diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, participou da mesa de abertura do evento, afirmando que nenhum El Niño é igual ao anterior e que a instituição está atuando de maneira preventiva junto aos órgãos do governo. “Estamos monitorando semanalmente, os impactos do El Niño, principalmente, as chuvas no Sul e as secas na região Norte e Nordeste.”, afirma Alvalá. “Os impactos atingem, também, diferentes setores, como a agricultura, os recursos hídricos e a geração de energia. Estamos monitorando as regiões impactadas e repassando as informações científicas, em constantes reuniões com vários órgãos governamentais.”
Estiveram, também, na mesa de abertura do evento Ana Tereza Vasconcelos (SBPC), Roberto Lent (ABC), e a secretária Márcia Barbosa (MCTI)
O coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, climatologista José Marengo, foi um dos debatedores da mesa-redonda e enfatizou sobre a necessidade do país ter estratégicas claras para responder à emergência climática. Lembrou que o Cemaden foi criado após o desastre de 2011 na região serrana do Rio de Janeiro, ocasião em mais de mil pessoas morreram em deslizamentos e enchentes. “Desde então, o Cemaden vem tentando unificar e otimizar os alertas sobre eventos climáticos extremos, mas apenas isso não basta”, afirma Marengo e complementa: “Desde 2011, cresceu em 17% o número de pessoas vivendo em áreas de risco. É preciso criar condições para que essas pessoas vivam em outros lugares”, alertou José Marengo.
Participaram da mesa-redonda como palestrantes: Regina Rodrigues (UFSC), Suzana Montenegro (Apac), Carlos Nobre (USP), Chou Sin Chan (Inpe) e José Marengo (Cemaden).
Para assistir na íntegra os debates, está disponibilizado no YouTube da Academia Brasileira de Ciências (ABC), com acesso pelo link:
https://www.youtube.com/watch?v=nAdMeiZGNNQ
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da Ascom/ABC- (Fotos: Bruna Sampaio e Pedro Dantas/ABC)
No II Webinário informativo, Cemaden mostra os serviços e produtos relacionados ao monitoramento de secas e fogo
Com o objetivo de mostrar os produtos e serviços relacionados à monitoramento e emissão de alertas de desastres, previsão/cenários de riscos de desastres e atividades científicas desenvolvidas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – foi realizado, na semana passada (13), o II Webinário Produtos do Cemaden/MCTI para o Monitoramento Geo-Hidrometeorológico no Brasil.
Transmitido pelo YouTube Reunião de Impactos- Cemaden/MCTI, este segundo webinário focou o Monitoramento de Secas e Previsão de Probabilidades de Risco de Fogo, contando com a participação pelo chat do público e especialistas na área de gestão de risco de desastres. A série de webinário, lançada no dia 1º de novembro, também foca os conceitos associados a vulnerabilidade e impactos em vários setores.
Na abertura, a diretora substituta do Cemaden, Regina Alvalá, destacou a iniciativa da realização dos webinários informativos: “As apresentações contarão com a contribuição de especialistas do Cemaden, que geram produtos e informações relevantes para os avanços dos conhecimentos científicos da Ciência de Desastres, assim como para subsidiar as tomadas de decisão.”
O coordenador-geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Cemaden, climatologista José Marengo, enfatizou a importância dos trabalhos de monitoramento e previsão de impactos. “Na situação atual do El Niño, temos as secas combinadas com ondas de calor. Nosso papel é o monitoramento dos impactos das secas e serão apresentados neste webinário os seus diferentes aspectos”, afirma Marengo, ressaltando que os trabalhos desenvolvidos pelo Cemaden são em parcerias com instituições nacionais e internacionais. “É importante destacar que o Índice Integrado de Seca (IIS) - desenvolvido pelo Cemaden- é usado pela Organização Mundial de Meteorologia no Relatório mundial ‘Estado do Clima’, aplicado em toda a América Latina e Caribe, desde 2019.” O Índice Integrado de Seca é um valor que combina as informações de dados de precipitação, de umidade do solo e do índice da vegetação.
O II Webinário Produtos do Cemaden/MCTI contou com a moderação realizada pelo pesquisador do Cemaden, Alan Pimentel.
Apresentações de secas e risco de fogo
Sistema de Monitoramento de Secas do Cemaden e Avaliação de Impactos - A pesquisadora de seca e extremos agrometeorológicos, Ana Paula Cunha, coordenadora substituta da Coordenação de Relações Institucionais, fez um breve histórico do monitoramento de secas, realizado desde 2012, apresentando os tipos de secas ( meteorológica, agrícola, hidrológica e seca socioeconômica). Abordou sobre os dois tipos de monitoramento da seca vegetativa agrícola e da hidrológica, a avaliação dos impactos da seca nas áreas agroprodutivas e dos imóveis rurais potencialmente afetados pela seca, além das pesquisas de seca, de forma operacional, para aprimorar o monitoramento. “O monitoramento de seca tem a importante aplicação para ações de mitigação. O Cemaden é uma das instituições que contribui com o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) para o diagnóstico de perda de safra na produção agrícola”, informa a pesquisadora. Explica sobre o risco de seca na agricultura familiar, composto por ameaças (intensidade da seca ou chuvas extremas), exposição das áreas produtivas e vulnerabilidades da agricultura familiar. “Não enviamos alertas, mas publicamos informações no site e participamos de diversas reuniões de tomadas de decisões, como exemplo, nas Salas de Crise da Agência Nacional de Água (ANA) e da Casa Civil da Presidência.”, afirma a pesquisadora Ana Paula Cunha, complementando que os relatórios de seca, disponíveis no site do Cemaden, estão no Boletim de Impactos, nos relatórios Monitoramento de Seca para o Brasil e no RISAF- Risco da Seca na Agricultura Familiar.
Indicadores de Secas desenvolvidos no Cemaden – Definições e Aplicações - O pesquisador de extremos agrometeorológicos e secas, Marcelo Zeri, explanou sobre os indicadores de secas desenvolvidos pelo Cemaden, no “O Índice Integrado de Seca (IIS) faz um diagnóstico objetivo das condições médias de seca, composto por dados de precipitação, umidade de solo e índice de vegetação, além de dados de satélites. Com esses dados pode-se obter a a quantificação da intensidade da seca e é atualizado mensalmente.”, explica o pesquisador. Informa que o Índice de Chuvas (SPI) é bastante utilizado para diagnosticar seca (seca agrícola de três meses) – avaliando as chuvas nesse período (acima ou abaixo da média) - na escala de um mês, de três ou de seis meses. Já na análise da umidade de solo, é indicada a progressão de seca e onde ela vem afetando (com dados do satélite da NASA), mostrando a profundidade de um metro de solo e extensão de 25 km. Esses dados são disponibilizados a cada sete dias. Os valores abaixo de 40% indicam o começo do estresse hídrico e o Índice de Saúde da Vegetação (VHI). “Esse índice (VHI) mede as condições de umidade e temperatura da vegetação. Os valores abaixo de 40% indicam o começo do estresse hídrico.”, esclarece o pesquisador do Cemaden, Marcelo Zeri, informando que há uma escala de processamento do IIS, fazendo o cálculo por município, numa escala de um a cinco. Todas essas informações estão nos Boletins e Relatórios disponíveis no site do Cemaden, apresentações em reuniões institucionais e em fase de se colocar em plataforma digital. Atualmente, os dados de secas são fornecidas pelas 595 Plataformas de Coletas de Dados, rede instalada pelo Cemaden, em 2016. Informou, também, de outras iniciativas para o monitoramento da secas, como a instalação de duas torres de fluxos do semiárido (parcerias com Embrapa Semiárido, UFRN e UFC/Funceme). “Essas torres de fluxos permitem obter medidas em tempo real de evapotranspiração, temperatura do ar, umidade do solo e precipitação, além da avaliação de tendências e das secas-relâmpago”, afirma o pesquisador.
Monitoramento e Previsão de Seca Hidrológica – A pesquisadora do Cemaden, da área de extremos hidrológicos do Cemaden, hidróloga Adriana Cuartas, afirma que “Para ocorrer uma seca hidrológica são necessários vários fatores, como qual o tempo e a quantidade do déficit de chuva (com anomalias envolvendo altas temperaturas e evapotranspiração), que vai gerar seca hidrológica. E o tempo e quantidade de chuva necessários para sair de uma condição de seca hidrológica. Esse é o grande desafio da comunidade científica”, afirma a hidróloga. “Vai depender não só desses fatores climáticos, mas também depender do tipo de solo, da vegetação, dos tamanhos das Bacias que estamos avaliando, processos que estão em andamento.” Mostrou que, para o monitoramento da seca hidrológica, são utilizados o Índice Padronizado de Precipitação (SPI) em escala hidrológica e o Índice Padronizado de Precipitação-Vazão (TSI – Two-variate Standardized Index). “Esse é o produto mais recente: O Índice Padronizado de Precipitação-Vazão (bivariável), com a combinação das duas variáveis, com relação ao monitoramento de secas.” Apresentou todas as Bacias Hidrográficas monitoradas. “Nossa preocupação prioritária nesse monitoramento de Bacias é a geração de energia elétrica, abastecimento de água e navegação”, informando que na questão sobre abastecimento de água, a primeira Bacia monitorada pelo Cemaden foi a Cantareira, em 2014, pela crise hídrica. E em razão da seca do centro-oeste, a Bacia do Paraguai no aspecto da navegação. Apresenta as fontes de informações para o monitoramento de seca hidrológica e como se processa o sistema de previsão e projeção de cenários com algumas Bacias, como a do Paraná, com foco na Usina Hidrelétrica (UHE) de Itaipu, da UHE Barra Grande do Rio Uruguai e sub-bacia Rio Pelotas (RS e SC). Informa que está sendo ampliado o monitoramento de Bacias Hidrográficas.
Concepção do produto de probabilidade de fogo – A pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson, especialista em risco e impactos de incêndios na vegetação, inicia com explicação do referencial teórico sobre a palavra “probabilidade de fogo” e não de “risco de fogo” afirmando: “Desastres são perigos que se concretizam e impactam a sociedade e meio ambiente. A vulnerabilidade é uma combinação de exposição a um perigo e a suscetibilidade ao seu impacto, ambos, fortemente, moldados por fatores humanos, sociais e ambientais”. Enfatizou que na gestão de riscos de desastres há diferentes elementos de risco, destacando a importância da geração de dados científicos (conhecimento dos riscos, ameaças e vulnerabilidades). Com a informação elaborada, é repassada à sociedade e para subsidiar decisões e os caminhos de adaptação. Sobre a probabilidade de fogo, a pesquisadora Liana Anderson afirma: “O caminho a ser perseguido, em relação ao desenvolvimento sustentável, deve ser focado nos esforços voltados à prevenção. E para essa prevenção, há a necessidade de gerar um produto voltado a auxiliar a ideia de como nós podemos ter ações de prevenção em ampla escala e em escala subsazonal.” Aborda, também, sobre os trabalhos, programas e a plataforma Map Fire, bem como as instituições parceiras na geração de dados observacionais. A previsão da probabilidade de fogo é também divulgada no Boletim mensal de Impactos, no site do Cemaden. “Os dados são capturados pelos focos de calor acumulados (obtidos por satélite). Calculamos a tendência dos focos de calor, as probabilidades de temperatura e de chuva. Analisa-se junto às variáveis como o início e duração da seca”, resume a pesquisadora. Afirma que os resultados dos níveis de alerta para o municípios brasileiros são divulgados no Boletim de Impactos, e o trabalho conjunto de divulgação de informações junto às Salas de Situação de alguns estados do país.
As apresentações e informações na íntegra do II Webinário de Produtos do Cemaden/MCTI para o Monitoramento Secas e Probabilidade de Fogo no Brasil, estão disponíveis no canal YouTube do Reunião de Impactos-Cemaden/MCTI, acessados pelo link :
https://www.youtube.com/watch?v=g4xqnbEvx2g
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden abre inscrições para duas vagas de Bolsa de Treinamento da Fapesp para graduandos em ensino superior
Estão abertas as inscrições para duas vagas de Bolsas da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) de treinamento Jornalismo Científico, disponíveis para o projeto Projeto “Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (COPE), conduzido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais Cemaden- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com sede em São José dos Campos-SP.
As Bolsas são destinadas a estudantes de graduação, em qualquer área do conhecimento, com atividades previstas para desenvolvimento de podcast, vídeos Reels para redes sociais, videorreportagem ou reportagem escrita sobre projetos científicos. Os estudantes de graduação devem estar regularmente matriculados em instituições de ensino superior do Estado de São Paulo.
Cada proposta de trabalho deverá prever a entrega de três produtos de difusão científica a serem desenvolvidos por uma dupla de bolsistas, no período de seis meses de duração da bolsa. O período da bolsa poderá ser ampliado para um ano.
Veiculação da produção de materiais multimídia
Os bolsistas selecionados participarão de jornada formativa on-line sobre técnicas de produção de materiais multimídia oferecida pelo Canal Futura. Os produtos desenvolvidos integrarão o acervo da co.educa, midiateca de ciência e tecnologia para professores e alunos do Ensino Básico. Essa midioteca será lançada em breve pela FAPESP e pela Fundação Roberto Marinho. Também serão veiculados nas multitelas do Canal Futura e nas plataformas de comunicação da FAPESP (saiba mais em: https://fapesp.br/comunicarciencia/edital).
Inscrições e processo seletivo
Para se candidatar, os (as) interessados (as) devem preencher o formulário de interesse até dia 11 de dezembro. O valor mensal da bolsa será R$ 853,80. Não é permitido o acúmulo de bolsas. Aceita-se um período de dedicação semanal em home office.
O processo seletivo incluirá análise de Currículo Lattes, entrevista e análise de um vídeo curto no tema de desastres (no máximo 1 minuto).
O vídeo deverá ser publicado em uma plataforma de compartilhamento, e na submissão deverá ser disponibilizado apenas o link do arquivo.
Candidatos(as) selecionados(as) para a fase de entrevistas serão comunicados por e-mail até o dia 15 de dezembro.
Projeto COPE
O objetivo do Projeto COPE - que tem o apoio da Fapesp (Processo 22/02891-9) - é analisar as capacidades organizacionais de preparação de governos locais e comunidades, frente a eventos extremos de tempo e clima. A partir disso, coproduzir estratégias de fortalecimento da implementação de políticas públicas no tema.
A mobilização dos participantes da pesquisa e a disseminação dos resultados ao longo do processo de pesquisa fará uso de webinários, bem como de redes sociais mediante estratégias de jornalismo de dados e produção de vídeos voltados à identificação e disseminação de boas práticas. A finalidade é aumentar as capacidades organizacionais frente a eventos extremos.
A ideia do Projeto COPE é integrar atividades de ensino, pesquisa, extensão e implementação de políticas públicas, conectando gestores (as) públicos e comunidades expostas a riscos de desastres, considerando as dimensões etárias, de gênero e pessoas com deficiência. A proposta se associa aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 11 e 13.
Em caso de dúvidas, contatar o pesquisador Victor Marchezini (victor.marchezini@cemaden.gov.br)
Fonte: Ascom/Cemaden
Projeto Dados à Prova d’Água com participação do Cemaden Educação recebe prêmio no Reino Unido
O Conselho de Pesquisa Econômica e Social do Reino Unido (sigla em inglês, ESRC) anunciou, ontem (15), o Projeto ‘Waterproofing Data’ – Dados à Prova d’Água - como o vencedor da categoria ‘Grande Impacto Social’. O projeto desenvolveu uma abordagem inovadora que combina educação e ciência, a partir de dados e análises gerados pela comunidade. O objetivo foi o de aumentar a resiliência e melhorar a capacidade dos residentes de áreas propensas a inundações no Brasil, além das ações e medidas de proteção.
A equipe internacional de pesquisadores com múltiplas formações disciplinares do Brasil, Alemanha e Reino Unido - liderados pelo pesquisador João Porto de Albuquerque, da Universidade de Glasgow – trabalhou em parceria com o Programa Cemaden Educação, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - e com a Fundação Getúlio Vargas, para a construção do conhecimento para a prevenção de riscos de desastres.
“Ao invés de apenas recolher dados, a metodologia de Ciência Cidadã, proposta pelo Programa Cemaden Educação, envolveu comunidades escolares e defesas civis das cinco regiões do Brasil como coprodutoras de conhecimento.”, destaca a coordenadora do Cemaden Educação, pesquisadora Rachel Trajber. Ela explica que, na prática, isso se deu com a criação de redes observacionais de pluviômetros de garrafas PET em escolas e residências, com dados pelo aplicativo ‘Dados à Prova d’Água’, juntamente com as memórias das pessoas sobre desastres, e complementa: “Além disso, foram trabalhadas as formas como lidariam com a situação, proporcionando uma oportunidade de enfrentar o problema de inundações, alagamentos e deslizamentos de encostas de diferentes formas.”
Trajber afirma, também, que as lições aprendidas com o método aplicado - no qual pesquisadores e cidadãos colaboram em todas as fases da produção dos conhecimentos - mostraram que esta abordagem poderia ser aplicada para capacitar a ação climática, liderada pelas comunidades e escolas. “Essa ação é voltada, especialmente, em áreas com vulnerabilidades face aos riscos crescentes de eventos climáticos extremos.”, enfatiza a pesquisadora.
Projeto À Prova d’Água
O Projeto À Prova d’Água nasceu da colaboração e parcerias entre instituições de três países: Brasil, Alemanha e Reino Unido. No Brasil, a participação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden)- unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações- e da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na Alemanha, a Universidade de Heidelberg e no Reino Unido, as Universidades de Glasgow e de Warwick.
No projeto, participaram 21 polinizadores/multiplicadores - professores e integrantes de defesas civis parceiros do Cemaden Educação - das cinco regiões do país, nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Acre, Pernambuco e Mato Grosso, envolvendo mais de 200 pessoas das comunidades vulneráveis.
O Aplicativo móvel permite a disponibilização de dados de pluviômetro, de áreas propensas à inundação, previsão de tempo, intensidade de chuva, áreas de alagamento e nível de água do rio.
Fonte: Ascom/Cemaden
Estudo do CEMADEN e do INPE identifica pela primeira vez a ocorrência de uma região árida no país
Estudo do CEMADEN e do INPE identifica pela primeira vez a ocorrência de uma região árida no país
Aridez é uma característica do clima que resulta do déficit hídrico gerado pela insuficiência da precipitação média e sua relação com a evapotranspiração potencial numa dada região. A aridez de uma região é caracterizada através do índice de aridez, que é a razão entre a precipitação e a demanda de evaporação da atmosfera. Assim, se o índice for menor do que 1, significa que a demanda atmosférica é maior do que a precipitação, o que ocorre nos climas mais secos como na Caatinga. Quando o índice é maior do que 1, a precipitação é suficiente para suprir toda a demanda de evaporação da atmosfera, o que pode ser constatado no bioma Amazônia.
Por meio do índice de aridez é possível identificar, localizar ou delimitar regiões com variável déficit de água disponível, condição que pode afetar severamente o uso efetivo da terra para atividades como agricultura ou pecuária, que favorece a ocorrência de queimadas, e que no longo prazo podem levar à desertificação quando associado a uso não sustentável do solo.
Utilizando uma base de dados climatológicos recentemente publicada, pesquisadores do INPE e do Cemaden analisaram a variação da precipitação e a evapotranspiração no período entre 1960 e 2020. Neste tipo de estudos é importante considerar dados médios em períodos de 30 anos, pois as variações de chuva entre um ano e outro podem mascarar tendências de longo prazo. Assim, foram considerados os períodos 1960-1990, 1970-2000, 1980-2010 e 1990-2020 nas análises.
O estudo constatou que há uma tendência de aumento da aridez em todo o país, com exceção da região sul e do litoral dos estados de Rio de Janeiro e São Paulo. Estas variações se devem principalmente ao aumento da evapotranspiração associada com aumento da temperatura, que tem sido observada em grande parte do país. Já no caso da Região sul, a diminuição está associada com o aumento da chuva.
O estudo verificou que as áreas do semiárido do país, têm crescido a uma taxa média superior a 75 mil km2 a cada década considerada. As áreas classificadas como semiáridas se concentram na região Nordeste (exceto Maranhão) e no norte de Minas Gerais. Com relação às áreas subúmidas secas, além da Região Nordeste e Norte de Minas Gerais, foram identificadas ocorrências no Norte do Rio de Janeiro e no Mato Grosso do Sul. Finalmente, no último período considerado, 1990-2020, observou-se o aparecimento de uma área definida como árida no norte do Estado da Bahia, que nunca fora observada no país nas décadas anteriores.
O diagnóstico produzido pelo INPE e CEMADEN subsidiará a elaboração do Plano Nacional de Combate à Desertificação.
Workshop no Cemaden reúne pesquisadores para estudos dos impactos climáticos no Acre
Uma equipe de 18 pesquisadores brasileiros e britânicos estiveram reunidos, no período de 6 a 10 de novembro, em São José dos Campos (SP), na antiga Sala de Situação na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - para o Workshop sobre “Atribuição de eventos extremos e seus impactos”. O objetivo foi realizar estudos e análises dos impactos e eventos climáticos ocorridos no estado do Acre, entre o período de 2020 e 2021. Os resultados visam gerar evidências para planejamento estratégico e caminhos de adaptação frente à emergência climática que vivemos. de forma a dar subsídios nas políticas públicas de prevenção e diminuição dos impactos
O evento faz parte do acordo entre os governos do Brasil e Reino Unido, com apoio do Newton Fund, no desenvolvimento de pesquisas avançadas pela Parceria Ciência para Serviços Climáticos no Brasil (CSSP-Brasil) entre instituições brasileiras e britânicas.
O workshop foi organizado pelo Cemaden/MCTI, pela Universidade de São Paulo (USP), pela Universidade de Oxford (Reino Unido) e pela agência climática britânica Met Office.
A pesquisadora do Cemaden, Liana Anderson - especialista em risco e impactos de incêndios na vegetação e coordenadora do workshop - destacou a importância do trabalho de identificação das causas e impactos climáticos no Acre. “Os resultados obtidos nos trabalhos desenvolvidos na semana permitirão entender a magnitude que as mudanças climáticas causaram nos eventos de secas e onda de calor no sudoeste da Amazônia durante o ano de 2020 e as inundações de 2021, assim como seus impactos. Este entendimento é crucial para pensarmos em caminhos para mitigação de tais impactos, assim como estratégias de adaptação que precisamos desenvolver para minimizar os danos em nossa sociedade e meio-ambiente.”
A técnica-chefe da Sala de Situação da Secretaria do Meio Ambiente do Acre, Ylza Lima, participante do evento junto à equipe de seu estado, destacou a importância da participação do projeto e da contribuição das informações detalhadas dos eventos do Acre: “Agregar as informações científicas e fazer parte das análises da pesquisa de impactos no Acre, nos permitiu ter o acesso direto, em tempo real, dos dados meteorológicos e hidrológicos nacionais pela Plataforma SALVAR do Cemaden.”, afirma a pesquisadora do Acre, enfatizando a importância do intercâmbio local e nacional. “Participar dessa pesquisa nos permitiu obter outra percepção, com ótica diferente, numa perspectiva nacional da temática. Além disso, os resultados permitirão implementar políticas públicas”.
O hidrólogo da Sala de Situação do Cemaden, Alex Ovando, especialista em extremos hidrológicos, explicou a metodologia empregada para as análises e estudos dos eventos do Acre. “ Foram organizadas duas equipes: uma para a distribuição dos eventos ocorridos no período de 2020 a 2021. Serão analisados se esses eventos foram provocados pelas mudanças climáticas”, explica o hidrólogo. “ A outra equipe fará a identificação dos impactos ocorridos nesse período. Os resultados poderão apontar formulação de planos e estratégias de enfrentamento.”
Sobre o VIEWpoint Brasil
O VIEWpoint Brasil compartilha recursos para profissionais que tomam decisões relacionadas às mudanças climáticas por meio de demos, vídeos, notas explicativas, notas informativas e artigos em linguagem acessível. Os recursos são baseados no trabalho do projeto de pesquisa Parceria Ciência para Serviços Climáticos (CSSP, na sigla em inglês) Brasil, apoiado pelo Newton Fund do governo do Reino Unido. Produz conteúdo científico colaborativo fundamental para o desenvolvimento de serviços climáticos, que apoiam o desenvolvimento econômico resiliente ao clima e o bem-estar social.
O VIEWpoint Brasil é oferecido pelo Instituto para Análises Ambientais (IEA, em inglês), com sede na Universidade de Reading, Reino Unido.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden integra o Comitê Assessor do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental
Com o objetivo de debater sobre programas voltados para a infância e juventude, formação docente e elaboração de materiais didáticos sobre a política ambiental, entre outros, foi realizada, em Brasília, a 25ª Reunião do Comitê Assessor do Órgão Gestor de Política Nacional de Educação Ambiental (OG-PNEA), com o tema “A educação ambiental na reconstrução do Brasil”.
As pesquisadoras Rachel Trajber e Débora Olivato, do Programa Cemaden Educação, foram convidadas a compor o Comitê Assessor, representando o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- participando da posse como titular e suplente, respectivamente, no último dia 31 de outubro, em Brasília.
O Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (OG/PNEA) foi recriado e reinstituído pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima(MMA) e o da Educação (MEC), no dia anterior (30 de outubro).
Na ocasião da abertura da 25ª Reunião do Comitê Assessor do OG/PNEA , representando o ministro Camilo Santana, a Secretária Executiva do MEC, Professora Izolda Cela, afirmou que “a palavra tem força, mas o exemplo arrasta. Por isso, precisamos aproveitar o ambiente em que estão crianças e jovens, as novas gerações, para dar aos estudantes a oportunidade de enxergar perspectivas de um desenvolvimento mais sustentável, um desenvolvimento que não marginaliza pessoas e grupos”.
A Ministra Marina Silva (MMA) citou casos recentes de seca extrema e de enchentes e enfatizou a importância da educação ambiental no combate à mudança do clima, enfatizando: “A juventude tem papel a desempenhar neste momento de transformação”. Marina ponderou que “se quisermos alcançar um futuro que tenha inclusão produtiva, que não tenha desigualdades sociais, que não tenha racismo, machismo, que não tenha as formas perversas de discriminação de pessoas, temos que apostar muito nas diferentes formas de educar”.
Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente
Neste ano, as duas pastas - Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e a de Educação(MEC) - atuarão em conjunto com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para a realização da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Desde sua criação, em 2003, a conferência já envolveu mais de 20 milhões de pessoas. As etapas municipais e estaduais da conferência nacional devem começar no primeiro semestre de 2024.
Participantes da reunião e Comitê Assessor
Na Reunião do Comitê Assessor do órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (OG/PNEA) também participaram: a secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão do MEC, Zara Figueiredo; a coordenadora-geral de Educação Ambiental para a Diversidade e Sustentabilidade do MEC, Rita Silvana; e o diretor do Departamento de Educação Ambiental (DEA) e Cidadania do MMA, Marcos Sorrentino.
Os integrantes do Comitê Assessor empossados são representantes das seguintes instituições: Comissões Interinstitucionais Estaduais de Educação Ambiental, Confederação Nacional do Comércio, União Geral dos Trabalhadores, Ordem dos Advogados do Brasil, Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Conselho Nacional de Meio Ambiente, Conselho Nacional de Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, Associação Brasileira de Imprensa, Associação de Entidades Estaduais de Meio Ambiente e Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais.
Fonte: Ascom/Cemaden com informações da Ascom/MMA
Estudantes do ensino médio premiados pela Olímpiada Brasileira de Cartografia visitam o Cemaden
Uma comitiva integrada por 12 estudantes do ensino médio dos estados do Ceará, Mato Grosso e Pará - premiados pela Olimpíada Brasileira de Cartografia – e por 8 educadores (entre professores responsáveis pelas equipes, além dos coordenadores e comissão técnica da olimpíada), estiveram visitando, nesta quinta-feira (9), em São José dos Campos (SP), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) - unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Os estudantes premiados pela Olímpiada Brasileira de Cartografia compõem equipes de 4 alunos provenientes de três estados: da Escola EEEP Maria José Medeiros de Fortaleza (CE); da Escola SESC, de Cuiabá (MT) e do Instituto Federal do Pará – Campus Paraupebas – Paraupebas (PA). Entre as premiações, está a visitação dos finalistas em instituições científicas, relacionadas ao tema do ano.
Essa olimpíada é promovida pela Universidade Federal Fluminense (UFF), desde 2015, dentro do Projeto de Divulgação Científica Nacional (MCTI/CNPq/UFF), coordenado pela docente Angélica Di Maio, do Instituto de Geociências da UFF. Neste ano, o tema da Olimpíada Brasileira de Cartografia foi “Amazônia no Mapa”. “Dentro da temática na parte de monitoramento e mudanças climáticas, foi escolhido o Cemaden para a visita técnica-educativa”, afirma a coordenadora do projeto.
A coordenadora Angélica Di Maio informou que, neste ano, a Olimpíada Brasileira de Cartografia envolveu um mil professores, quatro mil alunos, com várias fases e etapas de atividades, realizadas desde o mês de maio, até chegar nos 12 finalistas. “A Cartografia exige o envolvimento de vários especialistas, congregando muitas ciências. O objetivo do projeto é o envolvimento dos alunos do ensino médio nas reflexões e percepção do mundo, formando um cidadão participativo na solução dos problemas sociais”, explica a coordenadora. Além da utilização de tecnologias nas escolas, como o GPS e o sistema de informações geográficas, as atividades envolvem os alunos, estimulando a criação de soluções, contribuindo com ações práticas na sociedade.
Programação no Cemaden
Os alunos e professores visitaram a Sala de Situação do Cemaden, onde as tecnologistas e especialistas em extremos meteorológicos e desastres, respectivamente, Caroline Mourão e Carla Prieto, apresentaram o sistema de monitoramento e emissão de alerta, abordando sobre os extremos climáticos e riscos de desastres.
Ainda na Sala de Situação, o pesquisador Demerval Gonçalves falou sobre a rede observacional do Cemaden e, posteriormente, a comitiva pode conhecer os equipamentos suas funções no monitoramento geo-hidrometeorológico, em exposição na área externa do Cemaden.
Após a visita na Sala de Situação, os alunos e professores se dirigiram à sala da Universidade Estadual Paulista (Unesp), ao lado do Cemaden, no Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos. Foram recepcionados pela professora Tatiana Sussel Mendes, do Curso de Engenharia Ambiental, do Instituto de Ciência e Tecnologia da Unesp.
As equipes de estudantes fizeram a apresentação de seus trabalhos de Cartografia sobre “Amazônia no Mapa”.
Em seguida, a pesquisadora e coordenadora do Programa Cemaden Educação, Rachel Trajber, fez a apresentação das atividades objetivos do programa para a prevenção e redução do risco de desastres, desenvolvidas junto às escolas, defesas civis, universidades e comunidades nas áreas de risco. A pesquisadora da equipe do Cemaden Educação, Débora Olivato, apresentou as experiências da Cartografia Social, utilizada pelo programa.
Na parte da manhã, a comitiva havia visitado o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e após o Cemaden, viajaram para o Rio Janeiro, onde encerrariam atividades na Universidade Federal Fluminense.
A programação da visita ao Cemaden foi elaborada pela analista em ciência & tecnologia, Selma Flores, da Coordenação de Relações Institucionais.
Fonte: Ascom/Cemaden
Executivos da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) se reúnem com gestores do Cemaden
Na última quarta-feira (8), executivos do Grupo CCR – Companhia de Concessões Rodoviárias estiveram na sede do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - com o objetivo de conhecer a infraestrutura, atividades e serviços do Cemaden, além do estreitamento institucional e a intenção de parcerias.
O diretor de Segurança Corporativa & Resiliência Empresarial do Grupo CCR, Comandante Miguel Dau, responsável pela Gestão de Crise de 17 aeroportos brasileiros, de diversas rodovias, barcas (Rio de Janeiro), Metrô (Bahia e São Paulo), trens urbanos (São Paulo) e o VLT (Rio de Janeiro), fez a apresentação do Grupo CCR. Também conheceu os setores institucionais do Cemaden em Monitoramento e Pesquisas, bem como da rede observacional e os sistemas de monitoramento e alertas de desastres na Sala de Situação, apresentados pelos gestores do Cemaden.
“É importante conhecer a equipe de especialistas, a estrutura e a nobre missão do Cemaden, neste momento em que o clima da Terra está em constante modificação”, afirma o Cmte. Miguel Dau e complementa: “Queremos estabelecer um acordo institucional voltado ao monitoramento, para prevenção e diminuição dos impactos aos usuários e clientes da área de transportes e mobilidade.”
Participaram da reunião, pelo Grupo CCT: além do Cmte. Miguel Dau- diretor de Segurança Corporativa & Resiliência Empresarial; o Cel. Sandro Brandt – Gerente de Segurança Corporativa & Resiliência Empresarial e o Ten. Cel. Hernando Barbosa da Silva – Especialista em Segurança Corporativa & Gestão de Crise Complementares.
Do Cemaden, participaram: o coordenador-geral de Operação e Modelagem, Marcelo Seluchi; o coordenador-geral substituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Rodolfo Mendes; a coordenadora substituta de Relações Institucionais, Ana Paula Cunha; os Chefes de Divisão: Eduardo Luz e Gustavo Souza; o pesquisador Leonardo Santos; e os analistas em ciência & tecnologia, Renato Lacerda e Selma Santos Chiavelli (organizadora da visita e reunião).
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden divulga Nota Técnica sobre os Impactos e riscos de desastres na Região Nordeste intensificados pelo El Niño
Diante do estabelecimento do fenômeno do El Niño e da atual configuração do Oceano Atlântico, a Casa Civil da Presidência da República tem solicitado ao Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN/MCTI) o fornecimento de informações detalhadas sobre a situação atual e as projeções dos impactos decorrentes deste fenômeno climático.
Os efeitos conhecidos do El Niño nos padrões regionais do clima no Brasil incluem desde secas nas Regiões Nordeste e Norte, à chuvas excessivas na Região Sul. Na presente Nota Técnica as análises focam particularmente a Região Nordeste, considerando-se (i) a situação climática atual; (ii) cenários para o trimestre Novembro-Dezembro-Janeiro de 2023-2024; (iii) monitoramento das condições de secas em escala municipal; (iv) informações sobre a propagação da seca; e (iv) impactos no setor da agricultura familiar, no risco de fogo e nos recursos hídricos da região; (v) situação atual dos níveis dos rios e previsão hidrológica.
Segue, abaixo, o link da Nota Técnica na íntegra: : IMPACTOS E RISCOS DE DESASTRES NA REGIÃO NORDESTE INTENSIFICADOS PELO EL NINO-2023
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden promove debate “Diálogos em Clima de Desastres: Tempo de Agir”
Nesta quinta-feira, dia 9 de novembro, às 14 horas, será realizado um bate-papo sobre “Diálogos em Clima de Desastres: Tempo de Agir", temática da 7ª edição da Campanha #AprenderParaPrevenir 2023, transmitido on-line pelo Canal YouTube do Cemaden Educação.
Participam do evento as pesquisadores Patrícia Matsuo e Caroline Esteves, mobilizadoras da campanha do Cemaden Educação, programa do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - e das mobilizadoras e multiplicadoras regionais Elane Carvalho, do Instituto Federal Fluminense e de Rejane Lucena, do Grupo de Engenharia Geotécnica de Encostas, Planícies e Desastres (GEGEP-UFPE).
O debate e a participação pelo chat dará a oportunidade de inspirações e estímulos para compartilhar os registros de projetos, vídeos e trabalhos desenvolvidos e relacionados à temática sobre emergência climática e prevenção de riscos de desastres (inundações, ondas de calor, deslizamentos, entre outros). Os trabalhos podem ser inscritos pelo site do Cemaden Educação até o próximo dia 15 de novembro.
Com a temática Clima de desastres: tempo de agir!, esta edição da campanha conta com as parcerias dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, do Meio Ambiente e Mudança do Clima/Diretoria de Educação Ambiental/ Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico; da Integração e Desenvolvimento Regional/Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, e Cidades/Caravana das Periferias; e, da Cruz Vermelha Brasileira; do Movimento Escolas pelo Clima e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas/ Divulgação do Conhecimento, Comunicação de Risco e Educação para a Sustentabilidade.
A Campanha #AprenderParaPrevenir acontece desde 2016, em referência ao Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres (13 de outubro). A iniciativa busca mobilizar comunidades na construção de conhecimentos e intervenções de Educação em Redução de Riscos de Desastres.
Criada para abordar a questão climática desafiadora e emergencial, com foco na prevenção dos riscos de desastres socioambientais, a campanha registra, desde sua implementação, um histórico de 550 ações de mobilização, realizadas por mais de 360 instituições, em 21 Unidades da Federação. A campanha já premiou 132 escolas, Defesas Civis, universidades e outros coletivos.
Links do Programa Cemaden Educação
Site: https://educacao.cemaden.gov.br/campanha/a-campanha/
Instagram: https://www.instagram.com/cemaden.educacao/
Facebook: https://www.facebook.com/cemaden.educacao
Youtube: https://www.youtube.com/c/CemadenEducacao
Fonte: Ascom/Cemaden
II Webinário Produtos do CEMADEN / MCTI para o Monitoramento Geo-Hidro-Meteorológico no Brasil
II WEBINÁRIO PRODUTOS DO CEMADEN / MCTI PARA O MONITORAMENTO GEO-HIDRO-METEOROLÓGICO NO BRASIL
O CEMADEN realizará no próximo dia 13/11/2023, das 14h às 15h30, o segundo webinário abordando os serviços e produtos providos pelo Centro, em especial aqueles associados ao monitoramento e alertas de desastres deflagrados por extremos de chuvas, relevantes para defesas civis, tomadores de decisão, profissionais de imprensa e mídias, comunidade acadêmica e científica, entre outros interessados na área de riscos e de desastres.
O objetivo dos webinários é disseminar os conceitos associados ao monitoramento ininterrupto (24horas/7dias), emissão de alertas e previsão/cenários de riscos de desastres providos pelo CEMADEN/MCTI, bem como associados a vulnerabilidades e impactos em vários setores.
II WEBINÁRIO – Produtos e Serviços Relativos a Riscos de Desastres: Seca e Fogo
1) Abertura – Regina Alvalá (gravado) e Marengo
2) Sistema de Monitoramento de Secas do Cemaden e Avaliação de Impactos – Ana Paula Cunha
3) Indicadores de Secas desenvolvidos no CEMADEN – Definições e Aplicações – Marcelo Zeri
4) Monitoramento e Previsão de Seca Hidrológica – Adriana Cuartas
5) Concepção do produto de probabilidade de fogo – Liana Anderson
O evento é aberto ao público e poderá ser acessada através do canal no YouTube: (clique aqui)
Data: 13 de novembro de 2023
Horário: 14h00 (horário de Brasília)
Adicione um lembrete do webinário na sua agenda:
Para mais informações, entrar em contato pelo e-mail reuniao.impactos@cemaden.gov.br, ou assessoriadeimprensa@cemaden.gov.br.
Pesquisa do Cemaden analisa estudos científicos que utilizaram metodologias forenses em desastres
Um estudo científico publicado no periódico internacional Journal of Disaster Risk Science, Editora Springer, intitulado “A Systematic Review of Forensic Approaches to Disasters: Gaps and Challenges” (Uma revisão sistemática das abordagens forenses em desastres: lacunas e desafios), identificou a necessidade de um esforço transdisciplinar para abordar outros componentes que criam os riscos de desastres, como: as desigualdades e racismo como causas básicas da vulnerabilidade, as pressões dinâmicas associadas à expansão urbana, aspectos de governança, como a falta de mecanismos para participação popular na gestão de risco de desastres.
A publicação tem a participação do sociólogo Victor Marchezini, pesquisador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). A pesquisa foi liderada pelo doutorando Adriano Mota Ferreira, como parte de sua tese no Programa de Pós-Graduação em Desastres, parceria entre Instituto de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Cemaden/MCTI.
Abordagens forenses para desastres
Os pesquisadores analisaram os contextos interdependentes e interligados para diferentes tipos de ameaças, citados nos estudos científicos. Enfatizaram a análise dos aspectos físicos e demográficos, sociais, econômicos e políticos.
O trabalho científico teve o objetivo de realizar uma análise qualitativa desses estudos forenses, concentrando-se em cinco questões principais: as metodologias aplicadas; as abordagens forenses utilizadas nas fases de gestão de risco de desastres; as ameaças (inundações, deslizamentos, entre outras) abordadas nos diferentes estudos; se as metodologias envolvem participação social e quais tipos de participação; e, por fim, se houve referências ao planejamento urbano nos artigos analisados.
As metodologias forenses em desastres ganharam notoriedade em 2010, quando o Programa Científico Internacional “Integrated Research on Disaster Risk” (IRDR), apoiado pelo International Science Council (ISC) e pelo Escritório das Nações Unidas para Redução de Risco de Desastres (United Nations Office for Disaster Risk Reduction-UNDRR), lançou o projeto Forensic Investigations of Disasters-FORIN (Investigação Forense de Desastres). O intuito do projeto, atualizado em 2016, é examinar as causas profundas da vulnerabilidade (desigualdade de renda, racismo, falta de acesso a poder político) e os fatores de risco de desastres (como ineficiência do planejamento territorial, expansão urbana, desmatamento, falta de saneamento básico etc.) para compreensão de como e o porquê é construído, socialmente, o risco de desastre.
A pesquisa liderada pelo doutorando Adriano Mota Ferreira, do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden), teve a participação de Victor Marchezini, sociólogo no Cemaden/MCTI, Tatiana Sussel Gonçalves Mendes, docente do Programa de Pós-Graduação em Desastres (ICT/Unesp-Cemaden), de Miguel Trejo-Rangel, pós-doutorando na Unidade Irlandesa de Análise e Pesquisa Climática da Universidade de Maynooth, e Allan Iwama, da Universidade Federal da Paraíba.
Mota Ferreira, que tem bolsa doutorado da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), explica que “os estudos analisados abordaram diferentes tipos de ameaças, riscos, aspectos físicos e demográficos, sociais, econômicos e políticos de extrema importância para o entendimento dos desastres, enquanto processos que se desenvolvem ao longo do tempo”.
Resultados e necessidades de futuras pesquisas
Dentre os 156 artigos listados a partir dos critérios de busca, 19 artigos revisados apresentaram metodologias forenses, sendo 11 classificados como metodologias forenses específicas em desastres, como a FORIN, que concentrou a maior parte dos estudos. Os artigos consideram as diferentes fases do ciclo da gestão de riscos de desastres e pelo menos a metade deles está vinculada com multiameaças, ou seja, quando eventos perigosos podem ocorrer simultaneamente. Entretanto, foram identificadas algumas lacunas de metodologias participativas nas investigações forenses de desastres. Sobre este último ponto, o pesquisador Miguel Trejo-Rangel, destaca a importância da participação social nas pesquisas em desastres. “O papel da sociedade é fundamental na redução dos riscos de desastres e deve ser considerada tanto na gestão como nos estudos que tenham como objetivo pesquisar as causas de fundo dos desastres”.
Victor Marchezini, que teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - Fapesp (processo 2018/06093-4) para o desenvolvimento da pesquisa durante o pós-doutorado, destaca que a metodologia de investigação forense de desastres tem potencial para aplicação em pesquisas e para subsidiar políticas públicas de redução de risco de desastres. “Precisamos entender os desastres como resultados de processos sociais que se acumulam e se intensificam no território, sendo que os modelos insustentáveis de crescimento econômico catalisam o desmatamento, a expansão urbana e outros fatores de risco que contribuem para os desastres”, argumenta o sociólogo.
O artigo intitulado “A Systematic Review of Forensic Approaches to Disasters: Gaps and Challenges” (Uma revisão sistemática das abordagens forenses em desastres: lacunas e desafios) está disponível no endereço:
https://link.springer.com/article/10.1007/s13753-023-00515-9
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden e IBGE vão atualizar base de dados sobre população em áreas de risco de desastres
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) - e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estiveram reunidos, na sede do Cemaden, para tratar sobre a produção de base de dados demográficos e sociais da população em áreas de risco, denominada como Base Territorial Estatística de Áreas de Risco (BATER), a partir dos resultados do Censo de 2022.
A parceria entre as instituições, firmada em 2013, tem resultado em avanços para a caracterização da população em áreas de risco de desastres. A base de dados BATER foi divulgada em 2018, contendo informações sobre as características dos moradores e moradias nas áreas de riscos de desastres. Tais dados possibilitam apoiar as ações de monitoramento e alerta, bem como a gestão de risco de desastres no país.
“Há dez anos, Cemaden e IBGE atuam em parceria e a principal motivação consiste em avançar no conhecimento sobre a população em áreas de riscos para aprimorar o sistema de alertas do Centro”, afirma Silvia Saito, pesquisadora do Cemaden. Para um sistema de monitoramento, essa base de dados contribui para a emissão de alertas, considerando informações sobre a distribuição espacial da população mais vulnerável, como crianças e idosos, que demandam especial atenção na iminência de um desastre.
Manuela Alvarenga, gerente do projeto pelo IBGE, explica que “a BATER foi elaborada a partir da associação dos polígonos de áreas de risco e as faces de quadra e setores censitários do Censo 2010”. A partir de dados dessa base foi possível avançar na caracterização da população em áreas de risco de mais de 800 municípios brasileiros afetados por inundações e deslizamentos. O relatório, a base de dados assim como a plataforma geográfica interativa podem ser acessados nesse link
Durante a reunião, as equipes também discutiram sobre formas de divulgação dos dados, considerando os usuários, como pesquisadores e tomadores de decisão. “A expectativa é atualizar a pesquisa População em Áreas de Risco no Brasil com os dados do Censo 2022, dando subsídios para que os diferentes atores que atuam na redução de riscos possam aperfeiçoar suas atividades", explica Therence Sarti, Coordenador de Meio Ambiente da Diretoria de Geociências do IBGE.
Durante a reunião técnica realizada nos dias 30 e 31 de outubro, na sede do Cemaden, em São José dos Campos (SP), os participantes também debateram sobre a organização de workshops sobre as temáticas de população em áreas de risco e estatísticas ambientais, que serão organizados ao longo do ano de 2024.
Participaram da reunião: pelo IBGE: Therence Sarti, Manuela Alvarenga e Ivone Batista. Pelo Cemaden: Silvia Saito, Mariane Assis, Regina Alvalá, Rodrigo Amorim, Rafael Drumond, Nathalia Duarte e Joaquim Cabral.
Fonte: Ascom/Cemaden
Cemaden lança série de webinários informativos sobre os trabalhos desenvolvidos para o monitoramento e alerta de desastres
O 1º Webinário “Produtos e Serviços Relativos a Riscos de Desastres Geo-hidrometeorológicos” foi realizado na última quarta-feira (01 de novembro), promovido pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) – unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)- e transmitido pelo Canal YouTube do Cemaden - Reunião de Impactos.
Esse foi o primeiro de uma série de webinários que o Cemaden/MCTI promoverá para disseminar os conceitos associados ao monitoramento ininterrupto (24horas/7dias), emissão de alertas e previsão de riscos de desastres providos pela unidade de pesquisa, bem como informações técnico-científicas associadas a vulnerabilidades e impactos em vários setores da sociedade. O segundo webinário já está agendado para o próximo dia 13 de novembro, na temática “Secas e fogo”.
“Atualmente, existem variadas informações disponíveis sobre tempo, clima e desastres. O Cemaden é a instituição responsável por realizar o monitoramento ininterrupto e emitir alertas de riscos de desastres”, destaca a pesquisadora Sílvia Saito, representando a direção do Cemaden, na abertura do evento. “Nossa preocupação é que os usuários e usuárias dessas informações saibam como melhor usá-las na preparação e resposta, no contexto da gestão de risco de desastres geo-hidrometeorológicos”, afirma a pesquisadora do Cemaden.
Saito, enfatizou, também, que a outra motivação em implementar essa série de webinário informativo foi pelo aumento da demanda na busca de informações no Cemaden. Os pedidos de informações são provenientes dos órgãos municipais, estaduais, de Proteção e Defesa Civil, assim como pelos profissionais da Imprensa e Mídia em geral, comunidades acadêmicas e científicas, entre outros interessados na área de riscos e de desastres, principalmente, para tirar dúvidas e esclarecer as informações técnico-científicas.
Especialistas do Cemaden explicam sobre os potenciais de previsão e os desafios
“Previsões e Cenários da Operação” mostrando o sistema de monitoramento e alertas do Cemaden (definições, avisos, alertas, previsões e cenários) foi a temática abordada pelo meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de Operação e Modelagem do Cemaden. Iniciou com um breve histórico sobre a criação do Cemaden, em 2011, quando ocorreu a tragédia na região serrana no estado do Rio de Janeiro. “Nessa época, o Brasil já tinha um sistema de previsão meteorológica com qualidade. Porém, a comunidade científica concluiu que prever fenômenos desse tipo é muito mais que prever chuvas intensas”. Relembra quando, em forma emergencial, foi criado o Plano Nacional de Gestão de Risco de Desastres, em quatro eixos: a de prevenção (com obras de encostas), de resposta, de mapeamento de risco (trabalho realizado pela antiga CPRM, hoje Serviço Geológico do Brasil) e a criação do Cemaden, como novidade na área de monitoramento e emissão de alerta de risco de desastres. “O Cemaden tem um avançado e inovador trabalho inter e multidisciplinar, com a finalidade de cruzar informações meteorológicas, hidrológicas, geológicas- geodinâmica e de vulnerabilidades sociais”, destaca Seluchi. “Para emissão de alertas geo (deslizamentos) e hidrológicos (inundações, enxurradas, enchentes) o embasamento é meteorológico. A chuva é o elemento transversal que deflagra os desastres. O desastre é quando atinge pessoas em vulnerabilidade extrema ao risco”, sintetiza o coordenador-geral de Operação e Modelagem do Cemaden. Destacou que esses alertas são encaminhados à Defesa Civil Nacional. “ As informações técnica-científicas do Cemaden assessoram a Defesa Civil Nacional para que ela faça a gestão desse risco.” Informou, também, que desde 2011 o Cemaden já emitiu mais de 25 mil alertas de risco de desastres. Hoje são monitorados 1.038 municípios, mapeados com áreas de riscos geo-hidrológicos, representando 19% do total de municípios brasileiros.
“Extremos de chuvas, limitações das previsões e os sistemas de meteorologia” a temática foi apresentada pelo pesquisador e meteorologista do Cemaden, Giovanni Dolif, abordando a Rede Observacional do Cemaden e as redes de monitoramento de instituições parceiras. Explicou as diferenças do monitoramento feito pelo radar e pelos sensores do Cemaden, a visualização do Sistema SALVAR, das medições, informações e dados nos equipamentos do Cemaden e das instituições parceiras. Sobre a ampliação de equipamentos, softwares e pessoal especializados para o sistema de previsão nos municípios, Dolif comenta: “Nesta época de eventos extremos e chuvas intensas, que se formam rapidamente, o ideal é avançar o sistema de nowcast (previsão imediata do tempo), utilizando uma série de ferramentas e combinando essas informações vão permitir maior precisão na previsão de chuva”.
“Alertas e Previsões de Risco Geodinâmico” foi o tema abordado pelo tecnologista, Pedro Camarinha, especialista em geodinâmica na Sala de Situação do Cemaden. Mostrou um dos principais produtos da Sala de Situação que é o Boletim de Previsão de Riscos Geo-hidrológicos, disponibilizado, diariamente, no site do Cemaden. Apresentou os conceitos sobre os “cenários de risco” (situação potencial ainda não concretizado), “probabilidade” de um “evento adverso” que possa ocorrer, causando “impactos” em um determinado “sistema de interesse” (município). Mostrou, também, os diversos tipos de movimentos de massa e deslizamentos, sempre relacionados à chuva e umidade do solo. “Na matriz de risco, a probabilidade de ocorrência de um evento que costumamos avaliar não é de uma chuva qualquer, mas a que possa causar deslizamentos pontuais, ou esparsos ou generalizados. Temos os limiares críticos de valores de chuvas e a análise da concretização dos deslizamentos”, explica Camarinha.
“Monitoramento, alerta e previsão de risco hidrológico” foi apresentado pela hidróloga da Sala de Situação, Cláudia Linhares, especialista em extremos hidrológicos, mostrando os cenários de risco para o envio de alerta e as tomadas de decisão, que são os possíveis impactos (danos humanos, materiais e financeiros), além das tipologias de riscos hidrológicos (alagamento, inundação, enxurrada). “O processo de emissão de alerta de risco hidrológico tem o objetivo de evitar mortes, proteger a população, trabalhar a conscientização e desenvolver a percepção de risco”, destaca a hidróloga. Para isso, ela considera importante a confiabilidade do alerta pela população, a colaboração das Defesas Civis e que a informação chegue até a população.
“Registro de ocorrências de desastres ”- Os registros de eventos de Inundação e Deslizamento do Cemaden, denominado “REINDESC” foram apresentados pelo especialista em Desastres Naturais, Tiago Bernardes, da Sala de Situação do Cemaden, que mostrou a importância das informações dos eventos e como podem ser usados como mapeamento, avaliação, previsão sistemas de previsão e monitoramento. “Há vários métodos de obter informações sobre ocorrências efetivas de desastres geo-hidrológico, pelas pessoas diretamente relacionadas ao evento”, afirma Bernardes, informando sobre os formulários de ocorrências enviados pelas Defesas Civis e por outras pessoas, além de informações obtidas nas notícias on-line e criadores de conteúdo. “Na Mídia, sempre aparece a localização, horário e impactos associados a esses eventos.”, afirma o especialista do Cemaden destaca: “É importante o registro desses eventos por três motivos. Primeiro, o mapeamento e avaliação da distribuição espacial dos eventos para o planejamento urbano e medidas de prevenção e mitigação. Segundo, pela avaliação da efetividade dos sistemas de previsão e monitoramento. Em terceiro, pela elaboração de intervalos de recorrência (IR) de eventos de inundações e de correlações entre eventos de deslizamentos e chuvas acumuladas, para aprimorar a previsão desses eventos”.
Webinário na íntegra
Para obter as informações e apresentações na íntegra, o 1º Webinário do Cemaden está disponibilizado no Canal YouTube do Cemaden – Impactos de Desastres, com acesso pelo link:
https://www.youtube.com/@reuniaodeimpactoscemaden/streams
O próximo webinário do Cemaden será realizado no dia 13 de novembro, para debater sobre Secas e Fogo.
Fonte: Ascom/Cemaden